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Índice Geral

1. Introdução
2. Fontes do Direito Penal
3. Interpretação da lei penal
4. Aplicação da lei penal
5. Tempo e lugar do crime
6. Conflito aparente de normas
7. Lei penal no espaço
8. Lei penal em relação às pessoas
Introdução
DIREITO PENAL

Conceito: “É o conjunto de normas que têm por fim ligar o crime


como fato e a pena como conseqüência, bem como disciplinam as
relações daí derivadas, para estabelecer a aplicabilidade das
medidas de segurança e a tutela do direito de liberdade em face do
poder de punir do Estado” (Frederico Marques)
O direito de punir é exclusivo do Estado e, por isto, indelegável.
Encontra limites nas garantias constitucionais do cidadão.
Fontes do Direito Penal
Fonte de produção Fonte de cognição
Fontes do Direito Penal
Fonte de produção Fonte de cognição

Também denominada fonte material ou substancial,


refere-se ao órgão responsável pela elaboração das leis
penais.
No Brasil, a União é a fonte de produção do Direito
Penal (art.22, I, CF).

O Estado membro pode ser fonte de produção do Direito Penal


Fontes do Direito Penal
Fonte de produção Fonte de cognição
Também denominada fonte de conhecimento ou
formal, manifesta-se como veículo de exteriorização
do direito, dividindo-se em duas espécies:

-Fonte formal imediata: lei;

- Fontes formais mediatas: costumes e princípios


gerais de direito.
Fontes do Direito Penal
Fonte formal imediata: a LEI

-Partes
-Características
Fontes do Direito Penal
Fonte formal imediata: a LEI - modalidades
As leis penais incriminadoras são as
Leis que definem os tipos penais e
cominam as respectivas sanções, a
Penais exemplo do que ocorre com o art. 121
do Código Penal.
incriminadoras

Leis penais Leis penais


não não
incriminadoras incriminadoras
permissivas explicativas
Fontes do Direito Penal
Fonte formal imediata: a LEI - modalidades
As leis penais não incriminadoras
Leis complementares ou explicativas são
as que esclarecem o conteúdo de
Penais outras ou fornecem princípios gerais
para aplicação das penas.
incriminadoras
São exemplos da categoria em
análise
Leis penais Leis os arts. 63, 150,§4o e 327 do
penais
Código Penal.
não não
incriminadoras incriminadoras
explicativas explicativas
Fontes do Direito Penal
Fonte formal imediata: a LEI - modalidades
As leis penais não incriminadoras
permissivas são as que não
consideram como ilícito ou isentam de
pena o autor de fatos que, em tese, Leis
são típicos.
Penais
Exemplos: arts. 23, 24, 25, 26 e 142
do Código Penal. incriminadoras

Leis penais Leis penais


não não
incriminadoras incriminadoras
permissivas permissivas
Fontes do Direito Penal
Fonte formal imediata: a LEI

CARACTERÍSTICAS DAS NORMAS PENAIS

Imperatividade: A violação do preceito primário acarreta a pena.


Generalidade: Destina-se a todos, mesmo aos inimputáveis, sujeitos à
medida de segurança.
Impessoalidade: Não se destina a determinada pessoa, mas a todo
grupo social.
Fontes do Direito Penal
Fonte formal imediata: a LEI

NORMA PENAL EM BRANCO


1. Conceito: são aquelas que, embora completo o preceito secundário, a
descrição da conduta é vaga, incompleta, necessitando, pois, de
complementação de outra disposição legal ou regulamentar (lei, decreto,
regulamento, portaria etc).
2. Classificação:
- Normas penais em branco em sentido amplo (homogêneas ou
fragmentárias);
- Normas penais em branco em sentido estrito (heterogêneas).
Qual a distinção entre norma penal em branco e tipo aberto
Fontes do Direito Penal
Fonte formal mediata: os Princípios Gerais de Direito
1. Conceito: são premissas éticas extraídas do ordenamento jurídico
(art.4o, LICC).
2. Princípio da intervenção mínima:
•Caráter subsidiário
•Caráter fragmentário
3. Princípio da insignificância Penal
4. Princípio da adequação social da conduta
Fontes do Direito Penal
Fonte formal mediata: o COSTUME
1. Conceito: é a regra de conduta praticada de modo geral, constante e
uniforme, com a consciência de sua obrigatoriedade.
2. Classificação:
- contra legem;
- secundum legem;
- praeter legem.

Qual a distinção entre hábito e costume para fins jurídicos


Formas de Procedimento
Interpretativo
Eqüidade. Correspondência jurídica e ética da norma às
circunstâncias do caso concreto a que é aplicada, não é fonte do
Direito Penal, mas forma de interpretação da norma (Magalhães
Noronha).

Doutrina. Estudos, investigações e reflexões teóricas dos cultores


do direito.

Jurisprudência. Repetição constante de decisões judiciais no


mesmo sentido em casos análogos.
Interpretação da lei penal
- Conceito –

É o processo lógico que procura estabelecer a vontade contida na


norma jurídica. Ou também: a atividade que consiste em extrair
da norma penal seu exato alcance e real significado. É a
denominada Hermenêutica.

- Espécies -
1. Quanto ao sujeito: .. autêntica .. científica ou doutrinária .. judicial

2. Quanto ao meio: .. gramatical .. lógica...teleológica

3. Quanto ao resultado: .. declarativa .. restritiva .. extensiva


Interpretação da lei penal
– Espécies -
1. Quanto ao sujeito: .. autêntica .. científica .. judicial

Efeito ex tunc

Exposição de Súmulas
Motivos
Interpretação da lei penal
– Espécies -

2. Quanto ao meio: .. gramatical .. lógica...teleológica


Art.155 Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena – reclusão, de 1(um) a 4(quatro) anos, e multa.
§1o A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso
noturno.
§5o A pena é de reclusão de 3(três) a 8(oito) ano, se a subtração for de veículo
automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior.
Art. 280 No procedimento sumário não são admissíveis a ação
declaratória incidental e a intervenção de terceiros, salvo a assistência, o
recurso de terceiro prejudicado e a intervenção fundada em contrato de
seguro.
Interpretação da lei penal
– Espécies -

3. Quanto ao resultado:.. declarativa .. restritiva .. extensiva

Emoção e paixão

poligamia

Funcionário Público
Fontes do Direito Penal
Analogia ... ubi idem ratio, ibi idem ius
1. Conceito: forma de auto-integração da lei, consiste em se aplicar a
uma hipótese não regulada por lei disposição relativa a um caso
semelhante.
2. Modalidades:
- Analogia in bonam partem; * Aborto sentimental
- Analogia in malam partem. * Arma de brinquedo

A analogia pode ser considerada fonte do Direito Penal

Qual a distinção entre analogia e interpretação analógica


Questão
X CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE CARGO DE JUIZ
FEDERAL SUBSTITUTO
1. Em matéria de interpretação da lei penal, julgue as proposições abaixo e assinale
a alternativo correta:
I – a interpretação analógica é permitida quando, num dispositivo penal, um preceito
causístico é seguido de uma fórmula genérica, que somente alcança os casos
análogos aos referidos no preceito casuístico.
II – quando a vontade de lei cogita de contemplar o caso examinado, mas o seu texto
diz menos do que pretendia (lex minus dixit quam voluit), tem lugar a
interpretação extensiva.
III – as expressões integração analógica, interpretação analógica e suplemente
analógico têm o mesmo significado jurídico.
IV – a interpretação analógica e a extensiva têm em comum o fato de que, em ambas,
a vontade da lei autoriza a sua extensão a casos análogos.
Questão
X CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE CARGO DE JUIZ
FEDERAL SUBSTITUTO
a) Todas as opções estão incorretas.
b) Somente a III opção está incorreta.
c) Somente a III e IV opções estão corretas.
d) Todas as opções estão corretas.
Aplicação da lei penal
1. Princípio da legalidade
- desdobramentos: reserva legal e anterioridade;
- medida de segurança e anterioridade;
- a reserva legal e a Medida Provisória.
“é vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: I – relativa a:
é vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria relativa a:
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;
a) NaCiDiPPE;
b) direito penal, processual penal e processual civil;
b) direito
c) PPpc;
organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de
seus membros;
c) Judiciário e MP;
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e
d) suplementares, ressalvado
planos, diretrizes, o previstoenocrédito.
orçamento art. 167, §3o”
Aplicação da lei penal
2. Eficácia da lei penal no tempo
- Tempus regit actum;
- Novatio legis incriminadora;
- Abolitio criminis;
- Novatio legis in pejus (lex gravior);
- Novatio legis in mellius (lex mitior);
- lei intermediária.

Extra-atividade
Retroatividade Ultra-atividade
Aplicação da lei penal
2. Eficácia da lei penal no tempo
- Tempus regit actum;
- Novatio legis incriminadora;
- Abolitio criminis;
- Novatio legis in pejus (lex gravior);
- Novatio legis in mellius (lex mitior);
- lei intermediária.

-Conjugação de leis: diante do caso concreto, é possível o confronto entre duas leis
regendo a mesma situação. Neste caso, segundo orientação majoritária da doutrina, é
permitido ao defensor do réu ou condenado escolher, entre as duas leis, suas partes
mais benignas (Frederico Marques); todavia, o STF não admite a conjugação.
Aplicação da lei penal
2. Eficácia da lei penal no tempo
- Tempus regit actum;
- Novatio legis incriminadora;
- Abolitio criminis;
- Novatio legis in pejus (lex gravior);
- novatio legis in mellius (lex mitior);
- lei intermediária

Até quando se pode aplicar a lex mitior e quem é competente para tanto
Aplicação da lei penal
3. Leis temporárias e excepcionais
“A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período
de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a
determinaram, aplica-se ao fato praticado durante a sua
vigência.” (art.3o, CP)

Extra-atividade
Retroatividade Ultra-atividade

A norma penal em branco pode ter extra-atividade


Aplicação da lei penal
3. Leis temporárias e excepcionais
“A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período
de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a
determinaram, aplica-se ao fato praticado durante a sua
vigência.” (art.3o, CP)

Extra-atividade
Retroatividade Ultra-atividade

A norma processual penal pode ter extra-atividade


Tempo e lugar do crime

Tempo do crime: Lugar do crime:


momento do local do impacto ou
impacto. local onde as
vítimas faleceram.

Teoria da
atividade

Teoria do
resultado

Teoria da
ubiqüidade
Tempo e lugar do crime
“considera-se praticado o
crime no momento da ação “considera-se praticado o
ou omissão, ainda que crime no lugar em que
outro seja o momento do ocorreu a ação ou omissão,
resultado.” (art.4o, CP) no todo ou em parte, bem
como onde se produziu ou
deveria produzir-se o
Teoria da resultado.” (art.6o, CP)
atividade
“A prescrição, antes de transitar em
Teoria do julgado a sentença final, começa a
resultado correr do dia em que o crime se
consumou.” (art.111, I, CP)
Teoria da
ubiqüidade
Conflito aparente de normas
Princípios que resolvem o conflito:
- princípio da especialidade;
- princípio da subsidiariedade;
- princípio da consunção (ou absorção);
- princípio da alternatividade.

“Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este
absorvido.” (súmula 17, STJ)
Lei penal no espaço
Área terrestre
+ Mar territorial
+ Espaço aéreo
+ Embarcação pública ou a serviço do Brasil Território
+ Aeronave pública ou a serviço do Brasil .
por extensão
= Território nacional

Área terrestre Mar territorial(12mm) Espaço aéreo


Lei penal no espaço
Extraterritorialidade da lei penal
Incondicionada Condicionada
1.vida e liberdade do Presidente; 1.ppio justiça universal;
2.patrimônio, fé pública MUDE e adm.ind.; 2.ppio nacionalidade;
3.contra a ADM, por “servidor”; 3.ppio representação;
4.genocídio, por brasileiro ou domiciliado. 4.ppio proteção.
Lei penal no espaço
Extraterritorialidade Incondicionada
1. Contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
2. Contra o patrimônio ou a fé pública da União, DF, Estado, Território,
Município, empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia,
fundação;
3. Contra a administração, por que está a seu serviço;
4. De genocídio, quando agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil.
Lei penal no espaço
Extraterritorialidade Condicionada
1. Por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir – princípio
da justiça universal ou cosmopolita;
2. Praticado por brasileiro – princípio da nacionalidade ou da
personalidade;
3. Praticado em aeronave ou embarcações brasileiras, quando em
território estrangeiro e aí não julgado – princípio da
representação;
4. Por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil – princípio da
defesa, real ou de proteção.
Lei penal no espaço
Extraterritorialidade Condicionada - condições
1. Entrada no território nacional;
2. Dupla tipicidade;
3. Extraditável;
4. Não absolvição ou não cumprimento da pena;
5. Ausência de perdão ou de extinção da punibilidade segundo a lei
mais favorável.
Lei penal no espaço
Extraterritorialidade Condicionada - condições
1. Entrada no território nacional;
2. Dupla tipicidade;
3. Extraditável; Princípio da não-extradição de nacionais: nenhum
4. Não absolvição ou não cumprimento
brasileiro da pena;salvo o naturalizado, em
será extraditado,
5. Ausência de perdãocaso de extinção
ou de crime comum praticado antes
da punibilidade da a lei
segundo
mais favorável. naturalização ou de comprovado envolvimento em
tráfico ilícito de entorpecentes (art.5o, LI, CF).
Princípio da exclusão de crimes não-comuns:
estrangeiro não poderá ser extraditado por crime
político ou de opinião (art.5o, LII, CF).
Lei penal no espaço
Extraterritorialidade Condicionada - condições
1. Entrada no território nacional;
2. Dupla tipicidade;
3. Extraditável;
4. Não absolvição ou não cumprimento da pena;
5. Ausência de perdão ou de extinção da punibilidade segundo a lei
mais favorável.

