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Formação em Vigilância Integrada de Doenças e Resposta

(VIDR)
3ª Edição

Módulo 3
Análise e Interpretação de dados

1
CPI-WHE-WHO/AFRO MISAU
Resumo da apresentação

• Intuito do módulo
• Objectivos de aprendizagem
• Importância da análise de dados
• Fazer um plano de análise
• Recolha e organização de dados para análise
• Cálculo das estatísticas básicas resumidas
• Análise por Tempo, Lugar e Pessoa
• Uso de limiares para acções de saúde pública
• Tirar conclusões a partir das descobertas
• Resumo
• Instruções para os exercícios

CPI-WHE-WHO/AFRO
Intuito do Módulo

• Fornecer aos participantes competências na recolha,


análise e interpretação de dados;
• Fornecer orientações para o uso de dados para tomada de
decisões sob a forma de acções de saúde pública;

CPI-WHE-WHO/AFRO
Objectivos de Aprendizagem - 1

• Desenvolver um plano de análise de dados


• Recolher e organizar dados para análise
• Resumir conjuntos de dados utilizando medidas de
tendência central
• Utilizar tabelas, gráficos e histogramas para analisar
tendências
• Utilizar mapas para analisar a localização e a distribuição
de populações em risco

CPI-WHE-WHO/AFRO
Objectivos de Aprendizagem - 2

• Utilizar tabelas, gráficos de barras e gráficos circulares


para descrever características da população afectada
• Compreender a utilidade de ferramentas electrónicas na
análise de dados
• Tirar conclusões acerca dos resultados da análise
• Fazer recomendações com base nas conclusões

CPI-WHE-WHO/AFRO
Importância da análise de dados
• A análise dos dados de vigilância permite:
 Observar as tendências ao longo do tempo e alertar os
profissionais de saúde sobre eventos emergentes e
reemergentes ou padrões pouco usuais
 Identificar áreas geográficas de risco mais elevado
 Caracterizar variáveis pessoais, como idade ou
profissão que faz com que a pessoa tenha um risco
mais elevado de contrair a doença ou ser afectada pelo
evento
 Monitorar e avaliar as intervenções de saúde pública

CPI-WHE-WHO/AFRO
Fazer um Plano de Análise - 1

• Cada local que recolhe ou recebe dados deve preparar e seguir


um plano de análise para os dados de vigilância de rotina
• O Plano de Análise tem como base
 que questões têm de ser respondidas
 que informação deve ser comunicada
• Considerar o tipo de dados que possuem
• Criar tabelas que serão utilizadas para analisar os dados, de
acordo com o vosso plano de análise

CPI-WHE-WHO/AFRO
Fazer um Plano de Análise - 2
• Em geral, a análise de dados de vigilância de rotina deve
abordar as seguintes questões:
 Foram detectados algumas doenças prioritárias ou
outros eventos de saúde pública preocupantes durante
o período de notificação (esta semana, por exemplo)?
 Existem suspeitas de um surto ou de um evento de
saúde pública pouco usual?
 Dos casos, mortes ou eventos detectados quantos
foram confirmados?
 Onde ocorreram?

CPI-WHE-WHO/AFRO
Fazer um Plano de Análise - 3

• Como é que a situação observada se compara com


períodos de observação prévios deste ano ou do ano
anterior?
• As tendências da doença estão estáveis, a aumentar ou a
diminuir?
• A informação de vigilância notificada é suficientemente
representativa da área de cobertura do local que
notificou?
• Os dados fornecidos pelos locais de notificação foram
recebidos em devido tempo?

