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Conceito.
- Execução concursal:
Tratamento paritário dos credores (par condicio creditorum).
- Devedor empresário:
Regime jurídico especial, não aplicável a devedores civis.
- Insolvente:
Insolvência real/econômica x insolvência presumida/jurídica.
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Aula 10 - Falência
Objetivos da falência.
Art. 75. A falência, ao promover o afastamento do devedor de suas atividades, visa a preservar e
otimizar a utilização produtiva dos bens, ativos e recursos produtivos, inclusive os intangíveis, da
empresa.
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Aula 10 - Falência
Princípios da falência.
Art. 75 (...).
Parágrafo único. O processo de falência atenderá aos princípios da celeridade e da
economia processual.
§ 1º O processo de falência atenderá aos princípios da celeridade e da economia
processual, sem prejuízo do contraditório, da ampla defesa e dos demais
princípios previstos na Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo
Civil).
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Princípios da falência.
- Preservação da empresa
Art. 141, inciso II.
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Legitimidade ativa.
* Fazenda Pública?
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Legitimidade passiva.
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- Competência absoluta.
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- Obrigação líquida
- Título executivo
- Protesto
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Art. 94 (...).
§ 3º Na hipótese do inciso I do caput deste artigo, o pedido de falência será instruído com
os títulos executivos na forma do parágrafo único do art. 9º desta Lei, acompanhados, em
qualquer caso, dos respectivos instrumentos de protesto para fim falimentar nos termos da
legislação específica.
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Art. 94 (...).
§ 1º Credores podem reunir-se em litisconsórcio a fim de perfazer o limite mínimo para o pedido
de falência com base no inciso I do caput deste artigo.
“No sistema inaugurado pela Lei 11.101/2005, os pedidos de falência por impontualidade de
dívidas aquém do piso de 40 salários mínimos são legalmente considerados abusivos, e a própria
lei encarrega-se de embaraçar o atalhamento processual, pois elevou tal requisito à condição de
procedibilidade da falência (art. 94, inciso I). Porém, superando-se esse valor, a ponderação legal
já foi realizada segundo a ótica e prudência do legislador. Assim, tendo o pedido de falência sido
aparelhado em impontualidade injustificada de títulos que superam o piso previsto na lei (art. 94,
I, Lei n. 11.101/2005), por absoluta presunção legal, fica afastada a alegação de atalhamento do
processo de execução/cobrança pela via falimentar. Não cabe ao Judiciário, nesses casos, obstar
pedidos de falência que observaram os critérios estabelecidos pela lei, a partir dos quais o
legislador separou as situações já de longa data conhecidas, de uso controlado e abusivo da via
falimentar” (REsp 1433652/RJ, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em
18/09/2014, DJe 29/10/2014).
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Aula 10 - Falência
- Desnecessidade de protesto
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Aula 10 - Falência
- Rol taxativo.
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- Depósito elisivo:
não significa reconhecimento da dívida.
impossibilidade no pedido fundado em atos de falência.
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Fundamentos da denegação.
“A sentença denegatória da falência pode fundar-se em duas razões bem distintas, que
são, de um lado, a elisão do pedido em razão do depósito do valor em atraso pelo
requerido, e, de outro, a pertinência das razões articuladas na contestação. São
diferentes as duas hipóteses, porque varia a sucumbência. No primeiro caso,
considera-se que o requerido sucumbiu, tendo em vista que, não fosse o depósito,
inevitavelmente faliria. No último, é o requerente que sucumbiu, já que acolhida a
defesa do requerido. A parte sucumbente deve arcar com as despesas do processo e os
honorários que o juiz fixar em favor do advogado da vencedora. Os honorários de
sucumbência serão, quando for o caso, apurados em liquidação da sentença
denegatória, processada de acordo com o Código de Processo Civil, seguindo-se a
execução, como nas demais decisões condenatórias” (COELHO, Fábio Ulhoa.
