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PROCEDIMENTOS

ADMINISTRATIVOS NA
LOGÍSTICA INTERNACIONAL
PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS NA
EXPORTAÇÃO
Uma vez definido qual o produto e para que
país(es) vai exportar, a empresa vai encontrar
algumas exigências legais e administrativas
inerentes ao processo de exportação e para
isso terá de ter alguns conhecimentos básicos,
iciciando-se pelo Sistema Integrado de
Comércio Exterior (Siscomex).
SISCOMEX – Sistema Integrado de
Comércio Exterior
Até 1992 as atividades de comécio exterior
eram por demais burocráticas.

O decreto 660/92 criou o Siscomex – com


a finalidade de integrar as atividades de
registro, controle, acompanhamento das
operações de comércio exterior, mediante
um fluxo único, computadorizado de
informações.
O siscomex é administrado pela Secretaria de
Comércio Exterior, Secretaria da Receita
Federal e pelo Banco Central do Brasil.
Conforme operações realizadas, ainda temos
alguns órgãos anuentes:
• Ministério de Relações Exteriores (MRE);
• Ministério da Defesa,
• Ministério da Agricultura e do
Abastecimento;
• Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama);
• Etc.
SISCOMEX – Sistema Integrado de
Comércio Exterior

Criado com a finalidade de agilizar as


operações de comércio exterior brasileiro
e eliminar uma considerável parcela de
documentos e de formulários até então
existentes.
SISCOMEX – Sistema Integrado de
Comércio Exterior

A primeira fase de implantação do Sistema


(softwear) foi para as operações de
exportação – (janeiro de 1993).

Para as operações de importação , o


Siscomex só começou a operar a partir de
janeiro de 1997.
CLASSIFICAÇÃO FISCAL DE MERCADORIAS

A classificação fiscal de mercadorias é


importante não somente para determinar
os tributos envolvidos nas operações de
importação e exportação, mais também
para fins de controle estatístico e
determinação do tratamento
administrativo requerido pelo
determinado produto.
Se a classificação fiscal de mercadorias
sempre foi um assunto que gerou dúvidas,
além de requerer cuidado especial no
momento de enquadrar a mercadoria em
determinado código, a partir da publicação
da medida provisória (MP – 2.158-35/01) o
classificador deve redobrar a atenção para
evitar prejuizos finaceiros.
Ou seja:

Atualmente, classificar incorretamente


mercadorias representa multa de 1% sobre
os valores aduaneiros, limitados ao
mínimo de R$ 500,00 por ítem
desclassificado.
A classificação da mercadoria é obtida a
partir da descrição de cada produto,
analisando-se as características genéricas
aos detalhes mais específicos que o
individualizam; e essa descrição
corresponde a um código numérico.
Ex. Granito NCM – 6802.23.00
A Nomenclatura Brasileira de Mercadorias
(NBM) foi utilizada pelo Brasil entre janeiro de
1989 e dezembro de 1995.

A Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM),


adotada pelo Brasil e demais países do
Mercosul a partir de janeiro de 1996.

A Nomenclatura da Associação Latino-


Americana de Integração (Naladi/SH),
instituida pelo tratado de Montividéu em 1980
– Implantar (de forma gradual) um mercado
comum latino-americano.
MOTIVOS E OBJETIVOS DA CRIAÇÃO DE
UMA NOMENCLATURA

Motivos:
• Dificuldade dos comerciantes
internacionais em estabelecer a correta
classificação de mercadorias (países
tinham suas nomenclaturas próprias);
• dificuldades dos governos em estabelecer
a correta classificação de mercadorias,
com finalidade de proteger suas indústrias,
dos paises mais desenvolvidos;
• Dificuldade dos governos e empresários
em estabelecer critérios corretos de
classificação de mercadorias para fins
estatísticos;

Objetivos:
• Uma classificação uniforme de todas as
mercaorias em todos os países envolvidos
com o comércio internacional;
• Uma classificação sistemática de todas as
mercadorias existentes;
• Simplicidade e clareza para fins de
negociação, aplicação e interpretação de
acordos comerciais internacionais;
• Uma linguagem aduaneira comum para
ser entendida pelos importadores,
exportadores, produtor e pessoal
envolvido em comércio exterior e aduana;
• Coleta uniforme de dados estatísticos.
EXPORTAÇÃO PASSO A PASSO
As empresas sentem necessidades de exportar
na maioria das vezes para obter:

• Geração de mais recursos finaceiros;


• Ocupação da fábrica;
• Aumento da produção;
• Aumento de produtividade;
• Melhoria do controle de qualidade;
• Busca de novas e modernas tecnologias para
seus produtos e serviços;
• Geração de novos empregos ou manutenção
dos já existentes;
A partir disso, inicia-se a famosa busca de
contratos preliminares com os futuros
parceiros no exterior.

