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UNIVERSIDADE DE CUIABÁ ± CAMPUS BARÃO


10º TERMO DIREITO ± NOTURNO
DIREITO AMBIENTAL

GARIMPO E DEVASTAÇÃO
AMBIENTAL

CUIABÁ-MT
OUTUBRO/2006.
Integrantes do Grupo:

_ Aldinéia Dias de Medeiros.


_ Dulcemar Galdino Delgado.
_ Lucia Maria Rosa.
_ Luzia Silva.
_ Marcelo Augusto Monteiro


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1- CONCEITO DE GARIMPO

_ Na linguagem de mineração , é aplicado para indicar


o local ou sítio em que se encontram minas de
diamantes ou onde se explora a extração ou cata de
pedras preciosas. Extensivamente , serve para
designar o lugar ou povoado em que habitam ou
moram os garimpeiros.

_ Há, entre os garimpeiros, nos garimpos, linguajar


dificilmente compreendida por estranhos. Para as
coisas mais simples e fatos comuns, empregam
expressões interessantes, instituindo vocabulário
original.
1.1 - CONSTITUIÇÃO ± O QUE
NORMATIZA

_ A atual Constituição favorece a organização da


atividade garimpeira em cooperativas, levado em
conta a proteção do meio ambiente e a promoção
econômico-social dos garimpeiros (art. 174, § 3º).

_ Tais cooperativas terão prioridade na autorização ou


concessão para pesquisa e lavra dos recursos e
jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas
respectivas de atuação (art.174, § 4º).
2- DEFINIÇÕES/CONCEITOS BÁSICOS:
Garimpagem/Faiscação/Cata/Garimpo e
Garimpeiros
2.1- Garimpagem.

_ Derivado de garimpo (brasileirismo), entende-se na


linguagem da minas o trabalho rudimentar de
pesquisa e extração de pedras preciosas nos álveos
dos rios ou margens de cursos naturais de águas e
sus terraços, bem como nos depósitos secundários
de chapadas, vertentes e alto dos morros.

_ A garimpagem pode ser exercida livremente nos rios


públicos e nos terrenos devolutos.
2.2-- Faiscação
2.2

_ No inciso II do referido artigo, faiscação


corresponde ao ³ trabalho individual de quem utilize
instrumentos rudimentares, aparelhos manuais ou
máquinas simples e portáteis, na extração de
metais nobres nativos em depósitos de eluvião ou
aluvião, fluviais ou marinhos, depósitos esses
genericamente denominados Faisqueiras.´
2.3 ± Cata

_ A cata, segundo o inciso III do mesmo artigo, é


considerada um ³trabalho individual de quem faça,
por processos equiparáveis aos de garimpagem e
faiscação na parte decomposta dos afloramentos
dos filões e veeiros úteis, sem emprego de
explosivos, é as apure por processos rudimentares´.
2.4-- Garimpeiros
2.4

_ Já o artigo 71 define a figura do garimpeiros,


enunciando que ³ ao trabalhador que extrai
substâncias úteis, por processo rudimentar e
individual de mineração, garimpagem, faiscação ou
cata, denomina-se garimpeiros.´
3- TIPOS DE GARIMPOS E RESERVAS
GARIMPEIRAS

_ 3.1 Quanto ao Mineral Garimpado.

_ A regulamentação da Lei 7805/89 de 20/06/1989, feita


através do Decreto 9.812 de 04/01/1990, define no
artigo 10 os tipos de minerais garimnpáveis. Estes
minerais são os seguintes: ouro, diamante,
cassiterita, columbita, tantalita, wolframita nas
formas: aluvionar, eluvionar e coluvial, scheelita,
rutilo, quartzo, berilo, muscovita, espodumênio,
lepidolita, feldspato, mica, demais gemas e outros,
em tipos de ocorrências que vieram a ser indicadas
a critério do DNPM.
4-LEGISLAÇÃO DE DIREITO AMBIENTAL
MINERAÇÃO

_ Constituição Federal ± Art.174, § 3º, § 4º e Art.176.

_ Decreto ±Lei 227, de 28 de fevereiro de 1967 ± Dá


nova redação ao Decreto-lei 1.985, de 29 de janeiro
de 1940 (Código de Minas).

