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PODER JUDICIÁRIO

FUNÇÃO DO JUDICIÁRIO

 Como já pudemos observar, o Poder Judiciário tem por função típica a jurisdicional, inerente à sua
natureza. Exerce, ainda, funções atípicas, de natureza executivo-administrativa (organização de suas
secretarias — art. 96, I, “b”; concessão de licença e férias a seus membros, juízes e servidores
imediatamente vinculados — art. 96, I, “f”), bem como funções atípicas de natureza legislativa
(elaboração do regimento interno — art. 96, I, “a”).
 Aplica as leis nas diversas situações e realiza ato de julgamento nos casos em que houve
descumprimento ou desrespeito a norma.

 Nesse sentido, a função do judiciário é:

- Garantir e defender os direitos fundamentais


- Promover a justiça
- Resolver conflitos da vida em sociedade
JURISDIÇÃO

 Podemos conceituar a jurisdição como “uma das funções do Estado, mediante a


qual este se substitui aos titulares dos interesses em conflito para, imparcialmente,
buscar a pacificação do conflito que os envolve, com justiça. Essa pacificação é
feita mediante a atuação da vontade do direito objetivo que rege o caso
apresentado em concreto para ser solucionado; e o Estado desempenha essa
função sempre por meio do processo, seja expressando imperativamente o
preceito (através de uma sentença de mérito), seja realizando no mundo das coisas
o que o preceito estabelece (através da execução forçada)”
LIDE
CARACTERISTICAS
JURISDIÇÃO

INÉRCIA

DEFINITIVIDAD
E
 A jurisdição no Brasil é una (ou seja, a
definitividade só é dada pelo Judiciário) e
JURISDIÇÃO indivisível, exercida pelo Judiciário
nacionalmente (um só poder, materializado por
diversos órgãos, federais e estaduais).
ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO

Os órgãos do judiciário Qual é a pessoa? no caso do


estão elencados no art. 92 judiciário, ou União, ou
CF, e são considerados Estado ou DF. Não há
órgaos pois estão órgão jurisdicional ligados
vinculados a uma pessoa. a município.
 I - o Supremo Tribunal Federal;
 I- A o Conselho Nacional de Justiça; *
 II - o Superior Tribunal de Justiça;

Art. 92. São II-A - o Tribunal Superior do Trabalho;



 III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;

órgãos do Poder 

IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;

Judiciário: 

VI - os Tribunais e Juízes Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
 Parágrafo único. O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal
e jurisdição em todo o território nacional.
 § 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm
sede na Capital Federal.
 § 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território
nacional
Órgãos poder judiciário

 Os órgãos do Poder Judiciário brasileiro estão elencados no art. 92 da Constituição de 1988.


 O Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça, Tribunais Superiores da União, são qualificados
como “órgãos de superposição”. Os demais órgãos são divididos pela doutrina em “Justiça Federal” e “Justiça
Estadual”. A primeira compreende os Juízes Federais e os Tribunais Regionais Federais (“Justiça Federal
comum”), bem como a Justiça do Trabalho, a Justiça Eleitoral e a Justiça Militar (“Justiça Federal
especializada”). A “Justiça Estadual comum” é composta por Juízes de Direito e Tribunais de Justiça;2 a
“Justiça Estadual especial”, por Juízes de Direito e Conselhos de Justiça e Tribunal de Justiça Militar.3
 O Conselho Nacional de Justiça, apesar de incluído pela EC 45/2004 na estrutura constitucional do Poder
Judiciário, é um órgão de caráter administrativo, criado para exercer o controle da atuação administrativa e
financeira deste poder, bem como fiscalizar os juízes no cumprimento de seus deveres funcionais.
CF, art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada
autonomia administrativa e financeira.
GARANTIAS
INSTITUCIONAI
S A autonomia orgânico-administrativa está
consagrada nas normas que tratam de suas
competências, estrutura e funcionamento (CF, art.
96).

A autonomia financeira se refere à possibilidade


de elaboração e execução de seu orçamento, nos
termos da Constituição (CF, art. 99, §§ 1.° a 5.°).
CF, art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:

GARANTIAS I – vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos
FUNCIONAIS de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação
do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de
sentença judicial transitada em julgado;

II – inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do


art. 93, VIII;

III – irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e


XI, 39, § 4.°, 150, II, 153, III, e 153, § 2.°, I.
CF, art. 95, parágrafo único. Aos juízes é vedado:

VEDAÇÕES
I – exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de
magistério;

II – receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;

III – dedicar-se à atividade político-partidária.

