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CONHECIMENTO DE TRANSPORTE
EQUIPE
Segundo Martins (2008), com a criação das estradas de ferro, o Governo baixou o decreto nº 1930 de 26/04/1857
para regulamentar os transportes; assim, nessa nova modalidade, estabeleceu-se que, após o recebimento da carga,
as ferrovias deveriam emitir um conhecimento de talão, para a retirada da mercadoria no seu destino. Esse decreto
vigorou até 1922, quando novo decreto, nº 15.673 de 7 de setembro, trouxe regras diferentes para a mercadoria a ser
transportada, lançando, então, a nota de expedição que deveria conter a natureza, a quantidade e o destino do objeto
despachado, assinada pelo expedidor e pelo funcionário da estrada que fizesse o despacho.
Uma via dessa nota seria entregue ao expedidor para a remessa ao destinatário e, por disposição especial do
regulamento, as mercadorias poderiam ser entregues através de um recibo assinado pelo destinatário ou por pessoa
autorizada por ele; assim, automaticamente, esse recibo anularia o conhecimento.
Tal natureza probatória existe desde o extinto Código Comercial, em seu art. 99 e 100, onde
preceituavam a obrigação de fazer a entrega e os requisitos que deveriam estar especialmente
mencionados. No art. 101 do mesmo código ainda dizia que “a responsabilidade do condutor ou
comissário de transporte começa a correr desde o momento em que recebe as fazendas (mercadorias), e
só expira depois de efetuada a entrega”.
O Decreto nº 19.473 de 1930, sem retirar o caráter probatório do conhecimento, elevou o
conhecimento de frete em título de crédito, declarando-o título à ordem; salvo cláusula ao portador,
lançada no contexto. Nesse mesmo diploma legal, após definir sua natureza, declara, em seu art. 8º,
que “a tradição do conhecimento ao consignatário, ao endossatário ou ao portador, exime a respectiva
mercadoria de arresto, sequestro, penhora, arrecadação, ou qualquer outro embaraço judicial, por fato,
dívida, falência, ou causa estranha ao próprio dono atual do título; salvo caso de má fé provada...”,
afirmando após, que o conhecimento se encontra sujeito a tais medidas “por causa que respeite ao
respectivo dono atual”. E dando natureza de título representativo de mercadorias ao acrescentar “Neste
caso a apreensão do conhecimento equivale à da mercadoria”.
Tanto o Decreto nº 19.473, de 1930, quanto as alterações pelo Decreto nº 19.754, de 18 de março de
1931, deu ao conhecimento de transporte, natureza probatória do recebimento da mercado e obrigação
de entrega da mesma pelo transportador, no lugar de destino, ao consignatário, além da natureza de
título de crédito à ordem, representativo de mercadorias, veiculando direitos que circulam juntamente
com o documento, fazendo-se presumir que aquele que está em posse do conhecimento também é o
proprietário da mercadoria nele declarada, conforme §3º do art. 3º do Decreto nº 1.473/30.
Por ser um título que possibilita a emissão à ordem ou ao portador, circula mediante
endosso ou por tradição manual, conforme caso. No caso do endosso, pode ser em
preto ou em branco, resultando sempre no conhecimento nominativo. Endossado,
transfere-se o título juntamente com todos os direitos nele constantes, valendo
lembrar-se do § 3º do art. 3º do Decreto nº 1.473/30.
3. A data de emissão, que deverá conter o dia, mês e ano em que foi emitido;
Essas informações devem estar dispostas tanto por extenso, quanto em algarismos. Nas hipóteses de
divergências de informações, a informação disposta por extenso se sobressairá. Com relação ao frete
propriamente dito, este se encaixa na modalidade “a pagar”; portanto, seu pagamento será efetuado na
entrega dos produtos, no local de destino. Seu pagamento deve ser integral e caso não haja o pagamento
deste, existe a possibilidade de se reter a mercadoria até que se cumpra conforme pré-estabelecido.