Depois de acordar a negociação por ambas


as partes, começa a preparação dos
documentos que deverão conter todas as
condições e particularidades que o
exportador e importador precisam
cumprir.
Fatura Proforma

É o primeiro documento oficial, que pode


ser desde uma carta contendo todos os
elementos indispensáveis para ser
considerado um documento, até um
contrato formal, semelhante a uma fatura
comercial.
Fatura Proforma
Deverá conter os seguintes itens
obrigatoriamente:
• denominação: FATURA PROFORMA;
• caracterização adequada do possivel
comprador ou destinatário;
• descrição do produto;
• modalidade da venda – (Incoterms);
• condições de pagamento;
• quantidade do produto;
Fatura Proforma

•preço do produto;
• embalagem de apresentação e de transporte;
• volumes, caixas;
• transporte internacional;
• seguro internacional;
• prazo de entrega;
• prazo ou validade da cotação.
Passos para uma Exportação, na
Prática.

•Buyer ENCAMINHA a LOI (LETTER OF


INTENT) e NCNDA (assinada);
•O Seller recebe e analisa a LOI;
•O Seller assina NCNDA e devolve ao
Buyer;
•Seller Emite uma SOFT OFFER para o
Buyer;
•O Buyer analisa a SOFT OFFER;
•O Buyer emite uma SOFT PROBE;
•O Seller recebe e analisa a SOFT PROBE;
•O Seller solicita BCL, RWA, ICPO do Buyer;
•O buyer encaminha os dsocumentos
solicitados para serem analisados;
•O Seller encaminha DRAFT CONTRACT
para o Buyer;
•O Buyer deve marcar em vermelho o que
não concordar no Draft Contract e suas
sugestões para alteração;
•O Seller recebe o Draft Contract com suas
alterações para analisar;
•O Seller, depois de analisar e acordar,
encaminha o CONTRATO FINAL (Contract for
the sale end purchase);
•O Buyer recebe o contrato de compra e
venda, assina e encaminha, o original, para o
Seller, onde o mesmo vai assinar e encaminhar
para o banco (Internacional);
•O banco confirma todos os dados e confirma
o aceite da operação conforme o contrato;
•Começa a preparação da mercadoria para
embarque;
•O Seller providencia junto ao banco o PB
(Performance Bond) para ativar a carta de
crédito.
DURANTE AS OPERAÇÕES, SEGUEM OS
SEGUINTES DOCUMENTOS:

• Packing List ou Romaneio, listagem das


mercadorias por embalagem;
• Registro de Exportação – RE (Siscomex);
• Nota Fiscal;
• Fatura Comercial – (Commercial Invoice);
• Registro de Operação de Crédito
(anteriormente ao preenchimento do RE);
• Registro de Exportação Simplificado – RES;
• Declaração Simplificada de Exportação – DSE;
DURANTE AS OPERAÇÕES, SEGUEM OS
SEGUINTES DOCUMENTOS:

• Averbação do Embarque;
• reserva de praça ou espaço da carga no
transporte internacional;
• Conhecimento de embarque;
• Certificados (de origem, fitossanitários
etc.)
PACKING LIST / ROMANEIO

Nada mais é do que a identificação da


mercadoria, quantidade, volume, referência,
peso bruto e líquido, marca etc., por volume /
embalagem.

É um documento (informal) necessário para


uma verificação da mercadoria que está sendo
comercializada, bem como desembaraço
aduaneiro (origem x destino), serve de
orientação para o fiscal da alfândega, para o
importador, ou para qualquer fase do
processo.
PACKING LIST / ROMANEIO
Deve conter os seguintes itens:
•Número do documento;
•Nome e endereço do exportador e do
importador;
•Data de emissão;
•Descrição da mercadoria, quantidade,
unidade, peso bruto e líquido;
•Local de embarque e desembarque;
•Nome da transportadora e data de embarque;
•Número de volumes, identificação dos
volumes por ordem numérica, tipo de
embalagem, peso bruto e líquido por volume, e
dimensões em metros cúbicos.
REGISTRO DE EXPORTAÇÃO (RE)

É um conjunto de informações de natureza


comercial, financeira, cambial, e fiscal que
caracteriza a operação de exportação de
uma mercadoria e define seu
enquadramento legal.