Comentários à Lei de Falências e de Recuperação de Empresas. 4ª ed. São Paulo:
Thomson Reuters Brasil, 2021).
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Recurso cabível.
Art. 100. Da decisão que decreta a falência cabe agravo, e da sentença que julga a
improcedência do pedido cabe apelação.
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Indenização do devedor.
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Aula 10 - Falência
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Art. 99. A sentença que decretar a falência do devedor, dentre outras determinações:
II – fixará o termo legal da falência, sem poder retrotraí-lo por mais de 90 (noventa) dias contados
do pedido de falência, do pedido de recuperação judicial ou do 1º (primeiro) protesto por falta de
pagamento, excluindo-se, para esta finalidade, os protestos que tenham sido cancelados;
“A nosso ver, efetivamente há distinções entre o período suspeito e o termo legal. O chamado
período suspeito é ‘uma simples relação de tempo em que se acha com a revelação do estado de
falência, gera desconfiança a respeito dos atos praticados pelo falido durante ele’. Ele abrange os
dois anos anteriores à decretação da falência e quase sempre vem antes do termo legal. No termo
legal, há alguma exteriorização do estado de insolvência (primeiro protesto, pedido de falência ou
pedido de recuperação judicial), vale dizer, o termo legal já traz consigo algo mais concreto para a
configuração do estado falimentar do devedor. Ambos servirão de referência para a ineficácia de
certos atos praticados pelo falido, mas o termo legal é fixado pelo juiz na decretação da falência e
o período suspeito é legalmente estabelecido” (TOMAZETTE, Marlon. Curso de direito
empresarial. Vol. 3. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2017, p. 353).
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Art. 99. A sentença que decretar a falência do devedor, dentre outras determinações:
III – ordenará ao falido que apresente, no prazo máximo de 5 (cinco) dias, relação nominal
dos credores, indicando endereço, importância, natureza e classificação dos respectivos
créditos, se esta já não se encontrar nos autos, sob pena de desobediência;
IV – explicitará o prazo para as habilitações de crédito, observado o disposto no § 1º do art.
7º desta Lei;
- Habilitações/divergências.
- Impugnações.
- Ações de retificação.
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Art. 99. A sentença que decretar a falência do devedor, dentre outras determinações:
XI – pronunciar-se-á a respeito da continuação provisória das atividades do falido com o
administrador judicial ou da lacração dos estabelecimentos, observado o disposto no art.
109 desta Lei;
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Aula 10 - Falência
“O PRA, uma vez aprovado pelo juiz, torna-se o critério de avaliação do desempenho do
administrador judicial. Quanto mais ágil ele se revelar na implementação do plano, quanto
mais cedo transformar os bens arrecadados em recursos financeiros, mais o administrador
judicial deve ser prestigiado, pelo juiz, na definição da remuneração e nas futuras
nomeações. Se ultrapassar, sem justificação, os 180 dias, o administrador judicial deve ser
destituído (art. 22, III, j). Mas, o administrador que observa esse prazo legal para concluir a
realização do ativo não faz mais que cumprir suas obrigações mínimas. Diligente, de
verdade, é o que vende os bens do falido antes do término do prazo para isso. A diligência é
um diferencial a ser considerado, na avaliação do administrador judicial. Ademais, ao fixar
a remuneração do administrador judicial, o juiz deve estabelecer percentuais diferentes, em
função da aceleração da realização do ativo do falido, em relação ao prazo estimado no
PRA. Trata-se de estímulo inteiramente compatível com os objetivos da Reforma de 2020”
(COELHO, Fábio Ulhoa. Comentários à Lei de Falências e de Recuperação de Empresas. 4ª
ed. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2021).
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Efeitos da falência:
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Art. 81. A decisão que decreta a falência da sociedade com sócios ilimitadamente
responsáveis também acarreta a falência destes, que ficam sujeitos aos mesmos
efeitos jurídicos produzidos em relação à sociedade falida e, por isso, deverão ser
citados para apresentar contestação, se assim o desejarem.