Na hipótese de crime cometido por estrangeiro contra brasileiro há mais 2 condições:


1. Não foi pedida ou foi negada a extradição;
2. Requisição do Ministro da Justiça.
Lei penal no espaço
Extraterritorialidade Condicionada - condições
1. Entrada no território nacional;
2. Dupla tipicidade;
3. Extraditável;
4. Não absolvição ou não cumprimento da pena;
5. Ausência de perdão ou de extinção da punibilidade segundo a lei
mais favorável.
Hipótese de extraterritorialidade na legislação extravagante – TORTURA:
“O disposto neste Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido no
território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob
jurisdição brasileira.”(art.2o, lei 9.455/97)
Lei penal em relação às pessoas
Imunidades diplomáticas
Os representantes diplomáticos de governos
estrangeiros e Chefes de Estado gozam de imunidade
penal em relação aos fatos criminosos por eles
praticados no Brasil.
A imunidade alcança também funcionários do corpo
diplomático e componentes da família do
representante; os cônsules, não.
Lei penal em relação às pessoas
Imunidades parlamentares
“Prerrogativa que assegura aos membros do
Congresso Nacional a mais ampla liberdade de
palavra, no exercício de suas funções, e os protege
contra os abusos e violações por parte dos outros
Poderes Constitucionais.” (Carlos Maximiliano)
Modalidades:
1. Imunidade material ou absoluta(inviolabilidade);
2. Imunidade formal ou relativa.
Lei penal em relação às pessoas
Imunidades parlamentares
1. Imunidade material ou absoluta(inviolabilidade):
“Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e
penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e
votos.” (art.53, CF; com redação da pela EC35/01)

A imunidade parlamentar não se estende ao co-autor do ilícito que não goze dessa
prerrogativa, consoante a súmula 245 do STF.
Lei penal em relação às pessoas
Imunidades parlamentares
2. Imunidade formal ou relativa (processual):
“As imunidades parlamentares processuais, ou relativas,
são as que se referem à prisão, ao processo, às
prerrogativas de foro e para servir de testemunha,
embora somente as duas primeiras sejam incluídas na
noção de imunidade em sentido estrito.”(MIRABETE)

O congressista nomeado Ministro de Estado mantém a imunidade


Lei penal em relação às pessoas
Imunidades parlamentares
2. Imunidade formal ou relativa (processual): art.53
“§1o Os deputados e Senadores, desde a expedição do
Prerrogativa diploma, serão submetidos a julgamento perante o
Supremo Tribunal Federal.
de função
“§2o Desde a expedição do diploma, os membros do CN
não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime
inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos
dentro de 24 horas à Casa respectiva, para que, pelo
prisão voto da maioria de seus membros, resolva sobre a
prisão.”
Lei penal em relação às pessoas
Imunidades parlamentares
2. Imunidade formal ou relativa (processual): art.53
“§3o Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado,
Imunidade por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo
Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que,
processual por iniciativa de partido político nela representado e
“mitigada” pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até
decisão final, sustar o andamento da ação.
“§6o Os deputados e Senadores não serão obrigados a
testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas
Imunidade em razão do exercício do mandato, nem sobre as
como pessoas que lhes confiaram ou deles receberam
testemunha informações.”
Lei penal em relação às pessoas
Imunidades parlamentares
2. Imunidade formal ou relativa (processual):

Prerrogativa prisão Imunidade Imunidade


de função processual como
“mitigada” testemunha

Deputados estaduais: possuem as mesmas imunidades


dos deputados federais (art.27, §1o, CF).
Vereadores: não gozam de imunidade processual, apenas
material, não se estendo esta aos crimes de opinião
praticados fora da circunscrição do Município em que
servem.
Pena cumprida no estrangeiro

Art. 8º A pena cumprida no estrangeiro


atenua a pena imposta no Brasil pelo
mesmo crime, quando diversas, ou nela é
computada, quando idênticas.
Eficácia de sentença estrangeira

Art. 9º A sentença estrangeira, quando a


aplicação da lei brasileira produz na espécie as
mesmas conseqüências, pode ser homologada
no Brasil para:

• I – obrigar o condenado à reparação do dano, a


restituições e a outros efeitos civis;
• II – sujeitá-lo a medida de segurança.
Parágrafo único. A homologação depende:

a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido


da parte interessada;

b) para os outros efeitos, da existência de tratado


de extradição com o país de cuja autoridade
judiciária emanou a sentença, ou, na falta de
tratado, de requisição do Ministro da Justiça.
Contagem de prazo

Art. 10. O dia do começo inclui-se no


cômputo do prazo. Contam-se os dias, os
meses e os anos pelo calendário comum.
Frações não computáveis da
pena

Art. 11. Desprezam-se, nas penas


privativas de liberdade e nas restritivas de
direitos, as frações de dia, e, na pena de
multa, as frações de cruzeiro.
Legislação especial

Art. 12. As regras gerais deste


Código aplicam-se aos fatos incriminados
por lei especial, se esta não dispuser de
modo diverso.
Índice Geral
1. Crime
2. Fato típico
3. Classificação dos crimes
4. Crime doloso
Crime
Conceito formal Conceito material Conceito analítico
Conduta delituosa Conduta delituosa sob o É o fato típico e ilícito, em
apenas sob o aspecto ângulo ontológico, que a culpabilidade é o
da técnica jurídica. visando à razão que pressuposto da pena e a
levou o legislador a periculosidade o
- Fato típico;
determiná-la como pressuposto da medida
- Fato ilícito. criminosa. de segurança (Walter
Coelho).
Para alguns, é
necessário, ainda, o
elemento culpabilidade,
como a reprovação da
ordem jurídica ao fato
típico e ilícito (A. Toledo)
Crime
Requisitos Elementos Circunstâncias
Os requisitos genéricos Os elementos (ou São dados que,
do crime são a elementares) são agregados à figura típica
tipicidade e a ilicitude. requisitos específicos dos fundamental, têm a
diversos tipos penais que função de aumentar ou
constituem o verbo que diminuir as suas
descreve a conduta, o conseqüências jurídicas.
objeto material, os
sujeitos ativo e
passivo, o fim
especificamente colimado
etc.
Crime
Sujeito Objeto

Sujeito ativo é a pessoa Objeto jurídico é o bem


que pratica a conduta jurídico protegido pela lei
típica prevista em lei. penal.
Sujeito passivo é o Objeto material é a
titular do bem jurídico pessoa ou coisa em que
lesado ou ameaçado, recai a conduta.
podendo ser pessoa
física ou jurídica.
Crime
espancamento

Morte causada l por


sa
u trânsito
acidentecade
svio
de

morte
Fato típico
Tipicidade espancamento conduta

Morte causada por


lesões
nexo causal

morte resultado
Fato típico
Teorias sobre a conduta: conduta
1. Teoria causalista (naturalista, tradicional,
clássica, causal-naturalista): considera o
comportamento humano voluntário no mundo
exterior (fazer ou não-fazer), num processo
mecânico, muscular, independentemente do fim
a que a vontade se dirige.
Basta a certeza da atuação voluntária do agente,
sendo irrelevante seu querer.
Fato típico
Teorias sobre a conduta: conduta
1. Teoria causalista (naturalista, tradicional,
clássica, causal-naturalista) – características:
- Inexiste diferença entre lesão culposa e dolosa;
- O querer intencional de produzir o resultado
(dolo) situa-se na culpabilidade, e não na ação;
- O resultado traduz o desvalor da ação, o que
deixa sem resposta a penalização dos crimes
tentados.
Fato típico
Teorias sobre a conduta: conduta
2. Teoria social (ação socialmente adequada ou
normativa): ação é a conduta socialmente
relevante, dominada ou dominável pela vontade
humana.
Surge, todavia, a dificuldade de se conceituar o que
seja relevância social da conduta, pois essa
tarefa exigiria o juízo de valor, ético, de difícil
avaliação.
Fato típico
Teorias sobre a conduta: conduta
3. Teoria finalista da ação: toda conduta humana
é dirigida a um fim (fazer ou não fazer
voluntário).
O conteúdo da vontade está na ação.
Fato típico
Teorias sobre a conduta: conduta
3. Teoria finalista da ação – características:
- O desvalor do resultado não constitui elemento
diversificador do crime;
- A diferença está na ação;
- A ação é uma atividade humana direcionada a
um fim;
- A vontade abrange o objetivo que o agente
pretende alcançar, os meios empregados e as
conseqüências secundárias do crime;
- O dolo e a culpa integram o tipo.

Por que se diz que a causalidade é “cega” e a finalidade, “vidente”


Fato típico
Teorias sobre a conduta: conduta
3. Teoria finalista da ação – características:
- O desvalor do resultado não constitui elemento
diversificador do crime;
- A diferença está na ação;
- A ação é uma atividade humana direcionada a
um fim;
- A vontade abrange o objetivo que o agente
pretende alcançar, os meios empregados e as
conseqüências secundárias do crime;
- O dolo e a culpa integram o tipo, estando
imersos na conduta.
Qual o efeito do caso fortuito ou da força maior sobre a conduta
Fato típico
Crime comissivo conduta

ação resultado

Qual a diferença entre ato e conduta


Fato típico
Crime comissivo conduta

A ação é a que se manifesta por


meio de um movimento corpóreo
tendente a uma finalidade.
Quando o verbo do tipo indica
um modo positivo de agir, diz-se
que se trata de um crime
comissivo.

A coação moral irresistível (vis compulsiva) exclui a conduta


Fato típico
Crime comissivo conduta

A ação é a que se manifesta por


meio de um movimento corpóreo
tendente a uma finalidade.
Quando o verbo do tipo indica
um modo positivo de agir, diz-se
que se trata de um crime
comissivo.

A coação física irresistível (vis absoluta) exclui a conduta


Fato típico
Crime omissivo próprio conduta

omissão resultado
Fato típico
Crime omissivo próprio conduta

Os crimes omissivos próprios


ou puros são os que se perfazem
com a simples conduta negativa
do agente, independentemente de
qualquer conseqüência posterior.
A norma determina um
comportamento positivo, isto é,
descreve uma abstenção.
Fato típico
Crime omissivo impróprio conduta

omissão resultado

Dever jurídico de
impedir o resultado
Fato típico
Crime omissivo impróprio conduta

Nos crimes omissivos


impróprios ou comissivos por
omissão, a figura típica não
define uma omissão.
É necessário que o agente tenha o
dever jurídico de impedir o
resultado (omissão penalmente
relevante).
Fato típico
Crime omissivo impróprio conduta

O Código Penal estabelece que tem o


dever jurídico de impedir o
resultado o agente que:
1. “tenha por lei obrigação de cuidado,
proteção ou vigilância”;
2. “de outra forma, assumiu a
responsabilidade de impedir o
resultado”;
3. “com seu comportamento anterior,
criou o risco da ocorrência do
resultado”.
Fato típico
Teorias sobre o resultado :
1. Teoria naturalística: resultado é a modificação
do mundo exterior provocada pelo
comportamento humano voluntário; todavia, nem
todo crime produz resultado naturalístico,
porquanto certas infrações penais não produzem
qualquer alteração no mundo natural.
2. Teoria jurídica ou normativa: resultado da
conduta é a lesão ou o perigo de lesão de um
interesse protegido pela norma penal.

resultado
Fato típico
1. Crimes materiais: aqueles em que a consumação só
ocorre com a produção do resultado naturalístico.

conduta resultado

Classificação dos delitos segundo


resultado
a teoria naturalística
Fato típico
2. Crimes formais: aqueles que se consumam
independentemente da produção do resultado
naturalístico, embora o prevejam.

conduta resultado

Classificação dos delitos segundo


resultado
a teoria naturalística
Fato típico
3. Crimes de mera conduta: aqueles que não prevêem a
ocorrência de resultado naturalístico.

conduta resultado

Classificação dos delitos segundo


resultado
a teoria naturalística
Fato típico
espancamento

Morte causada por


lesões
nexo causal

“Causa é toda ação ou


omissão sem a qual o
resultado não teria
ocorrido.”

morte
Fato típico
O Código adotou o teoria da
espancamento
equivalência dos antecedentes
causais (conditio sine qua non), a
qual atribui relevância causal a todos
os antecedentes do resultado,
considerando queMorte causada
nenhum por
elemento, nexo causal
lesões
de que depende sua produção, pode
ser excluído da linha de “Causa é toda ação ou
desdobramento causal. omissão sem a qual o
resultado não teria
ocorrido.”

morte
Fato típico
espancamento

Morte causada l por


sa
u trânsito
acidentecade
svio
de
“A superveniência de causa
relativamente
independente exclui a
imputação quando, por si
só, produziu o resultado.”
morte
Fato típico
o ral
“Os fatos corp
espancamento
anteriores, esão
L
entretanto,
imputam-se a
quem os
praticou.” Morte causada l por
sa
u trânsito
acidentecade
svio
de
“A superveniência de causa
relativamente
independente exclui a
imputação quando, por si
só, produziu o resultado.”
morte
Fato típico
Causas absolutamente independentes:
1. preexistentes;
2. concomitantes;
3. supervenientes.

nexo causal

Causas relativamente independentes:


1. preexistentes;
2. concomitantes;
3. supervenientes.
Fato típico
Tipicidade espancamento

É a adequação
perfeita entre
o fato concreto Morte causada por
lesões
e a descrição
contida na norma.

morte
Fato típico
Tipicidade - elementos

Elemento objetivo Refere-se à materialidade do fato; a ação indicada pelo verbo.

Elemento subjetivo Indica um fim especial de agir.

