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EQUIPAMENTO

DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Mauricio Cesar Soares


Técnico em Segurança do Trabalho
MTE: 0062851/SP
EPI - Conceito
 O que é Equipamento de Proteção
Individual?

É todo dispositivo ou produto, de uso


individual utilizado pelo trabalhador,
destinado à proteção de riscos suscetíveis
de ameaçar a segurança e a saúde no
trabalho.
CERTIFICADO DE APROVAÇÃO - CA
• Para a empresa adotar um EPI em seus
processos, a mesma deve requerer o CA,
que é um documento emitido pelo DSST –
Departamento de Saúde e Segurança do
Trabalho do MTE, o qual atesta mediante
ensaios laboratoriais, que o equipamento
reúne condições para cumprir a função a
qual se destina.
LEGISLAÇÃO

• Toda regulamentação pertinente aos


Equipamentos de proteção Individual
encontra-se disposta na NR 06 da Portaria
3214/78 do MTE.
• Nesta norma encontram-se descritas as
obrigações dos empregadores, dos
empregados e dos
Fabricantes/Importadores, pertinentes a
esse assunto.
EMPREGADORES

• 6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos


empregados, gratuitamente, EPI adequado ao
risco e em perfeito estado de conservação e
funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
• a) sempre que as medidas de ordem geral não
ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes, ou doenças profissionais;
• b)enquanto as medidas de proteção coletiva
estiverem sendo implantadas;
• c)para atender situações de emergências.
EMPREGADOS
▫ Usar, utilizando-o apenas para a finalidade
a que se destina;
▫ Responsabilizar-se pela guarda e
conservação;
▫ Comunicar ao empregador qualquer
alteração que o torne impróprio para uso e;
▫ Cumprir as determinações do empregador
sobre o uso adequado.
FABRICANTES/IMPORTADORES
cadastrar-se, segundo o ANEXO II, junto ao
órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho;
solicitar a emissão do CA, conforme o ANEXO II;
solicitar a renovação do CA, conforme o ANEXO
II, quando vencido o prazo de validade
estipulado pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho;
requerer novo CA, de acordo com o ANEXO II,
quando houver alteração das especificações do
equipamento aprovado;
responsabilizar-se pela manutenção da
qualidade do EPI que deu origem ao Certificado
de Aprovação – CA.
Proteção para o Corpo
Avental de raspa
Avental de raspa de
couro, utilizado em
indústrias com
presença de agentes
abrasivos ou
escoriantes.
Ex: Serralheria,
carpintaria, etc.
Avental de PVC

Avental de PVC para manuseio


de produtos químicos e em
processos de fabricação onde
exista a manipulação de água.
Perneiras de couro
• Perneiras de couro,
para trabalhos com
agentes abrasivos ou
escoriantes.
• Ex: Poda de árvores,
manipulação de
roçadeiras, etc.
Proteção para a chuva

