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Para parte da Doutrina - é forçoso convir que o direito incidirá apenas sobre os bens
particulares.
Para outra parcela - se o regime de bens foi o da comunhão parcial, não se devem
considerar apenas os bens particulares do falecido, mas todo o acervo hereditário,
‘porque a lei não diz que a herança do cônjuge só recai sobre os bens particulares,
devendo ainda ser observado o preceito que a herança é indivisível.
O Enunciado n. 270 da III Jornada de Direito Civil dispõe que: “O art. 1.829,
inc. I, só assegura ao cônjuge sobrevivente o direito de concorrência com os
descendentes do autor da herança quando casados no regime da separação
convencional de bens ou, se casados nos regimes da comunhão parcial ou
participação final nos aquestos, o falecido possuísse bens particulares,
hipóteses em que a concorrência se restringe a tais bens, devendo os bens
comuns (meação) ser partilhados exclusivamente entre os descendentes
Exemplo: Exemplo: Daniel, casado com Alicia, morre. Além da viúva, ele deixou
dois filhos (comuns, ou seja, do próprio casal), José e João, e, ainda, dois netos,
Pedro e Manu, filhos do seu falecido filho Paulo (pré-morto em relação a
Daniel). Caso Alicia concorra com os descendentes, herdará “por cabeça”, ou
seja, por igual, cabendo-lhe 1/4 da herança. José e João também herdarão 1/4,
cada um, e, finalmente, Pedro e Manu, herdeiros por estirpe, dividirão a fração
de 1/4 que caberia ao seu falecido pai, Paulo.
Mas a norma foi além, ao dispor que o cônjuge sobrevivente terá direito a, no
mínimo, 25% da herança se concorrer com filhos comuns do casal.
OBS: Por outro lado, concorrendo com descendentes exclusivos do falecido, não
haverá direito a esse percentual mínimo, de maneira que herdará simplesmente
“por cabeça”.