faixa de estados do humor, mas sentem-se no controle de seus estados de humor e afetos; Transtornos do Humor, a sensação de controle é perdida, e há uma experiência subjetiva de grande sofrimento. História
Velho Testamento- história do rei Saul;
Ilíada de Homero- suicídio de Ajax; 400 a.C., Hipócrates usava os termos mania e melancolia paradescrever transtornos mentais; 30 d.C.,o médico romano Celsus, descreveu melancolia (do grego melan “negra” e chole “bile”. Epidemiologia Prevalência cerca de 15%, até 25% nas mulheres 50% tendo início entre 20 e 50 anos Maioria não procura atendimento médico, ½ em atendimento clínico não especializado; ¼ em psicoterapia, ¼ com psiquiatra A depressão é pouco diagnosticada pelo médico não psiquiatra (30 a 50%) Transtorno freqüente 20% dos idosos 33% pós IAM e 47% nos pcts. com câncer Duas x mais freqüente em mulheres (15 a 25%) Incapacitante: 4ª causa de afastamento do trabalho (em 2020 será 2ª causa) Crônico e recorrente: 80% apresentarão um segundo episódio, em média 4 12% não remitem Não foi encontrada correlação entre estado socioeconômico e depressão Ocorre com > frequência em pessoas sem relacionamentos interpessoais íntimos ou que são divorciadas ou separadas Etiologia
Anormalidades nos metabólitos das aminas
biogênicas no sangue, na urina e no líquido cerebrospinal Ác. 5-hidroxindolacético Ác. Homovanílico 3-metóxi-4-hidroxifenilglicol Norepinefrina Downrgulation dos receptores B-adrenégicos e as respostas clínicas aos antidepressivos Receptores B2 pré-sinápticos –sua estimulação leva a uma redução da quantidade de norepinefrina e serotonina liberada Possível papel importanteda NE na fisiopatologia de pelo menos alguns dos sintomas da depressão Serotonina Envolvida na fisiopatologia da depressão Depleção de serotonina Pct com impulsos suicidas têm baixas concentrações da serotonina no LCS e baixas concentrações de sítios de captação da mesma nas plaquetas Dopamina A atividade pode estar reduzida na depressão Teorias recentes: a via mesolímbica da DA pode estardisfuncional e que seus receptores D1 podem estar hipoativos Outros fatores neuroquímicos Sugere-se que o GABA e os peptídeos neuroativos (vasopressina e opiódes endógenos) Há evidências que medicamentos que antagonisam os receptores NMDA têm efeitos AD Regulação neuroendócrina Eixos principais de interesse: das adrenais(hipersecreção de cortisol), da tireóide e do GH Redução dasecreção noturna de malatonina, da liberação de PRL em resposta à administração do trptofano, do FSH, LH e testosterona no homem Eixo Adrenal/Teste de supressão da dexametasona O resultado +( não supressão da dexametasona ) não é inteiramente válido para indicar transtornos do humor Pode haver correlação com a probabilidade de recaída (quando o TSD não se normaliza com a resposta clínica ao tratamento) Eixo da tireóide Alterado em 5 a 10% dos pacientes com depressão Deve ser feito em todos os pacientes TSH e T4L Hormônio do Crescimento Atenuada a estimulação induzida pelo sono da liberação do GH Somatostatina: inibe GH, GABA, ACTH e FSH; níveis baixos na depressão Anormalidades do sono EEG anormal Redução da latência do sono REM (tempo entre o adormecer e o primeiro sono REM) Primeiro período de REM mais longo e sono delta anormal Fatores Genéticos
Forte indicação de que um fator genético
significativo está envolvido no desenvolvimento de um transtorno do humor,ma o padrão de herança genéticaé complexo Fatores Psicossociais
Acontecimentos da vida e estresse ambiental
Perda de um dos pais antes dos 11 anos Perda do cônjuge Desemprego Fatores da personalidade Obsessivo-colpulsiva, histrionica e borderline Sintomas da depressão:
Tristeza prolongada, “sensação de vazio” e ataques de
choro sem explicação; Insônia ou Sonolência; Perda de apetite e de peso ou aumento de apetite e de peso; Perda de interesse ou prazer em atividades que antes eram prazerosas; Inquietação ou irritabilidade; Lentificação; Sintomas da depressão:
Sintomas físicos persistentes que não respondem ao
tratamento (como dor de cabeça, dor crônica, prisão de ventre e outras alterações digestivas); Dificuldade em concentar-se, recordar ou tomar decisões; Fadiga ou perda de energia; Sentimentos de culpa, de desesperança ou inutilidade; Pensamentos recorrentes sobre morte e suicídio. No idoso ...
Insônia inicial e principalmente despertar precoce (< 5
horas/noite) Idéias de baixa auto-estima, menos valia Atos auto-lesivos, desesperança e ideação suicida Crenças irreais de perseguição, doença grave ou falência dos órgãos internos No idoso ...