§ 1º O disposto no caput deste artigo aplica-se ao sócio que tenha se retirado
voluntariamente ou que tenha sido excluído da sociedade, há menos de 2 (dois) anos,
quanto às dívidas existentes na data do arquivamento da alteração do contrato, no
caso de não terem sido solvidas até a data da decretação da falência.
§ 2º As sociedades falidas serão representadas na falência por seus administradores
ou liquidantes, os quais terão os mesmos direitos e, sob as mesmas penas, ficarão
sujeitos às obrigações que cabem ao falido.
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Art. 82-A. É vedada a extensão da falência ou de seus efeitos, no todo ou em parte, aos
sócios de responsabilidade limitada, aos controladores e aos administradores da sociedade
falida, admitida, contudo, a desconsideração da personalidade jurídica.
Parágrafo único. A desconsideração da personalidade jurídica da sociedade falida, para fins
de responsabilização de terceiros, grupo, sócio ou administrador por obrigação desta,
somente pode ser decretada pelo juízo falimentar com a observância do art. 50 do Código
Civil e dos arts. 133, 134, 135, 136 e 137 do Código de Processo Civil, não aplicada a
suspensão de que trata o § 3º do art. 134.
* A fim de evitar uma prática que tornou-se comum, consistente na “extensão da falência”
ou “extensão dos efeitos da falência”, a reforma da LFRE inseriu nela o art. 82-A. Agora, não
se admite, nas sociedades em que os sócios respondem de forma limitada, a extensão da
falência ou dos seus efeitos, que significava, na prática, uma medida que ia além da mera
responsabilização patrimonial dos atingidos, sujeitando-os a obrigações de outra natureza,
além de diversas restrições de direito, como a de não se ausentar do lugar da falência sem
autorização judicial. Em se tratando de sociedades limitadas ou anônimas, o máximo que se
permite é a responsabilização patrimonial de terceiros (sócios, administradores ou
controladores), o que ocorrerá por aplicação da desconsideração da personalidade jurídica.
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Aula 10 - Falência
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Aula 10 - Falência
Art. 114-A. Se não forem encontrados bens para serem arrecadados, ou se os arrecadados forem
insuficientes para as despesas do processo, o administrador judicial informará imediatamente
esse fato ao juiz, que, ouvido o representante do Ministério Público, fixará, por meio de edital, o
prazo de 10 (dez) dias para os interessados se manifestarem.
§ 1º Um ou mais credores poderão requerer o prosseguimento da falência, desde que paguem a
quantia necessária às despesas e aos honorários do administrador judicial, que serão
considerados despesas essenciais nos termos estabelecidos no inciso I-A do caput do art. 84
desta Lei.
§ 2º Decorrido o prazo previsto no caput sem manifestação dos interessados, o administrador
judicial promoverá a venda dos bens arrecadados no prazo máximo de 30 (trinta) dias, para bens
móveis, e de 60 (sessenta) dias, para bens imóveis, e apresentará o seu relatório, nos termos e
para os efeitos dispostos neste artigo.
§ 3º Proferida a decisão, a falência será encerrada pelo juiz nos autos.
* Esse dispositivo foi inserido na LFRE pela Lei 14.112/2020. No entanto, já havia uma prática
judicial de determinar a prestação de caução pelo credor autor do pedido de falência, quando
presentes indícios de falência frustrada (REsp 1.526.790). Quanto ao § 3º, o que ele quer dizer, em
síntese, é que feitas as vendas mencionadas e apresentado o relatório pelo administrador judicial,
o juiz encerrará a falência por sentença.
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Aula 10 - Falência
Ineficácia objetiva.
Art. 129. São ineficazes em relação à massa falida, tenha ou não o contratante
conhecimento do estado de crise econômico-financeira do devedor, seja ou
não intenção deste fraudar credores: (...)
Parágrafo único. A ineficácia poderá ser declarada de ofício pelo juiz, alegada
em defesa ou pleiteada mediante ação própria ou incidentalmente no curso
do processo.
