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Introdução aos

Evangelhos
O que é um Evangelho?
● A palavra “Evangelho” deriva do grego pela união de
dois termos: “ευ” - Eu - “boa” e “αγγελια” - Anguelia -
“Mensagem” - “Nova notícia”. Definimos como “Boas
Novas”, “Boas Notícias”.
● É gênero literário específico para anunciar esta boa
notícia;
● Contém narrativa histórica e biografia, mas não objetiva
somente isto;
● Possui um propósito teológico.
Propósito
● O EvangelhoTeológico
é um gênero literário, dentro do
qual se encontram vários gêneros: biografia,
narrativa, poesia, parábola, história, etc. Com
um propósito teológico de ensinar sobre a
pessoa e a obra de Cristo.
● Objetiva ensinar Teologia por meio de todos
esses gêneros compostos. (João 20:31)
Por que quatro
Evangelhos?
Há diferentes perspectivas teológicas entre Mateus,
Marcos, Lucas (Sinóticos) e o Evangelho de João:

1. Mateus enfatiza Jesus como REI


2. Marcos enfatiza Jesus como SERVO
3. Lucas enfatiza Jesus como FILHO DO HOMEM
4. João enfatiza Jesus como CRISTO DIVINO
Distinção de
destinatários
Apesar de certa dependência um do outro, são quatro autores diferentes,
distintos, que escrevem em lugares diferentes, para públicos diferentes e
para responder a diferentes questões.

1. Possibilitam uma visão bem ampla sobre a pessoa e obra de Jesus;


2. Não retratam uma visão monolítica sobre a pessoa e obra de Jesus;
3. Dispõe de mais fontes históricas;
4. No campo apologético, reforça a veracidade e historicidade dos
eventos sobre Cristo.
Tradição Oral
A fase de pregação dos primeiros 30 ou 40 anos é chamada
de tradição oral:
● Os Apóstolos pregavam sem livro, pois não havia livros do
Novo Testamento;
● Pregavam apenas com base no testemunho (pois eram
testemunhas oculares), e com a luz do Espírito Santo que
Jesus havia prometido;
● As informações sobre Cristo começaram a ser escritas por
volta do ano 45 d.C. A tradição oral durou aproximadamente
15 anos.
Dividindo os 27 livros do Novo
Testamento
● EVANGELHOS: Mateus, Marcos, Lucas e João;
● HISTÓRICO: Atos dos Apóstolos;
● CARTAS PAULINAS: Romanos, Gálatas, 1 e 2 Coríntios,
Efésios, Colossenses, Filipenses, 1 e 2 Tessalonicenses;
● CARTAS PAULINAS PASTORAIS: 1 e 2 Timóteo, Tito,
Filemom;
● CARTAS GERAIS: Hebreus, Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 3
João, Judas;
● PROFÉTICO: Apocalipse de João
Os Evangelhos
Sinópticos
A palavra “sinóptico” vem do termo grego
Synopsis e quer dizer “syn” = junto/parecido, e
“optico” = olhar. (Ver da mesma maneira);
Ou seja, os três primeiros evangelhos
(sinóticos), são aqueles que apresentam uma
visão similar do ministério de Jesus.
Semelhanças ou diferenças do
texto
Mateus 19:20 Marcos 10:20 Lucas 18:21

Disse-lhe o jovem: Ele, porém, lhe Replicou o homem:


Tudo isso tenho replicou: Mestre, tudo Tudo isso tenho
guardado; que me isso tenho guardado guardado desde a
falta ainda? desde a minha minha juventude
juventude.
Quando a narrativa dos fatos é apresentada em momentos
distintos nos evangelhos, isto não caracteriza contradição:
● A narrativa da tentação de Jesus em Mateus e Lucas têm
sequências diferentes;
● As sequência dos fatos sobre a vida de Jesus em Mateus e
em Lucas; O Sermão do Monte
● O Evangelho de João não sinótico porque seus relatos são
distintos, não há interdependência, não há rica sequência
de eventos, ele possui poucos eventos e muitos discursos.
Evangelho de
Mateus
Aparece como primeiro livro no cânon neotestamentário por
fazer melhor a transição do Antigo Testamento para o Novo
Testamento:
● Contém o maior número de citações do Antigo Testamento;
● Lança ponte entre a perspectiva do Reino messiânico por
parte dos Judeus, e o advento de Jesus Cristo, como resposta
a esta espera.
Evangelho de
Mateus
AUTOR: Mateus, o publicano, filho de Alfeu, também
chamado Levi (Marcos 2.14) estava assentado
coletando impostos quando o Senhor o chamou (Mateus
9.9).
LOCAL: Antioquia da Síria
Propósito
● Apresentar Jesus aos Judeus como sendo o Messias
prometido no Antigo Testamento, o Rei dos Judeus;
● Lê-se por 18 vezes a expressão “Para que se cumprisse o
que fora dito”;
● Mateus inicia com a genealogia de Jesus; provando o
direito de legal de Jesus como herdeiro de Abraão e de
Davi; (1:1…)
● A palavra “Basiléia (reino) aparece mais de 50 vezes
neste evangelho.
● Este evangelho menciona muitas vezes a respeito do
“reino dos céus”, usada apenas por Mateus;
● Esse evangelho destaca os discursos de Cristo:
➢ Sermão do Monte (5.1 - 7.9)
➢ Chamado dos 12 (10.1 - 42)
➢ Parábolas sobre o reino (13.1 - 53)
➢ Significado da grandeza e do perdão (18.1 - 35)
➢ Discurso profético (24.1 - 25.46)
Evangelho de Marcos
AUTOR: João era o seu nome hebreu; Marcos, o nome latino.
Viajou para Antioquia, na companhia de seu tio Barnabé (Cl
4.10) e do apóstolo Paulo, na primeira viagem missionária (At
12.25; 13.5). Não foi um dos doze discípulos de Jesus mas
acredita-se que fazia parte do 0grupo maior dos discípulos. Se
tornou um discípulo do apóstolo Pedro (1Pe. 5.13), de quem
ouviu as narrativas mais próximas sobre Jesus e as registrou
no seu evangelho.
● Era nativo de Jerusalém (Atos 12:12);
● Tinha estreito relacionamento com Paulo o os apóstolos;
● Marcos foi considerado por Papias de 112 d.D
como”intérprete de Pedro”:
Uma comparação entre o evangelho de Marcos e o sermão
feito por Pedro e citado em Atos 10:34-43 mostra que
Marcos acrescentou a este resumo da vida de Cristo feito
por Pedro.
Carasterísticas de Jesus em
Marcos
● A principal característica de Jesus em Marcos
é sua diligência, a marca de um bom servo. A
palavra grega eutheos, traduzida várias vezes
como "logo", imediatamente, no mesmo tempo,
aparece 42 vezes no livro. Essa mensagem
trazia um apelo natural ao autor romano,
sempre atarefado e pragmático.​
Propósito
Local: devido à presença de latinismos no texto (transcrição em grego
de palavras latinas), supõe-se que Marcos tenha escrito seu evangelho
em Roma. Ele se dirige a cristãos que não vivem na Palestina, e toma
cuidado em explicar-lhes as expressões aramaicas que emprega, por
exemplo em 5:41: “... Talitha Koumi, que quer dizer: menina, eu te
mando, levanta-te...”; também explica costumes judaicos como em 7:3.
A favor desta hipótese estão os testemunhos dados por Papias de
Hierápolis, no século II, e também do historiador cristão Eusébio de
Cesaréia, no século IV.​
Evangelho de
Lucas
AUTOR: O mesmo autor produziu Lucas e Atos (Lc
1.1-4; At 1.1), sendo que a tradição unânime atribui
tais obras à Lucas.
● Ele é o médico amado (Cl 4.14),
● Lucas era gentio (Cl 4.10-11), companheiro de
Paulo e médico.
● Local: Incerto
Este evangelho é obra literária de um cronista. Trata-se de uma
obra nascida da fé de uma comunidade, e fundada sobre uma
tradição. O método usado pelo autor na pesquisa é apresentado
em (Lc 1:4 4). Ainda nesse texto encontramos pelo menos três
fontes utilizadas por Lucas:
● Narrações compostas antes dele;
● Entre elas, certamente, o evangelho de Marcos);
● Informações recolhidas junto às testemunhas oculares;
(subentende se que ele mesmo não foi uma delas).
● Tradição oral da pregação apostólica.
