Você está na página 1de 67

4º Ano de Medicina

Ano Lectivo 2016-2017


DT
Sumário
1. Introdução
2. Revisão de conceitos sobre Doenças Transmissíveis
3. Agentes biológicos (AB) e Hospedeiro (H).
4. Relação AB-H e patogenia das DT
5. Panorâmica actual das DT
6. Aspectos clínicos, diagnósticos e terapêuticos das
DT em geral.
7. Aspectos clínicos, diagnósticos e terapêuticos das
principais endemias.

Profª Doutora M. Fernanda A. Dias 2


Introdução
O. M. S. (2014), as doenças transmissíveis
representavam mais de 30% da mortalidade
mundial, somada à outras causas de morte
associadas à pobreza, tais como:
infecções respiratórias
infecções intestinais,

atenção deficiente ao parto e

Desnutrição.

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 3


Introdução
Conclui-se que quase um terço da
humanidade perde a sua vida
precocemente, por causas evitáveis
através de:
medidas de saúde pública ou
de assistência médica a baixo custo

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 4


Introdução
Cerca de 15 milhões de pessoas morrem
anualmente por doenças transmissíveis:
2,9 milhões por HIV/SIDA,
1,8 milhões por Tuberculose e
1,2 milhões por Malária.
Entre as crianças, cerca de
2,0 milhões morrem a cada ano por infecções
intestinais
 1,3 milhões por doenças evitáveis como o
sarampo, a coqueluche e o tétano neonatal
Profª Drª M. Fernanda A. Dias 5
Introdução
500 mil mulheres morrem, por
ano, por causas associadas à
gravidez e ao parto,
500 mil crianças por deficiências
nutricionais.

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 6


Introdução
Nas regiões mais pobres, como África, 52%
de mortes são provocadas por doenças
transmissíveis
Europa (incluindo os países do leste europeu)
atingem sòmente 2%.
Nas Américas a proporção é de 15%, excluindo os
E .U. A e Canadá, onde as endemias foram
erradicadas, esta proporção aumenta para valores
próximos ao da média mundial.

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 7


Introdução
Importância das DT

Maior causa de morbilidade e


mortalidade a nível mundial, apesar
dos progressos da Medicina.
15 milhões de mortes/ano (OMS)

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 8


Introdução
Importância das DT
Responsáveis pelo agravamento das
condições de vida de muitos milhões de
pessoas.
Comprometem o desenvolvimento dos
países, onde são endémicas, quer do
ponto de vista produtivo e económico.

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 9


Doenças não transmissíveis (DNT)
Na região africana existem evidências significativas
sobre o fardo atribuível às DNT:
doenças cardiovasculares,
diabetes, cancro, doenças respiratórias crónicas,
hemoglobinopatias (em particular a
drepanocitose),
perturbações mentais, violência e traumatismos,
doenças buco-dentárias e oftalmológicas
 OMS

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 10


Reunião Consultiva Ministerial da
Região Africana da OMS sobre Doen
ças não Transmissíveis (DNT) Brazz
aville, Congo, 4-6 de Abril de 2011
África vai juntar-se aos esforços mundiais para
combater as doenças não transmissíveis

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 11


DECLARAÇÃO DE BRAZZAVILLE SOBRE
A PREVENÇÃO E O CONTROLO DAS
DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NA
REGIÃO AFRICANA DA OMS

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 12


A OMS, em 2004, as DNT, foram responsáveis por
28% (3,6 milhões) de mortes em África,
Prevendo-se um aumento de 27%, nos próximos 10
anos.
 33% das mortes por DNT ocorrem em idades
inferior a 60 anos (1/3 do total de mortes por DNT
em África), contribuindo significativamente as DNT
para as incapacidades e mortes prematuras, em
África.

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 13


Relatório da OMS (DNT. 2010), indica África,
como a única zona, onde ainda ocorrem mais
mortes devido a doenças infecciosas do que
DNT, as chamadas “assassinas silenciosas”
estão a aumentar rapidamente e prevê-se que,
até 2030, ultrapassem as doenças
transmissíveis , como principal causa de
morte.