- Rol taxativo.
- Independe de fraude.
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Ineficácia subjetiva.
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- Arrendamento mercantil.
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Art. 85, parágrafo único. Também pode ser pedida a restituição de coisa
vendida a crédito e entregue ao devedor nos 15 (quinze) dias anteriores ao
requerimento de sua falência, se ainda não alienada.
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Restituição em dinheiro.
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Restituição em dinheiro.
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Restituição em dinheiro.
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Restituição em dinheiro.
“Quando o empresário é obrigado a fazer a retenção na fonte de tributos devidos por terceiros
(empregados, prestadores de serviços, revendedores etc.), ele se torna possuidor de recursos monetários
que não lhe pertencem, mas ao fisco (Fazenda Pública, INSS etc.). Sobrevindo sua falência, esses
recursos monetários são arrecadados pelo administrador judicial, juntamente com os demais bens na
posse do falido. Mas, exatamente por não serem de sua propriedade, tais recursos devem ser
destacados da massa falida e entregues ao seu titular, o credor tributário. Também é possuidor de
recursos monetários que não lhe pertencem o falido que se encontra nas demais situações referidas no
art. 86, IV, isto é, nas hipóteses de desconto de terceiro, sub-rogação ou agente de arrecadação” (Fábio
Ulhoa Coelho).
“Os valores correspondentes às contribuições previdenciárias descontadas dos salários dos empregados,
e não recolhidos à Previdência Social, podem ser reivindicados pelo INSS e devem ser restituídos antes
do pagamento de qualquer crédito, ainda que trabalhista, tendo em vista que tais valores não compõem
o patrimônio do falido. Precedentes. Incidência da Súmula 417/STF: ‘Pode ser objeto de restituição, na
falência, dinheiro em poder do falido, recebido em nome de outrem, ou do qual, por lei ou contrato, não
tivesse ele a disponibilidade’.” (AgRg no REsp 1276806/RS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS,
SEGUNDA TURMA, julgado em 14/08/2012, DJe 20/08/2012).
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Aula 10 - Falência
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Realização do ativo.
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Art. 140. A alienação dos bens será realizada de uma das seguintes formas, observada a
seguinte ordem de preferência:
I – alienação da empresa, com a venda de seus estabelecimentos em bloco;
II – alienação da empresa, com a venda de suas filiais ou unidades produtivas
isoladamente;
III – alienação em bloco dos bens que integram cada um dos estabelecimentos do
devedor;
IV – alienação dos bens individualmente considerados.
§ 1º Se convier à realização do ativo, ou em razão de oportunidade, podem ser adotadas
mais de uma forma de alienação.
§ 3º A alienação da empresa terá por objeto o conjunto de determinados bens
necessários à operação rentável da unidade de produção, que poderá compreender a
transferência de contratos específicos.
§ 4º Nas transmissões de bens alienados na forma deste artigo que dependam de
registro público, a este servirá como título aquisitivo suficiente o mandado judicial
respectivo.
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Art. 141. Na alienação conjunta ou separada de ativos, inclusive da empresa ou de suas filiais,
promovida sob qualquer das modalidades de que trata o art. 142:
I – todos os credores, observada a ordem de preferência definida no art. 83 desta Lei, sub-rogam-se no
produto da realização do ativo;
II – o objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá sucessão do arrematante nas
obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária, as derivadas da legislação do trabalho e as
decorrentes de acidentes de trabalho.
§ 1º O disposto no inciso II do caput deste artigo não se aplica quando o arrematante for:
I – sócio da sociedade falida, ou sociedade controlada pelo falido;
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4º (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do falido ou de
sócio da sociedade falida; ou
III – identificado como agente do falido com o objetivo de fraudar a sucessão.
§ 2º Empregados do devedor contratados pelo arrematante serão admitidos mediante novos contratos
de trabalho e o arrematante não responde por obrigações decorrentes do contrato anterior.
