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REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO

REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO

Ementa:
Sistemas frigoríficos por compressão de vapor. Fluidos refrigerantes.
Projeto e construção de câmaras frigorificas. Sistemas frigoríficos por
absorção. Psicrométrica. Cálculo da carga térmica para conforto e em
sistemas industriais. Sistemas de condicionamento de ar. Unidades
condicionadoras de ar.
Sistemas frigoríficos por compressão de vapor

TÓPICOS

- Introdução

- Conceitos Fundamentais

- Ciclos de Refrigeração por Compressão de Vapor


Introdução

Numa máquina frigorífica o ciclo de transformação é realizado em


sentido contrário ao de uma máquina térmica, tem como resultado a
absorção de uma certa quantidade de calor a baixa temperatura, e a
cedência de uma maior quantidade de calor à temperatura mais
elevada, sendo necessário, para tal aplicar uma certa quantidade de
trabalho sobre o sistema.
Sistema de Refrigeração por
Compressão de Vapor

Condensador QC

Dispositivo de Compressor
Expansão
WC

QO Evaporador
Umidade Relativa

Psicometria
Condensador

Ar Externo
Dispositivo de Compressor
Expansão

Evaporador

Porta
Condensador

Dispositivo Compressor
de Expansão
WC

Evaporador
Bomba

Porta
Condensador

Ventilador
Dispositivo Compressor
de Expansão
WC

Ar Evaporador
Externo
Conceitos Fundamentais
Definições

 Propriedades termodinâmicas
 Estado termodinâmico
 Processo
 Ciclo
 Substância Pura
 Temperatura de saturação
 Líquido Saturado
 Líquido Sub-resfriado
 Título (x)
 Vapor Saturado
 Vapor Superaquecido
Definições

 Propriedades termodinâmicas
São características macroscópicas de um sistema, como:
volume, massa, temperatura, pressão etc.
 Estado termodinâmico
Pode ser entendido como sendo a condição em que se encontra
a substância, sendo caracterizado pelas suas propriedades.
 Processo
É uma mudança de estado de um sistema. O processo
representa qualquer mudança nas propriedades da substância.
 Ciclo
É um processo, ou mais especificamente uma série de
processos, onde o estado inicial e o estado final do sistema
(substância) coincidem.
Definições

 Substância Pura
É qualquer substância que tenha composição química
invariável e homogênea. Ela pode existir em mais de uma
fase (sólida, líquida e gasosa), mas a sua composição
química é a mesma em qualquer das fases

P
RECIPIENTE

Líquido
Definições
Estados de uma Substância Pura

P P P

T Vapor
Líquido Líquido Líquido

Líquido Subresfriado Líquido Saturado Vapor Úmido


T < TSAT T = TSAT T = TSAT
Título x = 0 0<x<1
P
P
P

Vapor Gás
Vapor Superaq.
Saturado

Vapor Saturado Vapor Superaquecido Gás


T = TSAT T > TSAT T >>>> TSAT
x=1
Definições

 Substância Pura
 Temperatura de saturação
 Líquido Saturado
 Líquido Sub-resfriado
 Título (x)
 Vapor Saturado
 Vapor Superaquecido
Propriedades Termodinâmicas de uma Substância

 Energia Interna (u)


É a energia que a matéria possui devido ao movimento e/ou forças
intermoleculares. Esta forma de energia pode ser decomposta em duas partes:
-Energia cinética interna  relacionada à velocidade das moléculas;

-Energia potencial interna  relacionada às forças de atração entre as moléculas.

 Entalpia (h) h  upv

 Entropia (s)
Esta propriedade termodinâmica representa, segundo alguns autores, uma medida
da desordem molecular da substância ou, segundo outros, a medida da
probabilidade de ocorrência de um dado estado da substância.

 Volume Específico v = V / m
Propriedades Termodinâmicas de uma Substância

 Titulo (x)
Título de Vapor (X): Relação entre a massa de vapor e a massa total do sistema.

 = 0,0  = 1,0
Liquido Liquido Mistura ou Vapor Vapor
Sub-resfriado saturado vapor Saturado Super
Saturado Seco Aquecido
Úmido
Propriedades Termodinâmicas de uma Substância
• Volume Específico (v): Volume específico de uma substância é a relação
entre o volume e a massa.

vL = volume específico do líquido saturado;


vv = volume específico do vapor saturado;
vX = volume específico da mistura (vapor saturado úmido);
△v = acréscimo de volume especifico que ocorre durante a vaporização total
△vX = acréscimo de volume específico que ocorre durante a vaporização parcial;
Equações de Estado

 Relação matemática que correlaciona:


Pressão , Temperatura e Volume Específico
(Sistema em equilíbrio termodinâmico.)

