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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS – UFT

UFT CAMPUS DE GURUPI

SEMEADORA/ADUBADORA

Disciplina – Mecanização Agrícola


Prof. Manoel Mota dos Santos – santosmm@uft.edu.br - 3311-1686

GURUPI - TO
De acordo com Corcini, et al. [20--?], o ato de semear e
adubar consiste em colocar certa quantidade de semente
e adubo no solo, seguindo as recomendações
agronômicas. A fim de que seja executada de maneira
eficiente, rápida, uniforme e econômica, utilizam-se
máquinas que executam essa tarefa, ou seja, a semeadora
e adubadora.

•semeadora/abubadora é uma máquina que cuja função é


colocar no solo, sementes e adubos dentro da densidade,
espaçamento e profundidade para um eficiente
desenvolvimento produtivo.
Semeadura mecanizada
 Persas e hindus
 Europa: 1636 – máquina que
depositava as sementes sobre o solo
 1785 – desenvolvida semeadora com
princípios utilizados até hoje
 1879 – 53% do trigo nos EUA era
semeado mecanicamente
 1974 – semeadoras pneumáticas
Finalidade
 Distribuir no solo, quantidade de
sementes com uma disposição pré
determinada que garanta uma
população adequada, independente do
sistema de plantio.
Semeadoras – características básicas
1. Várias espécies de cultivares
2. Regulagens para vários espaçamentos e
densidades
3. Mecanismos de fácil regulagem
4. Baixo índice de danos as sementes
5. Deposição adequada de semente e adubo
6. Transmissão simples e eficiente
7. Velocidades adequadas
8. Satisfatória autonomia de trabalho
9. Abrir sulco uniforme
10. Promover boa compactação
11. Fácil manutenção
Máquinas de Plantio
1. Semeadora – sementes
2. Plantadora – raízes e tubérculos
3. Transplantadora – mudas
HISTÓRICO
1.Século XVI – norte da Espanha
2. Século XVIII – Inglaterra
3. 1900 – lançadas semeadoras acopladas a
adubadoras
4. 1923 - lançadas semeadoras montadas em
tratores triciclo
O Uso de Equipamentos Agrícolas Visa
1. Aumentar a eficiência do trabalho
2. Explorar maiores áreas
3. Aumentar a produtividade
4. Realizar as atividades em tempo hábil
O USO DA SEMEADORA VISA
1. Economia de sementes
2. Economia de fertilizantes
3. Regularidade no plantio
Semeadora
 Semeadora-adubadora: dosa e distribui
sementes e fertilizantes.
Semeadora de Plantio Direto
 Independentemente do tipo, número de linhas, força de
tração ou potência utilizada, uma semeadora-adubadora de
plantio direto, conforme Siqueira & Casão Jr, 2004 deve:
 -Cortar a palha;
 -Abrir sulco com pequena remoção de solo e palhas;
 -Dosar fertilizante e sementes;
 -Depositar fertilizante e sementes em profundidades
adequadas;
 -Cobrir sementes com solo e palha;
 -Compactar solo lateralmente à semente.
Plantadora
 Dosa e distribui partes vegetativas
(tubérculos, colmos, bulbos)

Plantadora cana picada PCP 4000 - DMB


Transplantadora
 distribui plântulas ou mudas das culturas.

MTM - Transplantadora de Mudas – Metasa


Semeadoras
 Métodos convencionais: revolvimento do solo
e ausência de resíduos
 Máquinas desenvolvidas para este sistema:
fator limitante para sistema conservacionista
 Grande diversidade de tipos de solo:
influenciam elementos sulcadores e estrutura
das semeaduras
Fatores que afetam a semeadura
 Sementes
 Solo
 Máquina
 Clima
 Operador
Sementes
 Quantidade de sementes Uniformidade
 População final ideal das sementes
 Tipo de cultura

 Fertilidade do solo

 Tratos culturais (raleamento, capinas,

colheita...)
 Umidade disponível

 Viabilidade e pureza das sementes


 Sobrevivência
Sementes
 Previsão da quantidade de sementes

Nº recomendado de plantas/área
Nº sementes/área =
% de germinação . % sobrevivência
 Para 60.000 plantas/ha - milho
Espaçamento entre
0,90 1,00 1,10
linhas (m)
Sementes por metro 5,4 6,0 6,6
linear
Sementes
 Uniformidade das sementes
 Afetam especialmente os dosadores
mecânicos
 Exige classificação das sementes devido à
possibilidade de dano às sementes ou erro na
distribuição.
 Pode-se modificar as características físicas das
sementes. Ex.: retirada química do línter em
algodão e peletização de sementes de
hortaliças.
Sementes
 Profundidade das sementes e adubos
 Varia com a cultura, umidade e tipo de solo,
época de semeadura, etc...
 O adubo deve ser depositado ao lado e abaixo
da semente.