IV – receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas


físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em
lei;
V – exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de
decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
Tempo de “atividade jurídica” para ingresso na magistratura

CF, art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
I – ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no
mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação;

A Resolução 75/2009 do Conselho Nacional de Justiça considerou como atividade jurídica (art. 59):

I –aquela exercida com exclusividade por bacharel em Direito;

II –o efetivo exercício de advocacia, inclusive voluntária, mediante a participação anual mínima em 5 atos privativos de advogado (Lei 8.906/94, art. 1.°) em causas ou questões distintas;

III –o exercício de cargos, empregos ou funções, inclusive de magistério superior, que exija a utilização preponderante de conhecimento jurídico;

IV –o exercício da função de conciliador junto a tribunais judiciais, juizados especiais, varas especiais, anexos de juizados especiais ou de varas judiciais, no mínimo por 16 horas mensais e durante 1 ano;

V –o exercício da atividade de mediação ou de arbitragem na composição de litígios.


Órgão especial

 CF, art. 93, XI. [...] nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído
órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das
atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade
das vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno;
Quinto constitucional

 CF, art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e
Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório
saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla
pelos órgãos de representação das respectivas classes.
 A Constituição reserva um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais e Tribunais de Justiça (CF, art. 94),
do Tribunal Superior do Trabalho (CF, art. 111-A, I) e dos Tribunais Regionais do Trabalho (CF, art. 115, I) aos
membros do Ministério Público com mais de dez anos de carreira e aos advogados, indicados em lista sêxtupla, com
notório saber jurídico, reputação ilibada e mais de dez anos de efetiva atividade profissional. Esses requisitos estão
estabelecidos exaustivamente, sendo vedada a estipulação de outras formalidades pelas Constituições estaduais. 12
 No Superior Tribunal de Justiça um terço dos lugares é reservado, em partes iguais, aos advogados e membros do
Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94 (CF,
art. 104, parágrafo único, II).
CF, art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos
membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.

Cláusula da
reserva de A Constituição exige, para a declaração de inconstitucionalidade no âmbito dos
Tribunais, o voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do

plenário (regra
órgão especial (CF, art. 97).

do full bench)
A cláusula de reserva de plenário, cuja inobservância acarreta a nulidade
absoluta da decisão proferida pelo órgão fracionário, não se
aplica à declaração de constitucionalidade, em matéria de não recepção e não
se dirige às turmas recursais dos Juizados Especiais.

A regra do full bench (tribunal completo) se aplica tanto ao controle difuso,


quanto ao concentrado.
JUIZADOS ESPECIAIS

 CF, art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:
 I – juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a
conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de
menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses
previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau;

 A Lei 9.099/1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, estabelece que o
processo deve ser orientado pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia
processual e celeridade, buscando, sempre que possível, a conciliação ou a transação (art. 2.°).
JUSTIÇA DE PAZ

 CF, art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:
 II – justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência
para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer
atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação.

 A justiça de paz não é novidade no sistema jurídico brasileiro, tendo sido consagrada, desde o Império, em diversas Constituições. A Constituição
de 1988 impõe, à União, no Distrito Federal e nos Territórios, e aos Estados, a criação da justiça de paz, remunerada. Esta terá, em
sua composição, cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos (CF, art. 98, II). É condição de elegibilidade
a idade mínima de 21 anos (CF, art. 14, § 3.°, VI, c).
 A justiça de paz tem competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o
processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação (CF, art. 98, II).
 Os juízes de paz são agentes públicos e integram o Poder Judiciário. Por isso, sua remuneração deve ocorrer com base em valor fixo e
predeterminado, e não por participação no que é recolhido aos cofres públicos. Além disso, aplica a vedação de percepção, a qualquer título ou
pretexto, de custas ou participação em processo (CF, art. 95, parágrafo único, II)
STF
 Órgão de cúpula do Poder Judiciário no Brasil, o
Supremo Tribunal Federal é o guardião da Constituição,
com competência adstrita a matérias constitucionais (CF,
art. 102). Iniciadas com a Constituição de 1988 e
reforçadas pela EC 45/2004, as inovações operadas na
jurisdição constitucional têm contribuído decisivamente SUPREMO
para reforçar o caráter de autêntica Corte
Constitucional do STF. Dentre as transformações TRIBUNAL
operadas nesse sentido, destacam-se a ampliação do
processo de fiscalização concentrada
constitucionalidade, a exigência de demonstração de
de FEDERAL
repercussão geral como requisito de admissibilidade do
recurso extraordinário e a introdução do enunciado de
súmula com efeito vinculante
STF