 Equação dos Gases Ideais Pv  RT


 Refrigerantes compostos de hidrocarbonetos fluorados
Tabelas de Propriedades Termodinâmicas
dos Fluidos Frigoríficos
Tabelas de Propriedades Termodinâmicas dos Fluidos
Frigoríficos
Na região de Líquido + vapor pode-se determinar as propriedades dos fluidos
conhecendo-se o título (x), através das seguintes equações:

u  ul  x  uv  ul  (Energia interna) h  hl  x  hv  hl  (entalpia)

v  vl  x  v v  vl  (volume esp.) s  sl  s  sv  sl  (entropia)


Tabelas de Propriedades Termodinâmicas
dos Fluidos Frigoríficos
Diagramas de MOLLIER para Fluidos
Refrigerantes

Temperatura

Pressão
Entalpia
Primeira Lei da Termodinâmica
(Princípio da conservação de energia)

Sistema Aberto
Sistema Fechado
(Volume de controle)
Primeira Lei da Termodinâmica

E  Evc
 E ent   sai
t

Energia Cinética Energia Potencial Entalpia Calor Trabalho

V2
Ec  m Ep  m g z
2 h  u  pv 
Q 
W

 V 2   V 2 
 Q 

 h 
m
 2
 g z 

m
 
 h 
2
 g z 
  W
ent   sai  
Calor Sensível x Calor Latente
• Calor Sensível: associado à variação de temperatura

sen  m
 c p T

Q

cp da água líquida  4,20 kJ/kg.ºC (1,0 kcal/kg.ºC)

• Calor Latente: associado à mudança de fase

lat  m

Q  hlat

Líquido-vapor => Calor latente de vaporização


água  2500 kJ/kg (600 kcal/kg)
Líquido-Sólido => Calor latente de solidificação
água  340 kJ/kg (80 kcal/kg)
Transferência de Calor

Meios de Transferência de Calor

 Condução
 Convecção
 Radiação
Transferência de Calor por Condução

Q  k A T
x

  Fluxo de calor [W];


Q
k  Condutividade térmica [W/m.K];
A  Área normal ao fluxo de calor [m2];
T  Diferença de temperatura [K];
x  Espessura da placa [m]
Transferência de Calor por Condução em Cilindros

  2kL T
Q
ln  r2 
 r1 

  Fluxo de calor [W];


Q
k  Condutividade térmica [W/m.K];
L  Comprimento do cilindro [m];
T  Diferença de temperatura [K];
r1  Raio interno do cilindro [m]
r2  Raio externo do cilindro [m]
Transferência de Calor por Condução

Condutividade Térmica de Alguns Materiais


Transferência de Calor por Convecção

   A T
Q
  Fluxo de calor [W];
Q
  Coeficiente de convecção [W/m2.K];
A  Área normal ao fluxo de calor [m2];
T  Diferença de temperatura [K];

Coeficiente de convecção entre o ar e a parede em câmaras frigoríficas

 Ar externo  = 29,0 W/m2.K (25 kcal/h.m2.C),


 Ar interno  varia entre 8,15 e 17,45 W/m2.K (7 a 15 kcal/h.m2.C)
Transferência de Calor por Radiação
• A transferência de calor se dá por deslocamento de Fótons de
uma superfície a outra
• Ao atingir esta superfície esses Fótons podem ser absorvidos,
refletidos ou transmitidos
• Função: - Temperatura absoluta dos corpos
- Emissividade de cada corpo
- Área
- Fator de forma

Emissividade
Refletida r
e

Absorvida a

Transmitida t
Transferência de Calor por Radiação


Q 1 2   F F
E A A T1
4
 T2
4


Q 1 2  Fluxo de calor do corpo 1 para o corpo 2 [W];
  Constante de Stefan-Boltzman (5,669 x 10-8 W/m2.K4)
A  Área superficial do corpo 1 [m2];
T1  Temperatura do corpo 1 [K];
T2  Temperatura do corpo 2 [K];
FA  Fator de forma que leva em conta a posição das superfícies;
FE  Fator de emissividade que leva em conta as características
ópticas como emissividade, absortância, transmissividade e
refletividade;
Fator de Forma – FA

