Você está na página 1de 44

CÁLCULO DE PERDA DE CARGA

Seção 8.7
CÁLCULO DE PERDA DE CARGA
Perda de Carga: é a energia dissipada em forma de calor.

a)Perda de carga contínua ou distribuída: ocorre ao longo da


canalização.

b) Perda de carga localizada: ocorre em pontos localizados na


tubulação (curvas, registros, reduções, ampliações, derivações, etc.).
hl  T = Perda de carga total
= Perda de carga distribuída + perdas localizadas

Perda de carga distribuída

hl  D
Perdas localizadas

hl  L

hlT  hlD  hlL


8.7 – Cálculo de perda de carga
8.7.1 Perdas distribuídas: o fator de atrito
 p1 1V12   p2  2 V22 
   gz1      gz 2   hlD  hlL
 2   2 

1V12  2 V22
Considerando : hlL  0 
2 2
 p1 p 2 
     gz 2  gz1   hlD
 
Para uma tubulação na posição horizontal :
p1  p 2 p
  hlD
 
A. Escoamento LAMINAR

128LQ 128L V D2 L V


p  p  p  32
D 4 D 4 4 D D

p L V L V2     64  L V 2
hlD   32 hlD   64    
 D D D 2  VD   Re  D 2

L V2 64
hlD f fla min ar 
D 2 Re
Independente da
rugosidade
CÁLCULO DE PERDA DE CARGA
A. Escoamento LAMINAR
Camada limite
menor
Rugosidade
passa a ser
importante
B. Escoamento TURBULENTO

•Como no escoamento turbulento, as tensões são muito complexas,


ou seja, há uma irregularidade muito grande do escoamento, o fator
de atrito é calculado através de uma formulação própria.

•Como não se tem um modelo definido para a turbulência, só se


sabe que a perda de carga é função de alguns parâmetros.

p   L e L V2
 função  , ,  hlD f
V 2
 VD D D  D 2

Fator de atrito de Darcy


CÁLCULO DE PERDA DE CARGA
B. Escoamento TURBULENTO


No caso de escoamento turbulento, utiliza-se um dados empíricos para determinar o fator de atrito.
CÁLCULO DE PERDA DE CARGA
B. Escoamento TURBULENTO

•A partir do número de Reynolds,


encontra-se a rugosidade em uma
tabela para o material escolhido.
CÁLCULO DE PERDA DE CARGA
B. Escoamento TURBULENTO

•Divide o valor encontrado da


rugosidade pelo diâmetro,
obtendo a rugosidade relativa.
CÁLCULO DE PERDA DE CARGA
B. Escoamento TURBULENTO

• Um gráfico ( gráfico de Moody) relacionando O Reynolds e a


rugosidade relativa determina o fator de atrito.
Diagrama de Moody
Uma fórmula largamente empregada é a correlação
para fator de atrito de Colebrook :

1 e D 2,51 

 2,0 log   

f  3,7 Re f 

A correlação de Blasius para escoamento turbulento


em tubos lisos, válida para Re < 105 é:

0,3164
f 4
Re
Aumento da relação e/D em
5 a 10 vezes

Diminuição do
diâmetro
CÁLCULO DE PERDA DE CARGA
PERDAS MENORES OU LOCALIZADAS
• As perdas menores são originadas da passagem do fluido por uma
variedade de acessórios, curvas, ou mudanças subidas
de área. Essas perdas são calculadas eventualmente por:
2
V (14)
hlm  K
  2g
• Onde K é um coeficiente dependente do tipo de acessório da
tubulação.

• Isto é, Energia é dissipada, resultando em perdas de carga.

• são relativamente menores do que as perdas ocorridas em longos


trechos retos de seção constante.
CÁLCULO DE PERDA DE CARGA
PERDAS MENORES OU LOCALIZADAS

k – valor experimental para cada peça ou acessório.

