Você está na página 1de 32

ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL

Um em cada quatro brasileiros está sofrendo


de algum tipo de problema dessa natureza. E
o tema continua atrelado a tabus
ultrapassados, que só pioram o sofrimento de
enfrentar esses problemas.
Sensações, sentimentos e os sintomas

• Os sinais de que há um problema de saúde mental acontecendo podem


variar bastante dependendo do tipo de distúrbio, das circunstâncias, de
muitos fatores. Como por exemplo:
Doenças Mentais
• Quanto a forma de manifestação Há duas classificações básicas de
doenças mentais:
Neurose - é um quadro clínico definido por sentimentos e emoções
negativas. Há diversos tipos de neurose que podem afetar uma
pessoa. Os indivíduos neuróticos possuem grandes apreensões sobre
tudo a sua volta. Além disso, são emocionalmente vulneráveis e não
reagem bem a mudanças ou críticas.
Psicoses - síndrome neurológica, em que algumas partes do cérebro
não estão funcionando normalmente, geralmente associada à ação de
um neurotransmissor nessas áreas, chamado dopamina.
TRABALHO DE FIXAÇÃO
Neurose:
• 1) TOC - Transtorno obsessivo-compulsivo: é a repetição de algum ato diversas vezes ao dia, não
controlável e causador de grande ansiedade;
• 2) Síndrome do pânico: causa grande aflição, e medo perante alguma situação.
• 3) Fobias: é o medo a alguma situação. Pode ser medo de ambientes fechados (claustrofobia), medo
de água (hidrofobia), medo de pessoas (sociofobia), etc.
• 4) Transtornos de ansiedade: o indivíduo têm ataques de ansiedades antes ou depois de realizar
algo, ou muitas vezes nem realizá-lo. É comum em pequena escala na maioria das pessoas, porém
seu excesso é denominado como patológico.
• 5) Depressão: também chamada de distimia, ou depressão maior. Se caracteriza por intenso
retraimento e medo do mundo exterior. Causa baixa auto-estima e pode levar ao suícidio.
• 6) Síndrome de burnout: é a consequência de um grande estímulo estressor, como conflitos no
trabalho ou família. Causa apagamento e falta de vontade. Obs: FREUD citou, em uma de suas obras,
que todas as pessoas têm um pouco de neurose em si. É normal no ser humano ser um pouco
neurótico, sendo apenas o excesso chamado de patológico.
TOC
a) Transtorno obsessivo-compulsivo subclínico – as obsessões e rituais se repetem com
frequência, mas não atrapalham a vida da pessoa;
b) b) Transtorno obsessivo-compulsivo propriamente dito: as obsessões persistem até o
exercício da compulsão que alivia a ansiedade.