Elemento normativo Compõe-se de expressões que exigem, nas circunstâncias do


fato natural, um juízo de valor para fixação da tipicidade.
Referem-se ao injusto, a um termo jurídico ou a um termo
extrajurídico.
Fato típico
Tipicidade - elementos espancamento
Ofender a integridade corporal ou a saúde
de outrem. Se resulta morte e as
circunstâncias evidenciam que o agente
não quis o resultado, nem assumiu o risco
Morte causada por
de produzi-lo.
lesões
Elemento objetivo

Elemento subjetivo

Elemento normativo

morte
Fato típico
Tipicidade - elementos espancamento
Ofender a integridade corporal ou a saúde
de outrem. Se resulta morte e as
circunstâncias evidenciam que o agente
não quis o resultado, nem assumiu o risco
Morte causada por
de produzi-lo.
lesões
Elemento objetivo

Elemento subjetivo

Elemento normativo

morte
Fato típico
Tipicidade - elementos espancamento
Ofender a integridade corporal ou a saúde
de outrem. Se resulta morte e as
circunstâncias evidenciam que o agente
não quis o resultado, nem assumiu o risco
Morte causada por
de produzi-lo.
lesões
Elemento objetivo

Elemento subjetivo

Elemento normativo

morte
Fato típico
Tipicidade - elementos espancamento
A análise dos elementos da tipicidade
leva à conclusão de ocorrência da lesão
corporal seguida de morte.
Morte causada por
lesões
Elemento objetivo

Elemento subjetivo

Elemento normativo

morte
Imputação objetiva
Risco espancamento Risco
proibido permitido
Briga de rua Vale-tudo

Morte causada por


lesões

Resultado
Resultado
normativo
normativo
morte
Fato típico
Tipicidade Formal: consiste na correspondência entre
uma conduta da vida real e o tipo legal de crime previsto na
lei penal.
Tipicidade Material: a conduta, além de sua adequação
formal, deve ser materialmente lesiva a bens jurídicos ou
ética e socialmente reprovável. Os comportamentos
normalmente permitidos são materialmente atípicos. A
ausência de tipicidade material leva à atipicidade da
conduta. Não se confunde com as causas de justificação. A
tipicidade material pode ser excluída com base nos
princípios da adequação social da conduta e da
insignificância.

Qual a diferença entre adequação social e insignificância


Fato típico
Tipicidade Formal: consiste na correspondência entre
uma conduta da vida real e o tipo legal de crime previsto na
lei penal.
Tipicidade Material: a conduta, além de sua adequação
formal, deve ser materialmente lesiva a bens jurídicos ou
ética e socialmente reprovável. Os comportamento
normalmente permitidos são material atípicos. A ausência
de tipicidade material leva à atipicidade da conduta. Não se
confunde com as causas de justificação. A tipicidade
material pode ser excluída com base nos princípios da
adequação social da conduta e da insignificância.

O que são causas supralegais de exclusão da tipicidade


Classificação dos crimes
Principais modalidades
-Crime instantâneo e crime permanente;
-Crime instantâneo de efeitos permanentes;
-Crime unissubjetivo e crime plurissubjetivo;
-Crime qualificado e crime privilegiado;
-Crime conexo;
-Progressão criminosa;
-Crime complexo;
-Crime comum e crime de responsabilidade.

Os crimes eleitorais são comuns ou de responsabilidade


Crime doloso
Teorias sobre o conteúdo do dolo
-Teoria da vontade: há dolo quando se pratica a
ação consciente e voluntariamente.
-Teoria da representação: há dolo quando ocorre
simples previsão do resultado. É suficiente que o
resultado seja previsto pelo sujeito.
-Teoria do assentimento (consentimento): há dolo
quando o agente consente em causar o resultado
mesmo que não o queira.

Qual(is) teoria(s) foi(ram) adotada(s) pelo Código Penal


Crime doloso
Espécies de dolo
-Dolo direto:
- dolo direto de 1º grau;
- dolo direto de 2º grau.
-Dolo indireto:
- dolo alternativo;
- dolo eventual.
-Dolo genérico;
-Dolo específico;
-Dolo geral (erro sucessivo).
A ausência de consciência da ilicitude exclui o dolo
Crime doloso
O dolo abrange não só o objetivo do agente, como também os
meios empregados e as conseqüências secundárias.
Ele deve alcançar, em regra, todos os elementos da figura típica
(objetivos, subjetivos, normativos), bem como as circunstâncias
agravantes, as causas de aumento de pena, as qualificadoras etc.
Exemplo: o agente deve saber, no crime de furto, que a coisa
móvel é alheia.

Abrangência do dolo
Índice Geral
1. Crime culposo
2. Crime preterdoloso
3. Iter criminis
4. Arrependimento e desistência
5. Crime impossível
6. Ilicitude
7. Erro
Crime culposo
Tipicidade conduta voluntária Inobservânc
ia de
cuidado
objetivo

Nexo causal

isão
v
e pre
ciad
u sên
A
involuntário resultado previsibilidade
Crime culposo
Tipicidade conduta voluntária Inobservânc
ia de
MODALIDADES DE CULPA cuidado
1. Imprudência: é a prática de fato perigoso;
objetivo

2. Negligência: é a ausência
Nexo de precaução ou indiferença em
causal
relação ao ato realizado;

o
3. Imperícia: é a falta de aptidão para o exercício de arte ou evisã
profissão. e pr
ia d
n c
u sê
A
involuntário resultado previsibilidade
Crime culposo
ESPÉCIES DE CULPA Inobservânc
Tipicidade conduta voluntária
ia deeste espera
1. consciente: o resultado é previsto pelo agente, mas
levianamente que o mesmo não ocorra ou que pode evitá-lo;
cuidado
objetivo
2. inconsciente: o resultado não é previsto pelo agente, embora
previsível. É a culpa comum. Também denominada culpa
própria; Nexo causal

3. imprópria: o resultado é previsto e querido pelo agente, que


isão
labora em erro de tipo inescusável ou vencível. ev
p r
ia de
n c
u sê
A
involuntário resultado previsibilidade
Crime culposo
Compensação de culpas: Ao contrário do direito privado, a
Inobservânc
Tipicidade conduta voluntária
compensação de culpas não é permitida no direito penal.
ia de
Concorrência de culpas: Em caso de concorrência de culpas,
cuidado
ambos os agentes são punidos.
objetivo
Excepcionalidade do crime culposo: Só é admissível a
modalidade culposa quando há referência expressa na lei.
Co-delinqüência em crime
Nexo culposo:
causal não se admitida a
participação, apenas a co-autoria.
Tentativa: é inadmissível, pois, enquanto no crime culposo há
resultado sem a vontade, na tentativa a vontade sem resultado.são
revi
e p
ciad
u sên
A
involuntário resultado previsibilidade
Crime preterdoloso
CRIMES QUALIFICADOS PELO
RESULTADO
Crime preterdoloso é uma
modalidade de crime qualificado
pelo resultado. Ocorre quando a
conduta produz um resultado mais
grave que o pretendido pelo
agente. O agente quer um minus e
seu comportamento causa um
majus.
Crime preterdoloso
CRIMES QUALIFICADOS PELO
RESULTADO
Crime preterdoloso é uma
modalidade de crime qualificado
pelo resultado. Ocorre quando a
o lo
conduta produz um resultado mais d
grave que o pretendido pelo
agente. O agente quer um minus e cu
lpa
seu comportamento causa um
majus.
Iter criminis
TENTATIVA
CONSUMAÇÃO

A cogitação não constitui fato punível, salvo quando ela se projeta


no mundo exterior e constitua, por si só, fato típico.
Iter criminis
TENTATIVA
CONSUMAÇÃO

A cogitação não constitui fato punível, salvo quando ela se projeta


no mundo exterior e constitua, por si só, fato típico.

Os atos preparatórios não constituem fato punível, salvo quando a


lei o define como ato executório de outro delito. Neste caso,
punem-se os atos executórios, e não os preparatórios em si
mesmos.
Iter criminis
TENTATIVA
CONSUMAÇÃO

A cogitação não constitui fato punível, salvo quando ela se projeta


no mundo exterior e constitua, por si só, fato típico.

Os atos preparatórios não constituem fato punível, salvo quando a


lei o define como ato executório de outro delito. Neste caso,
punem-se os atos executórios, e não os preparatórios em si
mesmos.

A execução ocorre quando o comportamento do agente dá início à


realização do crime.
Iter criminis
TENTATIVA
CONSUMAÇÃO

“Diz-se o crime consumado quando nele se reúnem todos os elementos de sua


definição legal.”
A cogitação não constitui fato punível, salvo quando ela se projeta
no mundo
O iter criminis exterior
é o conjunto deefases
constitua,
pelaspor si só,
quais fato otípico.
passa delito, compondo-se de
cogitação, atos preparatórios, execução e consumação.
Os atos preparatórios não constituem fato punível, salvo quando a
O exaurimento (crimecomo
lei o define exaurido) são as conseqüências
ato executório de outro delito.danosas ou outros
Neste caso,
resultados punem-se
lesivos queosocorrem após a consumação.
atos executórios, e não os preparatórios em si
mesmos.

A execução ocorre quando o comportamento do agente dá início à


realização do crime.
Iter criminis
TENTATIVA
CONSUMAÇÃO

Momentos da consumação:
-CrimesAmateriais;
cogitação não constitui fato punível, salvo quando ela se projeta
no mundo exterior e constitua, por si só, fato típico.
-Crimes formais;
-CrimesOs
deatos
merapreparatórios
conduta; não constituem fato punível, salvo quando a
lei o define como ato executório de outro delito. Neste caso,
-Crimes omissivos
punem-se próprios;
os atos executórios, e não os preparatórios em si
mesmos.impróprios;
-Crimes omissivos
-CrimesAcomplexos.
execução ocorre quando o comportamento do agente dá início à
Quando se consuma
realização o latrocínio segundo a súmula 610 do STF
do crime.
Iter criminis
TENTATIVA
CONSUMAÇÃO

Momentos da consumação:
-CrimesAmateriais;
cogitação não constitui fato punível, salvo quando ela se projeta
no mundo exterior e constitua, por si só, fato típico.
-Crimes formais;
-CrimesOs
deatos
merapreparatórios
conduta; não constituem fato punível, salvo quando a
lei o define como ato executório de outro delito. Neste caso,
-Crimes omissivos
punem-se próprios;
os atos executórios, e não os preparatórios em si
mesmos.impróprios;
-Crimes omissivos
-CrimesAcomplexos.
execução ocorre quando o comportamento do agente dá início à
Qual arealização
diferença do
entre consumação e consunção
crime.
Iter criminis
TENTATIVA
CONSUMAÇÃO

Elementos da tentativa (conatus)


- Elementos
A cogitação não constitui fato punível, salvo quando ela se projeta
objetivos:
no mundo exterior e constitua, por si só, fato típico.
a) início de execução do crime;
Os atos preparatórios
b) não consumação não
do crime por constituem fato
circunstâncias punível,
alheias salvo quando
à vontade a
do agente.
lei o define como ato executório de outro delito. Neste caso,
- Elementopunem-se
subjetivo. os atos executórios, e não os preparatórios em si
mesmos.
Modalidades de tentativa:
A execução
-Tentativa imperfeita;ocorre quando o comportamento do agente dá início à
realização do crime.
-Tentativa perfeita (crime falho).
Iter criminis
TENTATIVA
CONSUMAÇÃO

Punibilidade da tentativa: redução de 1/3 a 2/3. Adoção da teoria objetiva.


-Tentativa
A cogitação
branca ounão constitui fato punível, salvo quando ela se projeta
incruenta;
no mundo exterior e constitua, por si só, fato típico.
-Tentativa cruenta.
Os atos preparatórios não constituem fato punível, salvo quando a
lei o define como ato executório de outro delito. Neste caso,
Delitos que não admitem
punem-se os atostentativa: culposos,
executórios, preterdolosos,
e não os omissivos
preparatórios em si próprios,
habituais, permanentes
mesmos. de forma omissiva, continuados, unissubsistentes, crime de
atentado, crime de resultado obrigatório (art.122), contravenções.
A execução ocorre quando o comportamento do agente dá início à
realização do crime.
Desistência e arrependimento
“O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução
só responde pelos atos já praticados.”
Desistência e arrependimento
“O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução
só responde pelos atos já praticados.”
“O agente que, voluntariamente, impede que o resultado se produza
só responde pelos atos já praticados.”
Desistência e arrependimento ria

o lun
ia v
c
êexecução ficaz
n
“O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na
i st e
só responde pelos atos já praticados.” Des en t o
d i m
“O agente que, voluntariamente, impede que o resultadorese en
p produza
A r r io r
só responde pelos atos já praticados.”
o ste
to p
“Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado n
e o dano ou
i m
restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, p e
por ndato voluntário do
agente, a pena será reduzida de um a dois terços.” rr e
A

O arrependimento posterior pode excluir da pena


Crime impossível

Atipicidade Tentativa
Ineficácia absoluta do meio: Ineficácia relativa do meio: arma
ministração de açúcar em vez de carregada que nega fogo.
veneno; utilização de arma
descarregada.
Impropriedade absoluta do objeto: Impropriedade relativa do objeto:
punhaladas em pessoa morta; caneta da vítima desvia o projétil;
mulher que, supondo estar grávida, dólar furado; agente dispara tiros de
pratica manobras abortivas; agente, revólver no leito da vítima que dele
supondo de outro um objeto, retira o saíra segundo antes.
próprio.

O que é “delito putativo por obra do agente provocador”


ilicitude
ilicitude

A ilicitude representa a repercussão


negativa do fato típico sobre a lei
penal.
É a contradição que se estabelece
entre a conduta do agente e todo o
ordenamento jurídico.
ilicitude

Espécies:
- Ilicitude formal
- Ilicitude material;
- Ilicitude objetiva;
- Ilicitude subjetiva.
ilicitude

Causas legais de exclusão da


ilicitude
1. Estado de necessidade;
2. Legítima defesa;
3. Estrito cumprimento do dever
legal;
4. Exercício regular de um direito.
ilicitude

Causa supralegal de exclusão Causas legais de exclusão da


da ilicitude ilicitude
1. Consentimento. 1. Estado de necessidade;
2. Legítima defesa;
3. Estrito cumprimento do dever
legal;
4. Exercício regular de um direito.
ilicitude

Causa supralegal de exclusão Causas legais de exclusão da


da ilicitude ilicitude
1. Consentimento. 1. Estado de necessidade;
2. Legítima defesa;
Outras causas de exclusão da
ilicitude 1. Aborto sentimental; 3. Estrito cumprimento do dever
legal;
2. Aborto necessário;
4. Exercício regular de um direito.
3. Violação de domicílio;
4. Imunidade judiciária,
literária e funcional.
ilicitude

Causa supralegal de exclusão


da ilicitude
1. Consentimento:
Embora inexista de forma expressa no
Código Penal, o consentimento do
ofendido, quando não exclui a
tipicidade, pode funcionar como
causa de exclusão da ilicitude.

Excludente da tipicidade: quando a figura típica contém o


dissentimento do ofendido como elemento específico.

