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Para que uma doença/trauma ocorra, alguns itens devem interagir entre si. São eles:
(1) Um agente que cause a doença - Energia;
(2) Um hospedeiro na qual o agente possa residir – ser humano;
(3) Um ambiente apropriado em que os dois possam interagir – local do evento (CENA).
Desta forma, podemos entender o "trauma" como uma doença que envolve a troca de energia entre o meio
ambiente e o corpo, resultando em lesões que acometem os diferentes sistemas e órgãos. (Parreira et al.
2017)
Os traumas podem ser classificados quanto:
O atendimento ao trauma é uma função de equipe, que deve ser realizado dentro de um sistema organizado.
Requer uma avaliação rápida e sistemática das lesões, com o uso de medidas terapêuticas.
Pré-Hospitalar
Acesso à assistência - Central de Regulação 192 / 193;
Tratamento - Emergencial adequado e em tempo hábil;
Triagem - Nível de Atenção e Encaminhamento;
Transporte - Rápido e seguro até a assistência hospitalar.
Hospitalar
Atendimento de emergência;
Centro Cirúrgico;
Atendimento crítico - acesso prioritário à unidade especializada;
Reabilitação - programas de reabilitação.
Segurança da Cena
A primeira etapa do atendimento ao trauma deve ser a avaliação da segurança da cena e deve anteceder o
início da abordagem do paciente.
Essa avaliação deve ser feita em toda abordagem de pacientes de trauma com o objetivo de relacionar o
mecanismo do trauma e a presença de lesões específicas, ampliando a capacidade de suspeição para a
presença de lesões e a tomada de decisão.
Avaliação primária
A avaliação primária é a inspeção inicial rápida. O objetivo da avaliação primária é identificar e corrigir
situações de risco imediato de morte. Na avaliação primária devemos:
ter uma visão sistêmica e geral do paciente;
considerar aparência, comportamento e mobilização;
verificar a condição do doente e sua evolução.
Considera-se em estado crítico o paciente que apresentar alterações significativas em alguma etapa da
avaliação. Neste caso, o tempo de permanência na cena deve ser o menor possível.
A avaliação primária deve continuar muito rapidamente. As seis etapas envolvidas na avaliação primária e
sua ordem de prioridade são as seguintes:
X
EXSANGUINATION
X –Hemorragia Externa Grave
Conter hemorragia EXTERNA grave (exsanguinação) antes mesmo da abordagem das vias aéreas.
Ratificando o uso do torniquete, compressão direta e curativo compressivo como medida para contenção de
Hemorragia Vascular Grave no trauma:
Compressão Torniquete
A - Via Aérea e Controle da Coluna Cervical
A maneira mais simples de determinar a perviedade da via aérea é pedir ao paciente que fale. A voz clara,
sem ruídos é sinal de via aérea pérvia, naquele momento.
Liberação da via aérea. Estabilização da cervical. Estabilização da cervical e colocação do colar cervical.
Para assegurar a perviedade da via aérea no trauma, há manobras como:
No paciente com ventilação anormal, realizar a palpação de todo o tórax e considerar a necessidade
de ventilação assistida através de Bolsa-Válvula-Máscara (BVM) com reservatório, caso a frequência
respiratória muito baixa, ou não mantenha ventilação ou oxigenação.
Posição do BVM
C- Circulação
OBS: Se pulso periférico ausente e central presente, paciente pode estar com pressão arterial abaixo de 90
mmHg e deve permanecer o menor tempo possível na cena.
D- Disfunção Neurológica
Nos casos de atendimento ao trauma, a avaliação da função cerebral é uma medida indireta da oxigenação
cerebral. O objetivo é determinar o nível de consciência do doente e inferir o potencial de hipóxia.
Uma importante ferramenta para a determinação das funções neurológicas é a Avaliação Pupilar e a
avaliação pela Escala de Coma de Glasgow.
https://enfermagempiaui.com.br/avaliacao-pupilar-em-pacientes/
Para saber mais sobre a Escala de Coma de Glasgow acesse:
https://www.glasgowcomascale.org/
A exposição do paciente se faz necessária para uma avaliação mais completa, cuidadosa e detalhada das
possíveis lesões, nunca esquecendo do cuidado com a hipotermia. As principais ações são:
Cortar as vestes do paciente sem movimentação excessiva e somente das partes necessárias;
Proteger o paciente da hipotermia com auxílio de manta aluminizada;
Utilizar outras medidas para prevenir a hipotermia.
“A parte do corpo que não está exposta poderá ser a parte mais gravemente ferida"
O socorrista pode perguntar ao doente "o que aconteceu". Se receber uma explicação coerente, conclui-se
que o paciente está com a via aérea permeável, apresenta função respiratória suficiente que permite a
fala, perfusão cerebral adequada e funcionamento neurológico razoável.
Avaliação Secundária
A Avaliação Secundária deve ser iniciada depois da avaliação primária e tem como objetivos localizar
alterações na cor da pele, mucosas, assimetrias morfológicas, instabilidades hemodinâmicas, ruídos
anômalos, alterações de motricidade e sensibilidade, isto é, consiste no exame físico completo, história
clínica, reavaliação dos sinais vitais, procedimentos especiais de diagnóstico.
A avaliação secundária pode ser realizada seguindo a entrevista subjetiva SAMPLA:
S - Sinais Vitais
A - Alergias
M - Medicamentos de uso habitual
P - Passado médico / gravidez
L - Líquidos / alimentos ingeridos
A - Ambiente e eventos relacionados
Já o exame físico deve ser realizado por inspeção, seguida de palpação, ausculta e percussão. Os objetivos
são de localizar ferimentos, sangramentos, afundamentos, desvios, hematomas, alterações na cor da pele ou
mucosas, assimetrias, instabilidades, alterações de motricidade e sensibilidade.
Aprenda mais
Para acesso a informações internacionais de atendimento ao trauma,
acesse o site do Suporte Avançado de Vida em Trauma.
https://www.facs.org/quality-programs/trauma/atls