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ANÁLISE DE FALHAS

Docente: Rômulo Trindade da Silva


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ESTRUTURAS CRISTALINAS
Estruturas Cristalinas

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Materiais Cristalinos e Não Cristalinos
Materiais Policristalinos:

• A maioria dos sólidos é composta por um conjunto de muitos cristais pequenos ou


grãos;
• O crescimento aleatório ocasiona desajustes dos átomos na região que dois grãos se
encontram (contorno de grão);

Cada grão  grande número de célula unitárias  conjunto de átomos

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Materiais Cristalinos e Não Cristalinos
Monocristal:

• Em sólido cristalino, quando o arranjo periódico e repetido dos átomos é perfeito ou se


estende por toda a amostra, sem interrupções;
• Todas as células unitárias ligam-se da mesma maneira e possuem a mesma
orientação;
• Formam geometria regular, faces planas;
• São fundamentais em tecnologias modernas, como microcircuitos eletrônicos, e
semicondutores;

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Materiais Cristalinos e Não Cristalinos
Anisotropia:

• As propriedades dos monocristais dependem da direção cristalográfica na qual as medições são feitas;

• Essa variação é anisotropia, e depende do espaçamento atômico em função da direção cristalográfica;

• Isotrópicas;
• O modulo das propriedades depende da direção de aplicação da tensão nos eixos cristalográficos;
• Então acaba-se mensurando uma média global dos módulos nas diferentes direções;

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Discordâncias – Defeitos Lineares
•Discordância em cunha (ou aresta): Uma porção extra de um plano de átomos, ou semiplano, cuja
aresta termina no interior do cristal.
Há uma distorção em torno da linha de discordância:
•Átomos acima da linha da discordância são pressionados uns contra os outros;
•Átomos abaixo são puxados um para longe do outro.
•Há de se notar a ligeira curvatura nos átomos mais próximos a linha de discordância;

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Discordâncias – Defeitos Lineares
• Discordância helicoidal ou espiral:
•Formado por uma tensão cisalhante que é aplicada para produzir a distorção;
•A região anterior superior do cristal é deslocada uma distância atômica para a direita em relação à
fração inferior.
• Constante movimentação;

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Discordâncias – Defeitos Lineares
• Discordância Mistas;
• Todos os materiais cristalinos contêm alguma discordância que foi introduzida durante
solidificação, deformação plástica ou tratamentos térmicos (tensões térmicas);

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Movimento das discordâncias
• Plano de escorregamento – sistema compacto – menor gasto de energia;
• Escorregamento de discordâncias – quebrando ligações vizinhas;
• Deforma o material permanentemente ;
• Esse processo ocorre inúmeras vezes quando o material é deformado, deformação plástica;
• Rearranjo da estrutura;
• Processo que demanda menos energia, pois reduz a quantidade de ligações quebradas;

• Possuem dificuldade de movimentação em sistemas com ligações direcionais (covalentes)

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Importância das discordâncias
• Mecanismo para deformação plástica;
• Deformação elástica x Deformação plástica (âmbito atômico e de discordâncias);
• Importante para compreender comportamento mecânico;
• Por que a resistência dos metais é inferior a de suas ligações químicas?
• Escorregamento proporciona ductilidade, conformabilidade;
• Podemos controlar as propriedades mecânicas de um metal interferindo no movimento das
discordâncias – aumentando dureza ou ductilidade;
• Um obstáculo inserido no metal evita o deslizamento de discordâncias (aumenta necessidade de
energia);
• Densidade de discordância 10^6 cm/cm³ em metais dúcteis p/ 10^12 cm/cm³ em material
deformado;

Efeito
Movimento das Deformação
Tensão aplicada cumulativo do
discordâncias plástica
escorregamento

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Onde um Componente Estrutural Começa a Falhar ?
Em que Domínio Dimensional se Realiza a Análise de Tensões ?
0,79 mm

2,35 mm

2x2 mm2

http://www.metalica.com.br/avaliacao-do-desempenho-da-soldagem-em-liga-de-aco
Morfologia de uma Fratura por impacto
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0261306913001726

Materiais metálicos começam a se comportar


como “continuo” a partir de um volume de
material da ordem de 10x10x10 grãos
TENSÃO

Neutro Tração Flexão


Análise de Tensões Numérica e Experimental
Motivação
Acidentes
Prejuízos Financeiros
Perdas de Vidas

Integridade
Projetos Confiáveis
Controle Preventivo
Motivação
Exemplo: Torção Pura Exemplo: Tração Pura

 