Excludente da ilicitude: quando o objeto jurídico for bem jurídico


disponível e a vítima pessoa capaz.
ilicitude
Requisitos:
-Perigo de lesão a um bem jurídico; Causas legais de exclusão da
-Inevitabilidade da lesão ao bem de ilicitude
1. Estado de necessidade;
outrem;
2. Legítima defesa;
-Conflito entre bens reconhecidos e
3. Estrito cumprimento do dever
protegidos pela ordem jurídica; legal;
-Balanceamento dos bens e deveres em 4. Exercício regular de um direito.
conflito (razoabilidade): teoria
unitária e teoria diferenciadora.
-Inexistência de dever legal de arrostar
o perigo;
-Elemento subjetivo do agente.
ilicitude
Formas de estado de necessidade:
-Quanto à titularidade: próprio e de Causas legais de exclusão da
terceiro; ilicitude
1. Estado de necessidade;
-Quanto ao aspecto subjetivo: real e
putativo; 2. Legítima defesa;
3. Estrito cumprimento do dever
-quanto à ofensa: defensivo e legal;
agressivo.
4. Exercício regular de um direito.
ilicitude
Requisitos:
-Repulsa a agressão atual ou iminente; Causas legais de exclusão da
-Defesa a direito próprio ou alheio; ilicitude
1. Estado de necessidade;
-Emprego moderado dos meios 2. Legítima defesa;
necessários;
3. Estrito cumprimento do dever
-Elemento subjetivo. legal;
4. Exercício regular de um direito.
ilicitude
Legítima defesa subjetiva: é o
excesso por erro de tipo escusável.
Causas legais de exclusão da
Legítima defesa sucessiva: é a repulsa ilicitude
contra o excesso de legítima defesa. 1. Estado de necessidade;

Legítima defesa putativa: quando o 2. Legítima defesa;


agente, por erro de tipo ou de proibição 3. Estrito cumprimento do dever
plenamente justificado pelas legal;
circunstâncias, supõe encontrar-se em 4. Exercício regular de um direito.
face de agressão injusta.
Excesso de legítima defesa:
-Doloso;
-Culposo.
ilicitude
Conceito: ocorre quando o agente
público, ou particular que
temporariamente exerça a função Causas legais de exclusão da
pública, atua mediante dever imposto ilicitude
1. Estado de necessidade;
pelo direito objetivo.
2. Legítima defesa;
O requisito subjetivo é indispensável.
3. Estrito cumprimento do dever
legal;
4. Exercício regular de um direito.
ilicitude
Conceito: é quando o agente atua
utilizando-se de um direito subjetivo
(penal ou extrapenal). Causas legais de exclusão da
ilicitude
O requisito subjetivo é indispensável. 1. Estado de necessidade;
2. Legítima defesa;
3. Estrito cumprimento do dever
legal;
4. Exercício regular de um direito.
ilicitude

Outras causas de exclusão da


ilicitude 1. Aborto sentimental;
2. Aborto necessário;
3. Violação de domicílio;
4. Imunidade judiciária,
literária e funcional.
ilicitude

Outras causas de exclusão da


ilicitude 1. Aborto sentimental;
2. Aborto necessário; Art.128. Não se pune o aborto
praticado por médico:
3. Violação de domicílio; II-se a gravidez resulta de estupro e o
4. Imunidade judiciária, aborto é precedido de consentimento
literária e funcional. da gestante ou, quando incapaz, de
seu representante.
ilicitude

Outras causas de exclusão da


ilicitude 1. Aborto sentimental;
2. Aborto necessário;
3. Violação de domicílio; Art.128. Não se pune o aborto
praticado por médico:
4. Imunidade judiciária, I-se não há outro meio de salvar a
literária e funcional.
vida da gestante.
ilicitude
Art.150...§3º Não constitui crime a
entrada ou permanência em casa
alheia ou em suas dependências:
I-durante o dia, com observância das
formalidades legais, para efetuar
Outras causas de exclusão da prisão ou outra diligência;
ilicitude 1. Aborto sentimental; II-a qualquer hora do dia ou da noite,
quando algum crime está sendo ali
2. Aborto necessário; praticado ou na iminência de o ser.
3. Violação de domicílio;
4. Imunidade judiciária,
literária e funcional.
ilicitude
Art.142.Não constituem injúria e difamação punível:
I-a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela
parte ou por seu procurador;
II-a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou
científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou
Outras causas de exclusão da difamar;
ilicitude 1. AbortoIII-o conceito desfavorável emitido por funcionário público,
sentimental;
em apreciação ou informação que preste no cumprimento de
2. Aborto necessário; dever de ofício.
3. Violação de domicílio;
4. Imunidade judiciária,
literária e funcional.
Erro
“Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel.”
Erro de tipo Erro de proibição
“O erro sobre elemento constitutivo do “O desconhecimento da lei é
tipo legal de crime exclui o dolo, inescusável. O erro sobre a ilicitude
mas permite a punição por crime do fato, se inevitável, isenta de pena;
culposo, se previsto em lei.” se evitável, poderá diminuí-la de um
sexto a um terço.”

Elemento normativo Elemento objetivo Elemento subjetivo


Erro
Erro de tipo Erro de proibição
escusável escusável

dolo e culpa dolo e culpa

tipicidade culpabilidade
tipicidade
Erro
Erro de tipo Erro de proibição
inescusável inescusável

dolo e culpa dolo e culpa

1 /3
/ 6 a
1
tipicidade de
culpabilidade
tipicidade
o
uç ã
Red
Erro
Erro de tipo - formas
1. Erro de tipo essencial escusável inescusável
-Erro de tipo strictu sensu;
-Descriminantes putativas;
-Erro provocado por dolo e culpa dolo e culpa
terceiro.

tipicidade tipicidade
Erro
Erro de tipo - formas
1. Erro de tipo essencial 2. Erro de tipo acidental
-Erro de tipo strictu sensu; -Error in objecto;
-Descriminantes putativas; -Error in persona;
-Erro provocado por terceiro. -Aberratio ictus;
-Aberratio criminis.
Erro
Erro de tipo - formas
1. Erro de tipo essencial 2. Erro de tipo acidental
-Erro de tipo strictu sensu; -Error in objecto;
-Descriminantes putativas; Ocorre quando a falsa percepção
-Error in persona;
impede o sujeito de compreender a
-Erro provocado por terceiro. -Aberratio ictus;
natureza criminosa do fato. Recai
sobre os elementos ou-Aberratio criminis.
circunstâncias
do tipo penal.
Erro
Erro de tipo - formas
1. Erro de tipo essencial 2. Erro de tipo acidental
-Erro de tipo strictu sensu; -Error in objecto;
-Descriminantes putativas; -Error in persona;
-Erro provocado por terceiro. Ocorrem quando o agente, levado
-Aberratio ictus;a
erro pelas circunstâncias do caso
-Aberratio criminis.
concreto, supõe agir acobertado por
uma causa de exclusão da ilicitude.

Pode haver descriminante putativa por erro de proibição


Erro
Erro de tipo - formas
1. Erro de tipo essencial 2. Erro de tipo acidental
-Erro de tipo strictu sensu; -Error in objecto;
-Descriminantes putativas; -Error in persona;
-Erro provocado por terceiro. -Aberratio ictus;
Ocorre quando o sujeito é induzido
-Aberratio criminis.a
praticar o erro por conduta de
terceiro.
Dá oportunidade ao surgimento da
autoria mediata.
Erro
Erro de tipo - formas
1. Erro de tipo essencial 2. Erro de tipo acidental
-Erro de tipo strictu sensu; -Error in objecto;
-Descriminantes putativas; -Error in persona;
Ocorre quando o sujeito supõe que
sua conduta
-Erro provocado recai sobre determinada
por terceiro. -Aberratio ictus;
coisa, mas, na realidade, incide sobre -Aberratio criminis.
outra. Exemplo: alguém furta açúcar
suponde tratar-se de fubá.
Erro
Erro de tipo - formas
1. Erro de tipo essencial 2. Erro de tipo acidental
-Erro de tipo strictu sensu; -Error in objecto;
-Descriminantes putativas; -Error in persona;
-Erro provocado porquando
Ocorre terceiro.
o sujeito atinge uma -Aberratio ictus;
pessoa na firma suposição de que se -Aberratio criminis.
trata daquela que realmente pretendia
ofender. Não se considera, neste caso,
as condições ou qualidades da vítima
efetiva.
Erro
Erro de tipo - formas
1. Erro de tipo essencial 2. Erro de tipo acidental
-Erro de tipo strictu sensu; -Error in objecto;
-Descriminantes putativas; -Error in persona;
-Erro provocado por terceiro. -Aberratio ictus;
-Aberratio criminis.
Ocorre quando o sujeito, visando alvejar uma
pessoa, bem a ofender outra. A relação de
causalidade prevista pelo agente não coincide
com o verdadeiro nexo de causalidade.
Em que consiste a “falsa representação” em matéria de erro
Erro
Erro de tipo - formas
1. Erro de tipo essencial 2. Erro de tipo acidental
-Erro de tipo strictu sensu; -Error in objecto;
-Descriminantes putativas; -Error in persona;
-Erro provocado por terceiro. -Aberratio ictus;
-Aberratio criminis..

Ocorre o resultado diverso do pretendido (ou desvio de crime) quando o agente


pretende atingir um bem jurídico mas ofende outro. Se ocorre resultado diverso
do pretendido, responde este por culpa, caso o fato seja previsto como crime
culposo; mas, se atinge também o resultado quisto, há concurso formal de
Erro
Erro de proibição
inescusável escusável

dolo e culpa dolo e culpa

1 /3
/6 a
1
o de
culpabilidade
tipicidade culpabilidade
tipicidade
uçã
Red
Erro
formas - Erro de proibição
1. Erro de proibição escusável 2. Erro de proibição inescusável
-Erro direto; Ocorre quando o agente, nas
circunstâncias em que se
-Erro de mandamento;
encontrava, tinha
-Erro de proibição indireto. possibilidade de ter ou atingir
a consciência do caráter ilícito
do fato, mas, por descuido,
leviandade, não tinha tal
consciência.
Índice Geral
1. Culpabilidade
2. Concurso de pessoas
Culpabilidade
TEORIAS

Teoria psicológica
Culpabilidade
TEORIAS

Teoria psicológica Teoria psicológico-normativa


Culpabilidade
TEORIAS

Teoria psicológica Teoria psicológico-normativa Teoria normativa pura

Teoria estrita
Teoria limitada
Culpabilidade
ELEMENTOS
Culpabilidade

São causas de exclusão da imputabilidade:


1. A doença mental;
2. O desenvolvimento mental incompleto;
3. O desenvolvimento mental retardado;
4. A embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou
força maior.
Culpabilidade

São causas de exclusão da imputabilidade:


1. A doença mental;
2. O desenvolvimento mentalPerturbação
incompleto;ou moléstias que causam
alterações mórbidas à saúde mental,
3. O desenvolvimento mental retardado;
tais como esquizofrenia, psicose
maníaco-depressiva,
4. A embriaguez completa proveniente paranóia,
de caso fortuito ou
força maior. epilepsia, demência senil etc.
Culpabilidade
É o caso dos menores de 18 anos, que
possuem desenvolvimento mental
incompleto presumido e dos silvícolas
não adaptados à civilização.

São causas de exclusão da imputabilidade:


1. A doença mental;
2. O desenvolvimento mental incompleto;
3. O desenvolvimento mental retardado;
4. A embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou
força maior.
Culpabilidade
É o estado mental dos oligofrênicos
(idiotas, imbecis e débeis mentais) e
dos surdos-mudos, estes desde que a
capacidade de compreensão seja
totalmente suprimida.

São causas de exclusão da imputabilidade:


1. A doença mental;
2. O desenvolvimento mental incompleto;
3. O desenvolvimento mental retardado;
4. A embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou
força maior.
Culpabilidade
Para aferição da inimputabilidade, o
Código Penal adotou, como regra, o
sistema biopsicológico. O sistema
biológico só foi adotado no caso de
menores de 18 anos.

São causas de exclusão da imputabilidade:


1. A doença mental;
2. O desenvolvimento mental incompleto;
3. O desenvolvimento mental retardado;
4. A embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou
força maior.
Culpabilidade
Espécies de embriaguez:
1. não-acidental: voluntária ou
culposa – actio libera in
causa;
2. Acidental: completa ou
incompleta;
São causas de exclusão da imputabilidade: 3. Patológica;
1. A doença mental; 4. Preordenada.
2. O desenvolvimento mental incompleto;
3. O desenvolvimento mental retardado;
4. A embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou
força maior.
Culpabilidade

É causa de exclusão da potencial consciência da ilicitude:


1. O erro de proibição.
Culpabilidade

São causas de exclusão da exigibilidade de conduta diversa:


1. A coação moral irresistível;
2. A obediência hierárquica.
Culpabilidade

São causas de exclusão da exigibilidade de conduta diversa:


1. A coação moral irresistível;
2. A obediência hierárquica. Coação é o emprego da força física (vis
absoluta) ou de grave ameaça (vis
compulsiva).
Conseqüências da coação:
- física: atipicidade;
- moral irresistível: ausência de
culpabilidade;
- moral resistível: atenuante genérica.
Culpabilidade

São causas de exclusão da exigibilidade de conduta diversa:


1. A coação moral irresistível;
2. A obediência hierárquica.
A obediência a ordem de superior hierárquico não
manifestamente ilegal vicia a vontade do
subordinado.
Conseqüências da ordem ilegal:
- subordinado sabe: permanece a culpabilidade;
- subordinado não sabe: afastada a
culpabilidade;
- subordinado supõe legal: erro de proibição.
Culpabilidade
Causas
Causas supralegais
supralegais de
de exclusão
exclusão da
da culpabilidade
culpabilidade
São
Sãocausas
causasque,
que,embora
emboranão
nãoreguladas
reguladaspela
pelalei,
lei,oodireito
direito
admite
admitecomo
comoexcludentes
excludentesda
daculpabilidade
culpabilidadedo
doagente
agentepela
pela
impossibilidade
impossibilidade de ação de modo diverso diante dofato
de ação de modo diverso diante do fato
concreto.
concreto.
Concurso de pessoas

Ocorre a co-autoria quando vários agentes realizam as


características do tipo. As condutas cometidas em co-autoria
caracterizam-se pela circunstância de que os cooperadores,
conscientemente, conjugam seus esforços no sentido da
produção do mesmo efeito. É a divisão do trabalho como nexo
subjetivo que unifica o comportamento do todos os co-autores.
Cada um contribui com sua atividade na integração da figura
típica.
Concurso de pessoas

Participação
Ocorre a participação quando o agente, não praticando atos
executórios do crime, concorre de qualquer modo para a sua
realizaçãoCo-autoria
(art.29).
Partícipe é aquele que acede sua conduta à realização do crime,
manifestando sua ação na forma de induzimento, instigação ou
auxílio.
Concurso de pessoas
-Conceito de concurso de pessoas;
-Espécies de crimes quanto ao concurso de pessoas:
- monossubjetivos e plurissubjetivos;
-Espécies de crimes plurissubjetivos:
- de condutas paralelas, de condutas
convergentes, de condutas contrapostas.
-Natureza jurídica do concurso de pessoas:
- Teoria dualista;
- Teoria pluralística;
- Teoria unitária ou monista.