Propósito
● Lucas direciona seu evangelho principalmente a leitores
gregos (ou gentios);
● Procura fazer a retrospectiva da história de jesus, levando ao
ápice a ressurreição que dá a tudo que precede o seu sentido
verdadeiro;
● Designa Jesus pelo título: O Senhor;
● Uma característica que se destaca em Lucas é o universalismo
do evangelho Jesus é a luz de todos os povos (2:31,32) é a
todos os povos que ele manda pregar o perdão (24: 47)
● Procura fazer uma retrospectiva da história de Jesus;
● Por isso designa a Jesus pelo título que lhe deu a comunidade
cristã: o Senhor;
● Uma característica que se destaca em Lucas é o universalismo do
evangelho: Jesus é a luz de todos os povos (2:31,32); é a todos os
povos que ele manda pregar o perdão (24:47);
● Destaque dado aos pobres na proclamação do evangelho (pobres no
sentido amplo deste termo: pecadores, publicanos, viúvas e
crianças, ladrões e penitentes, homens e mulheres enfermos, e
pobres no sentido econômico):
● Destaque dado aos pobres na proclamação do
evangelho (pobres no sentido amplo deste termo
pecadores, publicanos, viúvas e crianças, ladrões e
penitentes, homens e mulheres enfermos, e pobres no
sentido econômico) são chamados bem aventurados
(6:20) os ricos são qualificados de desventurados (6:24)
a boa nova é para os pobres (4:18 - (7: 22)
● Como Lucas apresenta Jesus, também, aos leitores
gregos, ele O apresenta como Filho do homem, o
ser humano ideal;
● Como os gregos há muito buscavam o “homem
perfeito”, Lucas desenvolveu sua obra para pôr fim
a essa busca.
Evangelho de João
AUTOR: O evangelho não declara o nome do autor, mas dá
o seu pseudônimo: o “discípulo a quem Jesus amava”
(13.23; 19.26; 20.2; 21.7,20) foi quem escreveu o evangelho
(Jo 21.24-25). • Foi uma testemunha ocular (Jo 1.14). • Era
pescador judeu (Jo 21.2); • Fazia parte do grupo dos doze
discípulos, tomou parte na última ceia e reclinou se ao peito
de Jesus (Jo 13.23; 25)
● Foi o único presente na crucificação, e a ele Jesus confiou o
cuidado de sua mãe (19.26);
● Correu até o túmulo vazio juntamente com Pedro (20.2-8);
● As informações acima nos apontam que o apóstolo João foi o seu
autor. Os pais da igreja confirmaram esta informação (Irineu –
Policarpo – João).
● João era irmão de Tiago, ambos filhos de Zebedeu (Mc 1.19-20),
também conhecido como “Filho do trovão” (Mc 3.17).
Objetivo e
Conteúdo
Existem três objetivos principais para João escrever o seu
evangelho:
● Mostrar Jesus como o Cristo e levar à fé;
● Fortalecer a fé dos cristãos perseguidos;
● Combater heresias (gnosticismo/docetismo)
Seu objetivo era mostrar Jesus como o Filho de Deus, o
Criador encarnado e a sua essência divina.
O que era o
Docetismo
Docetismo (grego: dokein, “aparentar”), é uma heresia do final do século
I (antecedeu o gnosticismo), que afirmava que Jesus apenas aparentava ser
humano.
● Afirmavam que o corpo humano de Cristo era um fantasma, que seus
sofrimentos foram meras aparências;
● “Se sofreu, não era Deus; se era Deus, não sofreu”
● Negavam a humanidade de Cristo, mas afirmavam a sua divindade;
● O docetismo já estava presente no final da época do N.T. como é
evidente pela exortação de João, o apóstolo (1 João 4:2 - 2 João 7)
Jesus era completamente
● Ele tinha ancestrais humanos (Mthumano
1.20-25; Lc 2.1-7);
● Jesus teve concepção humana, um nascimento humano (Lc 2.4-7);
● Jesus teve uma infância humana (Lc 2);
● Jesus passou fome humana (Jesus jejuou 40 dias e no final, diz lucas, teve fome);
● Jesus teve sede humana (Jo 4.6,7));
● Jesus sentiu cansaço humano (Jo 4.6);
● Jesus teve emoções humanas (Jo 11.35);
● Jesus tinha um senso de humor humano (Jo 21.5);
● Jesus teve tentação humana (Mt 3; Mt 26.38-42);
● Jesus era de carne e osso humanos (Hb 2.14);
● Jesus sentiu dor humana (Mt 27.34);
● Jesus teve uma morte humana (Mt 16.21; Rm 5.8; 1Co 15.3; Ef 2.13)
Os diálogos íntimos
João dedica especial atenção aos diálogos íntimos que Jesus teve com
algumas pessoas:
● 1. Nicodemos (3.1-21)
● 2. A mulher de Samaria (4.1-26)
● 3. Judeus na Festa dos Tabernáculos (7.14-39; 8.3-58)
● 4. A mulher adúltera (8)
● 5. A parábola do bom pastor, (10)
● 6. Instruções privadas aos discípulos, palavras de consolo, oração
● intercessória (14-17)
● 7. O encontro com os discípulos no mar da Galiléia, (21)
Os sinais que Jesus realizou