Os requisitos exigidos pela


A composição do STF é de onze Constituição, além da nacionalidade
Ministros nomeados pelo Presidente da brasileira originária (CF, art. 12, § 3.°,
República, depois de aprovada a IV), restringem-se ao notável saber
escolha pela maioria absoluta do jurídico, reputação ilibada e idade
Senado (CF, art. 101, parágrafo único). superior a trinta e cinco e inferior a
sessenta e cinco anos (CF, art. 101).
STF A competência
atribuída ao STF Originária(Art.
COMPETÊNCIA foi distribuída 102, I, "a" a "r")
em três níveis: 
S

recursal recursal
ordinária (Art. extraordinária.
102, II) (Art. 102, III)
STJ
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

O Superior Tribunal de Justiça, órgão incumbido da proteção do ordenamento federal, é por 33 Ministros
nomeado jurídico compostos pelo Presidente da, após a aprovação da escolha pela República maioria absoluta
do Senado. Os Ministros são escolhidos dentre Juízes dos Tribunais Regionais Federais (um terço),
Desembargadores dos Tribunais de Justiça (um terço), advogados e membros do Ministério Público (um terço)
(CF, art. 104, parágrafo único, I e II).

Os requisitos exigidos são: notável saber jurídico, reputação ilibada e idade superior a 35 e inferior a 65 anos
(CF, art. 104, parágrafo único). Diversamente do STF, os Ministros do STJ não precisam ser brasileiros natos.
STJ A competência do
Superior Tribunal
Originária(Art.
COMPETÊNCIA de Justiça foi
atribuída em três
105,I)
níveis: 
S

recursal
recursal especial.
ordinária (Art.
(Art. 105, III)
105, II)
 A Justiça Federal foi reinstituída em 1965, pelo Ato

TRIBUNAIS Institucional 2, e mantida pela Constituição de 1988,


que ampliou suas competências. Formada por
REGIONAIS Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais,
divide-se em seções judiciárias correspondentes a
FEDERAIS E cada Estado da federação e ao Distrito Federal, com
sede na respectiva Capital, e varas localizadas
JUÍZES segundo o estabelecido em lei (CF, art. 110).
 Na hipótese de criação de Território Federal, caberá
FEDERAIS aos Juízes da justiça local a jurisdição e as
atribuições cometidas aos Juízes Federais, na forma
da lei (CF, art. 110, parágrafo único).
TRF

1.ª Região – Sede: Brasília; Jurisdição: Distrito Federal, Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais,
Pará, Piauí, Rondônia e Roraima;

2.ª Região – Sede: Rio de Janeiro; Jurisdição: Rio de Janeiro e Espírito Santo;

3.ª Região – Sede: São Paulo; Jurisdição: São Paulo e Mato Grosso do Sul;

4.ª Região – Sede: Porto Alegre; Jurisdição: Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina;

5.ª Região – Sede: Recife; Jurisdição: Estados do Nordeste.


COMPOSIÇÃO TRF

Cada Tribunal Regional Federal é composto por, no


Os Juízes Federais, membros da Justiça Federal de mínimo, 7 Juízes, recrutados, se possível, na respectiva
primeira instância, ingressam no cargo inicial da carreira Região, e nomeados pelo Presidente da República dentre
como Juízes substitutos, mediante concurso público de brasileiros com mais de 30 e menos de 65 anos, sendo: I)
provas e títulos promovido pelos respectivos Tribunais um quinto dentre advogados com mais de 10 anos de
Regionais Federais, com participação da Ordem dos efetiva atividade profissional e membros do Ministério
Advogados do Brasil em todas as suas fases, Público Federal com mais de 10 anos de carreira; e, II)
obedecendo-se, nas nomeações, a ordem de classificação os demais mediante promoção de Juízes Federais com
(CF, art. 93, I). mais de 5 anos de exercício, por antiguidade e
merecimento, alternadamente (CF, art. 107).
A competência da Justiça Federal, que, por
natureza, envolve causas de interesse da União,
foi ampliada e diversificada pela Constituição de
COMPETÊNCI 1988.