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 14


Doenças Transmissíveis
Definição

Doenças de etiologia conhecida,


provocadas por agentes biológicos
e que podem propagar-se de um
indivíduo a outro, directa ou
indirectamente.
Profª Drª M. Fernanda A. Dias 15
Doenças Transmissíveis
Sinónimos de DT:

Doenças infecciosas
Doenças contagiosas*
Doenças infecto-contagiosas*

* Designações mais antigas

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 16


DT
Conceitos importantes
Infecção:

Conjunto de alterações celulares que


resultam da presença de um agente
biológico, quer haja ou não manifestações
clínicas de doença.
(conceito microscópico)

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 17


DT
Conceitos importantes

Infecção
Subclínica ou
inaparente
assintomática

Doença
com manifestações
infecciosa clínicas

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 18


Infecção inaparente
Exemplos:  Portadores assintomáticos de:

VHB, V. Cholerae ,
Salmonella, Malária
Infecção por VIH na
fase assintomática
Lesões primárias de
Tuberculose,
meningite.
Períodos de
incubação (PI)

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 19


Doenças Transmissíveis

DT:
Doenças de etiologia conhecida,
provocadas por agentes biológicos e que
podem propagar-se de um indivíduo a
outro, directa ou indirectamente.

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 20


MODOS DE TRANSMISSÃO DT EXEMPLOS
Sarampo, rubéola, meningite meningocócica,
AÉREA viroses respiratórias, TB.
Salmoneloses, cólera, parasit. intestinais.
ALIMENTAR
Directo- ( entre mucosas, pele e mucosa,
CONTACTO pele-pele) ITS *, infecções cutâneas:
- Bacterianas- impetigo, Lepra
- Parasitárias- escabiose.
-Víricas- herpes simples.
- Fúngicas- candidíase, dermatomicoses.
Indirecto (água de piscinas) meningoencef. a
Naegleria e Acanthamoeba.
Penetração activa (pele intacta ou não)
Schistosomíase, Ancylostomíase
PENETRAÇÃO NOS Penetração passiva
Vectores vivos: Malária, Oncocercose,
TECIDOS Leishmaníase, Tripanosomíase, F. amarela,
Arboviroses
Vectores não vivos (utensílios, transfusão,
injectáveis, transplante de órgãos e tecidos
(Hepatites B C e D, SIDA, outras.
Através da placenta -Rubéola, SIDA*
CONGÉNITA Nocanal de parto - Candidíase, SIDA 21
21
Doença Transmissível (DT)
Manifestações clínicas muito
diversas, dependendo de
vários factores uns
relacionados com o agente
biológico e outros com o
Hospedeiro.

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 22


Agentes biológicos
(AB)
Bactérias
Vírus , Virinos e Priões
Fungos
Parasitas

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 23


Características dos Agentes biológicos

PATOGENICIDADE
VIRULÊNCIA
INVASIVIDADE
ELECTIVIDADE

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 24


Agentes biológicos Características

Patogenicidade:

Capacidade de provocar doença.

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 25


DT – Agentes biológicos Características

Virulência:

Grau de patogenicidade.

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 26


Agentes biológicos - AB
Características

Invasividade:
Capacidade de se disseminar
pela circulação sanguínea e/
ou linfática.

*Os Agentes Biológicos não invasivos exercem


a sua patogenicidade produzindo toxinas.

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 27


Agentes biológicos - AB
Características

Exemplos de AB patogénicos e não


invasivos:

Vibrio cholerae
Clostridium tetanii

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 28


Agentes biológicos - AB
Características

Electividade:
Preferência para determinado órgão,
tecido ou tipo de célula, o que condiciona
habitualmente a apresentação clínica.

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 29


Electividade:
Exemplos:

Pneumococcus Pulmão

Vírus das Fígado


Hepatites

Neisseria SNC
meningitidis
SNC
Rabdovirus

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 30


Electividade:
Exemplos:

VIH Linfócitos CD4


Células gliais
Células de Langherans

M. tuberculosis Pulmão


Órgãos ricos em O2

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 31


Hospedeiro
Factores do Hospedeiro que influenciam
na ocorrência e gravidade das DT:
Idade
Sexo
Imunológicos
Genéticos

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 32


Relação AB- Hospedeiro
Para existir DT, o AB e o H têm que
encontrar-se.

