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Teorias éticas -

Kant

Prof.(a) Dr.(a) Patrícia Machado


Immanuel Kant
Immanuel Kant (1724-1804)

 Kant foi um filósofo nascido na Prússia, viveu ao meio de


uma família tradicional protestante. Já aos 16 anos começou
a estudar teologia onde despertou grande interesse pela
filosofia.
 Alguns das suas principais obras são: Crítica da razão
pura, Crítica da razão prática, Crítica da faculdade de
julgar e Fundamentação da Metafísica dos costumes. Kant
foi um filósofo extremamente rigoroso e metódico;
 Para Kant, a filosofia deveria responder a quatro
questões fundamentais: 1)O que posso saber?
2)Como devo agir? 3) O que posso esperar? 4) Por
fim , o que é o ser humano?
 Filósofo iluminista, mas que empreendeu um
verdadeiro exame crítico da razão, daí falar-se em
criticismo.
 Em O que é o Esclarecimento? o autor mostra
otimismo no que diz respeito à possibilidade do
uso autônomo da razão.
O que é o Esclarecimento?

 Nesse texto, o esclarecimento é a saída do homem de


um estado de minoridade, de dependência dos outros e
da falta de coragem de usar sua própria razão.
 Isso implica em não se deixar guiar cegamente por
tutores como nossas crenças, as tradições e as
opiniões alheias.
 O termo sapere aude significa “ouse saber”.
Uso privado da razão

O uso privado da razão não significa senão a liberdade


que cada indivíduo possui para fazer uso da sua razão,
no sentido de pensar por si mesmo, escapando da
dependência e da tutoria.

 Esse uso que é privado, em alguns casos, não deve ser


exteriorizado. O exemplos de Kant são o militar
quanto às regras de sua incorporação e o crente em
relação à sua religião.
O uso público da razão

 Já o uso público da razão diz respeito a uma


construção do esclarecimento e do bem coletivos, a
partir do diálogo, da troca, dos discursos. Não se
trata de forçar o outro a ser livre, a sair da
menoridade, uma vez que isso é permanecer ainda
não submissão (dos esclarecidos).

 Uso público da razão é a disponibilidade pública de


pedir e oferecer razões para justificar determinada
posição.
O uso público da razão

 Para Kant, é possível que o público esclareça-se,


desde que

“a liberdade seja dada para que o esclarecimento


torne-se praticamente inevitável” (p.1).

 Usar publicamente a razão supõe a existência de


uma comunidade de esclarecidos que mantêm
diálogos pautados na argumentação racional.
Uso público e privado da razão

 Assim esclarece Kant:

“Por ‘uso público da razão’ entendo o uso que um


homem, como scholar (erudito), faz da razão diante
de um público letrado. Eu chamo de ‘uso privado da
razão’ aquele uso que um homem faz da razão em
um posto civil que lhe foi confiado” (p. 2).
Somos esclarecidos?

 Analisando a sua época, o filósofo prussiano não a


supõe esclarecida. Prova disso é que

“estamos longe de ver homens verdadeiramente


capazes de usar sua própria razão em assuntos
religiosos de forma confiante e correta sem guias
externos” (p. 3)
Somos esclarecidos?

 Apesar de apresentar exemplos negativos em relação


ao processo de esclarecimento, Kant no fundo é
otimista porque percebe que os impedimentos para o
livre exercício da razão têm diminuído.
 O filósofo enfatiza a importância de governos como o
de Frederico o Grande que é para ele um déspota
esclarecido. No seu governo era possível que todo os
homens usassem sua própria razão no que diz respeito
à consciência, afirma Kant:
Somos esclarecidos?

“podem publicar livre e abertamente suas ideias


para o mundo avaliá-las, mesmo que desviem
aqui ou ali da doutrina aceita” (p.3)
Referências bibliográficas
 Kant, Immanuel. O que é o Esclarecimento? In:
https://
www.airtonjo.com/download/Kant-Esclarecimento
.pdf

 KLEIN, Joel. A resposta kantiana à pergunta: que é


esclarecimento? In: ethic@ Florianópolis v. 8, n. 2
p. 211 - 227 Dez 2009.

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