Existem exceções à teoria unitária ou monista


Concurso de pessoas
Autoria

Autor, segundo a teoria restritiva, é a pessoa que realiza a conduta


definida no verbo do tipo legal de crime, isto é, o fato previsto na figura
típica. Essa teoria adota o critério formal-objetivo, porque acentua as
características exteriores ou formais da conduta, em sua conformação
com o tipo penal. Assim, o mentor intelectual do crime não é considerado
autor, tendo em vista que não praticou atos de execução. É a teoria
adotada pelo Código Penal.
Concurso de pessoas
Autoria

Autor, segundo a teoria extensiva, é todo aquele que concorre de


qualquer modo para o evento, não importando se tenha praticado atos
descritos na figura típica ou, tão-somente, prestado uma colaboração
intelectual. Esta teoria adota o critério da conditio sine qua non, isto é,
qualquer conduta que tenha se somado para a consumação do fato é
autoria. É extensiva porque iguala as atividades dos consortes do crime.
Concurso de pessoas
Autoria

Autor, segundo a teoria do domínio do fato, é aquele que detém o


controle final do fato, com plenos poderes para decidir sobre o início,
suspensão ou interrupção das atividades. Não leva em conta a execução
material do fato, mas o domínio da ação. Assim, aquele que exerce a
atividade puramente intelectual pode caracterizar-se com autor. Esta
teoria partiu da teoria restritiva, mas adotou um critério objetivo-subjetivo.

Formas de autoria de acordo com a teoria do domínio do fato:


• Autoria propriamente dita;
• Autoria intelectual;
• Autoria mediata.
Concurso de pessoas
Autoria

Autor, segundo a teoria do domínio do fato, é aquele que detém o


controle final do fato, com plenos poderes para decidir sobre o início,
suspensão ou interrupção das atividades. Não leva em conta a execução
material do fato, mas o domínio da ação. Assim, aquele que exerce a
atividade puramente intelectual pode caracterizar-se com autor. Esta
teoria partiu da teoria restritiva, mas adotou um critério objetivo-subjetivo.

Formas de co-autoria de acordo com a teoria do domínio do fato:


• Co-autoria direta;
• Co-autoria parcial ou funcional.
Concurso de pessoas
Autoria mediata

Ocorre a autoria mediata quando o agente se serve de outra pessoa, sem


condições de discernimento, para realizar, por ele, um fato típico. É
mediato o autor porque utiliza-se de um sujeito imediato. Este, que
executa materialmente os elementos do tipo penal, não é, a rigor, autor
imediato, mas sujeito ativo do fato, seja por ausência de crime em relação
a ele ou por ausência de culpabilidade.
A autoria mediata exige pluralidade de pessoas, por isto não se confunde
com as hipóteses em que o agente utiliza-se de seres irracionais.

Existe concurso de pessoas entre autor mediato e executor


Concurso de pessoas
Autoria mediata

Ocorre a autoria mediata quando o agente se serve de outra pessoa, sem


condições de discernimento, para realizar, por ele, um fato típico. É
mediato o autor porque utiliza-se de um sujeito imediato. Este, que
executa materialmente os elementos do tipo penal, não é, a rigor, autor
imediato, mas sujeito ativo do fato, seja por ausência de crime em relação
a ele ou por ausência de culpabilidade.
A autoria mediata exige pluralidade de pessoas, por isto não se confunde
com as hipóteses em que o agente utiliza-se de seres irracionais.

Os crimes culposos e de mão própria admitem autoria mediata


Concurso de pessoas
Autoria mediata - hipóteses

1. Erro de tipo provocado por terceiro;

2. Inimputabilidade;

3. Coação moral irresistível;

4. Obediência hierárquica.
Concurso de pessoas
Participação

A participação decorre da norma de extensão pessoal e espacial da


figura típica, determinante da subsunção típica mediata ou indireta. É
acessória de um fato principal, por isto inexiste participação sem que
alguém realize atos de execução de um crime consumado ou tentado (ato
principal).

Os crimes de mão própria admitem participação


Concurso de pessoas
Participação – natureza jurídica

Teoria da acessoriedade mínima: é suficiente que a conduta do partícipe aceda a


um comportamento principal que seja fato típico.
Teoria da acessoriedade limitada: contenta-se com a punição do partícipe desde
que ele tenha acedido a um comportamento principal típico e ilícito,
independentemente da culpabilidade do executor.
Teoria da acessoriedade máxima: é indispensável, para a punibilidade do partícipe,
que o autor seja culpável e tenha praticado um fato típico e ilícito.
Teoria da hiperacessoriedade: exige que a punibilidade do partícipe esteja
subordinada à punibilidade in concreto do autor principal, devendo àquele serem
imputadas as circunstâncias agravantes e atenuantes relativas a este.
Concurso de pessoas
Participação – formas

1. Participação moral:
- instigar é reforçar uma idéia preexistente; o agente já tem a idéia do fato
criminoso, que é reforçada pelo partícipe.
- induzir (ou determinar) é fazer surgir a idéia no agente, antes inexistente. Pode
ser manifestado na forma de mandato, paga, promessa, ordem etc.

2. Participação material: exterioriza-se através de um auxílio, uma ajuda


(empréstimo de arma, carona ao local do crime).
Concurso de pessoas
Participação e arrependimento

- Não há punição pela desistência voluntária ou arrependimento eficaz:


a) O arrependido é o autor e desiste da consumação ou impede que o resultado se
produza;
b) O arrependido é o partícipe e consegue evitar que seja atingida a meta optata.
Para alguns, esta hipótese pode gerar, em certos casos, uma situação de tentativa
punível, pois o crime pode não se consumar, em relação ao executor, por
circunstâncias alheias à sua vontade.
Concurso de pessoas
Participação e arrependimento

- Há punição quando o arrependido é o partícipe e resulta inútil o seu esforço


para impedir a execução ou a consumação.
Assevera Mirabete, neste hipótese, que o partícipe, tendo agido para impedir o
resultado, não pode ser considerado causador dele. O que a lei impõe, no §2º, “c”
do art. 13, para aquele que, com seu comportamento anterior, criou o risco da
ocorrência do resultado, é apenas o dever de agir dentro do possível, para impedir
o resultado, e não que consiga efetivamente evitá-lo.
Concurso de pessoas
Participação e Co-autoria
importância da distinção.

Punibilidade: se a participação for de menor importância, a pena pode ser


diminuída de 1/6 a 1/3 (§1º, art.29). A redução da pena varia de acordo com o
grau de participação do agente, ou seja, quanto mais se aproximar do crime,
menor a redução, quanto mais se afastar, maior a redução.
Desvios subjetivos: essa situação ocorre quando o autor principal (executor) comete
delito mais grave do que o pretendido pelo partícipe. Este desvio não pode ser
atribuído ao instigador, que deverá responder pela conduta realizada nos limites
de seu dolo, salvo se previsível o resultado mais grave, quando responde por
aumento de ½ (§2º, art.29).
Concurso de pessoas
Requisitos do concurso de pessoas
1. Pluralidade de condutas;
2. Relevância causal de todas as condutas;
3. Liame subjetivo e normativo: não é obrigatória a existência de acordo prévio
(pactum sceleris), bastando a adesão de vontade do partícipe à ação de executor;
4. Homogeneidade de elementos subjetivo-normativos: não há participação
dolosa em crime culposo, nem culposa em crime doloso. Ademais, nem é
possível participação em crime culposo;
5. Identidade de infração para todos: todos os participantes respondem pelo
mesmo delito. Se o fato delituoso muda sua classificação legal para um dos
concorrentes, a classificação de opera em relação a todos (exceções: arts.124 e
126; art.235; arts. 317 e 333; art.342 e 343; art.29,§2º)
Concurso de pessoas
Outros conceitos
1. Autoria incerta: ocorre quando não se sabe quem foi o causador do resultado na
autoria colateral;
2. Autoria ignorada: ocorre quando não se consegue verificar quem foi o
realizador da conduta;
3. Participação da participação: ocorre quando uma conduta é acessória de outra
acessória (p.ex. o induzimento ao instigador);
4. Participação sucessiva: ocorre quando o mesmo partícipe concorre para a
conduta principal de mais de uma forma;
5. Participação impunível: ocorre quando o fato principal não chega a ingressar na
fase executória (art.31,CP).
Qual a distinção de concurso de pessoas e quadrilha ou bando
Concurso de pessoas
Outros conceitos
1. Autoria incerta: ocorre quando não se sabe quem foi o causador do resultado na
autoria colateral;
2. Autoria ignorada: ocorre quando não se consegue verificar quem foi o
realizador da conduta;
3. Participação da participação: ocorre quando uma conduta é acessória de outra
acessória (p.ex. o induzimento ao instigador);
4. Participação sucessiva: ocorre quando o mesmo partícipe concorre para a
conduta principal de mais de uma forma;
5. Participação impunível: ocorre quando o fato principal não chega a ingressar na
fase executória.
Qual a distinção participação por omissão e participação em crime omissivo
Comunicabilidade de circunstâncias
Circunstâncias objetivas Circunstâncias subjetivas
Desde que
Referem-se a aspectose Desde que Referem-se ao agenteee não Salvo se
ao fato,
objetivos do crime, lid ad como
tais conhecida
o como a reincidência,l idados antecedentes,
elementar
b i b i
tempo, o lugar,
n i cao modo de a
nic a personalidade, a
a conduta social,
m uos meios u
C o
execução, om relativa, a maioridade
menoridade
n c
empregados, as qualidades da I os motivos que levaram à
senil,
vítima etc. prática do crime.
Índice Geral
1. Introdução 6. Concurso de crimes:
2. Classificação das penas: a) concurso material
a) privativa da liberdade b) crime continuado
b) restritiva de direitos c) concurso formal
c) multa 7. Limite das penas
4. Aplicação da pena: 8. Suspensão condicional da pena
a) circunstâncias judiciais 9. Livramento condicional
b) agravantes e atenuantes 10. Efeitos da condenação
c) causas de aumento e diminuição 11. Reabilitação
5. Fixação da pena 12. Medida de segurança
13. Extinção da punibilidade*
Introdução
Teorias sobre a finalidade da Características
Características da
da pena:
pena:
pena:
1.
1. legalidade;
legalidade;
1. teoria absoluta;
2.
2. personalidade;
personalidade;
2. teoria relativa;
3.
3. proporcionalidade;
proporcionalidade;
3. teoria mista.
4.
4. inderrogabilidade.
inderrogabilidade.
Classificação das Penas
Privativa da liberdade
1. Espécies de penas privativas da liberdade:
a) reclusão;
b) detenção;
c) prisão simples (contravenção penal);
2. Regimes penitenciários:
a) aberto;
b) semi-aberto;
c) fechado.
Classificação das Penas
Privativa da liberdade
3. Regime inicial na pena de reclusão:
a) pena imposta superior a 8 anos: regime fechado;
b) pena imposta superior a 4 e inferior a 8 anos: regime semi-
aberto;
c) pena imposta igual ou inferior a 4 anos: regime aberto;
d) condenado reincidente: regime fechado;
e) circunstâncias judiciais desfavoráveis: regime fechado;
f) crime hediondo, tráfico ilícito de entorpecentes e terrorismo:
regime integralmente fechado;
g) crime de tortura ou organização criminosa: regime inicialmente
Classificação das Penas
Privativa da liberdade
3. Regime inicial na pena de reclusão:
reclusão:
a) pena imposta superior a 8 anos: regime fechado;
b) pena imposta superior a 4 e inferior a 8 anos: regime semi-
aberto;
c) pena imposta igual ou inferior a 4 anos: regime aberto;
d) condenado
Súmula 269 reincidente: regime fechado;
e) circunstâncias
A Terceira Seção do judiciais
Superior desfavoráveis: regime
Tribunal de Justiça, emfechado;
22 de maio de
2002, aprovou o seguinte verbete de Súmula:
f) crime hediondo, tráfico ilícito de entorpecentes e terrorismo:
É admissível a adoção dofechado;
regime integralmente regime prisional semi-aberto aos
reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se
g) crimeas
favoráveis decircunstâncias
tortura ou organização criminosa: regime inicialmente
judiciais.
Classificação das Penas
Privativa da liberdade
4. Regime inicial na pena de detenção:
a) pena imposta superior a 4 anos: regime semi-aberto;
b) pena imposta igual ou inferior a 4 anos: regime aberto;
c) condenado reincidente: regime semi-aberto;
d) circunstâncias judiciais desfavoráveis: regime semi-aberto.
Classificação das Penas
Privativa da liberdade
5. Regras do regime fechado:
a) exame criminológico;
b) trabalho interno;
c) trabalho externo.
Classificação das Penas
Privativa da liberdade
6. Regras do regime semi-aberto:
a) exame criminológico;
b) trabalho;
c) saída temporária.
Classificação das Penas
Privativa da liberdade
7. Regras do regime aberto:
a) requisitos;
b) condições;
c) prisão albergue domiciliar;
d) inexistência de caso de albergado: posição do Superior Tribunal
de Justiça e do Supremo Tribunal Federal.
Classificação das Penas
Privativa da liberdade
8. Progressão:
- requisito objetivo: 1/6 da pena;
- requisito subjetivo: mérito do condenado recomenda (art.112, LEP).
9. Regressão - hipóteses:
- fato definido como doloso ou falta grave (art. 50, LEP);
- condenação por crime anterior cuja pena, somada ao remanescente,
torna incabível o regime (art. 118, LEP);
- frustração dos fins da execução da pena (regime aberto);
- inadimplemento da multa cumulativamente aplicada (regime aberto).
Classificação das Penas
Privativa da liberdade
10. Superveniência de doença mental:
“O condenado a quem sobrevém doença mental deve ser recolhido
a hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, a outro
estabelecimento adequado.” (art. 41, CP)
Classificação das Penas
Privativa da liberdade
11. Remição (art. 126, §1o, LEP) - particularidades:
- tempo remido é pena cumprida;
- remição tem caráter geral, aplicando-se aos crimes hediondos;
- depende de declaração judicial, após oitiva do Ministério Público;
- trabalhos artesanais não dão direito à remição;
- falta grave apaga o tempo remido (art.127, LEP).
Classificação das Penas
Privativa da liberdade
12. Detração:
“Computam-se, na pena privativa da liberdade e na medida de
segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil e no estrangeiro,
o de prisão administrativa e o de internação em qualquer dos
estabelecimentos referidos no artigo anterior.” (art. 42, CP)

- Competência exclusiva do Juízo da Execução (art.66, III, c);

- É possível em caso de conexão ou continência de delitos.