A JF e TRF
Competência TRF art. 108

Competência JF art. 109


 O Conselho Nacional de Justiça, instituído pela EC 45/2004, tem
a natureza de órgão administrativo de caráter nacional. Embora
incluído na estrutura constitucional do Poder Judiciário, não
dispõe de atribuições institucionais para exercer a fiscalização da
atividade jurisdicional dos magistrados e Tribunais.
 O CNJ tem como principais finalidades o controle da atuação
CONSELHO
administrativa e financeira do Poder Judiciário e a fiscalização
dos juízes no cumprimento de seus deveres funcionais. Assim NACIONAL
como o controle ético-disciplinar dos magistrados não afeta a
imparcialidade jurisdicional, o controle das atividades
administrativas e financeiras não atinge o autogoverno do
DE JUSTIÇA
Judiciário, porquanto não há qualquer usurpação de competência
privativa dos Tribunais.
COMPOSIÇÃO CNJ

CF, art. 103-B. O Conselho


Nacional de Justiça compõe-se de II – um Ministro do Superior III – um Ministro do Tribunal IV – um desembargador de
I – o Presidente do Supremo V – um juiz estadual, indicado
15 membros com mandato de 2 Tribunal de Justiça, indicado pelo Superior do Trabalho, indicado Tribunal de Justiça, indicado pelo
Tribunal Federal; pelo Supremo Tribunal Federal;
anos, admitida 1 recondução, respectivo tribunal; pelo respectivo tribunal; Supremo Tribunal Federal;
sendo:

XI – um membro do Ministério
VIII – um juiz de Tribunal Público estadual, escolhido pelo
VI – um juiz de Tribunal IX – um juiz do trabalho, X – um membro do Ministério
VII – um juiz federal, indicado Regional do Trabalho, indicado Procurador-Geral da República
Regional Federal, indicado pelo indicado pelo Tribunal Superior Público da União, indicado pelo
pelo Superior Tribunal de Justiça; pelo Tribunal Superior do dentre os nomes indicados pelo
Superior Tribunal de Justiça; do Trabalho; Procurador-Geral da República;
Trabalho; órgão competente de cada
instituição estadual;

§ 1.° O Conselho será presidido § 2.° Os demais membros do


XIII – dois cidadãos, de notável
pelo Presidente do Supremo Conselho serão nomeados pelo
XII – dois advogados, indicados saber jurídico e reputação ilibada,
Tribunal Federal e, nas suas Presidente da República, depois
pelo Conselho Federal da Ordem indicados um pela Câmara dos
ausências e impedimentos, pelo de aprovada a escolha pela
dos Advogados do Brasil; Deputados e outro pelo Senado
Vice-Presidente do Supremo maioria absoluta do Senado
Federal.
Tribunal Federal. Federal.
 CF, art. 103-B, § 4.° Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira
do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de
outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura:
 I – zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura,
podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar
providências;
 II – zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade
dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo
desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao
exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União;
 III – receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário,
inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e
de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da
COMPETÊNCI competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares
em curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou

A CNJ
proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas,
assegurada ampla defesa;
 IV – representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de
abuso de autoridade;
 V – rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros
de tribunais julgados há menos de um ano;
 VI – elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças prolatadas, por
unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário;
 VII – elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias, sobre a
situação do Poder Judiciário no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar
mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso Nacional,
por ocasião da abertura da sessão legislativa.
SUMULA E VINCULANTE

CF, art. 103-A. O Supremo


Tribunal Federal poderá, de § 3.° Do ato
ofício ou por provocação, § 1.° A súmula terá por
administrativo ou decisão
mediante decisão de dois objetivo a validade, a
§ 2.° Sem prejuízo do judicial que contrariar a
terços dos seus membros, interpretação e a eficácia
após reiteradas decisões sobre de normas determinadas, que vier a ser súmula aplicável ou que
matéria constitucional, estabelecido em lei, a indevidamente a aplicar,
acerca das quais haja
aprovar súmula que, a partir aprovação, revisão ou caberá reclamação ao
controvérsia atual entre
de sua publicação na Supremo Tribunal
imprensa oficial, terá efeito
órgãos judiciários ou cancelamento de Federal que, julgando-a
vinculante em relação aos entre esses e a súmula poderá ser procedente, anulará o ato
demais órgãos do Poder administração pública que provocada por aqueles administrativo ou cassará
Judiciário e à administração acarrete grave que podem propor a a decisão judicial
pública direta e indireta, nas insegurança jurídica e
esferas federal, estadual e relevante multiplicação de
ação direta de reclamada, e determinará
municipal, bem como inconstitucionalidade. que outra seja proferida
processos sobre questão
proceder à sua revisão ou com ou sem a aplicação da
idêntica.
cancelamento, na forma súmula, conforme o caso.
estabelecida em lei.
SÚMULA VS SÚMULA VINCULANTE

