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Clínica Ampliada em

Saúde Mental

Semana 12
10/05/2021
CRONOGRA
MA
1. 10/05 – Análise crítica
dos programas de saúde
públicos e atendimento
em convênios
2. 17/05 – Discussão sobre
a situação atual, baseado
na atividade realizada
3. 24/05 – Desafios para
humanização
4. 01/06 – PROVA B2
Análise crítica dos programas de saúde
públicos e atendimento em convênios
Durante o processo de redemocratização no Brasil, foi a
sociedade civil, e não o governo ou qualquer partido político,
que lançou uma iniciativa que defendeu e implementou com
sucesso um sistema de saúde universal–o Sistema Único de
Saúde (SUS).
Pode-se perceber a influência deste processo popular no
SUS através dos encontros mensais dos Conselhos Municipais
de Saúde que ainda hoje acontecem para garantir o
engajamento das comunidades locais nos processos de decisão.
Na década de 1980, durante um período de crise econômica em
que quase todos os países Latino-Americanos começaram a
sentir os efeitos de políticas neoliberais que incluíam grandes
privatizações, o Brasil fundou um sistema de saúde universal
que garantia a todos os cidadãos acesso a saúde pública
gratuita. Até 2008, a utilização de serviços primários de
saúde aumentou 450%
Em 2016
Desafios da
Saúde no Brasil
No entanto, doenças infecciosas, como a
dengue, tuberculose e HIV continuam a
desempenhar um papel significativo nos
problemas de saúde do país. Há
também taxas crescentes de doenças
relacionadas ao estilo de vida, tais como
diabetes e doenças cardiovasculares e o
Brasil já apresenta uma das maiores
taxas do mundo no que diz respeito às
doenças não-transmissíveis. Homicídios
e perda na qualidade de vida devido a
acidentes de trânsito continuam sendo
um desafio.
Isto é comumente descrito como a
“tripla carga de doenças”. É
característico que estes problemas de
saúde não sejam distribuídos
igualmente, mas que sigam claramente
padrões geográficos e socioeconômicos.
Após a ditadura militar, a maior parte do
poder político foi descentralizado. Este é um
passo importante e que traz vantagens uma
vez que cada município pode adotar políticas
que atendam às necessidades locais. Mas em
termos de prestação de serviços na área da
saúde cria desigualdades.
Quando, como e em que medida os serviços
de saúde são implementados depende do
envolvimento das autoridades locais. Grandes
aglomerações urbanas, em particular, ficam
para trás. Em 2010, 15% dos municípios ainda
não tinham implementado o PSF.
Os fatores mais limitantes desta extensão são
os recursos humanos. Não há médicos
suficientes dispostos a preencher as novas e
modernas clínicas.
O papel do profissional de saúde no PSF
exige muita dedicação ética e social. Com a
sua formação e compreensão da profissão
médica, muitos médicos brasileiros não se
sentem atraídos ou preparados para
trabalhar em bairros marginalizados
sobrecarregados de problemas sociais.
Combinando o Público e o Privado
Os avanços na área da saúde tem que ser
reconhecidos. No entanto, os protestos
mostram que ainda há grande
descontentamento e que a situação da saúde
no Brasil ainda está longe de atingir padrões
aceitáveis​​.
O déficit do atual sistema de saúde
brasileiro pode ser destilado da seguinte
forma: ele é intercalado com o interesse
privado e isso cria disparidades em termos
de qualidade e de acesso.
O SUS é uma instituição onde os sistemas de saúde privado e
público são combinados. Tradicionalmente, as autoridades do
Estado protegem e seguem os interesses privados e fazem
isso até hoje.
Clínicas de saúde da família são públicas, enquanto hospitais
lucrativos, clínicas especializadas e planos de saúde são
privados. Dos 6.384 hospitais no Brasil, 69,1% são privados
e apenas 35,4% dos leitos hospitalares estão dentro do
setor público. Graças ao PSF grandes passos foram
alcançados na criação de serviços primários universais de
saúde.
Mas essas conquistas são afetadas por serviços públicos de
saúde secundários e terciários insuficientes. Os hospitais
públicos e cuidados especializados no sistema público não
conseguem cumprir padrões iguais em termos de acesso,
capacidade e qualidade.
O desenvolvimento econômico no Brasil,
com uma classe média em ascensão,
apresenta outro obstáculo. As empresas
seguradoras privadas focam nesse público
em crescimento para estender os planos
de saúde privados. Isso coloca muita
pressão sobre o sistema público do SUS.
Investimentos necessários para garantir
a expansão e melhoria da qualidade
podem ser abandonados por causa da
importância cada vez maior dos serviços
de saúde privados.
Além disso, o SUS público muitas vezes
contrata prestadores de serviços de saúde
privados para cuidados especializados a
preços de mercado. Por outro lado, os
planos privados de saúde não cobrem
tratamentos dispendioso se terceirizam
o tratamento desses pacientes para o
sistema público do SUS. Tudo isso onde o
setor público é muitas vezes
insuficientemente dotado financeiramente.
Saúde Desigual
Um dos pontos fortes do SUS é que ele nasceu de um movimento da
sociedade civil, mas isso torna-se uma fraqueza uma vez que não
existem defensores poderosos para a saúde pública em nível nacional.
O SUS é controverso e, apesar de uma grande conquista, o sistema de
saúde como um todo mantém e até mesmo agrava as desigualdades
sociais e de saúde. O SUS oferece dois níveis de cuidados médicos:
um para os ricos e outro para os mais pobres. Como a alocação nos
serviços de saúde pública e privada ocorre com base nas classes
socioeconômicas, as populações ricas e pobres recebem diferentes
padrões de atendimento (embora a influência da educação e status
socioeconômico esteja diminuindo).
Além disso, existem enormes disparidades geográficas. As disparidades
de saúde não conseguem ser lidadas exclusivamente pelo SUS. A alta
incidência de problemas de saúde socialmente sensíveis, como a
mortalidade infantil, a tuberculose e a diabetes é principalmente
atribuída a certos grupos: os pobres, menos escolarizados, não-brancos
e espacialmente marginalizados.
O termo “socialmente sensíveis” é usado porque essas doenças são
evitáveis, detectáveis e tratáveis, e sua existência é um resultado de
arranjos sociais sistemáticos e injustos.
Disparidades
geográficas
Rede particular X Rede pública
Prontuário afetivo, crachá humanizado,
visita por vídeo chamada
Música, oração,
comemoração,
atividade a céu
aberto
Como faremos atendimento psicológico
fora do hospital, após a alta hospitalar?

www.crpsp.org.br
“Sociedades médicas e
instituições da área de
reabilitação estão desenhando
protocolos para o atendimento de
pacientes que se recuperaram do
novo coronavírus, mas
apresentaram a síndrome pós-
covid , que inclui
comprometimento neurológico,
motor, respiratório ou cognitivo.
Diante da falta de uma diretriz
nacional, especialistas têm se
reunido para estabelecer padrões
que possam ser adotados no País,
com técnicas para melhorar força
e resistência, trabalhar a atenção
e regularizar o sono.”
Atividade:
Elaborar uma proposta de
intervenção diante da demanda
PÓS-COVID no âmbito da saúde
mental

Enviar atividade até 17/05/2021,


através do formulário abaixo:

https://forms.office.com/Pages/Response
Page.aspx?
id=dnsOpaWOLEm_F5fWUvw86eMJ5N0nI
-
tAiWhHUb2JmPhUN1AzQllNQ1IxU1pQRTY
xMEQwWjIwUDkyUy4u

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