Humor ansioso ou irritado
Queixas físicas diversas com exames clínico/laboratoriais normais Queixas de memória com bons resultados nos testes cognitivos Apetite reduzido com perda de peso na ausência de doença física Outras condições que cursam com sintomas depressivos: Luto Ajustamento Depressão bipolar Distimia Distúrbio misto de ansiedade e depressão Transtorno disfórico pré-menstrual Critérios diagnósticos
DSM-IV CID 10 Exame do estado mental
Lentificação psicomotora é o mais comum
Torcer as mãos e arrancar cabelos comuns na agitação Postura encurvada, sem movimentos espontâneos e com olhar desviado para baixo, sem encarar Humor, afeto, sentimentos Fala – redução da taxa e volume da fala Sensopercepção – Raro alucinações Pensamento- conteúdo delirante,ruminações não delirantes sobre perda, culpa, suicídio e morte Bloqueio do pensamento e pobreza de conteúdo Orientação preservada Memória e concentração Controle dos impulsos -10 a 15% cometem suicídio, 2/3 têm ideação suicida Insigth excessivo Confiabilidade Diagnóstico Diferencial Doenças médicas Pacientes adolescentes- investigar mononucleose Notável excesso ou redução de peso- testar adrenais e tireóide Homossexuais, bissexuais dependentes de drogas injetáveis – pensar em AIDS Idosos – pneumonias virais e outras condições médicas Qualquer medicamento deve ser considerado um fator potencial: medicamentos cardíacos, anti-hipertensivos, sedativos, hipinóticos, antipsicóticos, antiepilépticos, antiparkinsonianos,analgésicos, antibacterianos e antineoplásicos Condições neurológicas Parkinson, doenças demenciais, doença cerebrovascular e tumores Pseudodemência Sem confabulação Memória recente mais afetada que a remota Outros transtornos mentais e do humor Luto não complicado Curso e Prognóstico Curso: 50% dos pacientes tem início antes dos 40 anos. Início mais tardio: ausência de história familiar, TP anti-social,abuso de álcool Duração Não tratado – 6 a 13 meses Tratado – 3 meses Em um período de 20 anos, o número médio de episódios é de 5 a 6 Desenvolvimento de episódios maníacos 5 a 10% dos diagnosticados depressão maior têm um episódio maníaco 6 a 10 anos após o primeiro episódio depressivo Prognóstico 25% recorrência nos primeiros 6 meses 30 a 50% nos primeiros 2 anos 50 a75%em 5 anos Tratamento
Aguda Objetivo: remissão dos sintomas e melhora do
funcionamento psicossocial Duração: em geral, de 6 a 8 semanas
Continuação Objetivo: prevenção de recaídas e recuperação do
funcionamento psicossocial Duração: em média, de 4 a 9 meses
Manutenção Objetivo: prevenção de recorrências
Duração: indefinida Tratamento: Fases Tratamento: Adesão Atitudes e crenças Deve-se tomar o antidepressivo só até melhorar Antidepressivos podem mudar a personalidade Meu médico me forçou a tomar o antidepressivo Pode-se tomar menos pílulas nos dias em que você se sente melhor Minha depressão desapareceria mesmo sem tratamento Pode-se tomar pílulas extras nos dias em que você se sente pior Tratamento: Adesão Causas de abandono do tratamento antidepressivo Sentem-se melhor Efeitos adversos Medo de ficar dependente Sentimento de desconforto Falta de eficácia “Tenho que me curar sozinho” Tratamento: Adesão Informações que influenciam positivamente a adesão: Medicamentos demoram de duas a quatro semanas para fazer efeito Não parar sem antes falar com o médico Realizar atividades de laser Suicídio 14 – 15% dos pacientes deprimidos tentam (11% com êxito) Não considerar como tentativas de chamar a atenção; 15 – 22% apresentam nova tentativa no ano seguinte; 10% se suicidam em 10 anos; Fatores de risco: Homens, > 45 anos, separado ou divorciado, classes sócioeconômicas extremas, morar em área urbana, desempregado ou aposentado, ser ateu, ter poucos contatos sociais e doenças crônicas; Personalidade impulsiva, uso de álcool e drogas. Suicídio Perguntando sobre ideação suicida Sente que a vida perdeu o sentido? Tem esperança de que as coisas vão melhorar? Pensou que seria melhor morrer? Pensamentos de por fim à própria vida? São idéias passageiras ou persistentes? Pensou em como se mataria? Já tentou, ou chegou a fazer algum preparativo? Tem conseguido resistir a esses pensamentos? É capaz de se proteger e retornar para a próxima consulta? Tem esperança de ser ajudado? Circunstâncias que sugerem risco de suicídio:
Comunicação prévia de que iria se matar
Mensagem ou carta de adeus Providências finais (ex. conta bancária) antes do ato Planejamento detalhado Precauções para que o ato não fosse descoberto Ausência de pessoas por perto que pudessem socorrer Não procurou ajuda logo após a tentativa de suicídio Método violento, ou uso de drogas mais perigosas Crença de que o ato seria irreversível e letal Afirmação clara de que queria morrer Arrependimento por ter sobrevivido Concluindo ...
Transtorno mental mais comum na população
Recorrente e com risco de cronificação Recuperação plena se tratado adequadamente OBRIGADA!