_ Lei 6.567, de 24 de setembro de 1978 .


Continuação da Legislação

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5- ESTRUTURA LEGAL ROTEIRO PARA
LEGALIZAÇÃO

_ O credenciamento do empreendimento inclusive a


licença ambiental é regulamentado por normas
específicas e pode ser feito através de consulta
direto aos órgãos, tais como:
_ SEMA ± Secretaria Estadual do Meio Ambiente;
_ IBAMA ± Instituto Brasileiro do Meio Ambiente;
_ DNPM ± Departamento Nacional de Produção
Mineral;
_ Cooperativas e Sindicatos de Mineradores
6- OS RECURSOS MINERAIS DO
ESTADO DE MATO GROSSO

_ A exploração dos recursos minerais , como


atividade organizada, é básica à economia, geradora
de bens primários e dá oportunidade à interiorização
do desenvolvimento.
7-CENÁRIO OU AMBIENTE DO GARIMPO E
GARIMPEIRO NA SOCIEDADE BRASILEIRA
CONTEMPORÂNEA

_ Garimpo e Garimpeiros têm sido presenças


constantes nas manchetes dos jornais;
_ Primeiro ciclo minerário ± Um Herói Nacional;
_ Hoje: Garimpo e Garimpeiros aparecem como
agentes de poluição mercurial, destruição de
sociedades indígenas e várias formas de
enfrentamento.
8- ATIVIDADE ECONÔMICA DO GARIMPO E O
GARIMPEIRO COMO AGENTE ECONÕMICO

_ Atividade econômica do garimpo e garimpeiros


como uma das ocupações mais antigas do Brasil;
_ Fim da década de 1970, começo de 1980 - País
buscando uma nova identidade, experiência
histórica do passado não encontrou mais
legitimidade no presente;
_ Se vê a atividade como produto de estruturas
econômicas perversas;
_ Busca de uma nova identidade para o País: O Meio
Ambiente bem-cuidado, as sociedades indígenas
preservadas, a grande empresa eficiente e não
espoliadora, e as relações de trabalho humanas
bem-remuneradas.
9- GARIMPO E MEIO AMBIENTE

_ Aparecimento e aprofundamento de uma


consciência ecológica no Brasil;
_ Interesses regionais, na busca de crescimento
econômico e os nacionais, voltados para a
construção de uma identidade de nação moderna;
_ Questão dos ambientalista e o Mercúrio, as graves
conseqüências para o meio ambiente e a saúde
humana;
10- CONFLITOS E CRISES ENVOLVENDO
10-
POLUIÇÃO E DEGRADAÇÃO AMBIENTAIS
_ A poluição e degradação em consequências do
garimpo vem ocorrendo devido a produção
rudimentar e desordenada desse tipo de atividade
cujo efeito vem sendo sentido nas regiões dos
garimpos da Amazônia Legal;
_ Os prejuízos estende-se por todos os segmentos do
meio ambiente: solo, água, ar, flora e fauna;
_ Tema tem sido preocupação dos órgãos
governamentais, com vários projetos na área:
_ Programa de Monitoramento Ambiental das Áreas
Garimpadas na Amazônia Legal (DMPN).
_ Programa de Desenvolvimento de Tecnologia
Ambiental (CETEM).
_ Decapeamento, poços e túneis que, após a extração
do material desejado, são abandonadas e não
aterrados;;
aterrados

_ Em locais de morro ± caso de serra pelada, os


mesmos são divididos em barranco;
_ Garimpo concorre com erosão e a contaminação por
mercúrio que atinge o solo e cursos d águas;
_ Queima de mercúrio pode provocar sério danos ao
organismo humano, culminando com a morte;
11-- RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
11
DO GARIMPEIRO

_ Conscientizar o garimpeiro de sua responsabilidade


com a natureza;
_ Líderes garimpeiros chamando atenção para os
efeitos cumulativos que o mercúrio poderá acarretar
no futuro;
12-- GARIMPO E POLUIÇÃO
12