• Capas de Chuva em PVC forrado, PVC laminado,


com manga, tipo morcego, conjuntos, aventais,
etc.
Capuz
• Capuz
confeccionado em
tecido brim 260
g/m2.
• Para trabalhos em
colheitas e
aplicação de
defensivos
agrícolas em
produtos diversos.
Macacão
• Macacão em Tyvek ® com
escafandro com viseira
para o uso em Apiários.
Jaleco
• Paletó confeccionado em
tecido com 480 g/m2,
fechamento botão de
pressão ou velcro®
(0pcionalmente pode ser
confeccionado com capuz.)
Para atividades em
frigoríficos, e em locais
onde exista umidade e frio
extremo.
Calça
• Calça confeccionada em
tecido com 480 g/m2,
ajuste na cintura com
cordão de algodão.
• Também indicado para
frigoríficos e locais com
frio extremo.
Proteção das Mãos
Luvas de Látex, PVC, PVA e
nitrílica
• Aplicações:
• Manuseio de diversos
produtos químicos em
indústrias químicas,
farmacêuticas,
alimentícias , tintas,
petroquímicas, etc.
Luvas Butílicas
• É indicada para a proteção
de um número
considerável de produtos
químicos conhecidos,
sendo considerada
adequada para
atendimentos a
emergências químicas.
Luvas plumbíferas
• Confeccionadas com
chapas de chumbo em seu
interior, são indicadas para
a área de Radiologia.
Luvas de couro, vaqueta e raspa
 Para trabalhos
com materiais
escoriantes,
abrasivos ou
térmicos.
• Aplicações:
Indústria de
construção
civil, tarefas com
solda, serralherias,
carpintarias,
industrias navais,
etc.
Luva de malha de aço
• Luva de malha de aço
para trabalhos onde
existe risco de corte.
Uso reversível (destros e
canhotos).
• Ex: Açougues,
matadouros e indústrias
de alimentação coletiva.
Luvas de PVC Isolantes
• Luvas de PVC , para
trabalhos com alta
tensão.
• São seis classes de
isolamento, sendo a
menor “00” para uso
até 500V, e a maior “4”
para uso até 36 Kva.
Luvas de Aramida/Poliaramida
• Luva de segurança tipo
poliaramida, para
contato com agentes
térmicos.
• Usadas em trabalhos
em fornos, fundição,
padarias, estufas,
injetoras
termoplásticas e
soldagens.
Proteção Auditiva
Protetor Auricular – Tipo
Abafador
• Protetor Auricular, tipo
abafador, fabricado
com material resistente
que proporciona alta
proteção do sistema
auditivo e excelente
conforto ao usuário.
Protetor Auricular
Tipo Plugue de Inserção

• Tipo Plugue (Espuma,


PVC, Silicone,
Copolímero) c/ cordão.
Proteção da Cabeça
Capacete de Segurança

• Capacete de segurança
tipo aba frontal injetado
em plástico de polietileno
de alta densidade para
proteção da cabeça contra
impactos e penetração.
Capacete de Segurança
Conjugado

• Capacete de Segurança
Conjugado
• Capacete de segurança
com protetor facial, e
protetor auricular tipo
concha.
Capacete Tipo Aba-total

• Capacete Tipo aba total,


para impedir a formação
de arco voltaico, durante a
realização de tarefas com
alta tensão.
Proteção dos Pés
Sapato de segurança
• Sapato de
segurança c/
cadarço, cabedal em
couro vaqueta
curtida ao cromo
com espessura de
2,0 mm + - 0,2mm.
Palmilha
antibacteriana
solado poliuretano
monodensidade.
Botina de Couro

Botina de couro com solado


de PU com cadarços, bico de
polipropileno ou aço, cabedal
acolchoado e contraforte
reforçado.
Botina com elástico
• Botina c/ elástico
lateral coberto,
cabedal em couro
vaqueta curtida ao
cromo com espessura
de 2,0 mm + - 0,2mm.
• Cabedal estofado,
palmilha
antibacteriana Bayer,
solado poliuretano
monodensidade.
Botina com elástico
• Com elástico coberto nas
laterais, e bico de
polipropileno ou aço,
cabedal acolchoado e
solado bidensidade..
Botas de Látex ou PVC
• Bota borracha
vulcanizada
• Cano médio ou curto
para trabalhos em
concretagem em
locais úmidos e
lamacentos ou
encharcados .
Bota em borracha
• Bota em borracha com altura
aproximada de 31 cm, com bico e
palmilha de aço para proteção de
queda de objetos e perfurações no
solado. Para uso em altas
temperaturas, isola o usuário em
temperaturas de até 60° Celsius
sem causar desconforto, tem
proteção em borracha no peito e
lateral do pé. Solado em borracha
com desenho antiderrapante de
grande resistência à abrasão.
Isolante elétrico para tensões
inferiores
a 600 volts.
Proteção para a Face
Proteção para a Face
Protetor Facial
• Protetor facial, tipo
escudo para proteção
contra projeção de
partículas volantes
multidirecionais.