Em algumas situações, todas as pessoas podem manifestar rituais compulsivos que não
caracterizam o TOC.
O principal sintoma da doença é a presença de pensamentos obsessivos que levam à
realização de um ritual compulsivo para aplacar a ansiedade que toma conta da pessoa.
Preocupação excessiva com limpeza e higiene pessoal, dificuldade para pronunciar certas
palavras, indecisão diante de situações corriqueiras por medo que uma escolha errada
possa desencadear alguma desgraça, pensamentos agressivos relacionados com morte,
acidentes ou doenças são exemplos de sintomas do transtorno obsessivo-compulsivo
Tratamento TOC
O tratamento pode ser medicamentoso e não medicamentoso. O
medicamentoso utiliza antidepressivos inibidores da recaptação de
serotonina. São os únicos que funcionam. A terapia cognitivo-
comportamental é uma abordagem não medicamentosa com
comprovada eficácia sobre a doença. Seu princípio básico é expor a
pessoa à situação que gera ansiedade, começando pelos sintomas mais
brandos. Os resultados costumam ser melhores quando se associam os
dois tipos de abordagem terapêutica.
Síndrome do Pânico
• Aparecem subitamente, sem nenhuma causa aparente (apesar de existir, mas fica difícil de se
perceber). Os sintomas são como uma preparação do corpo para alguma "coisa terrível". A
reação natural é acionar os mecanismos de fuga. Diante do perigo, o organismo trata de
aumentar a irrigação de sangue no cérebro e nos membros usados para fugir - em detrimento
de outras partes do corpo, incluindo os orgãos sexuais. Eles podem incluir: * Contração / tensão
muscular, rijeza * Palpitações (o coração dispara) * Tontura, atordoamento, náusea *
Dificuldade de respirar (boca seca) * Calafrios ou ondas de calor, sudorese * Sensação de "estar
sonhando" ou distorções de percepção da realidade * Terror - sensação de que algo
inimaginavelmente horrível está prestes a acontecer e de que se está impotente para evitar tal
acontecimento * Confusão, pensamento rápido * Medo de perder o controle, fazer algo
embaraçoso * Medo de morrer * Vertigens ou sensação de debilidade Uma crise de pânico
dura caracteristicamente vários minutos e é uma das situações mais angustiantes que podem
ocorrer a alguém. A maioria das pessoas que tem uma crise terá outras (se não tratar). Quando
alguém tem crises repetidas ou sente muito ansioso, com medo de ter outra crise, diz-se que
tem transtorno do pânico.
Tratamento
• Tratamento Existe uma variedade de tratamentos para o T.P. O mais importante neste
aspecto é que se introduza um tratamento que vise restabelecer o equilíbrio
bioquímico cerebral numa primeira etapa. Isto pode ser feito através de
medicamentos seguros e que não produzam risco de dependência física dos pacientes.
Numa segunda etapa prepara-se o paciente para que ele possa enfrentar seus limites e
as adversidades vitais de uma maneira menos estressante. Em última análise, trata-se
de estabelecer junto com o paciente uma nova forma de viver onde se priorize a busca
de uma harmonia e equilíbrio pessoal. Uma abordagem psicoterápica específica
deverá ser realizada com esse objetivo. O sucesso do tratamento está diretamente
ligado ao engajamento do paciente com o mesmo. É importante que a pessoa que
sofre de T.P. entenda todas as peculiaridades que envolvem este mal e que queira
fazer uma boa "aliança terapêutica" com seu médico no sentido de juntos superarem
todas as adversidades que poderão surgir na busca do seu equilíbrio pessoal.
Fobias (transtornos fóbico-ansiosos)
• A fobia pode ser definida como um medo irracional, diante de uma
situação ou objeto que não apresenta qualquer perigo para a pessoa.
Com isto, essa situação ou esse objeto são evitados a todo custo. Essa
evitação fóbica leva muito freqüentemente a limitações importantes
na vida cotidiana da pessoa. As fobias são acompanhadas de
ansiedade importante e também freqüentemente de depressão. Os
transtornos fóbico-ansiosos constituem um grupo de doenças mentais
onde a ansiedade é; ligada predominantemente a uma situação ou
objeto.
Tratamento
• O tratamento das fobias se faz com a associação de medicamentos
com psicoterapia. Os medicamentos mais utilizados pertencem ao
grupo dos antidepressivos; os ansiolíticos também são
frequentemente indicados. A psicoterapia auxilia na compreensão de
fatores que podem agravar ou perpetuar os sintomas fóbicos.
Transtornos de Ansiedade
• Todos os Transtornos de Ansiedade têm como manifestação principal
um alto nível de ansiedade. Ansiedade é um estado emocional de
apreensão, uma expectativa de que algo ruim aconteça acompanhado
por várias reações físicas e mentais desconfortáveis. Os principais
Transtornos de Ansiedade são: Síndrome do Pânico, Fobia Específica,
Fobia Social, Estresse Pós-Traumático, Transtorno Obsessivo-
Compulsivo.
Tratamento
• o O especialista utiliza técnicas psicoterápicas de apoio. Muitas vezes
faz-se necessário o uso de medicação (antidepressivos e/ou
ansiolíticos) por um determinado período. A maioria das pessoas
experimenta uma acentuada redução da ansiedade quando lhes é
oferecida a oportunidade de discutir suas dificuldades com um
profissional experiente.
Depressão
• A depressão é uma doença mental que se caracteriza por tristeza mais marcada ou
prolongada, perda de interesse por atividades habitualmente sentidas como
agradáveis e perda de energia ou cansaço fácil. Ter sentimentos depressivos é
comum, sobretudo após experiências ou situações que nos afetam de forma
negativa. No entanto, se os sintomas se agravam e perduram por mais de duas
semanas consecutivas, convém começar a pensar em procurar ajuda. A depressão
pode afetar pessoas de todas as idades, desde a infância à terceira idade, e se não
for tratada, pode conduzir ao suicídio, uma consequência frequente da depressão.
A depressão pode ser episódica, recorrente ou crónica, e conduz à diminuição
substancial da capacidade do indivíduo em assegurar as suas responsabilidades do
dia-a-dia. A depressão pode durar de alguns meses a alguns anos. Contudo, em
cerca de 20 por cento dos casos torna-se uma doença crónica. Estes casos devem-
se, fundamentalmente, à falta de tratamento adequado.
Tratamento
• Não existem meios complementares de diagnóstico específicos para a
depressão, e a bem da verdade, tão pouco são necessários: o diagnóstico
clínico é fácil e bastante preciso, um médico psiquiatra faz o diagnóstico e
a orientação terapêutica (o medicamento a usar, a dose, a duração, a
resposta esperável face ao tipo de pessoa, a indicação para um tipo
Tratamento Normalmente, através do uso de medicamentos, de
intervenções psicoterapêuticas, ou da conjugação de ambas. As
intervenções psicoterapêuticas são particularmente úteis nas situações
ligeiras e reativas às adversidades da vida bem como em associação com
medicamentos nas situações moderadas e graves. Os medicamentos
usados no tratamento das depressões são designados por antidepressivos.
Síndrome de Burnout
• A síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é um
distúrbio psíquico descrito em 1974 por Freudenberger, um médico
americano. O transtorno está registrado no Grupo V da CID-10 (Classificação
Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde). Sua
principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônicos
provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas
desgastantes. A síndrome se manifesta especialmente em pessoas cuja
profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso. Profissionais das
áreas de educação, saúde, assistência social, recursos humanos, agentes
penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam dupla
jornada correm risco maior de desenvolver o transtorno.
Tratamento
• O tratamento inclui o uso de antidepressivos e psicoterapia. Atividade
física regular e exercícios de relaxamento também ajudam a controlar
os sintomas.
PSICOSE:
se caracteriza por uma intensa fuga da realidade.
É, como a filosofia e as artes chamam, a loucura, propriamente dita.
Pode ser classificada de três formas:
A) pela manifestação,
B) pelo aspecto neurofisiológico,
C) pela intensidade
Esquizofrenia
• A esquizofrenia é uma doença mental crônica que se manifesta na
adolescência ou início da idade adulta.

Você também pode gostar