CPI-WHE-WHO/AFRO
Plano de Análise Mínimo - 1

• Calcular o grau de completude e a oportunidade da


notificação;
• Calcular o número total de casos por distrito (ou outro
nível) durante a semana (ou por mês);
• Preparar totais cumulativos de casos, mortes e taxas de
mortalidade de casos desde o início do período de
notificação;
• Utilizar variáveis geográficas (como hospitais, domicílios,
local de notificação, etc.) para analisar a distribuição de
casos por lugar;

CPI-WHE-WHO/AFRO
Plano de Análise Mínimo - 2

• Analisar as tendências de doença para, no mínimo, as


doenças de prioridade mais elevada no vosso distrito;
• Validação de dados e controle de qualidade. Criar equipas
de validação de dados em todos os níveis
 Demonstração de um exemplo de plano de análise de
rotina da informação da vigilância
Consultar a Secção 3, Anexo 3A, páginas 22 e 23 da 3ª
Edição das Orientações Técnicas da VIDR

CPI-WHE-WHO/AFRO
Recolha e Organização de Dados para análise - 1

O fluxo de rotina dos dados de vigilância segue normalmente de cada local


de notificação para o nível mais elevado seguinte através do sistema de
notificação
• A nível da unidade sanitária, tanto a enfermaria de internamento como o
ambulatório são locais de vigilância;
• As unidades sanitária enviam os seus dados de vigilância para a equipa de
gestão da saúde do distrito (NED);
• Se existir um sistema de VIDR electrónica, os dados são introduzidos
utilizando um telemóvel ou um computador e a equipa de gestão da
saúde do distrito pode aceder e compilar as informações a partir de um
computador
• (Consultar a Secção 9 da 3ª Ed. das OT da VIDR sobre a VIDR
electrónica)

CPI-WHE-WHO/AFRO
Recolha e Organização de Dados para análise - 2

• Os distritos agregam e enviam os seus dados para as


províncias, e o nível nacional;
• Após agregarem os totais dos distritos, as províncias
enviam os seus dados para o Ministério da Saúde;
• Analisar no mínimo as tendências das doenças de
prioridade mais elevada no vosso distrito;
• Para garantir a qualidade dos dados, todos os dados
devem ser validados a todos os níveis para veracidade,
consistência e grau de completude de serem enviados
para o nível seguinte.

CPI-WHE-WHO/AFRO
Receber dados dos locais de notificação

• As equipas de vigilância em todos os níveis ou o local de notificação onde


os dados são recebidos devem:
 Acusar a recepção do relatório;
 Registar num local apropriado quaisquer conjuntos de dados ou
relatórios de vigilância recebidos de qualquer local de notificação:
o data da recepção dos dados, qual o assunto do relatório, quem é
o remetente;
 Verificar se o conjunto de dados chegou atempadamente ou
atrasado;
 Verificar o grau de completude dos conjuntos de dados ou dos
relatórios;

CPI-WHE-WHO/AFRO
Rever a qualidade dos dados dos locais de notificação

• As equipas de vigilâncias em todos os níveis ou o local de notificação onde os


dados são recebidos devem:
 Verificar se o formulário (cópia física ou ficheiro electrónico) está
preenchido de forma correcta;
 Garantir que o formulário está totalmente preenchido (por exemplo, nada
de campos em branco);
 Verificar que não existem discrepâncias no formulário.
o Verificar imediatamente com o local de notificação (por telefone, e-
mail ou mensagem de texto) e corrigir quaisquer discrepâncias
identificadas.
• Agregar os dados e armazená-los numa base de dados;

CPI-WHE-WHO/AFRO
Introduzir e editar dados - 1

• Em todos os níveis (unidade sanitária, distrito, província ou nacional),


a equipa de vigilância deve:
 trabalhar com o ponto focal dos respectivos níveis para garantir
que os dados correctos são introduzidos nos formulários síntese
de notificação da VIDR;
 os dados podem ser registados e agregados de forma manual ou
electrónica, caso esteja disponível um computador;
 actualizar os totais agregados de cada semana ou mês em que os
dados foram recebidos;
 registar zero quando não foram notificados casos;