• A radiação deixa a superfície em todas as


direções

• Características geométricas, como:


• Forma
• Distância
• Posicionamento

determinam a parcela do total irradiado que


incide sobre a superfície considerada
Fator de Forma – FA
Analogia entre fluxo de calor e fluxo elétrico

Fluxo elétrico Fluxo de calor

i
V Q  T
Re Rt
Analogia entre fluxo de calor e fluxo elétrico

Q  k A T Rt 
L
L kA

ln  r2 
Q  T   2 k L
Q
T
 r1 
Rt 
Rt ln  r2  2 k L
 r1 

1
   A T
Q Rt 
A
Resistência Térmica Global (RG)

  TA  TB  TG
Q RG  R A  RP  RB 
1

L

1
RG RG 1 A k A 2 A
Coeficiente Global de Transferência de Calor (UG)

TA  TB 1
 
Q  UG A TG UG 
1 L 1 1 L 1
   
1 A k A  2 A 1 k 2
Diferença de Temperatura Média Logarítmica

Trocador de calor de correntes paralelas

Te  Ts  TAE  TBE    TAS  TBS 


Tml  
 T   T  TBE 
ln  e  ln  AE 

 sT T
 AS  TBS 
Diferença de temperatura média logarítmica

Trocador de calor de contracorrentes

Te  Ts  TAE  TBS    TAS  TBE 


Tml  
 Te   TAE  TBS 
ln   ln  

 sT T
 AS  TBE 
Ciclos de Refrigeração por
Compressão de Vapor
Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor
Ciclo Teórico de Refrigeração por Compressão de Vapor
Ciclo Real de Refrigeração por Compressão de Vapor
Balanço de Energia para o Ciclo

Aplicação da Primeira lei da Termodinâmica


para cada Componente do Sistema

 V 2   V 2 
 Q 
  m  h 
 2
 g z 

m
 h 
 2
 g z 
  
W
ent   sai  
Balanço de Energia para o Ciclo

Evaporador  m
Q  f (h1  h4 )
o
Balanço de Energia para o Ciclo

 m
 f (h2  h1)
Compressor Wc
Balanço de Energia para o Ciclo

Condensador  m
Q f (h2  h3 )
c
Balanço de Energia para o Ciclo

Dispositivo de Expansão h3  h4
Balanço de Energia para o Ciclo

RESUMO:

 m
Evaporador........................... Q  f (h1  h4 )
o

Compressor.......................... W
 m
c  f (h2  h1)

Condensador........................
 m
Q  f (h2  h3 )
c

Dispositivo de Expansão..... h3  h4
Coeficiente de Performance do Ciclo - COP

Evaporador...........................
 m
Q  f (h1  h4 )
o

Compressor..........................
 m
W  f (h2  h1)
c
 m
Q  f (h2  h3 )
Condensador........................ c

Dispositivo de Expansão..... h3  h4

Energia Util 
Q h1  h4
COP   o 
Energia Gasta Wc h2  h1

Bomba de Calor - COPB


Q  Q
W  
Q
COP B  c  c o  1 o  1  COP
W  W 
W
c c
Parâmetros que Influenciam no COP do Ciclo de
Refrigeração

 Influência da Temperatura de Vaporização


 Influência da Temperatura de Condensação
 Influência do Subresfriamento
 Influência do Superaquecimento Útil
Influência da Temperatura de Vaporização
Influência da Temperatura de Vaporização

7 .0 0

LE G E N D A

R -7 1 7
6 .0 0 Tc = 40o C

C o e fic ie n te d e P e r fo r m a n c e , C .O .P .
R -1 3 4 a
R -2 2

5 .0 0

4 .0 0

3 .0 0

2 .0 0

-3 0 .0 0 -2 0 .0 0 -1 0 .0 0 0 .0 0 1 0 .0 0
T e m p e r a tu r a d e V a p o r iz a ç ã o , T o , e m C e ls iu s
Influência da Temperatura de Condensação
Influência da Temperatura de Condensação

