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Sumário

1. Turbinas;

2. Bombas e compressores;

3. Estranguladores;

4. Sistemas interligados.

1
Turbinas

 Dispositivo que desenvolve potência em função da passagem de um gás ou


líquido escoando através de uma série de pás colocadas em um eixo livre para
girar.

 As turbinas são amplamente empregadas para a geração de potência em


instalações de potência a vapor, em instalações de potência com turbinas a gás e
em motores de avião.

3
Turbinas

 Nessas aplicações o vapor d’água superaquecido ou um gás entra na turbina e se expande até
uma pressão inferior conforme a potência é gerada.

Sugestão de vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=xi5HaEY8V7A


4
Turbinas – considerações sobre a modelagem

 Analisando o volume de controle que envolve uma turbina a vapor ou a gás, a


energia cinética líquida da matéria escoando através da fronteira é usualmente
pequena o suficiente para ser negligenciada.

 A energia potencial líquida da matéria em escoamento normalmente é desprezível.

Logo,
  V 2
V 2
 
0  Qvc  Wvc  m  h1  h2   
    1
 2

  g ( z1  z 2 )
  2 2  

0  Q vc  W vc  m   h1  h2  

5
Turbinas – considerações sobre a modelagem

 A única transferência de calor envolvida entre a turbina e a vizinhança seria a


transferência de calor inevitável (perdida), quantidade usualmente pequena
quando comparada aos termos relacionados à potência e à entalpia, de modo que o
termo pode ser descartado.

Logo,
W vc  m  h1  h2 

Compressores e bombas

 São dispositivos nos quais trabalho é realizado sobre a substância em escoamento


ao longo dos mesmos, de modo a mudar o estado da substância, normalmente
aumentar a pressão e/ou a elevação.
 O termo compressor é usado quando a substância é um gás (vapor) e o termo
bomba é utilizado quando a substância é um líquido.
6
Compressores e bombas

compressores

bombas
7
Compressores e bombas – considerações sobre a modelagem

 Analisando o volume de controle que envolve um compressor, os balanços de


massa e de energia para regime permanente se simplificam, como para os casos
das turbinas.
Logo,
0  Q vc  W vc  m   h1  h2  

 A transferência de calor com a vizinhança é frequentemente considerado um


efeito secundário, assim:

W vc   m   h1  h2  

 Para as bombas, os termos relacionados às energias cinética e potencial podem ser


significativos, a transferência de calor também é frequentemente negligenciada.

  V 2
V 2
 
Wvc  m  h1  h2   
 1
 2
  g ( z1  z 2 )
  2 2  

8
Compressores e bombas – considerações sobre a modelagem

 Para compressores e bombas uma potência de entrada é necessária (Wvc é


negativo).

Trocadores de calor

 Possuem inúmeras aplicações industriais.

“Equipamento utilizado para implementar a


transferência (troca) de calor entre dois fluidos a
diferentes temperaturas, separados por uma
superfície sólida.”

escoamento cruzado
9
Dispositivos de estrangulamento

 Dispositivos que proporcionam a redução apreciável de pressão em uma linha,


através da inclusão de uma restrição.

 A redução pode ser obtida através de uma válvula parcialmente aberta ou por um
tampão poroso.

15
Dispositivos de estrangulamento

 Exemplos

16
Dispositivos de estrangulamento – considerações sobre a modelagem

 Para um volume de controle englobando um dispositivo de estrangulamento, o


único trabalho envolvido é o trabalho de escoamento nos locais de entrada e saída
de massa. Assim, o termo Wvc desaparece do balanço de energia.

 Geralmente não existe troca de calor significativa com a vizinhança.

 A variação de energia potencial entre a entrada e a saída é desprezível.

Logo,
  V 2
V 2
 
0  Qvc  Wvc  m  h1  h2   
    1
 2

  g ( z1  z 2 )
  2 2  

 V12 V22 
0   h1  h2     
 2 2 
17
Dispositivos de estrangulamento – considerações sobre a modelagem

 Embora as velocidades possam ser relativamente altas nas imediações da


restrição imposta pelo dispositivo de estrangulamento sobre o fluxo,
medições realizadas a montante e a jusante da área de redução mostram
que em muitas situações, as variações da energia cinética específica da
substância pode ser desprezada.

Logo,
0   h1  h2   h1  h2 ( p2  p1 )

Processo idealizado.

18
Dispositivos de estrangulamento – considerações sobre a modelagem

19
Dispositivos de estrangulamento – considerações sobre a modelagem

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Integração de sistemas

 Importante atividade de engenharia para obtenção do produto pretendido.

 Sistema que consiste em quatro componentes em série: a turbina acoplada a um


gerador, o condensador, a bomba e a caldeira.

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Análise transiente

 Variações com o tempo. Acionamento e desligamento de turbinas, compressores,


motores e etc.

