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Prof. Msc. Kyev Moura Maia
Apresentação
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Plano de Curso
Ementa:
A pesquisa na área das Ciências Jurídicas. Métodos e técnicas de pesquisa.
Política das Ciências Jurídicas. O projeto de pesquisa: elaboração e defesa.
ABNT. Normalização do Projeto de pesquisa.
Plano de Curso
OBJETIVO GERAL
Dotar o discente de conhecimentos necessários, tanto técnicos como jurídicos, para a elaboração do
Projeto de Pesquisa que originará o seu Trabalho de Conclusão de Curso.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Apreender a historicidade e evolução do conhecimento científico, enfatizando as principais correntes
epistemológicas que influenciaram a construção desse conhecimento;
- Apresentar a estrutura necessária para o reconhecimento científico do Projeto de Pesquisa do discente;
- Discutir as normas técnicas para os trabalhos acadêmicos apresentadas pela ABNT;
- Conhecer o regulamento interno da UFCG que se refere ao Trabalho de Conclusão de Curso;
- Auxiliar os discentes a problematizar diante de um tema escolhido a ser desenvolvido em seus Trabalhos
de Conclusão de Curso;
- Elaborar o Projeto de Pesquisa para a Monografia Jurídica
Plano de curso
- A PESQUISA NA ÁREA DAS CIÊNCIAS JURÍDICAS - Ensino, Pesquisa e Extensão no
Ensino Superior;
- Conceito e classificação das Ciências;
- Direito: Ciência ou Técnica Social?
- Principais conceitos relacionados à pesquisa;
- Da reflexão normativa à investigação empírica; - Direito E Pesquisa Empírica;
METODOLOGIA:
Nas aulas, desenvolveremos as seguintes atividades: - Aula expositiva e dialogada;
- Estudos dirigidos em grupos e individuais;
- Leitura e interpretação de textos e artigos;
- Produção textual;
Avaliação
Avaliação única:
Entrega do Projeto de pesquisa – 20 dias antes da data final para depósito;
Recuperação:
Reformulação (5,0) e apresentação do Projeto (5,0);
Avaliação Final:
Prova tradicional, com TODO o conteúdo do semestre;
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BITTAR, Eduardo C. B. Metodologia da Pesquisa Jurídica: teoria e prática da monografia para os cursos de Direito. 15.
ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
BRANDÃO, Zaia. A crise dos paradigmas e a educação. 12. ed. São Paulo: Cortez, 2010. (Questões da Nossa Época, v.
35)
CARNEIRO, Maria Francisca. Pesquisa Jurídica: metodologia e aprendizagem. 10.a ed. Curitiba: Juruá, 2017.
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 23. ed. São Paulo: Perspectiva, 2010.
OLIVEIRA, Sílvio Luiz de. Metodologia Científica Aplicada ao Direito. 1.a edição. São Paulo: Thompson Learning,
2002.
Vamos realizar alguns acordos?
Saídas de sala de aula;
Uso do celular;
Feedbacks;
Vamos nos conhecer?
Gostaria de saber:
Nome;
De onde vem;
Qual seu tema de projeto de monografia?
Um sonho ou uma curiosidade sobre você (opcional);
O que é a ciência?
Do mito ao Arché;
Empirismo vs Racionalismo;
Lakatos e Marconi (2007, p. 80) acrescentam que, além der ser “uma
sistematização de conhecimentos”, ciência é “um conjunto de proposições
logicamente correlacionadas sobre o comportamento de certos fenômenos
que se deseja estudar.”
Mas hoje, o que entendemos por ciência?
Senso Comum:
Caracteriza-se pela aceitação não problematizada, muitas vezes crédula, do
que afirmamos ou temos por válido;
Muitas vezes o senso comum alerta para que determinados problemas sejam
apreciados pela óptica da ciência;
Todo conhecimento científico possui um viés do senso comum;
Sabedoria ou Bom-senso:
Apreciam componentes como convivência e intuição, além da prática
historicamente comprovada em sentido moral;
O que não é ciência?
Ideologia;
Esta não tem como alvo central tratar a realidade, mas justificar posição
política. Porém, pode influenciar dinâmicas e resultados de pesquisas
científicas;
Crença Religiosa;
Apesar de ser um dos tipos de conhecimento, o conhecimento religioso não
pode ser comprovado cientificamente, muitas vezes é substituída pela fé.
Tipos de conhecimentos
Conhecimento Popular:
O conhecimento popular (senso comum) se satisfaz com informações infundadas e
superficiais obtidas nas suas relações sociais cotidianas;
Diferentemente de outras formas de conhecimento, não traz preocupação com a logica e a
comprovação;
Outra característica do senso comum e ser transmitido pela oralidade, de individuo para
individuo e de geração para geração;
Conhecimento Religioso;
O conhecimento religioso, também chamado de conhecimento teológico, refere-se a uma
forma encontrada pela humanidade para explicar a parte da realidade que não e captada
facilmente pelos sentidos e, portanto, foge as explicações do senso comum.
