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IERI- UFU
- Primeiras medidas: elevação da taxa de juros e forte corte nos gastos públicos (limitou-se
as despesas com servidores e reduziu a autonomia dos gastos dos entes federados) e dar
continuidade ao processo de privatização;
- Acelerar o processo de privatização e abertura comercial aos produtos estrangeiros – Consenso
de Washington;
PLANO REAL, ABERTURA ECONÔMICA E
DESESTATIZAÇÃO
PAI-Plano de Ação imediata: a transição (ganhar tempo para Plano Real)
PAI indicava os caminhos a serem seguidos pelo Plano Real, que pode ser
dividido em 8 etapas:
PLANO REAL, ABERTURA ECONÔMICA E
DESESTATIZAÇÃO
1. Renegociação da dívida externa e suspensão da moratória:
• A atração de recursos externos era imprescindível para acumular as reservas cambiais
indispensáveis à formação do lastro que serviria de base para a nova moeda (moratória da dívida
inspirava insegurança aos investidores).
• 15/04/1994 – foi assinado acordo de reestruturação da dívida (novas condições de pagamento,
prazo de 14 anos, desconto de 7,6% do montante da dívida, compromisso de pagar juros
imediatamente e carência de 3 anos para pagamento do principal)
OBS: os títulos brasileiros estavam sendo vendidos no mercado secundário com desconto de 70% e a
negociação implicava em altos desembolsos que logo comprometeram as contas externas.
PLANO REAL, ABERTURA ECONÔMICA E
DESESTATIZAÇÃO
2. Elevação da taxa de juros:
• O aumento da taxa de juros era a forma de atrair capitais externos, sobretudo
especulativos, que garantiriam o lastro para a nova moeda;
• Em agosto de 1993 a taxa real anual era de 29% e se iniciou a aceleração dos juros
(dezembro/93 era de 42,57% e março de 1994 era de 40%) .
• As reservas cambiais ancorariam a nova moeda na medida em que garantiriam o
importacionismo – controle inflacionário.
• As reservas cambiais aumentaram (US$25 bilhões para US$35bi) mas, só US$10bi eram
reservas boas (superávits comerciais) o restante era de caráter especulativo – e estava
ancorando a moeda nova!
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DESESTATIZAÇÃO
2. Elevação da taxa de juros:
• O Fundo Social de Emergência era o canal pelo qual seria feito o ajuste fiscal e o Social?
• Seu objetivo era o saneamento financeiro da Fazenda Pública Federal e a estabilização
econômica, principalmente através de ações de custeio dos sistemas de saúde e
previdência.
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DESESTATIZAÇÃO
3. FSE – Fundo Social de Emergência
• Corte nos gastos públicos + absorção do patrimônio público por parte de grupos estrangeiros
>> era a forma de garantir o financiamento do déficit que seria produzido pela âncora
cambial;
• Antes de promover a venda do patrimônio público era preciso: dar segurança ao capital
estrangeiro de que seus interesses estariam garantidos (renegociação da dívida) e realizar
alterações constitucionais legais que permitissem a desestatização (bloqueio por resguardo
institucional).
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DESESTATIZAÇÃO
8) Eleição de FHC
• Metas do governo eram: emprego, saúde, educação, segurança, agricultura, os famosos
“cinco dedos da mão”. Em nenhum momento, defendeu “abertura econômica”, capital
estrangeiro, privatização, questões que constituíram o norte do governo FHC.
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Quebra do domínio público sobre setores estratégicos
• Fim de fevereiro de 1995 – enviou ao congresso PEC para a quebra o domínio público sobre petróleo,
exploração do subsolo, as telecomunicações e a energia, além de abrir para o capital estrangeiro a navegação de
cabotagem e de conceder à empresa estrangeira o mesmo status da empresa nacional – aprovada em junho/1995.
• Enviou-se ao Congresso PEC para redução de direitos previdenciários: alteração na aposentadoria por tempo
de serviço, aposentadorias especiais de professores e em profissões insalubres e de alto risco, redução do teto de
10 salários mínimos para aposentadorias do INSS e fixação de um teto para aposentadorias dos servidores
públicos.
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DESESTATIZAÇÃO
Quebra do domínio público sobre setores estratégicos
O objetivo das alterações na previdência era abrir espaço para os fundos de pensão
patrocinados pelos bancos = privatização.
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Quebra do domínio público sobre setores estratégicos
• Petrobrás: garantiu que a mesma não seria privatizada, somente haveria leilões dos postos já
descobertos;
• Discurso de ineficiência e falência do Estado brasileiro;
• Petrobrás: ganhadora de prêmio por eficiência tecnológica;
• Alta elisão e renúncia fiscal, legal e ilegal, os distintos Estados nacionais que ficaram
sobrecarregados de encargos financeiros de uma dívida imposta por uma política monetária;
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DESESTATIZAÇÃO
Quebra dos direitos previdenciários
Começo de 1995 se rejeitou a PEC 20 – de quebra dos benefícios previdenciários;
1996 – objetivo central: substituir tempo de serviço por tempo de contribuição, o que significava:
1. Substituir o conceito solidário pelo de capitalização;
2. Estabelecer idade mínima independente do tempo de serviço e servidor público – tempo
mínimo no cargo público;
3. Fim da aposentadoria especial para professores o final do cômputo para os trabalhadores
urbanos do tempo de serviço no meio rural;
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Privatização e avanço do capital estrangeiro
• 1996: foi alienado o patrimônio ou a concessão de 11 novas empresas, sobretudo do setor
ferroviário, num montante total de US$ 4,23 bilhões.
• O processo de alienação do setor elétrico foi retomado com privatização da Light e da Cerj
do Rio de Janeiro. (US$ 2,5 bilhões e US$ 587 milhões) .
• 1997 – CVRD , telefonia, setor elétrico.
• 1998 – Alienação do sistema Telebrás, portos marítimos.
• O Estado perdera até então 76% do seu patrimônio.
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DESESTATIZAÇÃO
Privatização e avanço do capital estrangeiro
• 2000 foi a vez dos bancos estaduais e avançou sobre o patrimônio da Petrobrás.
• O capital estrangeiro que entrava contribuía para financiar o déficit das contas externas
provocado pela política de sobrevalorização do real.
• O capital estrangeiro respondeu agressivamente à demanda por recursos até o ano de 2000:
O IDE saltou em média de US$ 1,68 bilhão de 1991 a 1994 para US$ 5,48 bilhões em 1995 ,
em 1996 chegou a 10,5 bilhões e em 2000 atingiu US$ 30,5 bilhões.
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DESESTATIZAÇÃO
Privatização e avanço do capital estrangeiro
• O avanço do capital estrangeiro provocou forte crescimento do passivo externo líquido (soma de todo
capital estrangeiro existente no país – IDE, empréstimos e financiamentos e aplicações financeiras)
devido ao aumento da dívida externa e também do crescimento da presença do capital estrangeiro.