6 .0
LE G EN D A

C o e fic ie n te d e P e r fo r m a n c e , C .O .P .
o
To = - 10 C R -7 1 7

5 .0 R -1 3 4 a
R -2 2

4 .0

3 .0

2 .0
3 0 .0 4 0 .0 5 0 .0 6 0 .0
T e m p e ra tu ra d e C o n d e n s a ç ã o , T c , e m C e ls iu s
Influência do Subresfriamento
Influência do Subresfriamento

4 .4 Legenda
T c = 4 5 oC
R -7 1 7 T o = - 10 oC

C o e fic ie n t e d e P e r f o r m a n c e , C .O .P
4 .2 R -1 3 4 a
R -2 2
4 .0

3 .8

3 .6

3 .4

3 .2

3 .0
0 .0 4 .0 8 .0 1 2 .0 1 6 .0
S u b - R e s f r ia m e n t o , T s r , e m C e ls iu s
Influência do Superaquecimento Útil
Influência do Superaquecimento Útil

3 .9 0
LE G E N D A
T c = 4 5 oC
T o = - 10 oC R -7 1 7

C o e f ic ie n t e d e P e r f o r m a n c e , C . O . P .
R -1 3 4 a

3 .8 0 R -2 2

3 .7 0

3 .6 0

3 .5 0
0 .0 4 .0 8 .0 1 2 .0 1 6 .0 2 0 .0
S u p e r a q u e c im e n t o Ú t il, T s a, e m C e ls iu s
Trocador de Calor Intermediário
Resfriamento e Refrigeração
Qual a diferença?

Resfriamento: Tudo aquilo que conseguimos resfriar até a temperatura


ambiente. Ex: Uma chícara de café quente em cima da mesa.

Refrigeração: Tudo aquilo que conseguimos resfriar abaixo da


temperatura ambiente. Ex: Uma geladeira residêncial.
AS UTILIDADES DA REFRIGERAÇÃO PARA O HOMEM ATUAL

• CONSERVAÇÃO E PROCESSAMENTO DE ALIMENTOS


- Refrigeradores domésticos

- Câmaras de congelamento e estocagem


Câmaras
- Transporte ( naval, rodoviário e ferroviário )

- Produção e engarrafamento de bebidas


- Pasteurização e produção de laticínios
Carne Leiteria

Frangos Bebidas
• CONFORTO ( AR CONDICIONADO ) Ar Condicionado

- Shopping Center’s

- Grande prédios comerciais

- Aeroportos Aplicações navais

- Navios
- Hospitais

• LAZER
Pista de Gelo
- Pistas de patinação
- Fabricação de neve artificial
• CONSTRUÇÃO CIVIL

- Produção de gelo para concreto Secagem de concreto


- Processos de edificação
Prod.de Gelo

• PROCESSOS INDUSTRIAIS Processos

- Petroquímicas
- Produção de polímeros
- Máquinas injetoras de plásticos
FUNDAMENTOS DA TERMODINÂMICA

1. ENERGIA
Pode-se definir energia como sendo a capacidade que um
corpo tem de realizar trabalho, podendo ser encontrada
na natureza de diversas formas:
•Elétrica
•Térmica (Calor)
•Mecânica (Cinética ou Potencial)
•Química
•Eólica
•Etc….
2. TRABALHO

Para o estudo da termodinâmica, o trabalho é traduzido


como resultado da energia que transita de um sistema
para outro. Pode ser definido como uma certa força vezes
um deslocamento.

3. CALOR

É definido como sendo a quantidade de energia


transferida entre dois ou mais sistemas no caso de uma
interação térmica entre eles.
4. TEMPERATURA
Temperatura é uma propriedade da matéria que traduz a
medida de intensidade ou nível de calor. Indica o grau de
agitação molecular.

5. PRESSÃO
Pressão é definida como a força normal exercida por
unidade de área que mede a intensidade da força em um
dado ponto da superfície de contato.
MUDANÇAS DE ESTADO

Sublimação

Liquefação Vaporização

Gasoso
Sólido
Líquido

Solidificação Condensação

Sublimação
BREVE CONCEITO SOBRE TRANSMISSÃO DE CALOR
Existem três maneiras de se transmitir calor entre as substâncias:

Por condução - A transferência de calor ocorre por condução quando a


energia se transmite por contato direto devido às vibrações moleculares
que aumentam com a temperatura em um corpo, ou entre as moléculas
de dois ou mais corpos em perfeito contato térmico.