As bodas de Caná (2,1-12) O poder de Jesus sobre a qualidade


2. Cura do filho de um funcionário (4,43-54) Distância física
3. Cura do paralítico (5,1-47) O pode sobre o tempo
4. Multiplicação dos pães (6,1-15) Sobre a quantidade
5. Caminhar sobre as águas (6,16-70) sobre as leis da natureza
6. Cura do cego de nascença (9,1-41) Situação sem solução
7. Ressurreição de Lázaro (11,1-54) O poder de Jesus sobre a morte
Evangélhos Apócrifos
● O nome vem do Grego avpo,krufoj, Apócrifo (oculto,
secreto). Eles foram escritos por várias razões:
1. Devoção, Satisfação da curiosidade, inovações;
2. Apoio para necessidades doutrinárias, novas
tendências;
3. Comunidades que se dividiam em práticas aberrantes e
demandavam a produção adicional de mais “escrituras
sagradas”.
O que são essas obras?
● São chamadas Evangelhos Apócrifos porque não são
consideradas genuínas, produzidas pelos apóstolos ou
pelos autores cujos nomes se encabeçam;
● Grande maioria delas pretende transmitir um
conhecimento esotérico, oculto, além daquele
conhecimento dos apóstolos;
● Em grande parte, foram escritos por autores gnósticos
com o propósito de difundirem as suas ideias no meio da
igreja.
Classificação desse Evangelhos