semente

adubo
Sementes
 Cobertura
 A semeadora deve cobrir as sementes e
compactar o solo sobre as mesmas
 Promover o contato solo-semente sem
prejudicar a emergência
Solo
 Tipo de Preparo
 convencional ou conservacionista
 Umidade e textura
 Tipo de semeadura
no plano

em camalhões

em sulcos
Máquina
 Mecanismo de cobertura
 Mecanismo dosador de sementes
 Danos às sementes
 Tipo de sulcador
 Características do solo
Operador
 Regulagem da máquina
 Velocidade de trabalho adequada e uniforme
 Espaçamento adequado entre as linhas
 Vontade de fazer a operação corretamente.
Constituição das semeadoras
 Chassi
 Mecanismos dosadores de sementes e
adubos
 Depósitos de sementes e adubos
 Sulcadores
 Mecanismos cobridores de sementes
 Mecanismos compactadores
 Mecanismos controle de profundidade
 Rodas de sustentação
Semeadoras sementes graúdas
 Chassi
 Máquinas montadas: Barra porta-ferramentas
Planta menor
quantidade de linhas
Semeadoras sementes graúdas
 Chassi
 Máquinas arrasto:
 Chassi: quadro rígido sobre o qual são

montados os demais componentes


 Barra de tração
Classificação das semeadoras
 Quanto à forma de distribuição:
 Em linha
 Contínua

 De precisão

 A lanço
 Aérea

 Terrestre
Semeadoras em linha
 Contínua:
 Sementes distribuídas em linha sem precisão
na colocação das sementes – variação no
número e posição na linha
Semeadoras em linha
 De precisão:
 Sementes dosadas, espaçamento uniforme,
com pequena variação do número e posição
das sementes na linha.

Disco distribuidor
de sementes
Semeadoras a lanço
 As sementes são distribuídas ao acaso
sobre a superfície do solo.
Maior quantidade
de sementes a
ser comprada.
Quanto ao acionamento
 Manuais
 Tração animal
 Motorizadas
 Tratorizadas
Semeadora manual
 Acionadas exclusivamente pelo
operador

O plantio com a Matraca é


muito comum em pequenas
áreas.
Semeadora tração animal
Semeadora motorizada
 Hidrossemeadura
Semeadora tratorizada
 Montadas

 Semimontadas

 Arrasto
Quanto ao tamanho das
sementes
 Sementes miúdas: forrageiras e
gramíneas de modo geral,
exceção: milho.
Quanto ao tamanho das
sementes
 Sementes graúdas: grãos e
leguminosas: feijão, soja...
Quanto ao mecanismo dosador
 Em linha
 disco perfurado: horizontal, vertical ou
inclinado
 Correia perfurada
 Dedos prensores
 Pneumático
 Cilindro canelado
Mecanismo dosador em linha
 Disco perfurado horizontal
Mecanismo dosador em linha
 Disco perfurado inclinado

ground-nut
Mecanismo dosador em linha
 Disco perfurado vertical
Mecanismo dosador em linha
 Correia perfurada
Mecanismo dosador em linha
 Dedos prensores
Mecanismo dosador em linha
 Pneumáticos
Fonte:
http://www.dcarvalho.net.br/manual_venda
s/Plantadeiras%20DB.pdf
Acesso: 22/01/2014
Mecanismo dosador em linha
 Cilindros canelados
Quanto ao mecanismo dosador a
lanço
 Rotor centrífugo
 Canhão centrífugo
 Difusor
Mecanismo dosador a lanço
 Rotor centrífugo
Mecanismo dosador a lanço
 Canhão centrífugo
Mecanismo dosador a lanço
 Difusor
Dosadores de adubos
 Helicoidal
 Rotores dentados
 Discos horizontais rotativos
 Rotor vertical impulsor
 Correias ou correntes
 Cilindros canelados
Dosador de adubos helicoidal
 Parafuso sem fim
colocado sob o
depósito de adubo,
com a quantidade
determinada por
um conjunto de
engrenagens.
Dosador de adubos rotor dentado
 Rotor montado no
fundo do depósito
que gira sobre uma
placa de apoio que
contém o orifício
de saída do adubo.
Dosador de adubos disco
horizontal rotativo
 Disco rotativo liso
acoplado que gira
contra uma
lingüeta, que
direciona o adubo
para o orifício de
saída.

1 – Disco
2 – Lingüeta raspadora
3 – Orifício de saída
4 – Base
Dosador de adubos rotor vertical
impulsor
 Seções impulsoras
que agitam e
impulsionam o
adubo para a
janela de saída.

