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POLÍTICAS PÚBLICAS EM SAÚDE

Prof. Esp. Daniel Antonio de Toledo Gomes


O SUS
HISTÓRICO DE IMPLANTAÇÃO E ORGANIZAÇÃO
• Antes da criação do SUS, o Ministério da Saúde
(MS), com o apoio dos estados e municípios,
desenvolvia quase que exclusivamente ações de
promoção da saúde e prevenção de doenças,
com destaque para as campanhas de vacinação
e controle de endemias. Todas essas ações
eram desenvolvidas com caráter universal, ou
seja, sem nenhum tipo de discriminação com
relação à população beneficiária
• ALGUNS POUCOS HOSPITAIS ESPECILIZADOS;
– PSIQUIATRIA E TUBERCULOSE

• FUNDAÇÃO DE SERVIÇOS ESPECIAIS DE SAÚDE


PÚBLICA – FSESP;
– ATUAVA EM ALGUMAS REGIÕES ESPECÍFICAS
• ASSISTÊNCIA MÉDICO-HOSPITALAR - Prestada
à parcela da população definida como
indigente, por alguns municípios e estados e,
principalmente, por instituições de caráter
filantrópico;
• Essa população não tinha nenhum direito e a
assistência que recebia era na condição de um
favor, uma caridade.
• INSTITUTO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA
SOCIAL – INPS

• INSTITUTO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA


MÉDICA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL – INAMPS
INAMPS
• Tinha a responsabilidade de prestar
assistência à saúde de seus associados;
– Construção de grandes unidades de atendimento
ambulatorial e hospitalar;
– Contratação de serviços privados nos grandes
centros urbanos, onde estava a maioria dos seus
beneficiários
INAMPS E UNIVERSALIDADE
• Beneficiava apenas os trabalhadores da
economia formal, com “carteira assinada”, e
seus dependentes;
• Recursos eram aplicados proporcionalmente
ao volume arrecadado e beneficiários
existentes.
ESTADOS COM MAIORES
ECONOMIAS

MAIOR PRESENÇA DE
RELAÇÕES FORMAIS DE
TRABALHO

MAIOR NÚMERO DE
BENEFICIÁRIOS

MAIOR NECESSIDADE E
APLICAÇÃO DE RECURSOS
PARA ASSISTÊNCIA EM SAÚDE
• INAMPS aplicava mais
recursos nas Regiões Sul
e Sudeste e em maior
proporção nas cidades
de maior porte.
O BRASILEIRO E A SAÚDE
BRASILEIR
OS
QUE
PODIAM
PAGAR
PELOS
SERVIÇOS
DE SAÚDE
BRASILEIROS QUE TINHAM ACESSO AOS
SERVIÇOS PRESTADOS PELO INAMPS

BRASILEIROS QUE NÃO TINHAM NENHUM DIREITO


• Esses recursos eram utilizados para o custeio
das unidades próprias do INAMPS (Postos de
Assistência Médica e Hospitais) e,
principalmente, para a compra de serviços da
iniciativa privada.
VIII CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE -
1986

• 5 dias;
• 4.000 participantes;
• 135 grupos de trabalho;
• Participação de usuários;
1. A saúde como dever do Estado e direito do
cidadão;

2. A reformulação do Sistema Nacional de Saúde;

3. O financiamento setorial.
• 1988 – A Constituição Federal estabelece que a saúde é
“direito de todos e dever do Estado”;
• 1990 – O SUS ganha regras e funcionamento, com a
aprovação da Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080);
• 1994 – Lançado o Programa Saúde da Família – PSF com
equipes formadas por profissionais em enfermagem,
medicina e agentes de saúde que realizavam visitas
mensais às famílias de determinadas áreas;
• 1996 – Começa a distribuição gratuita do coquetel
antiaids;
• 1997 – Instituição do Sistema Nacional de
Transplantes;
– Criação da Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira – CPMF para auxiliar no custeio da saúde pública.
• 1999 – Criada a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária – ANVISA;
• 2000 – Aprovada PEC 29 que prevê valores mínimos
que a União, estados e municípios devem aplicar na
saúde;
– O SUS passa a ter financiamento garantido.
• 2001 – Criação da Lei nº 10216 (Paulo
Delgado), os doentes mentais passam a ser
tratados fora dos manicômios;
• 2003 – Lançado o Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (SAMU);
• 2006 – Programa Aqui Tem Farmácia Popular é
criado;
• 2007 – Renovação da CPMF é rejeitada;
• 2011 – A Emenda Constitucional 29 é
regulamentada, impedindo que ações como
saneamento básico, aposentadoria de
servidores públicos e merenda escolar sejam
custeadas com verbas do SUS;
• 2013 – Lançado o Programa Mais Médicos,
programa que leva médicos para regiões do
país com poucos profissionais.

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