UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

MÁQUINAS ELETROSTÁTICAS:
ATRITO E INDUÇÃO

Disciplina: História da Eletricidade

Renata Cunha Rodrigues Pinheiro de Moura
111472059
Engenharia Elétrica
 1/32
ÍNDICE
INTRODUÇÃO....................................................2

MÁQUINAS DE ATRITO.....................................4

MÁQUINAS DE INDUÇÃO................................24

CONCLUSÃO....................................................31

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................32
 2/32

INTRODUÇÃO

Máquinas eletrostáticas são geradores

mecânicos de eletricidade em alta tensão. As
máquinas de atrito foram as primeiras formas
desenvolvidas para a geração de eletricidade
em quantidade significante. Praticamente
toda a pesquisa inicial sobre eletricidade, nos
séculos XVII e XVIII, foi desenvolvida com
nada mais sofisticado do que estes curiosos
dispositivos a seguir como fonte de energia.
 3/32

INTRODUÇÃO

Mais tarde foram desenvolvidas as máquinas

de influência, mais potentes, mas então
(século XIX), já eram conhecidas formas mais
práticas para geração de eletricidade, como
geradores eletromagnéticos e baterias, e o
interesse pelo desenvolvimento destas formas
de geração decaiu.
 4/32
MÁQUINAS DE ATRITO
A máquina eletrostática mais primitiva foi
desenvolvida por Otto von Guericke (1602-
1686), em Magdeburgo, atual Alemanha, por
volta de 1663.

Consistia em uma esfera sólida de enxofre

montada sobre um eixo de ferro, que se
encaixava em um suporte em uma caixa de
madeira. A caixa servia para guardar
acessórios para o gerador.
 5/32
MÁQUINAS DE ATRITO
 6/32
MÁQUINAS DE ATRITO

A esfera era girada pelo eixo com uma mão

enquanto atritada com a outra. Quando
eletrizada, era retirada do suporte e usada
para experimentos diversos,
como perseguir uma pena, que ora era
atraída, ora repelida pela esfera. Von
Guericke, entretanto, não distinguia
claramente o que era a eletricidade.
 MÁQUINAS DE ATRITO 7/32

A partir do fim do século XVII, vários

pesquisadores desenvolveram a máquina de
atrito: Hauksbee (Francis, c. 1666-
1713) passou a usar globos de vidro girados
rapidamente por sistemas de polias.
 8/32
MÁQUINAS DE ATRITO

Abade Nollet (Jean Antoine, 1700-1770),

também criou uma máquina de atrito. O uso
das mãos para atritar, além de não ser muito
prático, era perigoso, o que levou ao uso de
almofadas de couro em substituição às
mãos, melhoria atribuída a Winkler (Johann
Heinrich, 1703-1770), em 1744.
 9/32

MÁQUINAS DE ATRITO

 Logo se descobriu que as almofadas funcionavam

melhor se pulverizadas com pós metálicos,
geralmente amálgamas (liga metálica) diversos.
 10/32

MÁQUINAS DE ATRITO

Bose (Georg Matthias, 1710-1761) deu a

forma final básica à máquina de atrito com
globo, incluindo um coletor de carga isolado,
que coletava a carga da superfície do globo
através de pontas, ou simplesmente pela
proximidade. A máquina múltipla
de Watson (William, 1715-1787) incorporava
todos estes detalhes:
 11/32

MÁQUINAS DE ATRITO

Máquina múltipla de Watson

 12/32

MÁQUINAS DE ATRITO

Em 1752, Windsor, na Inglaterra, descreveu

uma máquina usando um cilindro de vidro,
com almofada de atrito e coletor de carga com
pontas. Máquinas similares foram populares
por muito tempo, como as construídas pelo
construtor inglês Nairne (Edward, 1726-1806),
a partir de 1770.
 13/32

MÁQUINAS DE ATRITO

Máquina de Nairne
 14/32

MÁQUINAS DE ATRITO

Em 1756, Sigaud de la Fond (Joseph Aignan,

1730-1810) construiu uma máquina usando um
disco de vidro, em que apenas um lado era
usado. A idéia foi aperfeiçoada pelo
construtor Ramsden (Jesse, 1735-1800) em
uma forma muito prática, usando os dois lados
do disco, que se tornou um dos padrões para
máquinas de atrito:
 15/32

MÁQUINAS DE ATRITO

Máquina de Ramsden
 16/32

MÁQUINAS DE ATRITO
A máquina de Ramsden usa um disco de
vidro, atritado por quatro almofadas
montadas em suportes verticais, e coletores
de carga providos de pontas nos dois lados,
ligados a uma estrutura de condutores
isolados.
Outra forma prática para a máquina de atrito
é a de Winter (Georg Karl) ou a de Le
Roy (Jean Baptiste, 1720-1800), mostradas a
seguir:
 17/32

