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INTRODUÇÃO A TOXICOLOGIA

 Toxicologia é a ciência que tem a função de


identificar e quantificar os efeitos adversos
relacionados com a exposição à certos agentes,
denominados tóxicos, que podem ser
substâncias químicas, orgânicas ou inorgânicas,
ou seja, a toxicologia constitui o estudo dos
tóxicos e das intoxicações. A toxicologia
moderna é composta por quatro disciplinas:
clínica, reguladora, de investigação e forense.
ASPECTO HISTÓRICO
 A utilização de conhecimentos científicos em auxílio a
questões judiciais teve seu início registrado na antiga
Grécia, com certa contribuição da química para assuntos da
medicina. Na Roma antiga a química se mostrou decisiva
para esclarecer casos de mortes por envenenamento, que
tornara corriqueiros, principalmente de figuras públicas.
Este foi o primeiro grande indicio de que havia a
necessidade de promover conhecimento que auxiliassem a
justiça contra tais crimes. Mathieu-Joseph Bonaventura
Orfila, natural da Espanha e crescida na França (1787-
1853), considerado o pai da toxicologia, foi também um dos
pioneiros na fase moderna da ciência forense
A TOXICOLOGIA FORENSE

Está incluída no âmbito da toxicologia analítica.


Até o século XX a toxicologia forense restringia-
se em identificar a origem tóxica de
determinado crime, já atualmente esta ciência
atua em perícias, tanto no indivíduo vivo, para
rastrear drogas de abuso e caracterizar um
estado de toxicodependência, quanto no
cadáver, para detectar overdose e reação
anafilática á drogas
2.2 Lei nº 11.343/2006 – Comprovação da Materialidade do
Delito Foi instituído o Sistema Nacional de Políticas
Públicas sobre drogas através da Lei Federal 11.343/2006,
pelo qual, utiliza medidas para a prevenção do uso
inapropriado de drogas, atenção e inserir novamente na
sociedade usuários e dependentes de drogas. Além disso,
foram estabelecidas regras que repreendem a uma
produção sem autorização de tais substâncias e ao tráfico
de drogas ilícitas, que são crimes. Os crimes da Lei de
Tóxicos 11.342/2006 são denominados “crimes de
vestígios”, realizados através da perícia, sendo que o laudo
pericial é feito pelo órgão policial. As principais substâncias
que causam dependência analisadas são a maconha,
cocaína, heroína, morfina e solventes (OGA; CAMARGO;
BATISTUZZO, 2014).
Energias de Ordem Química
 Definição:
 São energias que ao entrar em contato com os
tecidos vivos são capazes de causar danos à
vida ou à saúde da vítima. Essas energias agem
de duas formas:

 1. Externa: por meio dos cáusticos.


 2. Interna: por meio dos venenos..
ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA:
VITRIOLAGEM E TOXICOLOGIA

 Vitriolagem:  Toxicologia:
 (o termo advém de óleo de
vitríolo) e é a designação
para as lesões ou
 Os venenos ou substâncias
queimaduras, causadas por tóxicas e drogas ,
cáusticos. geralmente exigem ser
 Os cáusticos causam lesões inalados, injetados ou
na vítima e agem por meio ingeridos , para fins de
externo, bastando o contato lesionar a vítima.
físico como o simples toque.
Definição de Cáusticos :

 Cáusticos

 Definição:

São substâncias que em contato


com o tecido, causam uma reação
desorganizando-o, causando lesões
tegumentares, ou seja, (kaustikos) é
aquilo que queima.

