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OBJETIVO

Explicar os processos pelos quais a atmosfera se


torna turbulenta ao voo;
ROTEIRO

1. Conceituar turbulência;

2. Identificar os diferentes tipos de turbulência e


suas consequências ao voo.
CONDIÇÕES ADVERSAS AO VOO – TURBULÊNCIA

A irregularidade do fluxo de ar atuando sobre a


aeronave em vôo, acarreta esta aeronave
agitações ascendentes e descendentes, tornando
o vôo desagradável, exigindo esforços
estruturais, com fatores de cargas elevadas.

As aeronaves respondem de maneira diversa à


turbulência, visto apresentarem diferenças de
tamanho, peso, velocidade, superfície das asas e
do nível de voo utilizado.
TURBULÊNCIA – Tipos

TURBULÊNCIA CONVECTIVA OU TÉRMICA

Ocorre devido ao processo convectivo provocado


pela formação de correntes ascendentes (ar
aquecido) e descendentes (ar resfriado). É mais
comum e intenso no verão, à tarde sobre os
continentes e no inverno, à noite sobre os
oceanos, quando o aquecimento é maior.

Nuvens Cumulus e GT acima de 1ºC/100m são


indícios da presença deste tipo de turbulência.
TURBULÊNCIA – Tipos

TURBULÊNCIA CONVECTIVA OU TÉRMICA


TURBULÊNCIA – Tipos

TURBULÊNCIA CONVECTIVA OU TÉRMICA


TURBULÊNCIA – Tipos

TURBULÊNCIA CONVECTIVA OU TÉRMICA


TURBULÊNCIA – Tipos

TURBULÊNCIA MECÂNICA

É provocada pelo fluxo de ar que sopra


perpendicularmente a algum tipo de obstáculo.

Os tipos de turbulência mecânica são:

- Turbulência orográfica; e
- Turbulência mecânica de solo.
TURBULÊNCIA – Tipos

TURBULÊNCIA MECÂNICA - OROGRÁFICA

É provocada pelo fluxo de ar que sopra


perpendicularmente a uma cordilheira.

Ocorre a sotavento destas montanhas e sua


intensidade é diretamente proporcional à
velocidade do vento e a altura do relevo.

Visualmente pode ser identificada pela presença


de nuvens lenticulares acima do topo das
montanhas, e nuvens rolo (ou rotoras) a
sotavento, abaixo da altura do topo.
TURBULÊNCIA – Tipos

TURBULÊNCIA MECÂNICA – OROGRÁFICA


TURBULÊNCIA – Tipos

TURBULÊNCIA MECÂNICA – OROGRÁFICA


TURBULÊNCIA – Tipos

TURBULÊNCIA MECÂNICA – DE SOLO


Ocorre devido
ao forte atrito
do vento com a
superfície,
causando
irregularidades
em seu
movimento,
devido às
obstruções do
vento pelas
edificações.
TURBULÊNCIA – Tipos

TURBULÊNCIA DINÂMICA

Formada pelo atrito de ventos superpostos


fluindo em direções contrárias, com diferenças
apreciáveis de velocidade e temperatura do ar.

Podem ser:

- Turbulência frontal
- Turbulência em ar claro
- Gradiente ou cortante do vento (Wind Shear)
- Esteira de turbulência
TURBULÊNCIA – Tipos

TURBULÊNCIA DINÂMICA - FRONTAL

Causada pela ascensão do ar quente pela rampa


frontal.

Quanto mais quente, úmido e instável estiver o


ar, maior será a turbulência.

Frentes mais rápidas geram turbulências mais


severas.
TURBULÊNCIA – Tipos

TURBULÊNCIA DINÂMICA – FRONTAL


TURBULÊNCIA – Tipos

TURBULÊNCIA DINÂMICA – EM AR CLARO

Normalmente é associada às correntes de jato.

A JET STREAM é mais comum e intensa no


inverno e sobre os continentes. Portanto, a
ocorrência de CLEAR AIR TURBULENCE (CAT) é
mais comum e mais severa nesta época do ano.
TURBULÊNCIA – Tipos

TURBULÊNCIA DINÂMICA – WIND SHEAR

Ocorre quando há uma variação na direção e/ou


velocidade do vento em uma curta distância e
próxima ao solo.

Normalmente é associado a trovoadas, mas pode


ocorrer também associada a frentes, brisas
marítimas, ondas orográficas e inversão de
temperatura.

Há o risco da ocorrência do microburst.


TURBULÊNCIA – Tipos

TURBULÊNCIA DINÂMICA – WIND SHEAR


TURBULÊNCIA – Tipos

TURB. DINÂMICA – ESTEIRA DE TURBULÊNCIA

Corresponde ao turbilhonamento do ar, a partir


da ponta das asas, gerando vórtices de vento
pela diferença de pressão entre o intradorso e o
extradorso das asas das aeronaves.

Este fluxo é perigoso para as aeronaves de


menor porte, peso e velocidade.
TURBULÊNCIA – Tipos

TURB. DINÂMICA – ESTEIRA DE TURBULÊNCIA


TURBULÊNCIA – Intensidade

Quando uma aeronave sofre turbulência, o


velocímetro acusa uma variação de velocidade, para
mais ou para menos da que estava sendo mantida,
indicada pelo instrumento.

A IAS (Indicated Air Speed), ou seja, a velocidade


indicada no velocímetro da aeronave aumenta ou
diminui, e esta variação pode ser usada para
classificar a intensidade da turbulência sofrida.

Algumas aeronaves são equipadas com um


equipamento chamado VARIÔMETRO, o qual acusa
diretamente se a variação foi para mais, positiva, ou
para menos, negativa.
TURBULÊNCIA – Intensidade

TURBULÊNCIA LEVE - a tripulação sente a


necessidade de utilizar o cinto de segurança, todavia
os objetos soltos ainda continuam em repouso.
Pouco afeta a performance da aeronave. Oscilações
de IAS de 5 a 15 Kt.

TURBULÊNCIA MODERADA - os tripulantes podem


ser lançados, ocasionalmente, para fora de seus
assentos, sendo imprescindível o uso do cinto de
segurança. O vôo torna-se desagradável, há uma
vibração constante e objetos soltos podem cair,
devendo ser suspenso o serviço de bordo.
Oscilações de IAS de 15 a 25 Kt.
TURBULÊNCIA – Intensidade

TURBULÊNCIA FORTE - devido aos violentos


ziguezagues, os passageiros podem entrar em
pânico. Os objetos soltos são fortemente lançados
de um lado para outro, e os instrumentos do avião
vibram fortemente, criando sérias dificuldades ao
piloto, sendo difícil manter uma atitude satisfatória
na aeronave. Oscilações de IAS de 25 a 35 Kt.

TURBULÊNCIA SEVERA – o vôo torna-se impossível,


sendo necessário abandonar o nível de vôo, pois o
perigo de afetar a estrutura da aeronave já é
iminente. Oscilações de IAS de 35 a 45 Kt.
TURBULÊNCIA – Intensidade

TURBULÊNCIA EXTREMAMENTE SEVERA – são


casos raros, mas possíveis de ocorrer. O vôo é
absolutamente inseguro, pois causa danos na
estrutura da aeronave, às vezes irreparáveis. Há
registros de aeronaves que foram submetidas a
esforços superiores a 10 G. Oscilações de IAS
superiores a 45 Kt.
TURBULÊNCIA – Representação

Nas cartas de tempo significativo SIGWX PROG

Nos códigos METAR/SPECI

- Abreviatura WS, seguida da pista onde ocorre o


fenômeno.

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