Classificação das Penas
Restritiva de Direitos
1. Espécies de penas restritivas de direitos:
a) prestação pecuniária;
b) perda de bens e valores;
c) prestação de serviços à comunidade;
d) interdição temporária de direitos;
e) limitação de fim de semana.
Classificação das Penas
Restritiva de Direitos
2. Requisitos cumulativos para substituição da pena:
a) pena privativa de liberdade não superior a 4 anos*;
b) crime sem violência ou grave ameaça à pessoa;
c) réu não reincidente em crime doloso**;
d) culpabilidade, antecedentes, conduta social e personalidade do
condenado, bem como motivos e circunstâncias do crime assim o
indicarem.
* Em crime culposo não há limite de pena;
** Se o condenado for reincidente, excepcionalmente pode-se aplicar a pena substitutiva.
Classificação das Penas
Restritiva de Direitos
3. Aplicação das penas substitutivas – hipóteses:
a) condenação igual ou inferior a 1 ano;
b) condenação superior a 1 ano.

Questionamentos:
-o que ocorre se houver descumprimento da pena substitutiva?
-se sobrevier outra condenação, o que deve fazer o juiz?
-é possível a substituição quando se tratar de crime de tráfico?
Classificação das Penas
Restritiva de Direitos
4. PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA:
Consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou
a entidade pública ou privada com destinação social, de importância
fixada pelo juiz, não inferior a 1 (um) salário mínimo nem superior
a 360 (trezentos e sessenta) salários mínimos.

Prestação pecuniária difere da multa: As multas destinam-se ao


Fundo Penitenciário, enquanto a prestação pecuniária é devida à
vítima, dependentes ou às entidades fixadas pela lei.
Classificação das Penas
Restritiva de Direitos
5. PERDA DE BENS OU VALORES:
Consiste na perda de bens e valores pertencentes ao condenado em
favor do Fundo Penitenciário Nacional, ressalvada a legislação
especial. O limite máximo da perda será – o que for maior – o
montante do prejuízo causado ou o do proveito obtido pelo agente
ou por terceiro, em conseqüência da prática do crime.
Perdimento de bens difere do confisco: o confisco não é pena
principal, mas efeito extrapenal da condenação e recai sobre
instrumentos, produtos e proveito do crime (art. 91, II, a e b, CP). A
perda de bens o valores é pena principal e atinge bens e valores de
origem lícita.
Classificação das Penas
Restritiva de Direitos
6. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE:
Consiste na atribuição ao condenado, quando sofrer pena superior
a seis meses de privação da liberdade, de tarefas gratuitas junto a
entidades assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e outros
estabelecimentos congêneres, em programas comunitários (ou
estatais) ou a entidades públicas.
Classificação das Penas
Restritiva de Direitos
7. INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITOS - modalidades:
a) proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública,
bem como de mandato eletivo;
b) proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que
dependam de habilitação especial, de licença ou autorização do
poder público;
c) suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo;
d) proibição de freqüentar determinados lugares.
Classificação das Penas
Restritiva de Direitos
8. LIMITAÇÃO DE FIM DE SEMANA:
Consiste na obrigação do condenado de permanecer ao sábados e
domingos, por cinco horas diárias, em casa de albergado ou
estabelecimento similar (art. 93, LEP), podendo ser ministrado aos
condenados, durante a permanência, cursos, palestras ou atividades
educativas.
Classificação das Penas
Multa
“A pena de multa consiste no pagamento ao fundo
penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa.
Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 (trezentos e
sessenta) dias-multa.
“O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser
inferior a um trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao
tempo do fato, nem superior a 5 (cinco) vezes esse salário.
“O valor da multa será atualizado, quando da execução, pelos
índices de correção monetária.” (art. 49 e §§).
Classificação das Penas
Multa
1. Critérios para fixação da multa:
I – quantidade de dias-multa: entre 10 e 360;
II – valor do dia-multa: 1/30 até 5 salários mínimos vigentes à
época do crime;
III – quantidade X valor = multa

-O valor do dia-multa toma por base a “situação econômica” do


condenado.
-Existe divergência quanto ao critério de fixação para o número de
dias-multa.
Classificação das Penas
Multa
2. Termo inicial da correção monetária – posições:
- a partir da citação do condenado para pagamento;
- a partir do trânsito em julgado da sentença condenatória;
- a partir da data do fato: súmula 43 do STJ.
-Conversão da multa em detenção: abolida com a lei 9268/96;
-Conversão da detenção em multa: “cominadas, cumulativamente, em lei
especial, penas privativa de liberdade e pecuniária, é defeso a substituição da
prisão por multa.” (súm. 171 do STJ)
-Multa no concurso de crimes: penas aplicadas distinta e integralmente (art.72,
CP).
Aplicação da Pena
ATENUANTES
AGRAVANTES E

CIRCUNSTÂNCIAS
CIRCUNSTÂNCIAS
JUDICIAIS
JUDICIAIS
AGRAVANTES E
ATENUANTES
Aplicação da Pena

CIRCUNSTÂNCIAS
CIRCUNSTÂNCIAS
JUDICIAIS
JUDICIAIS
Aplicação da Pena
CAUSASDE
CAUSAS
AGRAVANTESDE
E
AUMENTOEE
AUMENTO
ATENUANTES
DIMINUIÇÃO
DIMINUIÇÃO

CIRCUNSTÂNCIAS
CIRCUNSTÂNCIAS
JUDICIAIS
JUDICIAIS
Aplicação da Pena
1. Referentes ao agente:
- culpabilidade;
- antecedentes;
- conduta social;
- personalidade.

CIRCUNSTÂNCIAS
CIRCUNSTÂNCIAS
JUDICIAIS
JUDICIAIS
Aplicação da Pena
2. Referentes ao crime:
- motivos;
- circunstâncias;
- conseqüências.

CIRCUNSTÂNCIAS
CIRCUNSTÂNCIAS
JUDICIAIS
JUDICIAIS
Aplicação da Pena
3. Referentes à vítima:
- comportamento.

CIRCUNSTÂNCIAS
CIRCUNSTÂNCIAS
JUDICIAIS
JUDICIAIS
Aplicação da Pena
1. REINCIDÊNCIA:
- alcance da reincidência;
- reincidência específica;
AGRAVANTES E - reincidência especial;
ATENUANTES
- efeitos da reincidência.
Aplicação da Pena
2. Motivo fútil;
3. Motivo torpe;
4. Finalidade de facilitar ou
assegurar a execução,
AGRAVANTES E
ocultação, impunidade ou
ATENUANTES
vantagem de outro crime;
5. traição, emboscada,
dissimulação, ou outro
recurso que dificultou ou
tornou impossível a defesa
do ofendido.
Aplicação da Pena
6. Emprego de veneno, fogo,
explosivo, tortura, ou outro
meio insidioso ou cruel, ou
de que podia resultar perigo
comum;
AGRAVANTES E
ATENUANTES 7. Contra ascendente,
descendente, irmão ou
cônjuge;
8. Abuso de autoridade ou
prevalecendo-se de relações
domésticas, de coabitação ou
de hospitalidade;
Aplicação da Pena
9. Abuso de poder ou violação
de dever inerente a cargo,
ofício, ministério ou
profissão;
AGRAVANTES E 10. Contra criança, velho,
ATENUANTES enfermo ou mulher grávida;
11. Quando o ofendido estava
sob imediata proteção da
autoridade;
12. Ocasião de incêndio,
naufrágio, inundação ou
qualquer calamidade pública,
ou desgraça particular;
Aplicação da Pena
13. Embriaguez preordenada;
14. Agravantes no concurso de
pessoas:
- promove ou organiza;
AGRAVANTES E
ATENUANTES - coage ou induz;
- instiga ou determina;
- pratica mediante paga ou
promessa de pagamento.
Aplicação da Pena
1. MENOR DE 21 E MAIOR
DE 70*;
2. Desconhecimento da lei;
3. Motivo de relevante valor
AGRAVANTES E
social ou moral;
ATENUANTES
4. Tentativa de evitar ou
minorar as conseqüências do
crime, ou reparação do dano
antes do julgamento;

* “Para efeitos penais, o reconhecimento da menoridade do réu requer prova por


documento hábil.” (súmula 74 do STJ)
Aplicação da Pena
5. Coação resistível,
cumprimento de ordem de
autoridade superior e
influência de violenta
emoção;
AGRAVANTES E
ATENUANTES 6. Confissão espontânea;
7. Influência de multidão;
8. Atenuantes inominadas.
Aplicação da Pena
CAUSASDE
CAUSAS DE
AUMENTO EE
AUMENTO
DIMINUIÇÃO
DIMINUIÇÃO
1. Exemplos na parte geral:
- cooperação dolosamente distinta
(art.29,§2o);
- majoração da multa (art. 60, §1o)
Aplicação da Pena
CAUSASDE
CAUSAS DE
AUMENTO EE
AUMENTO
DIMINUIÇÃO
DIMINUIÇÃO
2. Exemplos da parte especial:
- inobservância de regra técnica em
homicídio culposo (art. 121, §4o);
- emprego de arma no roubo
(art.157,§2o)*.

* Cancelada a súmula do Superior Tribunal de Justiça acerca da arma de


brinquedo, ou simulacro de arma de fogo.
Aplicação da Pena
CAUSASDE
CAUSAS DE
AUMENTO EE
AUMENTO
DIMINUIÇÃO
DIMINUIÇÃO
1. Exemplos na parte geral:
- crimes tentados (art.14, II);
- arrependimento posterior (art.16);
- erro de proibição evitável (art.21);
- participação de menor importância
(art.29,§1o)
Aplicação da Pena
CAUSASDE
CAUSAS DE
AUMENTO EE
AUMENTO
DIMINUIÇÃO
DIMINUIÇÃO
2. Exemplos na parte especial:
- homicídio privilegiado (art.121,§1o);
- furto privilegiado (art.155,§2o).

Causas de aumento e diminuição diferem das qualificadoras: As qualificadoras


são aquelas previstas na parte especial que, agregadas à figura típica fundamental, têm
função de aumentar a pena. Diferem das causa de aumento, porque nestas a norma legal
prevê uma fração de aumento (v.g., um a dois terços), enquanto nas qualificadoras os limites
mínimo e máximo da pena abstrata já vêm majorados no próprio dispositivo penal.
Fixação da Pena
CAUSASDE
CAUSAS DE 3a fase
AUMENTOEE
AUMENTO
DIMINUIÇÃO
DIMINUIÇÃO

AGRAVANTES E
ATENUANTES
2a fase

CIRCUNSTÂNCIAS
CIRCUNSTÂNCIAS
JUDICIAIS
JUDICIAIS
1a fase

SISTEMA TRIFÁSICO
Fixação da Pena
- No concurso de agravantes
e atenuantes, devem-se
observar as circunstâncias
preponderantes, quais sejam,
motivos do crime,
AGRAVANTES E
personalidade do agente e
ATENUANTES
reincidência.
- A menoridade sempre
prepondera.
- Circunstâncias subjetivas
preponderam sobre
objetivas.
Fixação da Pena
CAUSASDE
CAUSAS DE
AUMENTO EE
AUMENTO
DIMINUIÇÃO
DIMINUIÇÃO
“No concurso de causas de aumento ou de
diminuição previstas na parte especial,
pode o juiz limitar-se a um só aumento ou
a uma só diminuição, prevalecendo,
todavia, a causa que mais aumente ou
diminua.” (art. 68, p.ún.)
Concurso de Crimes
Concurso de Crimes

Concurso
Material

Crime
Continuado

Concurso
Formal
Concurso de Crimes

Concurso
Cúmulo
Material
material

Exasperação
Crime
Continuado
de 1/6 a 2/3

Exasperação
Concurso
Formal
de 1/6 a 1/2
Concurso de Crimes

“Quando o agente, mediante mais de uma ação ou


omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos Concurso
ou não, aplicam-se cumulativamente as penas Material
privativas de liberdade em que haja incorrido.”
(art. 69)
- Modalidades:
a) concurso material homogêneo;
b) concurso material heterogêneo.
Concurso de Crimes
“Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou
mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar,
maneira de execução e outras semelhantes, devendo os subseqüentes
ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um
só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em
qualquer caso, de um sexto a dois terços.” (art.71)

Crime
Continuado
Concurso de Crimes
- Crime continuado específico: “nos crimes dolosos, contra vítimas
diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o
juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a
personalidade de agente, bem como os motivos e as circunstâncias,
aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se
diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70
e do art. 75 deste Código.”

Crime
Continuado
Concurso de Crimes
Teorias sobre o crime continuado:
- Teoria objetiva/subjetiva: para se reconhecer a continuidade delitiva é
exigido, além dos elementos objetivos, unidade de dolo (unidade de
desígnios). O STJ e STF tendem para esta teoria.
- Teoria puramente objetiva: deduz o conceito de condutas continuadas
dos elementos exteriores da homogeneidade. É a adotada no CP.