Por convecção - É a troca de calor que combina condução com


movimentação de massa, ou seja, um fluido entra em contato com uma
superfície sólida aquecida e recebe por condução o calor, o qual provoca
a expansão das partículas do fluido, tornando-as mais leves, criando a
tendência de ascensão cedendo lugar às mais frias, portanto mais
pesadas.

Por irradiação - A transferência de calor pode ocorrer na ausência de


matéria (vácuo) e nesse caso a transmissão de calor é dada através do
movimento de ondas eletromagnéticas. Esse tipo de energia, transmitido
através de movimento ondulatório, é chamado de energia radiante.
Calor Sensível e Calor Latente

•Calor Sensível - É a quantidade de calor que se acrescenta ou retira da


matéria sem causar-lhe mudança de estado, variando-se sua temperatura
e/ou pressão.

•Calor Latente - É a quantidade de calor que se acrescenta ou retira da


matéria causando-lhe uma mudança de estado sem a mudança de
temperatura nem pressão.
Refrigeração por compressão de vapor
Princípio de Funcionamento:
A refrigeração mecânica por meio de vapores consiste na produção
contínua de líquido frigorígeno, o qual por vaporização, nos fornece a
desejada retirada de calor do meio a refrigerar.

A diferença na refrigeração mecânica por meio de gases, reside no fato de


que, tanto o calor cedido pelo fluido em evolução à fonte quente (meio
ambiente) como o retirado pelo mesmo da fonte fria (meio a refrigerar) são
calores latentes (calor de condensação ou vaporização).
Refrigeração por compressão de vapor
Princípio de Funcionamento:
•Para conseguirmos a vaporização de um líquido, é necessário que a tensão
de seu vapor (função da temperatura) seja superior à pressão a que está
submetido. Assim, quanto mais baixa a pressão, mais baixa poderá ser a
temperatura de evaporação, portanto, mais baixa a temperatura conseguida
no meio a refrigerar.

•Para que a vaporização seja contínua e com isto a contínua geração de frio
para o meio refrigerado, o fluido deve novamente ser condensado. Isto se
consegue à partir da vaporização em recinto fechado, no qual a pressão é
mantida no valor desejado, aspirando-se continuamente o vapor formado por
meio de um compressor. O vapor, então comprimido, pode ceder calor ao
meio ambiente por meio de um trocador adequado, condensando-se
novamente.
Refrigeração por compressão de vapor
Princípio de Funcionamento:
•O condensado então (fluido frigorígeno liqüefeito) pode novamente ser posto
à pressão de vaporização compatível com a temperatura de refrigeração
desejada, voltando a ser vaporizado.

Podemos então concluir que uma instalação de refrigeração


mecânica por meio de vapores nada mais é do que um conjunto de
elementos ligados em circuito fechado (ciclo fechado), destinados a
liqüefazer e vaporizar continuamente o fluido frigorígeno em
condições e pressões adequadas.
Refrigeração por compressão de vapor
Principais componentes:
•Compressor;

•Condensador;

•Elemento expansor (válvula expansora, orifício calibrado, etc.)

•Evaporador.
Refrigeração por compressão de vapor
Ciclo de refrigeração visando os componentes da instalação:

CONDENSADOR

VÁLVULA DE
CP
EXPANSÃO COMPRESSOR

EVAPORADO
R
Refrigeração por compressão de vapor
Exemplos de trocadores de calor (Evaporadores e Condensadores):
Sistemas de simples estágio de Compressão

Exemplo de sistema de simples estágio:

Comp.
Diagrama de Mollier ou Ph
P

CONDENSADOR
ALTA

AGENTE EXPANSOR

COMPRESSOR

BAIXA
EVAPORADOR

h
Diagrama de Mollier ou Ph
P
SUPERAQUECIMENTO
OBS: NO CASO DE SITEMA INUNDADO O
ALTA SUPERAQUECIMENTO ACONTECENA
LINHA DE SUCÇÃO, APÓS O VASO DE
ALIMENTAÇÃO DO EVAPORADOR