O Hospedeiro, não deve ser encarado só


como indivíduo, mas como componente
de uma população, num contexto
geográfico, comportamental e
epidemiológico.

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 33


Profª Drª M. Fernanda A. Dias 34
Panorâmica actual das DT

Desde a II Grande Guerra (1939-1945)


desenvolveram-se muitos agentes
quimioterapêuticos

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 35


Panorâmica actual das DT

...Mas os agentes biológicos modificaram o seu


comportamento:

Resistência aos antimicrobianos.

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 36


Panorâmica actual das DT
Adaptação dos agentes biológicos a
novas espécies, como o Homem.
(Viroses Zonóticas - Marburg, zoonoses).

DOENÇAS EMERGENTES
Relacionada com desequilíbrios
ecológicos, movimentos de pessoas e
animais.

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 37


Panorâmica actual das DT
Alteração dos padrões geográficos das
doenças, pelas viagens de avião
intercontinentais:
Surto de encefalite a Flavivirus semelhante
ao Virus West Nile, em Nova York-1999 –
Novo surto de dengue na Ilha da Madeira -
2013

Bioterrorismo – grande ameaça

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 38


Panorâmica actual das DT
Descoberta de novos agentes biológicos
nas últimas décadas:

Vírus Ebola e Marburg


Hantavirus
Agente da Ehrlichiose humana
granulocitotrópica (HGE)
Retrovirus, entre os quais VIH

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 39


Panorâmica actual das DT
Descoberta de etiologia infecciosa em
doenças de etiologia desconhecida:

Úlcera péptica e gastrite por Helicobacter


pylori (1875, 1892) (Robin Warren e Robert
Marshall, 1975-1981)

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 40


Panorâmica actual das DT

Herpesvirus HHV-8 – causador da maioria


dos casos de Sarcoma de Kaposi.
EBV (virus de Epstein-Barr) - linfomas

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 41


Papillomavirus

Factor etiológico mais importante do carcinoma


invasivo do colo uterino
Antiguidade anos ´70

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 42


Panorâmica actual das DT
D. neurónio motor
D. Sjogren virus HTLV
Linfomas

Aterosclerose etiologia
Artrite reumatóide infecciosa
 sarcoidose
doença infl. cólon

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 43


Panorâmica actual das DT
Ressurgimento ou reemergência de
doenças consideradas controladas ou
mesmo extintas.
(TB, cólera, Febre reumática)

Mortalidade por DT nos EUA aumentou


64% e atingiu níveis superiores aos dos
anos 40. (1980 a 1996 )

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 44


Panorâmica actual das DT
Alterações da população doente:

Imunodeprimidos (ID) por doenças e por


medicações.
«Ciência do ID».
Agentes biológicos descobertos em ID:
Pneumocystis carinii (jeroveci),
Cryptosporidium parvum,
Mycobacterium avium

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 45


Panorâmica actual das DT
Resposta da ciência a estes problemas:

Pesquisa em DT e
síntese de novos Antimicrobianos e
agentes imunomoduladores, a ritmo
igualmente rápido.

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 46


Patogenia das DT
1-Entrada do agente biológico
( pele, nasofaringe, intestino, mucosa genital, uretra)
2- Aderência ao local de entrada
(vilosidades, cílios, antigénios de superfície)
3- Multiplicação do agente biológico, perto da porta de entrada

4- Lesão primária
(frequentemente subclínica)
5- Disseminação por fascias e estruturas tubulares
(fascias nervosas, musculares, uretra)
6- Disseminação sanguínea e linfática.
7- Lesão a distância (ou metastática)
(nas DT causadas por agentes biológicos invasivos)
8- Produção de toxinas na lesão primária.
(nas DT causadas por agentes biológicos não invasivos)
Profª Drª M. Fernanda A. Dias 48
DT- Aspectos imunológicos

Imunidade celular
Imunidade Humoral
SRE
Resposta inflamatória sistémica

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 49


Aspectos clínicos
DT
Aspectos clínicos
Manifestações clínicas muito
diversas, dependendo de
vários factores uns
relacionados com o agente
biológico e outros com o
Hospedeiro.