Crime
Continuado
Concurso de Crimes
“Quando o agente, mediante uma só
ação ou omissão, pratica dois ou mais
crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe
a mais grave das penas cabíveis ou, se
iguais, somente uma delas, mas
aumentada, em qualquer caso, de um
sexto até metade.” (art.70)

Concurso
Formal
Concurso de Crimes
concurso formal impróprio:
“As penas aplicam-se, entretanto,
cumulativamente, se a ação ou
omissão é dolosa e os crimes
concorrentes resultam de desígnios
autônomos, consoante o disposto no
artigo anterior.” (art.70, in fine)
Concurso material benéfico:
“Não poderá a pena exceder a que seria
cabível pela regra do art. 69 deste
Código.” (art.70,p.ún.)
Concurso
Formal
Limite das Penas
3a condenação
2a condenação
1a condenação
Roubo com
Extorsão resultado
mediante morte
seqüestro
Homicídio qualificado

14 anos de reclusão à O 18
56-26=30
56
42
24 anos de reclusão
18 anos de reclusãoAÇ
I C
I F
UN

-O instituto da unificação de penas não se aplica para fins de concessão de


benefícios como o livramento condicional, a progressão, a remissão etc.
Sursis

Suspensão Condicional da Pena


1. Conceito: em regra, a pena privativa de liberdade não superior a dois
anos pode ter sua execução suspensa, por um período de dois a
quatro anos, mediante o cumprimento, pelo réu, de determinadas
condições estabelecidas pelo juiz. O sursis é um direito subjetivo do
condenado que atende seus requisitos.
2. Modalidades:
a) sursis simples; c) sursis etário;
b) sursis especial; d) sursis humanitário.
Sursis

Requisitos subjetivos:
1. não seja o condenado reincidente;
2. a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do
agente, bem como os motivos e as circunstâncias do crime autorizem;
Condições judiciais do sursis: art.79 do CP.
-No sursis especial todas as circunstâncias do art.59 devem ser favoráveis;
-Sursis Vs. Substituição da pena: o sursis só é cabível quando não for possível
a substituição da pena privativa da liberdade pela restritiva de direitos.
Sursis
Causas de revogação obrigatória:
1. Condenação, em sentença irrecorrível, por crime doloso (art. 81, I);
2. Frustração da execução da pena de multa ou não reparação do dano,
sem motivo justificado;
3. Omissão em prestar serviços à comunidade ou não submissão à
limitação de fim de semana.

Revogação do Sursis
Sursis
Causas de revogação facultativa:
1. Descumprimento de qualquer outra condição imposta;
2. Condenação irrecorrível, por crime culposo ou contravenção, a pena
privativa da liberdade ou restritiva de direitos.

-Prorrogação do período de prova: se o condenado estiver respondendo a


outro processo, por crime ou contravenção.

Revogação do Sursis
Livramento Condicional
Conceito:
“é a concessão, pelo poder jurisdicional, da liberdade
2/3 antecipada ao condenado, mediante a existência de
pressupostos e condicionada a determinadas exigências
durante o restante da pena que deveria cumprir preso.”
Requisito temporal:
1/2
1. Condenado não-reincidente: cumprido mais de 1/3 da
pena;
2. Condenado reincidente: cumprido mais de 1/2 da pena;
1/3 3. Condenado por crime hediondo, tortura, tráfico ilícito de
entorpecentes e terrorismo: cumpridos mais de 2/3 da
pena.
Livramento Condicional
Demais requisitos:
1. Condenação a pena privativa da liberdade igual ou superior
2/3 a 2 anos;
2. Comportamento satisfatório, bom desempenho no trabalho
que lhe foi atribuído e aptidão para prover a própria
subsistência;
1/2
3. Reparação do dano.
-Reincidência “especial”: se o apenado for “reincidente
específico” em crimes hediondos ou assemelhados, não pode ser
beneficiado pelo livramento condicional.
1/3
-Requisito para o condenado por crime doloso cometido
com violência ou grave ameaça à pessoa: a concessão do
livramento ficará subordinada à constatação de condições que façam
presumir que o liberado não voltará a delinqüir.
Livramento Condicional
Concessão: atendidos os requisitos legais o juiz, após
parecer do Conselho Penitenciário e ouvido o Ministério
2/3 Público, concederá o livramento condicional.
Condições obrigatórias:
1. Obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável;

1/2 2. Comunicar periodicamente ao juiz sua ocupação;


3. Não mudar do Juízo da Execução, sem autorização;
Condições facultativas:

1/3 1. Não mudar de residência sem comunicação;


2. Recolher-se à habitação em hora fixada;
3. Não freqüentar determinados lugares.
Livramento Condicional
Revogação do Livramento Condicional

1. Causas de revogação obrigatória:


- condenação a pena privativa da liberdade em sentença
irrecorrível (art.86);
- cometimento de crime durante a vigência do benefício;
- crime anterior, observado o art. 84.
2. Causas de revogação facultativa:
- O juiz poderá revogar o livramento condicional se o
liberado deixar de cumprir qualquer das obrigações
constantes da sentença, ou for irrecorrivelmente
condenado, por crime ou contravenção, a pena que não
seja privativa de liberdade.
Livramento Condicional
Revogação do Livramento Condicional

3. Efeitos da revogação – hipóteses:


- condenação por crime anterior ao período de prova
(art.141,LEP);
- condenação por crime praticado durante o período de
prova (art.142,LEP);
- descumprimento de condições impostas na sentença.
Livramento Condicional
Período de Prova

4. Extinção da pena:
Se, até o término do período de prova, o livramento não é
revogado, considera-se extinta a pena privativa de
liberdade (art.90).
A sentença é meramente declaratória, de forma que a
extinção da punibilidade é contada a partir do término do
período de prova, e não da data da decisão.
Livramento Condicional
Período de Prova

5. Prorrogação do período de prova:


O juiz não poderá declarar extinta a pena enquanto não
passar em julgado a sentença em processo a que
responde o liberado, por crime cometido na vigência do
livramento (art. 89).
Neste caso, o período de prova é prorrogado até que
transite em julgado a sentença em relação à nova
infração penal (art. 145, LEP).
Em caso de condenação, o livramento será revogado e em
caso de absolvição, será decretada a extinção da
punibilidade.
Efeitos da Condenação

secundário
primário
efeito penal
específico genérico efeito extrapenal
Efeitos da Condenação

secundário
Imposição da pena ou da
primário medida de segurança.
efeito penal
específico genérico
Efeitos da Condenação
1. Revogação (facultativa ou
obrigatória) do sursis
anteriormente concedido;
secundário
2. Revogação (facultativa ou
primário
obrigatória) do livramento
efeito penal condicional;
específico genérico 3. Caracterização da
reincidência;
4. Aumento do prazo da
prescrição quando caracterizar
a reincidência;
5. Revogação da reabilitação;
Efeitos da Condenação
6. Possibilidade de argüição de
exceção da verdade nas
hipóteses de calúnia e
secundário
difamação;
primário
7. Inscrição do nome do
efeito penal condenado no rol de culpados.
específico genérico
Efeitos da Condenação

secundário
1. Tornar certa a obrigação de
primário
indenizar o dano causado
pelo crime;
2. A perda em favor da União,
específico genérico efeito extrapenal
ressalvado o direito do
lesado ou de terceiro de
boa-fé:
a) do instrumento do crime;
b) do produto do crime.
Efeitos da Condenação
1. Perda de cargo,
função pública ou
mandato eletivo; secundário
2. Incapacidade para o primário
exercício do pátrio
poder, tutela ou
curatela; específico genérico efeito extrapenal
3. Inabilitação para
dirigir veículos.

- Os efeitos mencionados não são automáticos, devendo ser motivadamente


declarados na sentença.
Reabilitação
1. Conceito:
É a declaração judicial de que estão cumpridas
ou extintas as penas impostas ao sentenciado,
que assegura o sigilo dos registros sobre o
processo e atinge outros efeitos da condenação.
Não extingue a punibilidade, mas apenas faz
com que fiquem suspensos condicionalmente
alguns efeitos da condenação.
2. Pressupostos:
Decorrência de dois anos do dia em que foi
extinta a pena ou terminar sua execução,
computando-se o período de prova do sursis e
do livramento condicional.
Reabilitação
3. Requisitos:
a) domicílio no país no prazo de dois anos, a
contar do cumprimento ou da extinção da pena;
b) demonstração efetiva e constante de bom
comportamento público e privado;
c) prova de ressarcimento do dano causado, ou
de impossibilidade de fazê-lo, até o dia do pedido,
salvo se exibir documento que comprove a
renúncia da vítima ou novação da dívida.
Reabilitação
4. Efeitos:
a) sigilo dos registros sobre o processo;
b) sustação efeitos extrapenais específicos.

5. Revogação:
Revogável de ofício ou a requerimento do MP se
o reabilitado é condenado, como reincidente,
por decisão definitiva, à pena que não seja de
multa (art. 95).
Medida de Segurança
1. Conceito:
É uma modalidade de sanção penal de caráter
preventivo e assistencial, reservada aos
inimputáveis e semi-imputáveis.
Enquanto a aplicação da pena tem por
fundamento a culpabilidade do acusado, a medida
de segurança baseia-se na periculosidade do
condenado.

2. Sistemas:
a) duplo binário;
b) vicariante.
Medida de Segurança
3. Pressupostos:
Para que seja possível a medida de segurança é
necessário que o agente, inimputável ou semi-
imputável, pratique um fato típico e ilícito (punível) e
tenha reconhecida sua periculosidade (real ou
presumida).
Inexiste medida de segurança para o réu
imputável, ainda que perigoso.
4. Competência:
A medida de segurança é aplicada pelo juiz da
condenação.
-Na hipótese de superveniência de doença mental, será aplicada
medida de segurança substitutiva pelo juiz da execução (art. 183,
LEP)
Medida de Segurança
5. Procedimento:
Ao reconhecer a inimputabilidade do réu, o juiz
decreta a absolvição e impõe a medida de
segurança.
Em caso de semi-imputabilidade do réu, pode o
juiz optar pela redução da pena (art. 26, p.ún.,CP) ou
substituição da mesma por medida de segurança.

-Sentença absolutória imprópria: denominação doutrinária para a


decisão que absolve o inimputável mas aplica-lhe a medida de
segurança.
-Sentença condenatória imprópria: denominação doutrinária para a
decisão que aplica imediatamente a pena restritiva de direitos nos
Juizados Especiais Criminais em caso de transação penal.
Medida de Segurança
6. Prazo mínimo: 1 a 3 anos (art. 97, §1o e 98).
A medida de segurança só fica extinta após um
ano da liberação ou desinternação, se não ocorrer
nesse período fato indicativo da persistência da
periculosidade. Após o transcurso do prazo mínimo,
não sendo reconhecido o fim da periculosidade, a
perícia deverá ser repetida ano a ano, ou a qualquer
tempo, por ato do juiz da execução.

-Prazo máximo: não há, a priori, prazo máximo para a medida de


segurança, mantendo-se seu vigor enquanto não cessada a
periculosidade.
-Medida de segurança e extinção da punibilidade: em qualquer
caso de extinção de punibilidade não se impõe a medida de
segurança (art.96, p.ún.)
Medida de Segurança
7. Modalidades:
a) medida de segurança detentiva: nos casos em
que o fato previsto como crime for apenado com
reclusão.
b) tratamento ambulatorial: nos casos em que o
fato previsto como crime for apenado com pena
distinta da reclusão.

Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar


a internação do agente, se essa providência for necessária para fins
curativos (art.97, §4o).
Extinção da punibilidade
9 incisos com causas de
extinção da punibilidade
previstas no art.107 do Código
Penal.
7 causas previstas em outros
dispositivos.
Extinção da punibilidade
Índice específico

Art. 107 Extingue-se a punibilidade:


1. Morte do agente;
2. Anistia, graça ou indulto;
3. Abolitio criminis;
4. Prescrição, decadência, perempçã
o
;
Extinção da punibilidade
Índice específico

Art. 107 Extingue-se a punibilidade:


5.
Renúncia do direito de queixa ou
perdão aceito
;
6. Retratação;
7. Casamento do agente com a vítim
a
;
Extinção da punibilidade
Índice específico

Art. 107 Extingue-se a punibilidade:


8.
Casamento de terceiro com a víti
ma
;
9. Perdão judicial.
Extinção da punibilidade
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1. Morte do agente:
Em decorrência do princípio constitucional de que nenhuma pena passará da
pessoa de delinqüente (art.5o, XLV, 1a parte), não é possível a aplicação de
pena aos descendentes do agente falecido, ainda que seja a pena de multa.
Poderá, entretanto, a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento
de bens ser, nos termos da lei, estendida aos sucessores e contra eles
executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido.
Extinção da punibilidade
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2. a. Anistia:
É o esquecimento jurídico do fato criminoso. Somente pode ser concedida por lei,
com caráter de generalidade, abrangendo fatos e não pessoas. Possui efeitos
ex tunc, apagando o crime, extinguindo a punibilidade e demais
conseqüências de natureza penal.
Não faz desaparecer os efeitos civis da condenação.
Pode ser concedida antes da sentença final ou depois da condenação irrecorrível.
Extinção da punibilidade
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2. b. graça ou indulto:
Graça (também considerada indulto individual) destina-se a pessoa determinada
e não a um fato.
O indulto coletivo abrange um grupo de sentenciados e normalmente alcança os
beneficiários tendo em vista a duração das penas que lhes foram aplicadas,
podendo exigir requisitos subjetivos (p.ex. primariedade) e objetivos (p.ex.
cumprimento de parte da pena).
A concessão do indulto é de competência do Presidente da República, podendo
delegar tais poderes a Ministro de Estado ou outras autoridades.