CPI-WHE-WHO/AFRO
Introduzir e editar dados - 2

• Em todos os níveis (unidade sanitária, distrito, província ou nacional),


a equipa de vigilância deve:
 garantir que os totais semanais incluem apenas os casos ou óbitos
realmente registados nessa semana;

o relatórios atrasados de semanas anteriores devem ser


introduzidos, com a semana e totais relevantes a serem
devidamente actualizados.
 evitar entradas repetidas: utilizar ID único de caso;
 actualizar a informação dos resultados laboratoriais através do
respectivo ID único de caso;

CPI-WHE-WHO/AFRO
Cálculo das estatísticas básicas resumidas

• Uma medida de Tendência Central é um valor único que


resume ou representa uma distribuição de dados
completo:
 Moda
 Mediana
 Média Aritmética

CPI-WHE-WHO/AFRO
Cálculo da Moda
• A moda é definido como o valor que ocorre mais
frequentemente num conjunto de dados. É o valor mais
comum;
• PassosObservations
para identificar a moda: 9 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
1 2 3 4 5 6 7 8
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1. Organizar
Days os
3 6 7 7 8 8 8 8 9 9 de
dados brutos 9 forma
9 9 1 crescente
1 1 1 1 1
0 0 1 3 6 7
2. Identificar o valor que ocorre mais vezes
Dias 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Observações 3 6 7 7 8 8 8 8 9 9 9 9 9 10 10 11 13 16 17

3. Moda = 9
Observações 3 6 7 8 9 10 11 13 16 17
Frequência 1 1 2 4 5 2 1 1 1 1

CPI-WHE-WHO/AFRO
Propriedades da moda

• A medida mais fácil de compreender, explicar e


identificar;
• Pode existir mais do que uma moda;
• Pode não existir uma moda;
• A moda pode não ser “central”
• A moda não é normalmente afectado por um ou dois
valores extremos (aberrantes);

CPI-WHE-WHO/AFRO
Mediana

• A mediana é o valor médio de um conjunto de dados


que foi organizado numa ordem de classificação.
• É o valor que separa o conjunto de dados ou distribuição
em duas partes iguais.

CPI-WHE-WHO/AFRO
Cálculo da Mediana - 1

1. Organizar as observações por ordem de classificação


2. Encontrar a posição intermédia das observações (n= número
total de observações)
a) Para número ímpar de observações
Observations
(n é ímpar)
9 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
1 2 3 4 5 6 7 8
• Days
Posição 3 6média é 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
(n+1)/2ª observação da série
7 7 8 8 8 8 9 9 9 9 9 1 1 1 1 1 1
ordenada 0 0 1 3 6 7

b) Para número par de observações (n é par)


• A posição mediana encontra-se entre as duas
posições médias, i.e. entre n/2ª e (n+2)/2ª
observações da série ordenada
3. Identificar o valor no meio das observações

CPI-WHE-WHO/AFRO
Cálculo da Mediana - 2
1. Organizar as observações por ordem de classificação
2. Encontrar a posição intermédia das observações (n= número total
de observações)
a) Para número ímpar de observações (n é ímpar)
• Observations
Posição intermédia
1 2 3 4 5 6 7 é
9 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
8 (n+1)/2ª observação das séries
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
ordenadas3 6 7 7 8 8 8 8 9 9 9 9 9 1 1 1 1 1 1
Days
0 0 1 3 6 7
• Na série ordenada em baixo, n = 19
Dias 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Observações 3 6 7 7 8 8 8 8 9 9 9 9 9 10 10 11 13 16 17

9 observações abaixo da mediana Mediana=9 9 observações acima da mediana


   

• Posição do meio (19+1)/2 = 10a posição


3. Valor da mediana é 9

CPI-WHE-WHO/AFRO
Cálculo da Mediana
b) Para número par de observações (n é par)
• A posição intermédia encontra-se entre as duas posições do
meio (entre n/2ª e (n+2)/2ª observações)