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 51


DT
Aspectos clínicos
Gravidade muito variada:
Quadros clínicos fulminantes, que
ameaçam a vida e que são verdadeira
emergências:
Quadros clínicos fugazes e
autolimitados.
Quadros com evolução crónica,
prolongada, «infecções indolentes»

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 52


DT
Aspectos clínicos

História clínica cuidadosa


Doenças crónicas subjacentes
Medicações
Ocupação
Viagens
Revisão exaustiva de aparelhos e
sistemas.

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 53


DT
Aspectos clínicos
Hábitos e contactos
sexuais
Profissão/ ocupação
Distracção (hobby)
Hábitos de higiene
Factores de risco Doenças na família
para DT Uso de drogas
Animais de
estimação
Transfusões
Alimentos e bebidas
Picadas de insectos
Profª Drª M. Fernanda A. Dias 54
DT
Aspectos clínicos
As DT podem ter envolvimento sistémico.
Assim, o exame objectivo deve ser
completo e exaustivo.

...Pode ter muita importância para o


diagnóstico, um sopro suave ou um
eritema quase invisível.

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 55


DT
Aspectos clínicos
Apresentações clínicas frequentes em DT:

Febre
Hepato-esplenomegalia, com ou sem
adenomegalias
por envolvimento de órgãos do Sistema reticulo-
endotelial (SRE) ou mononuclear fagocitário (SMF)

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 56


Febre no doente adulto:
1-O contexto epidemiológico
2-Os sintomas e sinais acompanhantes
da febre
3 -A idade e outros factores relacionados
com o doente
4 -Duração da febre
5- Tipo de febre

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 58


FEBRE: Sintomas e sinais acompanhantes
Problemas clínicos
SINTOMAS E SINAIS ETIOLOGIA PROVÁVEL

Febre+ odinofagia Faringite; Amigdalite

Febre+sintomatologia resp. alta Influenza

Febre+ tosse+ alt. Ausc.pulmonares Bronquite; Pneumonia; TB

Febre+ hemorragias Febres hemorrágicas

Febre+ diarreia Diarreias infecciosas; Shigellose;


Salmonelose
Febre+ sint. urinária Infecção urinária baixa; Pielonefrite

Febre+ tumef. dolorosa


Abcesso; osteíte; artrite
Febre+ icterícia Doenças hemolíticas; Malária;
hepatites, sepsis
Febre+ sinais meníngeos
Meningite; Meningoencefalite

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 59


Manifestações clínicas
Quadro de Malária
envolvimento do Schistosomíase
SRE
Tripanosomíase
(febre+ hepato+
Hepatites
esplenomegalia, com ou
sem adenomegalias) Sepsis bacteriana
Micoses
(Agentes Biológicos sistémicas
invasivos)

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 60


Diagnóstico
A utilização dos testes laboratoriais deve ser feita no
sentido de estabelecer um diagnóstico etiológico

O mais rápido possível


Ao mais baixo custo
Com desconforto mínimo para o doente

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 61


Diagnóstico

Diagnóstico Detecção, isolamento e


directo identificação do agente
biológico causal em
produtos corporais.

Diagnóstico
indirecto Conjunto de testes
clínicos, funcionais,
imunológicos e
terapêuticos que sugerem
a existência da doença

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 62


DIAGNÓSTICO DAS DT

Exemplo: Tuberculose
Exame bacteriológico
Diagnóstico directo:
directo Identificação de BAAR
Exame cultural:
Cultura de Mycobacterium
Técnicas de Biologia
Molecular (PCR)
Diagnóstico
indirecto Clínica, imagiologia,
hematologia, bioquímica,
histologia, imunologia e
prova terapêutica

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 63


Profª Drª M. Fernanda A. Dias 64
Conclusões
As DT constituem um desafio à
capacidade e condições do médico para o
diagnóstico.

É obrigatório considerá-las no diagnóstico


diferencial, sempre que haja um sindroma
com compromisso sistémico.

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 65


REFERÊNCIAS

Globalização, Doenças Transmissíveis e


Desigualdade Mundial

Médici André Cezar

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 66


Referências bibliográficas:
Madoff, Dennis L. Kasper: Harrison´s Principles of Internal
Medicine- Part Seven- Infectious diseases.

Organization Pan-americana de la Salud: El control de las


enfermedades transmissibles-18ª edición - 2005

Profª Drª M. Fernanda A. Dias 67

Você também pode gostar