1 2
As súmulas: criadas por diversos Tribunais As súmulas vinculantes: apenas criadas
como síntese da sua jurisprudência, pelo STF, e que ostentam um patamar mais
gerando importantes efeitos, disciplinados elevado de imperatividade, obrigatoriedade
pela legislação processual de aplicação do entendimento
SÚMULA VINCULANTE - Iniciativa

  Iniciativa: A edição do enunciado de súmula pode ser feita de ofício, pelo próprio STF, ou mediante provocação (CF, art. 103-A). De acordo
com a Lei 11.417/2006, em seu art. 3.°, os legitimados são os mesmos que podem propor a ADI (Presidente da República; Mesa do Senado
Federal; Mesa da Câmara dos Deputados; Procurador-Geral da República; Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; partido
político com representação no Congresso Nacional; confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional; Mesa de Assembleia
Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; Governador de Estado ou do Distrito Federal), além do Defensor Público-Geral da
União e de todos os Tribunais (Tribunais Superiores; Tribunais de Justiça de Estados ou do Distrito Federal e Territórios; Tribunais Regionais
Federais; Tribunais Regionais do Trabalho; Tribunais Regionais Eleitorais e Tribunais Militares).
 O Município também poderá propor, incidentalmente ao curso de processo em que seja parte, a edição, a revisão ou o cancelamento de
enunciado de súmula vinculante, o que não autoriza a suspensão do processo (Lei 11.417/2006, art. 3.°, § 1.°).
 Os mesmos legitimados para propor a edição poderão solicitar a revisão ou o cancelamento do enunciado de súmula (CF, art. 103-A, § 2.° e Lei
11.417/2006, art. 3.°). Por existir procedimento específico, a ADPF não é admitida para esta finalidade, devido ao seu caráter subsidiário (Lei
9.882/1999, art. 4.o, § 1.o).
 Em que pese a ausência de previsão legal para que a revisão ou cancelamento do enunciado de súmula possa ocorrer de oficio, André Ramos
TAVARES sustenta que, por não ficar vinculado por suas próprias decisões, o STF poderá adotar um novo entendimento e, com base nele,
propor, de ofício, uma nova súmula revogando a anterior. Este argumento é reforçado pelo disposto no art. 5.° da Lei 11.417/2006, que prevê a
possibilidade de revisão ou cancelamento, de ofício, quando revogada ou modificada a lei em que se fundou a edição de enunciado de súmula
vinculante.
 Nas propostas que não houver formulado, o Procurador-Geral da República deverá manifestar-se previamente à edição, revisão ou
cancelamento da súmula (Lei 11.417/2006, art. 2.°, § 2.°).
SÚMULA VINCULANTE – APROVAÇÃO

As atuais súmulas também poderão


Quorum de aprovação e publicação: Para
produzir efeito vinculante, desde que
conferir o efeito vinculante a um enunciado
confirmadas pelo mesmo quorum (EC
de súmula, o Supremo Tribunal Federal
45/2004, art. 8.°). Em ambos os casos, os
deverá aprová-la por dois terços de seus
efeitos começam a ser produzidos somente
membros (CF, art. 103-A).
a partir da publicação na imprensa oficial.
RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL

 Nos casos de descumprimento de súmula vinculante cabe Reclamação


Constitucional.
 A legitimidade ativa foi consideravelmente ampliada, sendo atribuída a
toda e qualquer pessoa afetada por decisão de órgãos do Poder
Judiciário ou da Administração Pública, contrária ao julgado do STF
(Lei 8.038/90, art. 13).
 O objeto da reclamação pode ser qualquer ato, administrativo ou judicial
(com exceção dos emanados do próprio STF),184 que desafie a
competência ou a exegese constitucional consagrada pelo STF.
 O procedimento utilizado na reclamação está consagrado no RISTF
(arts. 156 a 162) e na Lei 8.038/90 (arts. 13 a 18).

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