-A concessão do indulto faz extinguir somente as sanções mencionadas no respectivo


decreto, permanecendo os demais efeitos civis e penais da sentença condenatória.
-Proibição do benefício: a prática de tortura, tráfico, terrorismo e crime hediondos são
insuscetíveis de graça (indulto) ou anistia (art.5o, XLIII,CF).
Extinção da punibilidade
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3. Abolitio criminis:
A punibilidade é extinta pela retroatividade da lei que não mais considera o fato
como criminoso (art.107,III), pois, ninguém pode ser punido por fato que lei
posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e
os efeitos penais da sentença condenatória (art.2o).
A necessidade de reparação do dano permanece, por ser efeito civil.
Extinção da punibilidade
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4.a. Decadência:
Ocorre a decadência quando o ofendido perde o direito de exercitar a
representação ou ação privada por não tê-lo feito no prazo previsto em lei.
Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou
de representação se não o exerce dentro do prazo de seis meses contado do
dia em que veio a saber quem é o autor do crime; ou a partir do dia em que
se esgota o prazo para o oferecimento da denúncia, no caso de queixa
subsidiária da ação penal pública (art. 103).
- O direito de queixa ou representação cabe:a) ao representante legal se o ofendido é menor de 18
anos; b) a ambos, se o ofendido tiver idade entre 18 e 21 anos.
- Se o ofendido for menor de 18 anos e seu representante legal não toma conhecimento do fato, ao
completar 18 anos começa o prazo de 6 meses contra o ofendido.
- Se o representante legal toma conhecimento do fato antes do ofendido completar 18 anos, conta-
se o prazo de 6 meses para o representante legal, sem prejuízo do prazo para o ofendido, após
completar 18 anos.
Extinção da punibilidade
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4.b.Perempção – hipóteses:
a) O querelante deixa de promover o andamento do processo durante 30 dias
seguidos;
b) Falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em
juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 dias, qualquer das
pessoas a quem couber fazê-lo;
c) O querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do
processo, ou deixar de formular pedido de condenação nas alegações finais;
d) Sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.
- A perempção somente é aplicável às ações exclusivamente privadas; sendo ação
penal subsidiária, deve o Ministério Público retomar a ação.
- Há decisão de turma do STJ no sentido de que a ausência do querelante na audiência
de conciliação, em procedimento dos crimes contra a honra, não causa perempção.
Extinção da punibilidade
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5.a. Renúncia do direito de queixa:


A renúncia do direito de queixa pelo ofendido significa sua desistência do direito
de ação, o que faz extinguir a punibilidade.
A renúncia não é cabível quando se trata de ação pública ou após o oferecimento
da queixa.
- Modalidades:
Expressa: declaração assinada pelo ofendido;
Tácita: quando ofendido pratica ato incompatível com a vontade de exercer o
direito de queixa.
-Princípio da indivisibilidade: a renúncia ao direito de queixa em relação a um dos autores
do crime a todos se estende (art.49,CPP).
-Composição dos danos civis nos Juizados Especiais: importa em renúncia ao direito
de queixa (art.74, da Lei dos Juizados Especiais).
Extinção da punibilidade
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5.b. Perdão oferecido pelo ofendido e aceito pelo querelado:


O perdão do ofendido, cabível somente na ação penal exclusivamente privada, é
a revogação do ato praticado pelo querelante, que desiste do prosseguimento
da ação penal.
É cabível até o trânsito em julgado sentença penal condenatória.
Pode ser concedido pelo ofendido, seu representante legal (quando menor de 18
anos) ou por procurador com poderes especiais, sendo vedado ao defensor
dativo fazê-lo.

-Princípio da indivisibilidade: o perdão concedido a um dos querelados a todos


aproveita.
-Ato bilateral: diferentemente da renúncia ao direito de queixa, que é ato unilateral, o
perdão exige aquiescência do querelado; todavia, a recusa de um dos querelados não
prejudica os demais.
Extinção da punibilidade
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6. Retratação:
Retratação significa retirar o que disse, confessar que errou, dar mostras de
arrependimento afetivo.
Os crimes de calúnia e difamação (art.143) admitem retratação; a injúria não.
A retratação deve ser feita pela querelado antes de proferida a sentença, não
aproveitando aos co-autores, e só é válida como causa extintiva da
punibilidade quando prestada de forma irrestrita e incondicional.
É cabível a retratação nos crimes contra a honra praticados pela imprensa
(art.26, lei 5250/67).
Igualmente é possível nos crimes de falso testemunho e falsa perícia (art.342,
§3o), caso em que deverá ser prestada antes da sentença no processo em
que houve a perjúrio ou a falsa perícia. Neste particular, a retratação
comunica-se aos participantes (co-autores ou partícipes).
Extinção da punibilidade
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7. Casamento do agente com a vítima


Ao casar com sua própria vítima, nos crimes contra os costumes (art.213 a
220,CP), o agente tem sua punibilidade extinta. O simples concubinato não
extingue a punibilidade*.
Consentindo a vítima (menor) com o casamento, mas havendo oposição injusta
de seus pais, poderá obter suprimento judicial para o matrimônio.
Se o casamento for anterior a sentença, a apreciação do mérito fica prejudicada;
se posterior ao trânsito em julgado da condenação, extingue-se a pena, mas
remanescem os efeitos secundários da sentença.

* Há decisão de turma do Superior Tribunal de Justiça no sentido de que o concubinato


é hábil a extinguir a punibilidade do agente nos crimes contra o costumes cometidos
com violência presumida.
Extinção da punibilidade
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8. Casamento de terceiro com a vítima – requisitos:


a) O crime contra a liberdade sexual praticado pelo agente tenha sido sem
violência real ou grave ameaça;
b) A vítima não requeira o prosseguimento do inquérito policial ou da ação
penal no prazo de sessenta dias a contar da celebração.

Se a violência é ficta, também extingue-se aa punibilidade.

Transitada em julgado a sentença condenatória, torna-se impossível a


extinção da punibilidade.
Na hipótese de casamento de terceiro com a vítima, há uma condição de
“prosseguibilidade” referente a requerimento da vítima a ser procedido em 60 dias.
Extinção da punibilidade
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9. Perdão judicial: é o instituto pelo qual o juiz, embora reconhecendo
comprovada a prática de fato típico e ilícito pelo agente culpável, deixa de lhe
aplicar a pena. Não depende de aceitação do acusado.
Hipóteses no Código Penal: 1. homicídio culposo (art.121,§5º); 2. art.129,§8º (lesão
corporal culposa); 3. injúrias recíprocas (art.140,§1º, I e II); 4. apropriação
indébita previdenciária (art.168-A, §3º); 5. outras fraudes (art.176, p.ún.);
6.receptação culposa (art.180, §3º); 7. adultério (art.240,§4º, I e II); 8. parto
suposto (art.242, p.ún.); 9. subtração de incapazes (art.249,§2º); 10. sonegação
previdenciária(art.337-A, §2º).
Hipóteses na Lei de Contravenções Penais: 1. erro de direito (art.8º); 2.
associação secreta (art.39, §2º).
Hipótese na Lei de Imprensa (lei 5.250/67): 1. injúria recíproca (art.22, p.ún.).
Hipótese na Lei de proteção a testemunhas (lei 9.807/99): 1. art.13.
Hipótese na Lei de crimes de “lavagem de dinheiro” (lei 9.613/98): 1. art.1º,§5º.
Extinção da punibilidade
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Natureza Jurídica da sentença concessiva do perdão judicial:
a) condenatória: a sentença que concede o perdão judicial é condenatória, uma vez
que só se pode perdoar o culpado. Para os que adotam este entendimento, o juiz
deve, antes de conceder o perdão judicial, verificar se há prova do fato e da
autoria, se há causa de exclusão da ilicitude e da culpabilidade, para, então,
condenar o réu e deixar de aplicar a pena concedendo o perdão. Este
entendimento é reforçado pelo art.102,CP, que expressamente diz que a
sentença que concede o perdão judicial não será considerada para efeitos de
reincidência (esta é a posição de parte da doutrina e do STF).
b) Declaratória: a sentença que concede o perdão judicial é meramente declaratória
de extinção da punibilidade, dela não subsistindo qualquer efeito penal ou
extrapenal. “A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória de extinção
da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório.” (súmula 18, STJ).
Extinção da punibilidade
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tempo
20 Prescrição

16

12

pena
1 2 4 8 12
Extinção da punibilidade
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Natureza
20jurídica:
tempo a prescrição constitui matéria
Prescrição
de direito penal, e não de direito processual,
tanto que16se inclui entre as causas extintivas da punibilidade
previstas no CP (art.107,IV).
12
Imprescritibilidade: os crimes de racismo (lei nº7716/89), bem
como as ações de grupos armados, civis ou militares, contra a
8
ordem constitucional e o Estado Democrático, previstos como
crimes contra a Segurança Nacional (lei nº7170/83), são
4
imprescritíveis (art.5º, XLII e XLIV, CF). Os crimes hediondos e
assemelhados são prescritíveis.
2
Penas restritivas de direitos: aplica-se às penas restritivas de
direitos os mesmos prazos para as privativas da liberdade
(art.107,p.ún.). pena
1 2 entre
Qual a diferença 4 prescrição
8 e12
decadência em Direito Penal
Extinção da punibilidade
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PPP: Prescrição da Pretensão Punitiva


Prescrição
Conceito: após determinado espaço de tempo previsto
em lei, o Estado perde o poder-dever de apreciar a lide
surgida da prática da infração penal e aplicar a pena
respectiva.
Efeitos: tem como efeito impedir o início da ação
penal (trancamento do inquérito policial) ou
interromper o curso da persecução penal em juízo
(trancamento da ação penal). A PPP afasta todos os
efeitos, principais e secundários, penais e extrapenais,
da condenação, não podendo esta constar da folha de
antecedentes do acusado, salvo quando requisitada por
juiz criminal.
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PPP: Prescrição da Pretensão Punitiva


Prescrição
Reconhecimento da PPP: pode ser reconhecida em
qualquer fase da ação penal, de ofício pelo juiz, ou
mediante requerimento das partes. Uma vez operada
a PPP antes do julgamento do mérito, o juiz fica
impedido de apreciá-lo, não podendo condenar nem
absolver.
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PPP: Prescrição da Pretensão Punitiva


Prescrição
Termo inicial da PPP (art.111,CP):
a) A partir da consumação do crime;
b) No caso de tentativa, a partir do dia em que cessou a atividade criminosa;
c) Nos crimes permanentes, a partir da cessão da permanência;
d) Nos crimes de bigamia e nos de falsificação e alteração de assentamento do
registro civil, da dato em que o fato tornou-se conhecido;
e) No crime continuado: isoladamente sobre cada um (art.119,CP);
f) No concurso formal ou material: isoladamente sobre cada um (art.119,CP).
Na contagem exclui-se o dies a quo e inclui-se o dies ad quem
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PPP: Prescrição da Pretensão Punitiva


Prescrição

Influência de Causas e Circunstâncias na Contagem do Prazo Prescricional


- Circunstâncias judiciais (art.59): não são levadas em conta para aumentar o
prazo prescricional, com base na pena em abstrato, já que não pode ultrapassar o
máximo da pena prevista para o crime.
- Circunstâncias agravantes e atenuantes: estas circunstâncias também não
podem exorbitar os limites legais da pena, não influenciando na prescrição.
- Causas de aumento de pena e diminuição: devem ser consideradas, porque
autorizam o juiz fixar a pena acima do máximo ou abaixo do mínimo legal. Nesse
cálculo, deve ser observada a pior da hipóteses possíveis para o réu.
- Aumento da pena no concurso de crimes e continuidade delitiva: não se
considera, porque a prescrição é avaliada isoladamente em cada crime (art.119,CP).
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PPP: Prescrição da Pretensão Punitiva


Prescrição
Causas Suspensivas da Prescrição:
1. Enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o
conhecimento da existência de crime (art.116, I,CP);
2. Enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro (art.116, II,CP);
3. Deliberação do Senado ou da Câmara (art.53, §5º,CF com redação dada pela
EC35/2001);
4. Durante o prazo de suspensão condicional do processo (art.89,§6º, LJE);
5. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar conhecido, será citado por carta
rogatória, ficando suspenso o prazo prescricional até o cumprimento da carta.
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PPP: Prescrição da Pretensão Punitiva


Prescrição
Espécies de PPP:
1. Prescrição da pretensão punitiva propriamente dita sobre a pena in abstracto;
2. Prescrição da pretensão punitiva retroativa;
3. Prescrição da pretensão punitiva intercorrente ou superveniente;
4. Prescrição da pretensão punitiva antecipada ou virtual.
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PPP: Prescrição da Pretensão Punitiva


Prescrição
INTERRUPÇÃO

Recebimento
da denúncia sentença
fato ou queixa pronúncia condenatória
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PPP: Prescrição da Pretensão Punitiva


Prescrição
PPP in abstracto

Recebimento
da denúncia sentença
fato ou queixa pronúncia condenatória
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PPP: Prescrição da Pretensão Punitiva


Prescrição
PPP retroativa

Recebimento
da denúncia sentença
fato ou queixa pronúncia condenatória
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PPP: Prescrição da Pretensão Punitiva


Prescrição
PPP intercorrente ou superveniente

Recebimento
da denúncia sentença trânsito em
ou queixa pronúncia condenatória julgado

A partir do trânsito em julgado começa a contagem da PPE.


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PPP: Prescrição da Pretensão Punitiva


Prescrição
PPP antecipada ou virtual

Recebimento
da denúncia sentença trânsito em
ou queixa pronúncia condenatória julgado

Na PPP antecipada, o prazo prescricional exigido pela lei ainda não ocorreu
efetivamente. Entretanto, o juiz, na perspectiva de que na sentença condenatória
será fixada uma pena que autoriza o reconhecimento da prescrição, concede esta
desde já. Esta providência tem sido repelida pelos Tribunais.
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PPP: Prescrição da Pretensão Punitiva


Prescrição
PPP da multa (art.114,CP)
A prescrição da pretensão punitiva da multa ocorre da
seguinte forma:
a) Multa como única pena abstratamente cominada: 2 anos;
b) Multa como única pena imposta na sentença condenatória:
2 anos;
c) Multa cominada alternativamente com pena privativa de
liberdade: prazo igual ao da privativa da liberdade;
d) Multa cominada cumulativamente com pena privativa da
liberdade: prazo igual ao da privativa da liberdade.

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