BAIXA

h
RECIPIENTES DE
AMÔNIA LÍQUIDA

LINHA DE
SUCÇÃO

COLETOR DE
SUCÇÃO

ORIFÍCIO
EXPANSOR
EVAPORADOR

AGENTE DE
EXPANSÃO

FREON LÍQUIDO
CUBRINDO OS TUBOS
DO EVAPORADOR

DETALHE:
BÓIA DE NIVEL
COM EXPANSOR
Diagrama de Mollier ou Ph
P

ALTA

BAIXA

TEMP. SUCÇÃO
TEMP. DESCARGA

PRESSÃO DE DESCARGA
PRESSÃO DE SUCÇÃO
ÓLEO

SUCÇÃO DE
VAPOR
COMPRESSOR DESCARGA DE
VAPOR
Diagrama de Mollier ou Ph AR QUENTE

P
TORRE DE RESFRIAMENTO DA
ÁGUA DE CONDENSAÇÃO
ALTA

BAIXA

AR TEMPERATURA
h AMBIENTE

CONDENSADOR

COMPRESSOR

BOMBA DA ÁGUA DE
CONDENSAÇÃO

SUC. DESC.

VISOR DE
NÍVEL DE
FREON

RESERVATÓRIO DE
LÍQUIDO
Diagrama de Mollier ou Ph
Diagrama de Mollier ou Ph
O ar atmosférico é na verdade uma mistura de vários gases, vapor
d’água e inúmeros poluentes. Excetuando-se os poluentes, que variam
consideravelmente de uma localidade a outra, a composição do ar seco é
relativamente constante, variando apenas ligeiramente com o tempo,
localização e altitude.

Tabela 1: Composição do ar seco.


PSCOMETRIA

Estudo detalhado da mistura ar seco + água;


- Temperatura de bulbo seco: temperatura do ar;
- Temperatura de bulbo úmido:  é a temperatura mais baixa que pode ser
alcançada apenas pela evaporação da água, a temperatura é medida com um
termômetro envolto de algodão com água;
- Umidade relativa: relação entre a umidade do ar e a quantidade máxima
de umidade que o ar pode conter;
- Temperatura do ponto de orvalho: menor temperatura em que a água no
ar está na fase vapor.
- Ponto de orvalho: é a temperatura na qual o vapor de água que está em
suspensão no ar começa a se condensar.
SATURAÇÃO
Definição:
É a pressão de vapor na qual o vapor de água está em equilíbrio (evaporação = condensação) numa interface
plana de água pura, numa dada temperatura.

Tabela 2.Razões de mistura de saturação (ao nível do mar)


TEMPERATURA
(° C) -40 -30 -20 -10 0 5 10 15 20 25 30 35 40
g/kg 0,1 0,3 0,75 2 3,5 5 7 10 14 20 26,5 35 47

Fonte:https://fisica.ufpr.br/grimm/aposmeteo/cap5/cap5-3-2.html
Uma corrente de ar úmido a 40 oC, com 90% de umidade relativa, é resfriada ao passar em um
trocador, de forma que 50% do vapor d ́água presente na corrente de ar irá condensar.
A umidade relativa da corrente de ar, após o resfriamento, é de:

A umidade relativa (UR) indica quão próximo o ar está da saturação, ao invés de indicar a real
quantidade de vapor d’agua no ar.

1 - O vapor condensou em 50%, ou seja, apresenta um estado de líquido-vapor saturado.


2 – Assim, a pressão do vapor é exatamente a pressão de saturação.
Logo, a UR é de 100%.
A alternativa “E” está correta.
UMIDADE RELATIVA

O índice mais conhecido para descrever o conteúdo de vapor d’água é a


umidade relativa. Por definição, umidade relativa é a razão entre a razão de
mistura real w e a razão de mistura de saturação ws: 

A UR indica quão próximo o ar está da saturação, ao invés de indicar a real


quantidade de vapor d’água no ar. Para ilustrar, na Tab. 5.1 vemos que em
25° C, ws = 20 g/kg. Se o ar contém 10 g/k num dia com 25° C, UR = 50%.
Quando o ar está saturado, UR = 100%.
        Como a UR é baseada na razão de mistura e na razão de mistura de
saturação e a quantidade de umidade necessária para a saturação é
dependente da temperatura, a UR pode variar com ambos os parâmetros.
      Primeiro, se vapor d’água é adicionado ou subtraído do ar, sua UR
mudará, se a temperatura permanecer constante (Fig. 5.4).
1. Se o ar contém vapor d’água com razão de mistura w = 5,5 g/kg e a pressão é 1026,8 mb, calcule
a pressão de vapor e.
        A pressão parcial exercida por qualquer constituinte numa mistura de gases é proporcional ao
número de kilomoles do constituinte na mistura. Portanto, a pressão devida ao vapor d’água no ar é: 
 

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