• Na série ordenada
Observations em baixo, n=20,
9 1 1 a1 posição
1 1 1 da
1 1mediana
1 1 é entre
1 2 3 4 5 6 7 8
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
n/2ª Days
e (n+2)/2ª3 6observações, i.e. 20/2 e (20+2)/2 = 10ª e 11ª
7 7 8 8 8 8 9 9 9 9 9 1 1 1 1 1 1
observações. 0 0 1 3 6 7
Dias 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Observações 3 6 7 7 8 8 8 8 9 9 11 11 12 13 14 14 15 16 17 19

10 observações abaixo da mediana Mediana=(9+11)/2 10 observações acima da mediana


  =10  

• O valor da mediana é a média dos valores das observações nas


10ª e 11ª posições = (9+11)/2 = 10

CPI-WHE-WHO/AFRO
Propriedades e usos da Mediana

1. Boa medida descritiva;


2. Medida de escolha para dados que não são distribuídos
de forma simétrica;
3. Foca-se no centro dos dados, não sendo afectada por
valores extremos (“aberrantes”);

CPI-WHE-WHO/AFRO
Média Aritmética

1. A média aritmética é o valor que está mais próximo de


outros valores numa distribuição;
2. Passos para calcular a média
a) Somar todos os valores
b) Dividir a soma pelo número de observações (n)
Dias 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19  
Frequência Soma=
3 6 7 7 8 8 8 8 9 9 9 9 9 10 10 11 13 16 17
177

c) Soma = 177; n = 19
d) Média = 177 / 19 = 9,3

CPI-WHE-WHO/AFRO
Propriedades e usos da Média Aritmética

1. Provavelmente a medida mais conhecida de tendência


central;
2. Utilizada normalmente noutras manipulações e análises
estatísticas;
3. Utiliza todos os dados;
4. Afectada por valores extremos (“aberrantes”);
5. Melhor para dados distribuídos simetricamente;

CPI-WHE-WHO/AFRO
Princípios Gerais da Análise de Dados

CPI-WHE-WHO/AFRO
28
Analisar Dados de Rotina
por Tempo, Lugar e Pessoa

Tempo Lugar Pessoa

Determinar alterações na Determinar onde é que Descrever quem está em


doença com base no estão a ocorrer os casos maior risco de contrair a
tempo e o período de doença e os potenciais
tempo desde a exposição factores de risco
ao início dos sintomas

CPI-WHE-WHO/AFRO
Análise por Tempo

CPI-WHE-WHO/AFRO
30
Análise por Tempo - 1
• Os objectivos são detectar:
 alterações (súbitas ou a longo prazo) na doença ou a ocorrência de
eventos pouco usuais;
 quantos casos ocorreram;
 o período de tempo desde a exposição ao início dos sintomas;
• Ferramentas de visualização utilizadas:
 Tabela, gráfico de linhas ou histograma

• Método:
 comparar o número de casos notificados no período actual com o
número de casos notificados num período anterior (dias, semanas,
meses, trimestres). Mesmo período em anos anteriores

CPI-WHE-WHO/AFRO
Exemplo de gráfico de linhas: tendência semanal de casos
notificados de meningite cerebrospinal, condado de
Gondwana, semanas 1 a 9 de 2017
Número de casos de MCS

S8

S9
S7
S4

S5

S6
S1

S3

S2
S2

Semanas

CPI-WHE-WHO/AFRO
Exemplos: Gráfico de Barras e Histograma

Doenças notificadas nos relatórios de VIDR semanais, País A, Janeiro a Casos notificados de cólera, Distrito A, por semana epidemiológica
Agosto de 2015 1 a 31 de 2016