• Aplicações: Trabalhos
com serras policorte,
esmerilhadeiras,
politriz, serras
circulares e outras
ferramentas portáteis.
Máscara de solda
• Máscara de solda
constituída de escudo
confeccionado em
celeron com carneira
em material plástico
com regulagem de
tamanho através de
catraca.
• Com visor fixo ou
articulado.
Máscara de Solda Eletrônica
• Máscara de Solda, com
escurecimento automático,
botão de ajuste de
tonalidade e carneira com
ajuste regulável.
• O ajuste de comutação
claro-escuro permite a
regulagem para cada tipo
de solda: elétrica,
oxiacetilênica, plasma,
TIG, etc.
Proteção dos Olhos
Proteção dos Olhos
Óculos de Segurança
• AMPLA VISÃO
• Óculos de segurança
constituído de arco de
nylon flexível, regulagem
no comprimento para
ajuste do tamanho, a
lente e a proteção lateral
são confeccionados numa
só peça de policarbonato
 Utilizado em processos onde
com lente incolor ou com
a cor de acordo com a exista a projeção de partículas
atividade. volantes multidirecionais.
Ex: Industrias mecânicas, etc.
Óculos de Segurança
• TIPO MERGULHADOR

• Confeccionado em
policarbonato, com
vedação moldável ao
formato do rosto.

• Utilizado em processos
químicos com formação
de névoas e neblinas
tóxicas.
Óculos - Classificação
Óculos - Classificação
Proteção das Vias-Aéreas
Respiradores
• Respirador:
• Respirador Tipo
PFF¹*,descartável
proteção das vias
respiratórias contra
odores de tintas,
vernizes, adesivos e
outros odores
incômodos.
• * Peça Facial Filtrante
Respiradores

• Respirador tipo PFF² com


válvula de exalação para
poeiras e névoas
químicas, geradas térmica
e/ou mecanicamente.

• Para trabalhos com soldas,


aplicação de tintas e
vernizes e trabalhos onde
a concentração de “ppm”*
não ultrapasse o limite de
tolerância.

* Partes por milhão


Respiradores
• Respirador tipo PFF³ com
válvula de exalação, para
névoas, fumos,
radionuclídeos, e
particulados altamente
tóxicos.

• Obs: consideram-se
altamente tóxicos os
materiais, cujo LT é
superior a 0,05 mg/m³.
Respiradores
• Respirador:
• Respirador purificador de
ar tipo peça “um quarto
facial” composto de
borracha e silicone, dotado
de um ou dois suportes
onde são rosqueados os
filtros mecânicos e
químicos ou combinados.
Máscara PFI
• Máscara do tipo “Peça
Facial Inteira”, com área
de vedação em silicone,
totalmente ajustável.

• Para locais com


atmosferas altamente
tóxicas.
Respirador Motorizado

• Respirador purificador de ar,


motorizado com capuz e filtro
P³.

• Para espaços confinados.


Proteção contra Quedas
Cinto de Segurança, Trava-Queda e Talabarte

• Cinto tipo paraquedista,


Alpinista e Construção
Civil.
• Trava-Queda p/ corda ou
cabo de aço.
Talabarte

• Talabarte confeccionado em
aço SAE 1010.
• Garras com trava de
segurança.
• Fitas em nylon ou aramida.
Trava-quedas retrátil
• Confeccionado com cabo
inoxidável ou galvanizado
e/ou fita de nylon ou
aramida.
• Mecanismo de balancim para
suportar até 5 vezes o peso
do usuário.
Roupas Especiais
Atendimento à Emergências
Roupa Nível “A”
Deve ser usado quando a
substância
química identificada exigir o mais
alto nível de
proteção respiratória, para a pele
e os olhos.
Composta por:
• Aparelho autônomo de proteção
respiratória
com válvula de pressão positiva;
• Roupa de proteção
encapsulada;
• Luvas internas;
• Botas resistentes aos produtos
químicos;
• Radio de comunicação interno.
Roupa Nível “B”
Deve ser usada quando o mais alto
índice de proteção respiratória e
olhos são
necessários, porém a proteção para
a pele
está em grau inferior.
Composta por:
• Aparelho autônomos de proteção
respiratórias com válvula de pressão
positiva;
• Luvas e botas resistentes a
produtos
químicos;
• Roupas de proteção química para
respingos.;
• Rádio de comunicação.
Roupa Nível “C”
Deve ser usada quando se pretende
um grau de proteção respiratória
inferior ao nível
“B”, porém com proteção para a
pele nas mesmas
condições.
Composta por:
• Purificador de ar com proteção
facial ou
equipamento de proteção
respiratória com válvula
de demanda convencional;
• Roupas de proteção química para
respingos;
• Luvas e botas resistentes a
produtos químicos.
Roupa Nível “D”
Deve ser usada somente como
uniforme
ou roupa de trabalho e não em
locais sujeitos a riscos
às vias respiratórias ou à pele e
NÃO houver
contaminantes presentes na
atmosfera.
Composta por :
• Macacão TYVEK, uniformes ou
roupas de trabalho;
• Botas ou sapatos de couro com
solado resistente a
produtos químicos;
• Óculos ou protetor facial de
segurança.
EPC
Equipamentos de Proteção
Coletiva
EPC – Equipamento de Proteção
Coletiva