Tipos de conhecimentos
Conhecimento Filosófico:
O conhecimento filosófico difere-se de outras formas de conhecimento por seu objeto. Seu foco
esta em questões que pertencem ao campo da abstração e que, portanto, fogem a realidade
imediata que e apreendida facilmente pelos sentidos;
Conhecimento científico:
O conhecimento cientifico e marcado pela sistematicidade. Essa importante característica e
apreendida em parte nas aulas de Metodologia Cientifica. Outra parte, que pertence ao nível da
experimentação, apreende-se com a pratica da ciência, por meio da pesquisa, da produção do
conhecimento e de seu uso exaustivo.
Dinamicidade Científica – A necessidade de um ponto de partida;
Outro aspecto fundamental do conhecimento cientifico e a formalização. Em ciência, as regras
devem ser criteriosamente observadas. A inobservância dos determinantes formais para a
produção do conhecimento cientifico pode comprometer seu reconhecimento perante o meio
acadêmico.
Resumindo até aqui...
De acordo com Demos (2000), podemos arrolar alguns critérios normalmente utilizados pela
literatura, são eles:
Objeto de estudo bem-definido e de natureza empírica;
Objetivação;
Discutibilidade;
Observação controlada dos fenômenos;
Originalidade;
Coerência;
Sistematicidade;
Consistência;
Linguagem precisa;
Autoridade por mérito;
Relevância social;
Ética.
O método científico
O raciocínio dedutivo tem o objetivo de explicar o conteúdo das premissas. Por intermédio
de uma cadeia de raciocínio em ordem descendente, de análise do geral para o particular,
chega a uma conclusão. Usa o silogismo, a construção lógica para, a partir de duas
premissas, retirar uma terceira logicamente decorrente das duas primeiras, denominada de
conclusão.
Método dedutivo
Todo homem é mortal ......................................................................... (premissa maior)
Pedro é homem .................................................................................... (premissa menor)
Logo, Pedro é mortal ............................................................................... (conclusão)
O método dedutivo encontra ampla aplicação em ciências como a Física e a Matemática, cujos
princípios podem ser enunciados como leis. Já nas ciências sociais, o uso desse método é bem mais
restrito, em virtude da dificuldade para obter argumentos gerais, cuja veracidade não possa ser colocada
em dúvida.
“Outra objeção ao método dedutivo refere-se ao caráter apriorístico de seu raciocínio.” (GIL, 2008, p. 10). De fato,
partir de uma afirmação geral significa supor um conhecimento prévio. Como é que podemos afirmar que todo
homem é mortal? Esse conhecimento não pode derivar da observação repetida de casos particulares, pois isso seria
indução. A afirmação de que todo homem é mortal foi previamente adotada e não pode ser colocada em dúvida. Por
isso, os críticos do método dedutivo argumentam que esse raciocínio se assemelha ao adotado pelos teólogos, que
partem de posições dogmáticas.
Método indutivo
É um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo particular para uma questão
mais ampla, mais geral. Para Lakatos e Marconi (2007,p. 86): “Indução é um processo mental por
intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma
verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objetivo dos
argumentos indutivos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das
premissas nas quais se basearam”;
Essa generalização não ocorre mediante escolhas a priori das respostas, visto que essas devem
ser repetidas, geralmente com base na experimentação. Isso significa que a indução parte de um
fenômeno para chegar a uma lei geral por meio da observação e de experimentação, visando a
investigar a relação existente entre dois fenômenos para se generalizar;
Método indutivo
Antônio é mortal.
João é mortal.
Paulo é mortal.
...
Carlos é mortal.
Ora, Antônio, João, Paulo ... e Carlos são homens.
Logo, (todos) os homens são mortais.
Tanto o método indutivo quanto o dedutivo concordam com o fato de que o fim da
investigação é a formulação de leis para descrever, explicar e prever a realidade; as
discordâncias estão na origem do processo e na forma de proceder. Enquanto os
adeptos do método indutivo (empiristas) partem da observação para depois formular
as hipóteses, os praticantes do método dedutivo têm como inicial o problema (ou a
lacuna) e as hipóteses que serão testadas pela observação e pela experiência
Método Indutivo x Método Dedutivo
Método hipotético-dedutivo
O método hipotético-dedutivo foi definido por Karl Popper a partir de críticas à indução,
expressas em A lógica da investigação científica, obra publicada pela primeira vez em 1935
(GIL, 2008);
De acordo com Popper, toda investigação tem origem num problema, cuja solução envolve
conjecturas, hipóteses, teorias e eliminação de erros; por isso, Lakatos e Marconi (2007) afirmam
que o método de Popper é o método de eliminação de erros.
Método hipotético-dedutivo
Lakatos e Marconi (2007) apontam as leis da dialética. A Ação Recíproca informa que o mundo
não pode ser entendido como um conjunto de “coisas”, mas como um conjunto de processos, em
que as coisas estão em constante mudança, sempre em vias de se transformar: “[...] o fim de um
processo é sempre o começo de outro.” (LAKATOS; MARCONI, 2007, p. 101). As coisas e os
acontecimentos existem como um todo, ligados entre si, dependentes uns dos outros.
Método Dialético