_ Ambientalistas tratam o garimpo de forma


totalizante, não existem diferentes tipos de garimpo
(ouro), diamante, pedras preciosas, etc;
_ Através da poluição mercurial que os ambientalistas
passam para acusação específica, símbolo de todos
os males que a atividade garimpeira causa ao meio
ambiente.
13-- REDUÇÃO E CONTROLE DE
13
POLUIÇÃO
_ Do ponto de vista exclusivamente técnico e
ambiental, o assoreamento é um vilão tão grande
quanto o mercúrio;
_ As acusações dos ambientalistas se centralizam no
assoreamento;
_ Os garimpeiros concordam que o mercúrio polui,
mas argumentam que os índices de poluição por
metais pesados, nos grandes centros urbanos, são
muito maiores e não existe nenhuma campanha a
respeito, nem as grandes indústrias recebem um
décimo das hostilidades dedicada ao garimpo pelos
órgão de proteção do meio ambiente e do público
em geral;
_ Também argumenta que a agricultura mecanizada é
responsável por um dos maiores índices de poluição
ambiental,dificilmente é chamada a prestar contas.
14-- AMAZÔNIA E PANTANAL MATO
14 MATO--
GROSSENSE: SANTUÁRIOS
ECOLÓGICOS

_ Garimpeiros e ambientalistas discutem o número de


toneladas de mercúrio atirados nos rios da
Amazônia e do Pantanal Mato-Grossense.
15- RECURSOS NATURAIS E
15-
BIODIVERSIDADE DOS ECOSSISTEMAS

_ O que coloca o meio ambiente em perigo é a


ganância, a ambição e o ódio;
_ Comportamento ético: a natureza cesse de ser
apenas propriedade e se torne uma comunidade.
_ Ética Ecológica ± Elementos do mundo natural,
sejam animais, vegetais ou minerais, têm os
mesmos direitos que os seres humanos.
16- PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA
16-
IDENTIDADE GARIMPEIRA E MEIO
AMBIENTE.
_ O meio ambiente já está no garimpo, como uma
problema ou como uma incorporação: Um valor a
ser incluído no processo de construção da
identidade garimpeira ;
_ Meio Ambiente se coloca, no momento atual, como o
valor central, englobador de tudo e todos;
_ Meio ambiente não problematiza apenas o garimpo,
mas todas as demais atividades econômicas;
_ Meio Ambiente, seria hoje o ³valor´, aquele que
empresta legitimidade com sua marca;
_ Meio Ambiente, o grande referencial para todos os
grupos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao se defrontar com a questão da atividades


garimpeira e os problemas decorrentes da mesma,
evidencia-se o fato de o Garimpeiro ser um
trabalhador inserido em uma relação de uma
profunda dependência, ligado ao trabalho com a
terra, ele é o primeiro a ser atingido pela crise
climática; no entanto, o que o torna mais exposto a
esse fenômeno é o fato de ser desprovido dos mais
elementares meios de produção. Dessa forma, o
garimpo surge como a única alternativa que a esses
trabalhadores atingidos pela fome e pelo
desemprego.
- Embora segmentos do setor mineral admitam a
existência de distorções sérias na atividade
garimpeira a sugestão de soluções para se resolver
o problema de garimpo no país esbarra na falta de
consenso entre os segmentos.
segmentos.
j Um horizonte mais visível poderia ser a realização de
reforma agrária, acompanhada de uma organização
de cooperativas, como um meio de se garantir a
distribuição de assistência técnica, escolar, na área
de saúde, possibilitando a fixação do homem em seu
local de origem e revertendo o fluxo migratório em
direção de centros urbanos e as províncias
garimpeiras
j O que se percebe entre os garimpeiros é um
potencial associativo que pode ser estimulado,
visando-se a uma atividade de garimpo mais
racional e também mais produtiva do ponto de vista
social.
BIBLIOGRAFIA
_ ATIVIDADES GARIMPEIRAS NO BRASIL: Aspectos
técnicos, econômicos e sociais: Jocy Gonçalo de
Miranda, Moacy Sipriano, Raimundo Augusto C.
Mártires e Wagner José Giaconi.

_ MCT ± CNPq ± CETEM.

_ BARBOSA, Lívia, 1991. p     


 
    

      
 
. Rio de Janeiro, Cetem. (Relatório final da
pesquisa do projeto Poconé).

_ - PESQUISA sobre poluição no rio Tapajós,


1988. ë   , Rio de Janeiro.

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