Gráfico de Barras Histograma


Número de casos

Número de casos

Diarreia com Paludismo Sarampo Meningite TMN Malnutrição Febre Febre-


sangue grave grave tifoide amarela
Número da semana

CPI-WHE-WHO/AFRO
Como fazer um gráfico

CPI-WHE-WHO/AFRO
Criar um Gráfico de Linhas

• Fazer um eixo X maior que o eixo Y (melhor rácio é 5:3)


• Eixo X: corresponder a escala do eixo X aos intervalos utilizados
durante a recolha de dados
• Eixo Y:
 Começar sempre o eixo Y com 0
 Identificar o valor mais elevado, arredondar para cima para
obter o valor mais alto do eixo Y
 Seleccionar um tamanho razoável de intervalo para o eixo Y
• Introduzir os dados
• Acrescentar os rótulos dos eixos e o título - o quê, onde, quando
• Acrescentar comentários, notas de rodapé

CPI-WHE-WHO/AFRO
Criar um Gráfico de Linhas:
Passo 1: Desenhar as linhas do eixo X e eixo Y

Eixo Y

Eixo Y

CPI-WHE-WHO/AFRO
Criar um Gráfico de Linhas:
Passo 2: Completar e rotular o eixo X e o eixo Y

500,000
a. Basear os intervalos do eixo X nos
Chart Title
dados
400,000
Dados dos anos 1960 a 2008
300,000 (não esquecer o rótulo do eixo X)
200,000

100,000

CPI-WHE-WHO/AFRO
Criar um Gráfico de Linhas:
Passo 2: Completar e rotular o eixo X e o eixo Y

a. Basear os intervalos do eixo X nos dados


Dados para os anos 1960 a 2008
(não esquecer o rótulo do eixo X)
b. Basear a altura do eixo Y no maior valor observado
481 530 casos em 1963
Começar no 0
(não esquecer o rótulo do eixo Y)

ANO

CPI-WHE-WHO/AFRO
Criar um Gráfico de Linhas:
Passo 2: Completar e rotular o eixo X e o eixo Y
Número de
Casos

a. Basear os intervalos do eixo X nos dados


Dados para os anos 1960 a 2008
(não esquecer o rótulo do eixo X)
b. Basear a altura do eixo Y no maior valor observado
481 530 casos em 1963
Começar no 0
(não esquecer o rótulo do eixo Y)

<Terminado>

Ano

CPI-WHE-WHO/AFRO
Criar um Gráfico de Linhas:
Passo 3: Introduzir os dados
Número de
Casos
500,000 Chart Title
400,000

300,000

200,000

100,000

0
960 963 966 969 972 975 978 981 984 987 990 993 996 999 002 005 008
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2
Ano

CPI-WHE-WHO/AFRO
Criar um Gráfico de Linhas:
Passo 3: Introduzir os dados
Número de
Casos
500,000 Chart Title
400,000

300,000

200,000

100,000

Ano

CPI-WHE-WHO/AFRO
Criar um Gráfico de Linhas:
Passo 4: Acrescentar o Título

Número de O título deve descrever:


Casos
500,000 1. O que
Chart os dados representam (p. ex.
Title
doença)
400,000 2. Onde
3. Quando
300,000

200,000

100,000

Ano

CPI-WHE-WHO/AFRO
Criar um Gráfico de Linhas:
Passo 4: Acrescentar o Título
Número de
Casos
Número de Casos de Sarampo Notificados por Ano, País
A, 1960 a 2008
500,000 Chart Title
400,000

300,000

200,000

100,000

Ano

CPI-WHE-WHO/AFRO
Criar um Gráfico de Linhas:
Passo 5: Acrescentar Comentários, Notas de Rodapé, Fontes

Número de Casos de Sarampo Notificados por Ano, País


Chart Title A, 1960 a 2008
Início
Vaccineda vacinação
licensed
500,000

400,000

Número 300,000
de Casos
200,000

100,000

0
60 63 66 69 72 75 78 81 84 87 90 93 96 99 02 05 08
19 19 19 19 19 19 19 19 Ano
19 19 19 19 19 19 20 20 20
Fonte: exemplo, Relatório Anual da AFRO, 2006