Balanço de massa:
t t t
 dmvc     
0  dt dt 0  e me dt 0  s ms dt
 

t t
   
mvc (t )  mvc (0)     m e dt     m s dt
0 e  0 s 

 A variação na quantidade de massa contida no volume de controle é igual a


diferença entre as quantidades totais de massa que entram e que saem.

mvc (t )  mvc (0)   m e   m s


e s

23
Análise transiente

dEvc   V 2
  V 2

Balanço de energia:  Qvc  W vc   m e  he  e
 gze    m s  hs  s
 gz s 
dt e  2  s  2 

Integrando de 0 a t, e desprezando Ec e Ep:


t  t 
U vc (t )  U vc (0)  Qvc  Wvc     m e he dt      m s hs dt 
  
e 0  s 0 
Para o caso especial em que os estados nas entradas e saídas são constantes com o
tempo, as entalpias específicas seriam constantes, logo:

U vc (t )  U vc (0)  Qvc  Wvc   me he   ms hs


e s

me e ms representam, respectivamente, a quantidade de matéria que entra no volume


de controle e sai, ambas do tempo 0 até t.

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Exercício 2
Uma bomba aumenta a pressão da água, correspondente a 70 kPa na
entrada, para 700 kPa na saída. A água entra nessa bomba a 15 °C por uma
abertura de 1 cm de diâmetro e sai por uma abertura de 1,5 cm de diâmetro.
Determine a velocidade da água na entrada e na saída, quando a vazão
mássica na saída da bomba estiver a 0,5 kg/s. Essas velocidades mudarão
significativamente caso a temperatura de entrada seja elevada para 40 °C?

5
Solução
P1 = 70 kPa Buscar parâmetros nas Tabelas P-v-T
1bar
P2 = 700 kPa P1  70kPa  0,7bar  Tsat  89,95º C 
0,1MPa
T1 = 15 °C
De = 0,01 m Como T1 = 15 °C, o fluido estão na RLC ou RLSR

Ds = 0,015 m Nesse problema podemos utilizar a aproximação de LS


v (T, P)  vf (T) , u (T, P)  uf (T) , h (T, P)  hf (T)
Qms = 0,5 kg/s
Ve =
Vs =

OBS: para líquidos, v, u e h, podem ser avaliados no


estado de Líquido Saturado (x = 0) correspondente à
temperatura no dado estado. Esses valores variam apenas
levemente à medida que a pressão se altera para uma
Temperatura fixa. 6
Solução
De2  (0,01m) 2
Cálculo da área Ae    7,85 105 m 2
4 4
  3 m 
3
kg 
1,0009 10  0,5 
v Q kg  s  m
Para T1 = 15 °C; vf (T) = 1,000910-3 m3/kg V1  1 m    6,38
A1 7,85 10 5 m 2 s

 3 m 
3
kg 
1,0078 10  0,5 
v1  Qm  kg  s  m
Para T1 = 40 °C; vf (T) = 1,007810-3 m3/kg V1    6, 42
A1 7,85 105 m 2 s
A 
Qe  Qs  AeVe  AsVs  Vs   e Ve 
 As 
  De2  
  
  4    De2   (0,01m) 2  m m
Vs   2  e
V  
 V
2  e
  6,38  2,84
2 
  Ds    Ds   (0,015m)  s s
 4 
 
 (0,01m) 2  m m
Vs   6,42  2,85
2 
 (0,015m)  s s 7
Exercício 3
O difusor de um motor a jato é projetado para diminuir a energia cinética
do ar que entra no compressor sem nenhuma interação de calor ou
trabalho. Calcule a velocidade da saída do ar no difusor quando ele entra
a 100 kPa e 20 ºC com velocidade de 500 m/s e sai a 200 kPa e 90 °C.

8
Solução
P1 = 100 kPa
T1 = 20 °C P2 = 200 kPa
V1 = 500 m/s T2 = 90 °C

dE    V12 V22  
1º Método de resolução  Qvc  Wvc  m  ( h1  h2 )  
    g ( z1  z 2 ) 

dt   2 2  

  V12 V22  
0  m  ( h1  h2 )     
  2 2  
Logo, V2  (h  h )   V1 
2 2

2
1 2  2 
 

Determinar (h1 – h2) por:


(h1  h2 )  c p (T1  T2 ) 

 V12  328 K
V  2c p (T1  T2 )  2  
2
2

 2 
V2  2c p (T1  T2 )  V12  2(1,007)(20  90)  (500) 2  1000
m2
s 2  1000 m 1 kg  1000 kg  m  m 1  1000 N  m 1  1
2

kJ s 2 kJ s2 kJ kJ
1000m 2 / s 2 1
kg
V2  2(1,007)(20  90)  (500) 2  300,18m / s
1kJ / kg 9
Solução
2º Método de resolução   V12 V22  
0  m  (h1  h2 )     
Determinar (h1 – h2) por:   2 2  

(h1  h2 )  c p (T1  T2 ) 

 V12  293 K
V22
 (h1  h2 )   
2  2  363 K 293 K: cp = 1,0047 kJ/kgK
V 2

V  2c (T  T )  2
2
2
3° Método de resolução
p 1 2
1
  363 K: cp = 1,0093 kJ/kgK
 2 
Determinar (h1 – h2) através da Tabela A-22
cp (médio) = 1,007 kJ/kgK
V  2c (T  T )  V  2(1,007)(20  90)  (500) 2 
2 p 1 2 1
2