A perda de carga localizada é sempre verificada na saída da canalização

Verificou-se que o valor de k é praticamente constante para valores do


número de Reynolds superiores a 50000, ou seja, para escoamentos turbulentos
pode-se considerar o valor de k constante, independente do diâmetro da tubulação e
da velocidade e natureza do fluido (Azevedo Neto, 1998).
CÁLCULO DE PERDA DE CARGA
PERDAS MENORES OU LOCALIZADAS
CÁLCULO DE PERDA DE CARGA
PERDAS MENORES OU LOCALIZADAS

Por conveniência de cálculo, as singularidades existentes nas


tubulações são muitas vezes expressas em termos de
comprimentos equivalentes de condutos retilíneos, os
quais provocam a mesma perda de carga que aquela gerada pelo
acessório, quando a vazão em ambos é a mesma
CÁLCULO DE PERDA DE CARGA
PERDAS MENORES OU LOCALIZADAS

• Uma outra maneira de se calcular as perdas menores é através da formulação:


2
Lv V (15)
hlm  f
D 2g

 
• Onde Lv é um comprimento equivalente de um tubo reto
CÁLCULO DE PERDA DE CARGA
PERDAS MENORES OU LOCALIZADAS
8.7.2 Perdas localizadas

V2 Le V 2
hlL K hlL f
2 D 2
a. Entradas e saídas
a. Entradas e saídas
b. Contrações e expansões

Coeficiente de perda para o escoamento através de variações de área


b. Contrações e expansões

2
V
hlL K 2
2
Coeficiente de
recuperação de pressão

p 2  p1
CP  1 2
2 V1
 p1 V12   p2 V22 
  1  gz1      2  gz 2   hlT
 2   2 
A definição de Cp pode ser relacionada com a perda de
carga. Se a gravidade for desprezada, e 1 = 2 = 1 :
 p1 V12   p 2 V22  V12 V22 p 2  p1
        hlL    hlL
 2    2  2 2 

V12  V22  p 2  p1  V12  V22  


1  2   1 2   hlL hlL  1  2   Cp 
2  V1  2 V1  2  V1  

V 2
 A1 
2
1 V12  1  
2
    hlL  1  RA 2   Cp 
V 2
A RA 2 2   
1  2
Para escoamentos ideais sem atrito (hl-L = 0), o 1
Cp  1 
coeficiente de recuperação de pressão será: RA 2
c. Curvas em tubos

Le V 2
hlL f
D 2
d. Válvulas e acessórios
d. Válvulas e acessórios
Válvula de gaveta Válvula de comporta

Válvula de controle

Válvula de esfera
8.7.3 Dutos não-circulares

4A
Definição de diâmetro hidráulico: Dh 
P

4 D 2

4
Para seção circular : Dh   D
D

Para um duto retangular de largura b e 2bh


altura h, A=bh e P=2(b+h), de modo que:
Dh 
bh

4a 2
Para um duto de seção quadrada (lado a) : Dh  a
4a
CÁLCULO DE PERDA DE CARGA
BOMBAS E VENTILADORES
 
• Em alguns problemas de engenharia, há a necessidade de se transportar um
fluido de um ponto A para um ponto B, cuja cota é superior a de A, através de
uma tubulação. Neste tipo de transporte, o fluido perde energia e para vencer
as perdas de carga ao longo da tubulação, e para vencer a diferença de conta
entre os dois pontos, há a necessidade de se adicionar energia ao sistema.
• Isto é feito através de um elemento chamado de Bomba.

• As bombas são maquinas de fluxo que fornecem energia ao sistema..

• Do ponto de vista matemático, se nós aplicarmos Bernoulli entre dois pontos


onde haja uma bomba entre eles, teremos:
CÁLCULO DE PERDA DE CARGA
BOMBAS E VENTILADORES

E A  Eb  h f  EB

• A energia no ponto 1, ou ponto A, mais a energia que a bomba forneceu ao


sistema menos as perdas de carga (que podem ser localizadas ou distribuídas)
que ocorreram, deve ser igual a energia no ponto 2, ou ponto B.

• Desenvolvendo a equação do balanço de nergia, temos:


 
 p1 V12   p 2 V22   p1 V12   p 2 V22 
   z1   Eb  h f     z 2     z1      z 2   Eb  h f
 2g    2g   2g    2g 
CÁLCULO DE PERDA DE CARGA
BOMBAS E VENTILADORES
Somente uma parcela da energia elétrica é repassada, e assim, podemos
definir a eficiência da bomba, como:
Potenciabomba

Potencia entrada

• Isto é, a eficiência é dada pela razão entre potência que a bomba fornece ao
fluido e a potência que chega na bomba pelo sistema elétrico.

• E a potência pode ser calculada pela seguinte expressão: P  QEb

• Onde Eb é dada em metros.

• Nos problemas de engenharia, Eb é conhecido como altura monométrica.

 
CÁLCULO DE PERDA DE CARGA
EXERCÍCIOS:

Você também pode gostar