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AÇÕES DE ENFERMAGEM

NA PREVENÇÃO DA
TUBERCULOSE

PROF. IACÍ PROENÇA PALMEIRA


O que é?

Doença grave, transmitida pelo ar, que pode


atingir todos os órgãos do corpo, em
especial nos pulmões. O microorganismo
causador da doença é o bacilo de Koch,
cientificamente chamado Mycobacterium
tuberculosis.
AGENTE ETIOLÓGICO:

Mycobacterium tuberculosis, que é um


bacilo álcool-ácido resistente.
O BACILO Mycobacterium tuberculosis

 Média
infectividade

média capacidade do bacilo de


penetrar e se multiplicar no organismo

 Baixa
patogenicidade
Baixa capacidade de provocar doença
C
MODO DE TRANSMISSÃO
O
N
T
Á
G
I
O

D
I
R
E
T
O
ÓRGÃOS MAIS ATINGIDOS PELA
TUBERCULOSE
A transmissão pelas vias aéreas
Ressecamento:
núcleos de
gotículas
flutuam no ar

e podem ser
inalados

Grumos maiores:
FONTE de pesados, depositam-
se no solo
INFECÇÃO
CONTATO
(Doente bacilífero)
PROCESSO DE DISSEMINAÇÃO DA
TUBERCULOSE

Apesar de A disseminação
também atingir ocorre pelo ar. O Os bacilos
vários órgãos espirro de um jogados no ar
do corpo. Ela só doente joga no permanecem em
é transmitida ambiente cerca de suspensão por
de um doente 2 milhões de várias horas.
sem tratamento bacilos. Pela tosse, Quem respirar no
para outra cerca de 3,5 ambiente, pode se
pessoa milhões de bacilos infectar.
suscetível. são eliminados.
Tuberculose Pulmonar: As
transformações após a entrada do
bacilo no organismo

Processo Inflamatório:

A pessoa que entra em contato


pela 1ª vez com o bacilo não tem
resistência, mas adquire. Se o
organismo estiver saudável, o
agente é morto antes de instalar a
TB; ficando também instalada a
proteção contra esta doença.
Tuberculose Pulmonar: As
transformações orgânicas após a
entrada do bacilo no organismo

Tuberculose Primária

Após um período de 15 dias, os


bacilos passam a se multiplicar
nos pulmões, pois ainda não há
proteção contra eles. Se o
sistema de defesa não
conseguir “encurralar” o bacilo,
instala-se a tuberculose
primária, caracterizada por
pequenas lesões (nódulos) nos
pulmões.
Tuberculose Pulmonar: As
transformações orgânicas após a
entrada do bacilo no organismo

Caverna Tuberculosa

Com o tempo, e sem o


tratamento adequado, o
quadro se agrava. De
pequenas lesões, os bacilos
“cavam” as chamadas
“cavernas tuberculosas” no
pulmão, que costumam
sangrar. A tosse deixa de ser
seca e passa ter secreção
purulenta e sanguinolenta
(escarros hemoptóicos ou
hemoptise).
A infecção

A infecção por tuberculose se inicia quando o bacilo


atinge os alvéolos pulmonares e pode se espalhar
para os nódulos linfáticos e daí, através da corrente
sanguínea para tecidos mais distantes onde a
doença pode se desenvolver: a parte superior dos
pulmões, os rins, o cérebro e os ossos.

A resposta imunológica do organismo mata a maioria


dos bacilos, levando à formação de um granuloma
( Granuloma de Gohn). Os "tubérculos", ou nódulos
de tuberculose são pequenas lesões que consistem
em tecidos mortos de cor acinzentada contendo a
Conclusão: Nem todas pessoas adoecem
de tuberculose, isto depende da
resistência do organismo.
Período de Incubação: 4 a 12 semanas após a
infecção a reação tuberculínica é positiva. A
maioria dos novos casos ocorre 6 a 12 meses
após a infecção inicial.

PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: dura


enquanto o doente estiver eliminando bacilos
através das vias respiratórias, ou seja,
enquanto estiver sem tratamento. Após o
início do esquema, algumas semanas.
INFECÇÃO E ADOECIMENTO
SUSCETIBILIDADE E RESISTÊNCIA:

A suscetibilidade é geral e atinge o máximo em < de


3 anos e o mínimo no fim da infância, aumentados
nos adolescentes e adultos jovens. Subnutrição e
alcoolismo são fatores predisponentes. A reativação
de infecções latentes, sobretudo nos idosos, é
responsável por grande número de casos ativos.
A DOENÇA (SINTOMATOLOGIA)
-Tosse crônica e persistente, por mais de 21 dias,
com expectoração purulenta, acompanhada ou não
de escarros hemoptóicos;
-Febre baixa vespertina diária;
-Sudorese noturna;
-Perda de peso;
-anorexia, astenia, dispnéia e dor torácica.