Os Agentes cáusticos são: os ácidos


e as bases.
1. Ácidos:
 Atuam por meio da coagulação das albuminas e forte
desidratação dos tecidos afligidos, são eles:
 Ácido sulfúrico ou óleo de vitríolo, ácido ozótico ou nítrico,
ácido clorídrico, ácido crômico, hipoclorito de sódio, o
permanganato de potássio, fenol, fósforo branco, água de
cobre, que é a mistura de água, ácido sulfúrico e ácido
oxálico.
 O ácido é coagulante: Forma uma camada protetora capaz de
limitar a extensão da lesão e está reservado para a ação dos
ácidos e se apresentam com desidratação dos tecidos com a
formação de escaras endurecidas e tonalidade diversa, como,
o nitrato de prata, o acetato de cobre e o cloridrato de zinco.
2. Bases:
 É liquefaciante, age por dissolução dos minerair,
são elas a potassa, a soda e a amômia. Como
resultado da sua ação, geram queimaduras
químicas, sem presença hemorrágica, apresenta
ainda dano progressivo aos tecidos.
 Efeito liquefaciante: Diferentemente dos ácidos,
produz escaras úmidas, translúcidas e moles,
atravessa a parede do órgão afetado sendo extensa
e profunda, como por exemplo; soda, potassa e a
amônia.
IDENTIFICANDO

A identificação da
substância causadora
da lesão dá-se pela
análise do aspecto
das lesões e por
reações químicas.
NATUREZA JURÍDICA DAS LESÕES

 As lesões podem ocorrer de três


formas:

 a) Criminosa;
 b) Acidental;
 c) Suicida.
5.3. Envenenamento
*5.4. Tolerância e Dependência
 Tolerância:
Uma diminuição de resposta a uma dose de
determinada substância que ocorre com o uso
continuado da mesma. No consumidor frequente
ou de grandes quantidades de bebidas alcoólicas
(ou de outras drogas), por exemplo, são
necessárias doses mais elevadas de álcool para
alcançar os efeitos originalmente produzidos por
doses mais baixas.
 Tanto fatores psicológicos como psicossociais
podem contribuir para o desenvolvimento da
tolerância, que pode ser física, comportamental
ou psicológica. Com respeito aos fatores
fisiológicos, pode desenvolver-se tanto a
tolerância metabólica como a funcional,
isoladas ou conjuntamente. Aumentando-se a
taxa de metabolismo da substância, o
organismo pode ser capaz de eliminar a
substância mais rapidamente.
A tolerância funcional é definida pela diminuição da
sensibilidade do sistema nervoso central à substância. A
tolerância comportamental é uma mudança no efeito da
droga como resultado de aprendizado ou de alterações
ambientais. A tolerância aguda é uma acomodação rápida,
temporária, ao efeito de uma substância após uma única
dose. A tolerância reversa, também conhecida como
sensibilização, refere-se a uma condição na qual a resposta
a uma substância aumenta com o uso repetido.
A tolerância é um dos critérios para a síndrome de
dependência.
TOLERÂNCIA CRUZADA

O desenvolvimento de tolerância a uma substância, como


resultado da ingestão aguda ou crônica de uma outra
substância à qual o indivíduo não tenha sido exposto
previamente. As duas substâncias geralmente têm efeitos
farmacológicos similares, mas isso não é obrigatório. A
tolerância cruzada é evidenciada quando a dose de uma nova
substância não produz o efeito esperado.
DEPENDÊNCIA:

Síndrome de dependência

Um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos


e fisiológicos que podem se desenvolver após o uso
repetido de uma dada substância. Esses fenômenos
incluem de maneira característica um forte desejo de
utilizar a droga, o controle prejudicado sobre o seu uso, o
uso persistente a despeito das consequências
prejudiciais, a prioridade ao uso da droga sobre outras
atividades e obrigações, um aumento da tolerância e
reações físicas de privação quando o uso da droga é
interrompido.
Faz-se o diagnóstico da síndrome de dependência, de
acordo com a CID-10, quando três ou mais dos seis
critérios especificados tiverem ocorrido no prazo de
um ano.
A síndrome de dependência pode referir-se a uma
substância específica (por exemplo, tabaco, álcool ou
diazepam), a uma classe de substâncias (por exemplo,
opióides), ou a um espectro mais amplo de
substâncias farmacologicamente diferentes.

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