● Narrativas da infância de Jesus


● Narrativas da vida e da paixão de Jesus
● Coleção de ditos de Jesus
● Diálogos de Jesus
Narrativas da infância Narrativas, ditos e
diálogos ■ Evangelho de Pedro
■ Evangelho de Tomé, O
■ Evangelho de Nicodemos
israelita* ■ Evangelho dos Nazarenos
■ Proto evangelho de Tiago
■ Evangelho dos Hebreus
■ O livro da infância do salvador
■ Evangelho dos Ebionitas
■ A história de José, o
■ Evangelho de Gamaliel
Carpinteiro
■ O Evangelho Árabe da
Infância ■ Evangelho de Tomé*
■ A história de José e Azenate ■ Diálogo com o Salvador
■ Evangelho Pseudo Mateus da ■ Evangelho de Bartolomeu
Infância
Evangelho da Infância de
Tomé
“De outra feita, ele andava em meio ao povo e um rapaz
que vinha correndo esbarrou em sua costas. Irritado,
Jesus lhe disse, “não prosseguirás teu caminho.” E
imediatamente o rapaz caiu morto” (IV.1). Mais adiante
se narra o que aconteceu com pessoas que criticavam
Jesus: “E no mesmo instante, aqueles que haviam falado
mal ficaram cegos” (V.1)
Renascimento do Interesse pelos
Evangelhos Apócrifos, particularmente os
Gnósticos
1. A publicidade e o sensacionalismo da grande mídia em torno da
descoberta e publicação dos evangelhos gnósticos. Como os
Evangelhos de Judas e Tomé.
2. A veiculação da mídia vai na mesma linha de propaganda e
especulações anticristãs, mais diretamente contra a igreja católica.
Mas acaba por respingar nos protestantes.
3. Em terceiro lugar, produções de Hollywood como: O Código da
Vinci, O Corpo, Estigmata, A Última Ceia de Cristo. Que se
baseiam nesses gnósticos, sendo um canal de difusão dos mesmos.
❖ Apesar dos esforços da
mídia e dos Teólogos
liberais não se
conseguiu comprovar
que os evangelhos
gnósticos foram escritos
no primeiro século. Eles
são produções
posteriores aos
Evangelhos canônicos e
se valeram destes como
fontes.
Vida e
ministério de
Desde cedo a igreja cristã rejeitou essas obras, pois não
preenchiam os critérios de canonicidade:
● Não foram escritas pelos apóstolos ou por alguém ligado a
eles;
● Contradiziam a doutrina cristã, tinham exemplos e
recomendações morais e éticas pouco recomendáveis;
● seus autores falsamente atribuíram a autoria aos apóstolos,
como, por exemplo, o Evangelho de Tomé, de Pedro, de
Bartolomeu, de Filipe;
● suas histórias fantásticas acerca de Cristo claramente
revelavam seu caráter especulativo e supersticioso, ao
contrário da sobriedade e da seriedade dos evangelhos
bíblicos.
O nascimento de Jesus
No décimo quinto ano do reinado de Tibério Cézar, quando
Pôncio Pilatos era governador da Judéia; Herodes, tetrarca
da Galiléia, seu irmão Filipe tetrarca da Ituréia e
Traconites; e Lisânias, Tetrarca de Abilene; (LUCAS 3:1).
● Jesus nasceu nos tempos de Herodes, o Grande, entre 6
e 4 a.C
MATEUS 2: 1-23
LUCAS 2: 1-52
A Infância de Jesus
Não há muito sobre a infância de Jesus relatado.
● Residiam na cidade de Nazaré, na Galiléia (MATEUS 2:23);
● Lucas é o evangelho que relata um dos poucos eventos da infância de
Jesus quando ele estava com 12 anos (LUCAS 2:39-52).
● A adolescência de Jesus era comum aos adolescentes dos seus dias
(LUCAS 2:52); crescimento físico e intelectual;
● Certamente frequentou a sinagoga de Nazaré, como era comum para os
meninos da sua época:
1. Aprendeu a ler e a escrever (dois ciclos básicos de escolaridade)
2. Tornou-se filho da Lei;
O ministério de
● Jesusentre 28 e 29 d.C; 15
Seu ministério começou
anos após Tibério começar a reinar;
● Jesus teria 32 anos (LUCAS 3:23)
● Jesus vivia no mesmo lugar quando do início
de seu ministério (lucas 3:22)
● Deve-se considerar que estas datas são
incertas.
● Pelo Evangelho de João o ministério de
Jesus durou pouco mais de 3 anos
(João menciona Jesus em três festas da
páscoa;
● Tendo Jesus morrido por volta de 33
d.C
● João Batista batiza Jesus o ministério
anunciado;
● A tentação de Jesus por Satanás;
● Jesus chama seus primeiros
discípulos;
● Realiza o primeiro milagre;
● O ministério de Jesus começa com a pregação e ensino na
Sinagoga seguidos de milagres e maravilhas (MARCOS
6:1-6);
● Jesus prega para numerosas multidões e os discípulos
(período de aceitação; MARCOS 6:30);
● Intensificação da perseguição por parte dos líderes
religiosos;
● Insatisfação provocada pela ausência de um caráter
político militarista em Jesus e pelas suas admoestações
incisivas (JOÃO 6:22…)
A última semana de
Jesus
DOMINGO: entrada triunfal;
SEGUNDA: Jesus purifica o templo;
TERÇA-FEIRA: Jesus debate com os fariseus e Saduceus nos átrios
do templo; profere o discurso profético no Monte das Oliveiras.
QUARTA-FEIRA: Os evangelhos não registram as atividades de
Jesus neste dia;
QUINTA-FEIRA: à noite começam os julgamentos de Jesus, indo até
Sexta-feira pela manhã. Seguidos pela crucificação e o sepultamento
no decorrer do dia.
A Ressurreição
● Ocorreu na manhã do Domingo (MARCOS 16:1…);
● Jesus apareceu aos discípulos por um período de 40 dias;
● As últimas palavras de Jesus:
MATEUS 28:19
JOÃO 17:19