CPI-WHE-WHO/AFRO
Como fazer um Histograma

1. Para dados numéricos contínuos, atribuir uma


largura igual e categorias sem sobreposição
2. Contar o número de vezes que aparece cada
categoria
3. Atribuir uma barra para cada categoria
4. Fazer a altura da barra igual à frequência em cada
categoria
5. Incluir rótulos dos eixos com unidades e um título
descritivo

CPI-WHE-WHO/AFRO
Curva epidémica

 Uma curva epidémica:


 Um histograma;
 Fornece informações básicas como o período de
incubação, ligação para a fonte e progressos de
um surto;
 Demonstra a duração e a gravidade do pico ou
picos;
 Útil para mostrar o efeito ao longo do tempo após
a introdução de uma intervenção;

CPI-WHE-WHO/AFRO
Exemplo de um Histograma (Curva Epidémica)

1os casos e 2
mortes na
mesma família Os resultados de laboratório
detectam níveis elevados de
Aflatoxina nas amostras
Número de Casos Suspeitos

humanas e alimentares

Substituição do milho
contaminado

Equipa de investigação no
terreno, recolha de
amostras, casos geridos
no DRRH

Data do início dos sintomas

CPI-WHE-WHO/AFRO
Gráficos de Barras

 Pode ser vertical ou horizontal;


 Utilizado para variáveis com categorias discretas,
não-lineares (qualitativas), como distritos;
 As barras têm a mesma largura;
 As barras têm espaços (“intervalos”) entre elas, uma
vez que as categorias não são contínuas;
 4 tipos - simples, agrupadas, empilhadas, 100%;
 O melhor tipo depende do destaque pretendido;

CPI-WHE-WHO/AFRO
Exemplo: Gráfico de Barras

Doenças notificadas nos relatórios de VIDR semanais, País A, Janeiro a Agosto de 2015
Número de casos

Diarreia com sangue Paludismo grave Sarampo Meningite TMN Malnutrição grave Febre tifoide Febre-
amarela

CPI-WHE-WHO/AFRO
Análise por Lugar
• Os objectivos são:
 Determinar onde estão a ocorrer os casos;
 Identificar as áreas de risco elevado;
 Localização das populações em risco;
• Ferramentas utilizadas:
 Mapa com pontos do distrito ou área afectada;
 Tabela ou gráfico de barras;
• Método:
 Colocar os casos num mapa;
 Procurar aglomerados;
 Relações entre o lugar dos casos e o evento de saúde que está a ser
investigado;

CPI-WHE-WHO/AFRO
Criar mapas

• Utilizar métodos manuais ou um programa de Sistema de


Informação Geográfica (SIG) para criar um mapa;
• No mapa da área onde os casos ocorreram, assinalar o
seguinte:
 Factores relacionados ao risco de transmissão da
doença ou condição a ser investigada, por exemplo
o Estradas
o Fontes de água
o Lugar de comunidades específicas, etc.

CPI-WHE-WHO/AFRO
Exemplo de um mapa com pontos de um distrito a mostrar
a localização de casos de sarampo suspeitos e confirmados,
Janeiro de 2018

Poço Unidade de Mercado Caso confirmado


Saúde
Estrada Caso suspeito
Cidade, Vila ou Floresta
Rio
Aldeia

CPI-WHE-WHO/AFRO
Exemplo de um mapa com pontos utilizando um programa
de SIG, mostrando a concentração de casos ao longo de
uma área específica

CPI-WHE-WHO/AFRO
Análise por Pessoa

 Os objectivos são:
 Descrever razões para mudanças no comportamento e na
ocorrência de doenças;
 Como é que ocorreu;
 Quem está em risco mais elevado de contrair a doença;
 Potenciais factores de risco;
 Ferramentas utilizadas:
 Extrair dados específicos sobre a população afectada e resumir
numa tabela, gráfico de barras ou gráfico circular;
 Métodos
 Caracterizar os casos por idade, sexo, estado de vacinação,
situação educacional e outros factores de risco conhecidos das
doenças.