1 – Rotor
2 – Eixo
3 – Depósito
Dosador de adubos por correias
ou correntes
 Trabalham no
fundo do depósito
dosando o material
por meio de uma
janela com
abertura regulável
Dosador de adubos por cilindros
canelados
Sulcadores
 Sulcos para deposição das sementes,
adubos ou defensivos.
 Enxada
 Facão
 Discos
Sulcadores de enxada
 Utilizado em
solos sem
resíduos
Sulcadores de facão
 Utilizado em
solos sem
resíduos
Sulcadores de discos
 Utilizado em solos com resíduos

Disco simples Disco duplo


Fonte: http://www.dcarvalho.net.br/manual_vendas/Plantadeiras%20DB.pdf
Acesso: 22/01/2014
Compactação do solo
 Promover a interação solo-semente
 Evitar formação de crostas que impeçam
a emergência
Sistemas de acionamento
 Engrenagens
 Engrenagens e correntes
 Eixo
 Mistos
Acionamento por engrenagens
 Engrenagens em contato permanente
 A rotação é variada pela alteração das
mesmas
Acionamento por engrenagens e
correntes
 Transmissão da rotação por correntes
 Compacto, maior número de
combinações de transmissão
Acionamento por eixo
 Rotação gerada por um sistema coroa-
pinhão e transmitida por um eixo

1- Eixo
2- Pinhão
3- Coroa
Acionamento misto
 Combinação de dois ou mais sistemas
 Sistema de dosagem das sementes
acionado por um tipo e dosagem do
adubo por outro.
Fonte: http://www.massey.com.br/produtos/implementos/plantadeiras-e-semeadeiras
Acesso: 22/10/2016
Fonte: http://www.massey.com.br/produtos/implementos/plantadeiras-e-semeadeiras
Acesso: 22/10/2016
Fonte: http://www.dcarvalho.net.br/manual_vendas/Plantadeiras%20DB.pdf
Acesso: 22/10/2014
 É necessário a averiguação da distribuição
de adubos e sementes para evitar falhas
nos estandes de plantio.
Indicadores de Qualidade no Processo de
Semeadura

 1. stand de plantas
 2. profundidade do adubo
 3. profundidade da semente
 4. velocidade de operação
 5. número de paradas
 6. percentual de cobertura das sementes
 7. emergência de plantas
 8. percentual de sementes quebradas
 9. índice de plantabilidade
 10. espaçamento entre sementes
Pontos de Regulagem
1. Distribuição do adubo
2. Profundidade e localização do adubo
3. Profundidade da semente
4. Mecanismo cobridor de sulco
5. Molas de pressão
6. Marcador de linhas
7. Espaçamento entre linhas
8. Velocidade de semeadura
9. Posição de transporte da máquina
Velocidade de Semeadura - excessiva
1. Diminui o peso da máquina
2. Altera funcionamento engrenagens
3. Limita ação do regulador de profundidade
4. Reduz contato máquina – solo
5. Aumenta patinagem roda motriz
6. Dificulta acomodação da semente no mecanismo
distribuidor
7. Haverá maior quebra de sementes
8. Haverá distância incorreta entre sementes
9. Profundidade irregular das sementes
10. Desgaste da máquina
11. Empenamento dos discos de plantio
12. Disco duplo retira semente do sulco
Uniformidade de Plantio
Exemplo: cultura do milho- 5 sem/metro = 20cm/entre
sementes
1. Distâncias toleráveis entre sementes – 10 a 30 cm.
2. Coloque o trator em solo plano e firme
3. Retire os compactadores
4. Coloque uma estaca 3 metros a frente do trator, ande
332 metros e coloque outra estaca
5. Escolha uma linha para o teste
6. Percorra em baixa velocidade
7. Entre as duas estacas vamos encontrar 160 sementes
8. Despreze as 30 primeiras e as 30 últimas sementes
9. Anote o espaço que existe entre as sementes
Uniformidade de Semeadura
Tabela Padrão
1. Ruim = 50% eficiência
2. Regular = 50 a 75%
3. Bom = 75 a 90%
4. Ótimo = 90 a 100%
OBS: variação permitida entre linhas
7,5% - norma internacional
10% - norma brasileira
Número de Plantas por Hectare
Pode ser Influenciado Por:
a) Cultivar escolhido e % germinação
b) Época de semeadura/plantio
c) Fertilidade do solo
d) Nível de adubação
e) Altitude
f) Histórico pluviométrico/irrigação
Distância para a próxima passada

D =distância do disco marcador da linha da


extremidade (m)
E = Espaçamento de semeadura/plantio (m)
N = números de linhas da plantadeira
B = Largura da bitola (m)
Cálculo de adubação e de
semente
 Aula prática

Abraços !!!!

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