Conforme o decreto n° 51.813 de 1.963, para o transporte ferroviário, se tem como requisitos:
• Os próprios remetentes e destinatários têm como dever se responsabilizar pelas cargas, descargas ou
baldeações de seus bens;
1) A expedição de conhecimento cujo valor comercial não ultrapasse o limite pautado nas condições gerais de
transporte;
4) Carga domiciliar;
5) Cargas particulares;
6) Mercadorias perigosas;
7) Mercadorias perecíveis;
8) Mercadorias frágeis.
CONHECIMENTO
MARÍTIMO E
CONHECIMENTO
AÉREO
No intuito de fazer alguns outros detalhamentos sobre Conhecimento, Martins (2008) faz a distinção de
Conhecimento marítimo e Conhecimento aéreo, os quais, para completarmos esta parte do trabalho,
intentamos elucidar de maneira breve neste tópico.
2. A qualidade e a quantidade dos objetos da carga, suas marcas e números, anotados à margem;
VII. Conhecimento de Transporte Multimodal de Cargas – CTMC, modelo 26. (BRANDÃO, 2019, s/p).
• Segundo o site da Receita Federal, o CT-e é entendido como:
• Após a Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ) autorizar a emissão do CT-e, emite-se também o
Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (DACTE) e, só então, o serviço de transporte
poderá ser iniciado.
• É bom saber que, para a emissão do CT-e, primeiramente, a empresa deve ser credenciada junto à SEFAZ do
estado onde é locada, e esse processo é realizado pelo responsável pela empresa, ou o contador desta. Após
credenciar-se, a empresa precisa adquirir um Certificado Digital. Esse certificado é a assinatura digital da
empresa e garante a autenticidade do seu Conhecimento de Transporte Eletrônico.
Figura 1 –
Funcionamento do processo de emissão do
CT-e
MODELO DE
CONHECIMENTO
DE TRANSPORTE
FERROVIÁRIO
MODELO DE
CONHECIMENTO
DE TRANSPORTE
AÉREO
MODELO DE
CONHECIMENTO
DE TRANSPORTE
RODOVIÁRIO
MODELO CT-
E
MULTIMODA
L
REFERÊNCIAS:
BRANDÃO, Bruna. O que é Conhecimento de Transporte? Veja qual é a sua função! (2019). Disponível em:
https://maplink.global/blog/o-que-e-conhecimento-transporte/ Acesso em: 11 jun. 2021.
BRASIL. AJUSTE SINIEF Nº 09, 25 DE OUTUBRO DE 2007. Ministério da Economia. Conselho Nacional de
Política Fazendária (CONFAZ). Publicado no DOU de 30.10.07, pelo Despacho 91/07. Manual de Integração do
Contribuinte do Conhecimento de Transporte Eletrônico - CT-e: Atos COTEPE/ICMS 08/08 e 30/09 (revogado).
Alterado pelos Ajustes SINIEF 10/08, 04/09, 13/09, 18/11, 08/12, 13/12, 14/12, 21/12, 17/13, 26/13, 27/13, 28/13,
07/14, 10/16, 2/17, 8/17, 23/17, 17/18, 12/19, 32/19, 01/20, 07/20, 26/20, 42/20, 03/21. Convalidados os
procedimentos adotados na forma deste Ajuste, no período de 02.06.08 a 30.09.08, pelo Ajuste SINIEF 10/08.
Manual de Orientações do Contribuinte - CT-e: Ato COTEPE/ICMS 2/12, 33/13. Convalidadas a emissão e a
utilização, no período 01.12.12 a 07.12.12, do Conhecimento Aéreo, modelo 10, nos termos do Ajuste SINIEF
21/12. Disponível em: https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/ajustes/2007/AJ_009_07 Acesso em: 11 jun.
2021.
BRASIL. Conceito e uso do CT-e (s/d). CONHECIMENTO DE TRANSPORTE ELETRÔNICO. Receita Federal.
Disponível em: https://www.cte.fazenda.gov.br/portal/perguntasFrequentes.aspx?tipoConteudo=fYFuI10FiqM=
Acesso em: 11 jun. 2021.