Entre outras informações a empresa


deverá fornecer a classificação de seu
produto segundo a NCM e a Naladi/SH.
NCM
NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL

NALADI/SH
NOMENCLATURA ADUANEIRA LATINO-
AMERICANA DE INTEGRAÇÃO / SISTEMA
ARMONIZADO
REGISTRO DE EXPORTAÇÃO - RE
É o documento onde se registram os dados de
uma exportação, dados esses que são
transferidos dos documentos que foram
preparados anteriormente, tantos internos
(exportador) quanto externos, de seus
parceiros (agente de carga, companhias aéreas,
marítimas, ferroviárias etc.), para o Sistema
Integrado de Comércio Exterior – (Siscomex), e
que servirão para o desembaraço aduaneiro da
mercadoria nos portos, aeroportos, fronteiras,
como também para os agentes financeiros
efetuarem o fechamento de câmbio e o
pagamento das exportações.
NOTA FISCAL

Anexo a emissão do RE, é necessário


também emitir a NF, documento que
acompanhará a mercadoria desde a saída
do estabelecimento exportador até o local
onde será desembaraçada para seguir para
o exterior.
NOTA FISCAL

Exportação Direta – a NF deverá ser


emitida em nome da empresa
importadora;

Exportação Indireta – a NF deverá ser


emitida em nome da empresa que efetuará
a operação de exportação (trading
company).
FATURA COMERCIAL - COMMERCIAL
INVOICE

A fatura comercial é necessária para o


desembaraço da mercadoria pelo
importador, contém todos os elementos
relacionados com a operação de
exportação.

É considerada como um dos documentos


mais importantes no comércio
internacional de mercadorias.
FATURA COMERCIAL - COMMERCIAL INVOICE

Deve ser emitida pelo exportador no idioma do


importador ou em inglês.

O documento deve conter os seguintes ítens:

•Modalidade de pagamento;
•Modalidade de transporte;
•Local de embarque e desembarque;
•Número e data do conhecimento de embarque;
FATURA COMERCIAL - COMMERCIAL
INVOICE

•Nome da empresa de transporte;


•Descrição da mercadoria;
•Peso bruto e líquido;
•Tipo de embalagem, número e marca de
volumes;
•Preço unitário e total;
•Valor total da mercadoria.
REGISTRO DE OPERAÇÃO DE CRÉDITO (RC)

Nesse registro deve contar as informações


de caráter cambial e financeiro referente às
exportações com prazo de pagamento
superior a 180 dias (exportações
financiadas), contados a partir da data de
embarque.
REGISTRO DE VENDA (RV)
Registro que deve ser preenchido no caso
de produtos negociados em bolsas
internacionais de mercadorias ou de
produtos primários. Seu preenchimento
deve ser anterior ao RE.
DECLARAÇÃO SIMPLIFICADA DE
EXPORTAÇÕES (DSE)
Este documento tem como finalidade a
facilitação e simplificação do processo das
operações de exportação até dez mil
dólares americanos. DSE deverá ser
preenchida pelo exportador, no Siscomex.
AVERBAÇÃO DO EMBARQUE
O sistema averbará automaticamente os
despachos aduaneiros. É feita pelo agente
de carga ou pelo Armador do Navio.
RESERVA DE PRAÇA ( feita pelo agente de carga)
A reserva de praça, ou ainda reserva de espaço
para o embarque da mercadoria, é um ato
administrativo de grande importância, pois
consiste em conseguir um espaço suficiente no
meio de transporte internacional mais
adequado que leverá a carga para o exterior.
CONHECIMENTO INTERNACIONAL DE
EMBARQUE (de carga)
Tão logo fique confirmado o espaço
desejado na empresa transportadora
internacional, o agente deverá emitir o
conhecimento de embarque.
CONHECIMENTO INTERNACIONAL DE EMBARQUE
(de carga)

O conhecimento internacional de embarque é o único


documento que dá posse da carga à empresa ou pessoa
que estiver com seu nome nele consignado. É por isso
que, quando este documento é consignado a um banco
para garantia do pagamento ao exportador, esse banco
tem de endossar esse dsocumento transferindo para
empresa ou pessoa física que pagará por essa carga.

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