CPI-WHE-WHO/AFRO
Tabelas

CPI-WHE-WHO/AFRO
Passos no desenvolvimento de tabelas
Título Descritivo (O quê, onde, quando)

Casos de cólera confirmados por faixa etária,


País A, 1 de Janeiro a 30 de Maio de 2015
Totais das
Faixa etária linhas quando
Rótulos aplicável
claros e
concisos
Casos Mortes TMC%

0 - 4 anos 40 4 10.0
Linha
Desconhecido,
caso seja
5-14 anos 9 1 11.0
necessário
15 anos ou mais 1 0 0.0

Total 50 5 10.0

Total das Célula


Colunas
Colunas Nota de rodapé, fonte

OMS-AFRO: Relatórios trimestrais da VRID, 2016.


Algumas das principais variáveis na análise por pessoa

 Taxa de ataque: percentagem de pessoas expostas ao mesmo risco


e que ficaram doentes
 Mede a magnitude da doença na população afectada
 Fórmula para a Taxa de Ataque:
 Número de pessoas em risco que desenvolvem uma certa
doença/número total de pessoas em risco X 10n
 Taxa de mortalidade de casos: percentagem de pessoas que
morreram devido a uma doença.
 Mede a qualidade da gestão dos casos
 Fórmula para a taxa de mortalidade de casos:
 Número de pessoas que morreram devido a uma doença/número
total de pessoas que contraíram a doença X 100

CPI-WHE-WHO/AFRO
Utilizar Limiares para as Acções de Saúde Pública

• Alerta: Um limiar de alerta indica ao pessoal de


saúde e à equipa de vigilância que é necessária uma
investigação adicional;
• Acção (epidémico): Um limiar de acção (epidémico)
acciona uma resposta definitiva. Indica a data
específica ou descoberta investigacional que assinala
uma acção para lá de confirmar ou clarificar o
problema;

CPI-WHE-WHO/AFRO
Tirar conclusões das descobertas e criar relatórios

 De forma rotineira (semanal, mensal ou trimestral)


 Preparar gráficos, mapas e tabelas;
 Reunir com a equipa de saúde do distrito ou com as partes interessadas
relevantes;
 Rever os resultados da análise e discutir as descobertas;

 Semanal e trimestralmente preparar e partilhar com todas


as partes interessadas, incluindo as comunidades
afectadas
 relatórios síntese da VIDR;

CPI-WHE-WHO/AFRO
Resumo-1

 Os dados devem ser analisados por tempo, lugar e pessoa;


 Os dados podem ser organizados através de tabelas,
gráficos, quadros e mapas;
 Objectivo da criação destas apresentações visuais dos
dados
 verificar e analisar os dados;
 explorar os padrões e as tendências e comunicar as informações a outras
pessoas;
 Utilizar títulos e rótulos apropriados
 uma pessoa eficaz deve ser capaz de interpretar sem quaisquer
informações adicionais;

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Resumo - 2

 As tabelas podem ilustrar:


 o número de pessoas com características específicas;
 fornecer informações valiosas sobre as relações entre 2 variáveis;

 Os gráficos de linhas são úteis para mostrar padrões ou


tendências de uma variável, normalmente ao longo do
tempo;
 Os histogramas são normalmente utilizados na
epidemiologia em curvas epidemiológicas (casos por
tempo);

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Resumo - 3

 Os gráficos de barras fornecem uma apresentação


visual dos dados a partir de uma tabela com uma
variável, mas podem também ser utilizados para 2
ou mais variáveis;
 Os mapas são úteis para mostrar a distribuição
geográfica dos eventos ou condições de saúde;

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Obrigado

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