1000m 2 / s 2
V2  2(1,007)(20  90)  (500) 2  300,18m / s
1kJ / kg

  V12 V22  
0  m  (h1  h2 )     
  2 2  

10
Solução
  V12 V22  
3° Método de resolução 0  m  (h1  h2 )     
  2 2 

Determinar (h1 – h2) através da Tabela A-22

293 K: h = 293,166 kJ/kg (interpolação)

363 K: h = 363,607 kJ/kg (interpolação)

 V12 
V  2(h1  h2 )  2  
2
2

 2 
1000m 2 / s 2
V2  2(h1  h2 )  V  2(293,166  363,607)kJ / kg
1
2
 (500) 2  300,33m / s
1kJ / kg

11
Exercício 5
Vapor escoa em regime permanente por uma turbina adiabática. Na entrada, o vapor
está a 6 MPa, 400 ºC e 80 m/s, e na saída, a 40 kPa, 92% de título e 50 m/s. O fluxo
de massa do vapor é de 20 kg/s. Determine (a) variação da energia cinética, (b) a
potência produzida e (c) a área de entrada da turbina.
Determinar na Tabela L-V, h1, v1

60,0 bar (Tsat = 275,6 °C), 400 °C, condições de RVS: v = 0,04739 m3/kg, h=
3177,2 kJ/kg

Determinar na Tabela L-V, h2, v2

0,4 bar (Tsat = 75,87 °C), x = 0,92: v = 3,6736 m3/kg, h = 2451,26 kJ/kg

15
Solução
Determinar na Tabela L-V, h1, v1
60,0 bar (Tsat = 275,6 °C), 400 °C, condições de RVS: v = 0,04739 m3/kg, h=
3177,2 kJ/kg

Determinar na Tabela L-V, h2, v2


0,4 bar (Tsat = 75,87 °C), x = 0,92: v = 3,6736 m3/kg, h = 2451,26 kJ/kg

a ) e c  ec2  ec1 
1 2
2

V2  V12  
1
2
 2 
e c   50m / s    80m / s  
2

1kJ / kg 
2 2   1,95
kJ
 1000m / s  kg

dE    V12 V22  
b)  Qvc  Wvc  m  (h1  h2 )  
    g ( z1  z2 ) 

dt   2 2  
  V12 V22     V12 V22  
0  Wvc  m  (h1  h2 )  
     Wvc  m  (h1  h2 )  


    
  2 2    2 2  
kg  kJ kJ 
W vc  20  (3177,2  2451,26)  1,95   14,56 103 kW  14,56MW
s  kg kg  16
Solução
 m 3   kg  m3
c) QV  v1  Qm   0,04739    20   0,9478
 kg   s  s
m3
0,9478
QV s  0,012m 2
QV  A  V  A  
V m
80
s

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Exercício 12

A Figura abaixo ilustra uma turbina, operando em regime permanente, que


fornece energia para um compressor de ar e um gerador elétrico. Ar entra na
turbina com uma vazão mássica de 5,4 kg/s a 527 °C e sai da turbina a 107 °C
e 1 bar. A turbina fornece energia a uma taxa de 900 kW para o compressor e
a uma taxa de 1400 kW para o gerador. O ar pode ser modelado como um gás
ideal e os efeitos das energias cinética e potencial são desprezíveis. Determine
(a) a vazão volumétrica do ar na saída da turbina, em m 3/s, e (b) a taxa de
transferência de calor entre a turbina e sua vizinhança, em kW.

h(800 K )  821,95kJ / kg

h(380K )  380,77kJ / kg

33
Solução
h(800K )  821,95kJ / kg

W vc  900kW  1400kW  2300kW

h(380 K )  380,77kJ / kg

 e m
a)m s
 R  8,314kNm / kmol  K 
  T    380 K 
M  28,97 kg / kmol  kg m3
QV  var  m
 me   m
 me  5 2
 5,4  5,89
P 10 N / m s s

dE    V 2
    V 2
 
b)  Qvc  Wvc   m e  (he )     g ( ze )    m s  (hs )     g ( z s )  
 e s

dt e   2   s   2  
0  Q vc  W vc  m e he  m s hs
Q vc  W vc  m e he  m s hs  W vc  m (hs  he ) 
kg  kJ kJ 
Q vc  W vc  m (hs  he )  2300kW  5,4  380,77  821,95   82,372kW
s  kg kg 
34
Bocal injetor
Bocal (com ar)
Determinar: p1 - patm

p V2
 gz   cte z1  z 2
 2
p1 V12 p 2 V22
  
 2  2
p1 patm V V 2 2
p1  patm V 
2
V  V
2  2
 V1  
2

   2 1
 2
1   
1
1    
2

  2 2  2  2
V  2   V2  
2
 
E.C.Massa A 1V1  A 2 V2 V1 / V2  A 2 / A 1

ar V2  A2  
2
1,23 x 50 2   0,02  2 
p1  patm  2
1     p1  patm  1    
2   A1   2   0,1  
 
p1  patm  1.476 [N / m2 ]

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