MÁQUINAS DE ATRITO

Máquina de Winter
 18/32

MÁQUINAS DE ATRITO

Máquina de Le Roy
 19/32

MÁQUINAS DE ATRITO
 As duas últimas consistem em um disco de vidro
montado em um eixo isolante, atritado em um lado
por uma dupla almofada de couro, com abas
isolantes, e com coletores de carga na forma de
anéis com pontas voltadas para o disco do outro
lado. Tensões positivas são coletadas nos
coletores de carga e negativas nas almofadas
isoladas. Essas máquinas procuram gerar a mais
alta tensão possível, afastando tanto quanto
possível as almofadas de atrito do coletor de
carga. Modelos como os da figura eram fabricados
ainda nos anos 1920.
 20/32

MÁQUINAS DE ATRITO
Em 1784, Van Marum (Martinus, 1750-1827),
junto com construtor de instrumentos
Cuthbertson (John, 1743-1821), construiu
uma enorme máquina de atrito, com dois
discos de 165 cm, que era capaz de gerar
faíscas com mais de meio metro.

Essa máquina está ainda hoje no museu

Teyler, na Holanda.
 21/32

MÁQUINAS DE ATRITO

Máquina de Van Marum e Cuthbertson

 22/32
MÁQUINAS DE ATRITO
Uma grande máquina assim foi usada por
Georg Ohm e hoje está no Deutsches
Museum, situado em Munique, Alemanha.
Uma máquina de atrito usando vapor d'água
foi desenvolvida por Armstrong, na Inglaterra,
em 1840, após observações de que jatos de
vapor emitidos por uma máquina a vapor
transportavam significante carga elétrica (a
observação foi feita por operadores, que
aproximando uma mão a um jato de vapor e
outra do metal da caldeira provocavam
faíscas)
 23/32
MÁQUINAS DE ATRITO

Máquina de Armstrong
 24/32
MÁQUINAS DE INDUÇÃO

A primeira máquina de
influência foi o
"dobrador de
Nicholson", que tem
esse nome porque
realiza um processo
que idealmente dobra
a carga em duas das
placas a cada ciclo.
 25/32
MÁQUINAS DE INDUÇÃO
Uma outra versão do
mesmo dispositivo foi a
"máquina de
Bohnenberger" (Gottlieb
Christian, 1732-1807)
(1798), que girava as
placas que são fixas no
dobrador de Nicholson,
com a vantagem de ter
balanceamento
mecânico.
 26/32
MÁQUINAS DE INDUÇÃO
Um outro processo, mais
efetivo, para aumentar
cargas por influência foi
introduzido por Belli
(Giuseppe ,1791-1860), na
Itália, em 1831. Muitas
máquinas com significante
potência foram
desenvolvidas usando o
princípio desta máquina,
como as de Varley e de
Lord Kelvin.
 27/32
MÁQUINAS DE INDUÇÃO
Em 1865, Holtz e Toepler, apresentaram suas
primeiras máquinas, que tiveram fundamental
importância no desenvolvimento das máquinas de
influência. Foram desenvolvidos dois tipos de
máquina: as de primeiro tipo e as de segundo tipo.
Uma diferença entre elas é que a segunda girava
suas placas em sentidos opostos, e a primeira
girava no mesmo sentido.
 28/32
MÁQUINAS DE INDUÇÃO
 A "máquina de Voss", inventada em 1880, era uma
modificação da primeira máquina de Holtz, em que
as placas indutoras eram carregadas a partir da
frente do disco rotativo. Este tinha uma série de
botões metálicos colados, que tocando escovas
metálicas na barra neutralizadora e nos contatos
que carregavam os indutores, permitiam a
autoexcitação da máquina.
 29/32
MÁQUINAS DE INDUÇÃO
A "máquina de Wimshurst", descrita pela primeira
vez em 1883, acabou se tornando a máquina de
influência mais popular. Consiste em dois discos
isolantes, originalmente de vidro ou ebonite, com
uma série de setores metálicos colados, que giram
em sentidos opostos a curta distância.
 30/32
MÁQUINAS DE INDUÇÃO
O gerador de Van de Graaff foi
primeiramente descrito em 1931.
Sua forma é ideal para geração
de tensões muito altas.
Pelletron e Laddertron são
versões modernas do gerador de
Van der Graaff. Os geradores
cilíndricos de Felici também
fazem parte das versões
modernas de geradores, assim
como o gerador de Lorente.
 31/32

CONCLUSÃO

As máquinas eletrostáticas tiveram

fundamental importância para o estudo
inicial da eletricidade.

Foi a partir da invenção dessas máquinas

eletrostáticas que hoje existem adventos
como motores e geradores de indução.
 32/32

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 http://www.coe.ufrj.br/~acmq/eletrostatica.html

 https://pt.wikipedia.org/wiki/Gerador_de_Van_de_Graaff

 http://www.rc.unesp.br/showdefisica/99_Explor_Eletrizacao/paginas
%20htmls/Maquina%20Wimshurst.htm

 https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1quina_eletrost%C3%A1tica