O ensino de Jesus não foca a exterioridade e a aparência que


enfoca perfeição, mas é um chamado à coerência.
Atos dos Apóstolos
● Autoria: É o segundo livro da autoria de Lucas.
Tomando como base o próprio livro, descobrimos que
Lucas foi companheiro de Paulo e testemunha ocular
de muitos fatos sobre os quais escreveu. Chega-se a
conclusão por meio das passagens em que o pronome
"nós" é encontrado no texto em que Lucas se inclui
na história´. Usando o pronome na primeira pessoa
do plural (16:10,17;20:521,28;28:16)
● Geralmente, o estudo teológico de Atos é tratado
juntamente com o evangelho de Lucas. De fato, há
muitas indicações de que se tratem de uma obra em
dois volumes; 
● Em suma, o livro de Atos dos Apóstolos descreve a
história da expansão da igreja no primeiro século
depois da ascensão de Cristo até a prisão de Paulo
em Roma;
● Em geral, o livro é dividido em algumas seções que
correspondem a momentos específicos na expansão
da igreja.
• Motivo histórico: Esse é o mais óbvio de todos. Atos é
uma continuação da narrativa de Lucas
(Lc 1:1,4;Atos 1:1,5) Os dois livros são endereçados a
mesma pessoa - Teófilo. São ligados pela expressão “O
PRIMEIRO LIVRO”
• Motivo doutrinário: como no seu evangelho, a principal
ênfase doutrinária de Lucas é a pessoa e a obra do Espírito
Santo. As referências ao Espírito Santo são claros e muito
frequentes (At 1:11; 15,16,19,20,21,28).
O Espírito Santo era o poder motivador por trás do
testemunho e da obra dos apóstolos em favor da
obra de Cristo em situações:

● Disciplina 5:3,4
● Sabedoria 6:3
● Orientação 16:6,7
• Motivo apologético: de certa maneira, Atos é
basicamente uma defesa do cristianismo. É claro que os
crentes devem defender a fé (1Pe 3:15; Fl 1:17,18) e lutar
por ela (Jd 3).
Lucas mostra ao mundo que, em sua primeira geração, a
igreja foi objeto de perseguição dos judeus por intermédio
do Sinédrio ou de grupos tais como aquele que seguia
Paulo em suas viagens (Capítulos 4, 5, 7, 8, 16, 17, 18). E
ainda o ourives de Éfeso (At 19).
Encontro entre os apóstolos e os oficiais
romanos
1. Paulo e Barnabé perante Sérgio Paulo, o precônsul de Chipre -
ela “creu” (At 13:12);
2. Paulo e Silas em Filipos - O carcereiro romano se converteu e
aos magistrados daquela colônia se desculparam pelo tratamento
injusto dado aos missionários por causa das acusações vindas
dos Judeus (At 16:39);
3. Paulo perante Gálio, precônsul da Acaia - Gaio “não se
incomodava com estas coisas” (At 18:17), ou seja, ele nõa se
perturbava com problemas relacionados às leis judaicas. Ele se
mostrou indiferente;
4. Paulo em Êfeso - Os asiarcas (At 19:31) eram amigo de
Paulo; o oficial da cidade restaurou a ordem, evitando que os
missionários fossem atacados
5. Paulo protegido por Cláudio lísias (At 21,22);
6. Paulo perante Félix, em Cesaréia (At 24), com
frequência, Félix mandava trazer o apóstolo à sua presença e
o ouvia pregar;
7. Paulo perante Festo, em Cesaréia - Festo considerava
Paulo inocente das acusações lançadas pelos Judeus (At
25:25).
Motivo biográfico
● Dos muitos personagens importantes e interessantes que figuram
em Atos, os que mais foram destacados por Lucas foram Pedro e
Paulo. O autor concentra seu relato basicamente nas atividades
desses dois apóstolos:
● Pedro ocupa a maior parte dos capítulos 1 a 12
● Paulo a maior parte, capítulos 13 a 28
● Pedro liderou a igreja a Igreja cristã em Jerusalém nos primeiros
anos de sua existência. Primeiras visitas as regiões de Samaria e
Cesaréia.
● O ministério evangelístico em terras gentias Da Síria até Roma foi
realizada, principalmente, por Paulo. Ele fundou igrejas nas
grandes províncias da: Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia.
• Pedro e Paulo contaram com a ajuda de notáveis cristãos:
o Estevão (cap. 6 e 7)
o Filipe, o evangelista (cap. 8)
o Barnabé (4, 9, 11, 13)
o Joâo Marcos (12, 13, 15)
o Silas (15, 17_
o Timóteo (16, 17)
o Áquila e Priscila (18)
o Apolo (18, 19)
⮚ Ao transmitir esse registro, Lucas deixa claro que pessoas foram
responsáveis pelo crescimento e expansão da igreja. Por causa dessas
descrições biográficas, temos melhor compreensão das epístolas.
A relação entre Atos, os evangelhos e as epístolas