CASO DE TUBERCULOSE: toda pessoa confirmada


por baciloscopia ou cultura e aquele em que o
médico, com base em dados clínico-epidemiológicos
e no resultado de exames complementares, firma o
diagnóstico de tuberculose.
BUSCA ATIVA DE CASOS DE
TB
-Os sintomáticos respiratórios: pessoas com tosse
por 3 semanas ou mais;
-Contatos de casos de Tuberculose: toda pessoa,
parente ou não, que coabita com um doente de
tuberculose;
-Suspeitos radiológicos;
-Pessoas com doenças e/ou condição social que
predisponham à tuberculose;
* População com maior risco de adoecimento:
comunidades fechadas como asilos, manicômios,
presídios e abrigos (busca ativa periódica de casos)
*Usuários de drogas, mendigos, alcoólicos,
profissionais de saúde e imunodeprimidos;
Toda a família precisa ser
examinada
O DIAGNÓSTICO
Suspeitou?
A história clínica:
-Ter tido contato, intradomiciliar ou não, com um
caso de TB;
-Apresentar sinais e sintomas sugestivos de TB;
-História pregressa de tratamento para TB;
-Presença de fatores de risco para o aparecimento da
doença: HIV, diabetes, câncer, etilismo, subnutrição,
etc... Solicite
em
Primeiro
1- Exame bacteriológico lugar

1.1- (pesquisa de BAAR ou baciloscopia direta


do escarro)- 2 amostras.
1.2- Cultura para micobactéria
2- Radiológico (Raio X do tórax)

É auxiliar no diagnóstico da TB, justificando sua


utilização nos casos suspeitos, pois permite a
seleção de imagens sugestivas de TB ou de outras
doenças, sendo indispensável submetê-los a
baciloscopia do escarro, já que não é aceitável,
exceto em crianças, o diagnóstico sem investigação
do agente causal.
2- Radiológico (Raio X do tórax)

Os resultados dos exames radiológicos do tórax


deverão obedecer à seguinte classificação:
• Normal – os que não apresentam imagens
patológicas nos campos pulmonares.
• Seqüela – os que apresentam imagens sugestivas
de lesões cicatriciais.
• Suspeito – os que apresentam imagens sugestivas
de tuberculose.
• Outras doenças – os que apresentam imagens
3- Prova Tuberculínica ( Reação de
Mantoux ou PPD)
Indicada como método auxiliar no diagnóstico da TB,
esta prova feita isoladamente, quando positiva,
indica apenas infecção, não sendo suficiente para o
diagnóstico da TB. É aplicada por via ID, no terço
médio do antebraço esquerdo, na dose de 0,1 ml,
deve ser conservada entre 4° e 8° e não deve ser
congelada ou exposta a luz solar direta.
Leitura do PPD:
A leitura da prova tuberculínica é realizada 72 a 96
horas após a aplicação, medindo-se, com régua
milimetrada, o
maior diâmetro transverso da área de endurecimento
palpável. O resultado, registrado em milímetros,
classifica-se como:
-0 a 4 mm- NÃO REATOR: não
infectado pelo M. tuberculosis ou
com hipersensibilidade reduzida.
-- 5 a 9 mm- REATOR FRACO:
vacinado com BCG ou infectado
pelo M tuberculosis ou outras
micobactérias.
- 10 mm ou mais- REATOR FORTE:
infectado pelo M. tuberculosis, que
pode estar doente ou não, e pessoas
vacinadas com BCG nos últimos
dois anos.
1 1ª amostra
Baciloscopia do
escarro 2ª amostra

4 2
DIAGNÓSTICO Cultura do
Prova DE TB
Tuberculínica bacilo

3
Raio X do tórax
O TRATAMENTO
Esquema de tratamento segundo a situação
do caso

Situação Esquema indicado


Sem tratamento anterior ou Esquema I
Virgem de tratamento(VT) ou
caso novo

Com tratamento anterior Esquema IR (esquema I +


(retratamento): Recidiva após etambutol)
cura do Esq. I ou retorno após
abandono do esquema I

Tuberculose Esquema II
Meningoencefálica

Falência dos esquemas I e IR Esquema III


ESQUEMA I – 2RHZ/4RH
ESQUEMA I R – 2RHZE/ 4RHE
ESQUEMA II – 2RHZ/7RH
ESQUEMA III – 3SZEEt/9EEt
CONCLUSÃO, No esq. I o doente deve tomar:

Primeira fase - 2 meses - Segunda fase- 4 meses


2 cápsulas vermelhas e -2 cápsulas vermelhas
4 comprimidos brancos por dia.
por dia

Pessoas com menos de 45 Kg, tomam doses menores


Rifampina + isoniazida –
em jejum

Pirazinamida –
Após o café da
manhã.
Duração do Tratamento: dura no mínimo 6
meses e deve ser supervisionado
Definição de Termos:

RECIDIVA: considera-se recidiva, o doente com


tuberculose em atividade que já se tratou e recebeu
alta por cura, desde que a data da cura e a data do
diagnóstico de recidiva não ultrapasse 5 anos.

ABANDONO: considera-se abandono, o doente que


após iniciado o tratamento para tuberculose deixou
de comparecer à UBS por mais de 30 dias
consecutivos após a data aprazada para o retorno.
Baciloscopia positiva

FALÊNCIA: considera-se falência, a persistência da


positividade do escarro ao final do 4° ou 5° mês de
tratamento, tendo havido ou não negativação
anterior do exame. São doentes que no início do trat.
São fortemente positivos (++ ou +++) e continuam até
o 4° mês ou aqueles com positividade inicial seguida
de negativação e nova positividade por 2 meses
consecutivos, a partir do 4° mês de tratamento.
Tuberculose tem cura.

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