• São equipamentos utilizados para


proteção, enquanto um grupo de pessoas
realiza determinada atividade, ou
exercício.
• Devem ser construídos com materiais de
qualidade e instalados nos locais
necessários tão logo se detecte o risco.
EPCs para Construção Civil
Guarda-corpo
• Anteparos rígidos, com travessão
superior, intermediário e rodapé,
com tela ou outro dispositivo que
garanta o fechamento seguro das
aberturas.
Plataformas
• Principal: deve ser instalada no entorno do edifício após a
concretagem da 1º laje (1 pé direito acima do terreno) e só
retirada após o término do revestimento.

Aparador
Plataformas
• Secundária: instalada a cada 3 pavimentos, sendo
retirada após a vedação da periferia até a plataforma
superior estiver concluída.
Telas de Proteção
• Barreira protetora
contra projeção de
materiais e
ferramentas.

• O perímetro da
construção de edifícios
deve ser fechado com
tela a partir da
plataforma principal de
proteção.
Redes de Proteção

 Protegem contra a
queda de objetos
em locais com
trabalhos
em altura como a
construção e
manutenção
de telhados.
Tapumes/Galerias
• Evitam o acesso
de pessoas alheias
às atividades da
obra e protegem
os transeuntes da
projeção de
materiais.
Perímetro de Segurança
Unificado
EPCs para combate à incêndios
Proteção contra Incêndio
• Devem existir equipamentos
de combate à incêndio e
equipes especialmente
treinadas para o primeiro
combate ao fogo.
Sinalização

• Cones: 50cm, 75cm e


1,0m
Fita Zebrada, Pedestal,
Correntes e Cordas para
Pedestal, Coletes
Refletivos, Tinta de
Sinalização, Tachinhas
e Tachões, Placas de
Sinalização, Fita de
Demarcação e Anti-
derrapante, etc.
Sinalização
Segundo as normas de segurança ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas) nº 13434 / 13435 / 13437   Sinalização de
emergência e segurança fotoluminescente (fosforescente), em
saídas de emergência podem ser usadas fitas e placas
fotoluminosas, facilitando quando necessário, a evacuação imediata
de um local quando ocorre por exemplo a falta de luz.
Sinalização de Segurança
• Visam identificar os locais que compõe o canteiro de obras,
acessos, circulação de equipamentos e máquinas, locais de
armazenamento e alertar quanto à obrigatoriedade de EPIs,
risco de quedas, áreas isoladas, manuseio de máquinas e
equipamentos, etc.
Sinalização de Segurança -
Exemplos
EPCs para a área elétrica
Sinalizadores de contenção

FITA DE SINALIZADOR
CONE DE SINALIZAÇÃO STROBO
SINALIZAÇÃO
Sinalizadores de contenção
GRADE METÁLICA TELA DE ISOLAMENTO
DOBRÁVEL CERQUITE
EPCs para manipulação

BANQUETA
ISOLANTE

COBERTURA MANTA
ISOLANTE ISOLANTE
BIBLIOGRAFIA
• Norma Regulamentadora nº 06 – EPI, da
Portaria 3214/78 do MTE.

• Norma Regulamentadora nº 18 – PCMAT, da


Portaria 3214/78 do MTE.

• RTP 01 - RECOMENDAÇÃO TÉCNICA DE


PROCEDIMENTOS,
Medidas de Proteção Contra Quedas de Altura,
FUNDACENTRO, 1999.

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