● É preciso ressaltar o caráter de Atos como um dos livros


fundamentais do Novo Testamento. Ele serve de ponte entre os
Evangelho e as Epístolas. Portanto, tem laços estreitos com todos
esses escritos: 
● O livro dá continuidade, e de certa maneira, complementa a
narrativa iniciada nos evangelhos;
● O ministério de Cristo neste mundo é seguido pelo ministério de
seus apóstolos;
● Atos relata o cumprimento da profecia de Nosso Senhor a respeito
da Igreja (Mt 16:18);
● Em Atos são respondidas muitas questões sobre o início da Igreja,
seus primeiros líderes e seu crescimento, que a levaria a alcançar o
mundo;
Atos represente o contexto histórico de várias Epístolas
de Paulo, relatando detalhes relacionados à fundação de
igrejas para as quais ele dirigiria suas cartas:

● Gálatas - Antioquia, Icônio, Listra e Derbe (At


13:14 – 14:28)
● Filipenses – Filipos (At 16:11-40)
● 1 e 2 Tessalonicenses - Tessalônica (At 17:1-9)
● 1 e 2 Coríntios (Corinto (At 18:1-16)
● Efesios - Éfeso (At 19:1-41; 20:17-35; v. também 1
e 2 Tm)
AS EPÍSTOLAS
PAULINAS

Quem foi Paulo?