Dúcteis falham devido à tensão Frágeis falham devido à


de cisalhamento tensão normal

Aço Ferro fundido Aço Ferro fundido


Qual a forma adequada de representar os “esforços” que atuam em
um volume elementar de material ?
F
Dimensionamento de uma Dobradiça !
Dimensionamento de uma Engrenagem !
Dimensionamento de uma Bandeja de Suspenção !
Resistência dos Materiais

É o ramo da Mecânica dos Corpos Deformáveis que se propõe,


basicamente, a selecionar os materiais de construção e
estabelecer as proporções e as dimensões dos elementos para
uma estrutura ou máquina, a fim de capacitá-las a cumprir suas
finalidades, com segurança, confiabilidade, durabilidade e com o
mínimo de custo.
Aplicabilidade da Resistência dos Materiais

A Resistência dos Materiais Elementar propõe


métodos para resolução de problemas envolvendo
elementos estruturais do tipo de barras. Estudos
mais avançados dão conta da solução de alguns
problemas relativos às folhas. O estudo dos blocos
não é tratado pela Resistência dos Materiais,
devendo-se recorrer aos métodos da Teoria da
Elasticidade.
Modelagem do Problema

Imposição de Forças e
Momentos

Imposição de
Variações Imposição de
Térmicas Restrições
Equilíbrio de Corpos Deformáveis
Esforços Externos
Forças distribuídas – em volumes (como a
ação gravitacional, como as forças de inércia Imposição de Forças e
nos corpos acelerados), em superfícies Momentos
(como a ação de esforços sobre placas, a
ação da pressão de fluidos, p = dF/dA) e em
linha (como a ação ao longo de vigas, q =
dF/dx);

Forças Concentradas – ações localizadas em


áreas de pequena extensão quando
comparadas com as dimensões do corpo. É
fácil perceber que tal conceito (uma força
concentrada em um ponto) é uma abstração
já que, para uma área de contato
praticamente nula, uma força finita Imposição de
provocaria uma pressão ilimitada, o que
nenhum material seria capaz de suportar
Variações Imposição de
sem se romper. Térmicas Restrições
Equilíbrio de Corpos Deformáveis
Restrições ou Vínculos

Apoio móvel - capaz de impedir o Imposição de Forças e


movimento do ponto vinculado do Momentos
corpo numa direção pré-determinada;

Apoio fixo – capaz de impedir qualquer


movimento do ponto vinculado do
corpo em todas as direções;

Engastamento – capaz de impedir


qualquer movimento do ponto
vinculado do corpo e o movimento de
rotação do corpo em relação a esse
ponto. Imposição de
Variações Imposição de
Térmicas Restrições
Equilíbrio de Corpos Deformáveis
Esforços Internos: Os esforços internos são os oriundos da ação de uma parte da estrutura
ou elemento estrutural, sobre outra parte da estrutura.
Equilíbrio de Corpos Deformáveis
Esforços Internos: Os esforços internos são os oriundos da ação de uma parte da estrutura
ou elemento estrutural, sobre outra parte da estrutura.
Análise de Tensões Numérica e Experimental
Equilíbrio de Corpos Deformáveis
Cada parte do corpo também deve estar em equilíbrio Esforços internos garantem o equilíbrio

O vetor tensão depende da


posição e do plano de
corte analisado

Definição de Tensão Nominal


Equilíbrio de Corpos Deformáveis
Cada parte do corpo também deve estar em equilíbrio

Considerando Esforço Axial

Tensão normal para q = 0

Tensão normal para q = 45o


Vetor Área

Tensão normal para q = -45o


Qual o Domínio da Ocorrência de Falhas e qual a Forma Adequada de
Representar os “Esforços” que Atuam em um Volume Elementar de Material ?
Representado por um
Entidade Tensorial Entidade Tensorial ponto material

Volume com dimensão


F da ordem de 1 mm3
(10x10x10 grãos)

Intensidade do Vetor
Tensão Aplicado sobre
O que Significa esse número ? o Plano e na direção de
1
e1
  xx  xy  xz 
 
T    yx  yy  yz 
   
 zx zy zz 
Análise de Tensões Numérica e Experimental
Caso Particular - Estado Plano de Tensões

Vista tridimensional Vista bidimensional

Trativa (+)
Tensões normais
Compressiva negativa(-)
Convenção de sinais:
Tensões de cisalhamento Face e direção com sinais iguais(+)
Face e direção com sinais diferentes(-)
Equilíbrio de Corpos Deformáveis
Esforços Internos: Os esforços internos são os oriundos da ação de uma parte da estrutura
ou elemento estrutural, sobre outra parte da estrutura.
 Menor espaço;
 Menor ruído;
 Dimensionamento AGMA
 Utilização do M.E.F na
redução de inércia
rotacional.
 Tratamento de nitretação a
plasma.

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