• Esse é o principal detalhe para compreender seu caráter e suas
atividades. A melhor exposição de sua vida vem de seus próprios
registros:
• Paulo era Judeu. Nasceu em uma família judia, na cidade de Tarso,
província da Cilícia. Por muitos anos conhecido por muitos anos
como Saulo* de Tarso (Atos 23:6). As principais estão nas
Epístolas aos: filipenses, gálatas e coríntios.
• Falava Aramaico ("hebreu de hebreus" Fp 3:5). De acordo com
o seu próprio testemunho, era farizeu, como seu pai fora antes
dele; em sua juventude aprendera a fabricar tendas (At 18:3)
• Paulo pertencia à tribo de Benjamim (Fl 3:5).
• Os nomes Saulo e Paulo
• Cidadania romana - "Pois eu tenho por direito de nascimento" (Atos
22:28). 
I. Apelar para os seus direitos de cidadão, para obter respeito dos
magistrados locais; (At 16:37,39)
II.Ser levado a um julgamento adequado antes de ser condenado e
punido, o direito de apelar  a César por justiça (At 25:11,12);
III.No caso de receber pena de morte não ser executado crucificado;
IV.Provavelmente carregava consigo documento que comprovasse a
cidadania. Visto que declarar-se cidadão romano não o sendo era
crime punido com pena capital.
O Judeu Saulo
• Treinamento Rabínico - de acordo com seu testemunho, quando ainda
garoto seguiu para Jerusalém e estudou sob a tutela do renomado
rabino Gamaliel I*, um dos principais mestres da escola de Hillel (22:3).
• Na Epístola aos Gálatas Paulo diz: "quanto ao judaísmo, avantajava-me a
muitos da minha idade  sendo exatamente zeloso das tradições de meus pais
(1:14).
• Como era o treinamento rabínico: o início, estudos dos Mishná e
dos Midrash, do Talmude, memorização; "vivi fariseu conforme a seita mais
severa da nossa religião (At 26:5; Gal 1:14; 5:3)
• Em relação a cultura grega, embora demonstrasse ter familiaridade com o
pensamento grego (At 28). Contudo, não era um judeu helenizado. Além de
tudo ele tinha uma visão ampla do mundo.
A teologia do perseguidor
❖Paulo acabou se tornando um judeu extremamente piedoso e severo nas
questões éticas e morais do AT e da tradição judaica. E isso leva-nos a
entender outro elemento marcante do judaísmo de Saulo. Ele era um
perseguidor:
• Paulo era um "missionário" judeu (Mat 23:15; Gal 5:11)
• Realizava uma perseguição agressiva (At 8:3; Gal 1:13)
• Descrição completa em Atos 26:9-11
• Sua razão era primariamente teológica - contra a crença cristã na
crucificação de Cristo (Gal 1:23; I cor 2)
• Sendo Paulo um rabino pode-se dizer que a razão de perseguir os
cristãos era primariamente teológica. O que Paulo perseguia era a fé
cristã, entende-a como oponente ao cristianismo.
A conversão de Saulo
• Saulo já havia sido "tentado" a abraçar o cristianismo? (Atos
26:14)
• Com a visão de Damasco, rendeu-se completamente.
• Atos 9:15,16
• Por tudo que vimos sobre a vida, ensino e teologia de Paulo.
O impacto da sua conversão deve ter exigido reajustes
psicológicos e intelectuais muito grandes por parte dele. Isso
pode explicar o período que ele passou na Arábia e em
Damasco, antes de sua primeira visita a Jerusalém (Gal 1:16-
19.)
O Evangelho na Judéia e
Samaria
A segunda maior seção do livro diz respeito à obra da igreja nas regiõe da
Judéia e Samaria, logo ao norte de Jerusalém.
● Felipe, o evangelista, um dos sete homens escolhidos, como diáconos,
vai à Samaria (ATOS 8:4);
● Pedro e João forem enviados para confirmar os crentes na sua nova fé
(ATOS 8:15-17);
● Felipe partiu para o sul, próximo a cidade de Gaza, e levou o etíope
Eunuco a Cristo (ATOS 8:29…);
● Pedro seguiu para o litoral, chegando à casa de Cornélio, centurião
romano em Cesaréia, testemunhou a salvação à ele e toda sua casa .
O evangelho até os confins da
terra
A terceira e mais extensa parte de Atos consiste,
principalmente do registro do desenvolvimento e da
expansão do ministério entre os gentios liderado por
Paulo e seus companheiros.
As viagens de Paulo
PRIMEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA ATOS
13.1-14.28

O ponto de partida foi Antioquia e a viagem foi concentrada na Ilha


de Chipre e na parte sudeste da província romana da Galácia.
Barnabé foi o líder até um determinado momento da viagem, e Paulo
era o pregador principal. João Marcos servia como auxiliador dos
missionários principais. Nesta ocasião, João Marcos os deixou
(literalmente os abandonou) e voltou para Jerusalém.
SEGUNDA VIAGEM MISSIONÁRIA
– Atos 15.36-18.22

● Propósito da viagem (ATOS 15:36)


● Discordância sobre a ida de João Marcos na viagem
missionária, Paulo e Barnabé separam-se
● Então Paulo levou consigo Silas, também chamado de
Silvano.
TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA
– Atos 18:23-21:16.
● O apóstolo Paulo atravessou a região da
Galácia e Frígia e depois prosseguiu em direção
a Ásia e à sua principal cidade; Éfeso.
● Ali o apóstolo ficou por um longo período,
cumprindo a promessa anteriormente feita (Atos
19:8-10; 20:3).
Paulo viaja para Roma
Paulo preso em Jerusalém (Atos 21), e para impedir
que fosse linchado, ele foi transferido para Cesaréia.
Nessa cidade Felix, o governador romano, deixou o
apóstolo Paulo na prisão por dois anos (Atos 23-26). Na
qualidade cidadão romano, ele apelou para César e foi
enviado sob escolta para Roma. Após uma terrível
tempestade, o navio a qual ele estava naufragou, e
Paulo passou o inverno em Malta.
O martírio de Paulo
O que se sabe pelas epístolas é que o apóstolo Paulo
foi solto depois dessa primeira prisão em Roma
relatada em Atos por volta de 63 d.C. (2 Timóteo
4.16,17). Em sua segunda prisão em Roma, ele
acabou executado pelas mãos de Nero entre de 65 e
67 d.C. (2 Timóteo 4:6-18).

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