§ 3º A alienação nas modalidades de que trata o art. 142 desta Lei poderá ser realizada com
compartilhamento de custos operacionais por 2 (duas) ou mais empresas em situação falimentar.
* ADIn 3934.
“Nestes casos, o STJ e o STF têm reconhecido que a competência para decidir se há ou não sucessão é do
juízo da falimentar, uma vez que o objeto da discussão são apenas os efeitos dessa alienação e não a
eventual responsabilidade. Mesmo em obrigações trabalhistas, não se discute eventual
responsabilidade, mas sim efeitos da alienação e, portanto, a competência será sempre do juízo
falimentar” (Marlon Tomazette).
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Modalidades de alienação.
Art. 142. A alienação de bens dar-se-á por uma das seguintes modalidades:
I - leilão eletrônico, presencial ou híbrido;
IV - processo competitivo organizado promovido por agente especializado e de reputação ilibada,
cujo procedimento deverá ser detalhado em relatório anexo ao plano de realização do ativo ou ao
plano de recuperação judicial, conforme o caso;
V - qualquer outra modalidade, desde que aprovada nos termos desta Lei.
Art. 144. Havendo motivos justificados, o juiz poderá autorizar, mediante requerimento
fundamentado do administrador judicial ou do Comitê, modalidades de alienação judicial
diversas das previstas no art. 142 desta Lei.
Art. 145. Por deliberação tomada nos termos Lei, os credores poderão adjudicar os bens
alienados na falência ou adquiri-los por do art. 42 desta meio de constituição de sociedade, de
fundo ou de outro veículo de investimento, com a participação, se necessária, dos atuais sócios
do devedor ou de terceiros, ou mediante conversão de dívida em capital.
1. Venda ordinária
1.1. Leilão (procedimento padrão, que o juiz escolhe sem precisar ouvir ninguém).
1.2. PCO (depende de aprovação da AGC e do juiz – art. 142, § 3º-B, I e III).
2. Venda extraordinária
2.1. Interna (deliberação da AGC por maioria – art. 145 c/c art. 42).
2.2. Externa (decisão do juiz – art. 144; ou deliberação da AGC por 2/3 – art. 46).
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Venda frustrada.
Art. 144-A. Frustrada a tentativa de venda dos bens da massa falida e não havendo proposta
concreta dos credores para assumi-los, os bens poderão ser considerados sem valor de mercado e
destinados à doação.
Parágrafo único. Se não houver interessados na doação referida no caput deste artigo, os bens
serão devolvidos ao falido.
“Nesse caso, ao contrário do que se poderia imaginar, a doação também é uma forma de
maximização do valor dos ativos, tendo em vista os pontos já analisados nos comentários aos
artigos anteriores: (i) de que a maximização do valor deve levar em conta o conjunto dos ativos, e
não cada bem isoladamente considerado; (ii) de que há despesas de guarda, manutenção e/ou
conservação dos bens que ainda não foram alienados. Assim, com base nesses critérios, a doação
pode ser a melhor alternativa. (...) Destaque-se que a falência tem também a função de realocar
os ativos na economia, fazendo com que esses bens voltem a integrar outras cadeias produtivas.
Tal objetivo deve ser perseguido, ainda que por meio de doação na hipótese em que não se
consiga realiza-lo mediante venda. (...) Se mesmo para doação não houver interessados, a lei
prevê, como última alternativa, a devolução dos bens ao falido, na forma do parágrafo único do
artigo em exame. Isso impede, ao menos, que a massa falida continue tendo despesas com a
manutenção de um bem que não possui qualquer valor de mercado” (COSTA, Daniel Carnio;
MELO, Alexandre Correa Nasser De. Comentários à Lei de Recuperação de Empresas e Falência,
art. 144 «in» JuruáDocs n. 201.2291.2243.4887. Disponível em: <www.juruadocs.com>. Acesso
em: 12/05/2021).
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Créditos concursais.
Entre as classes de créditos há uma hierarquia, mas dentro de uma mesma classe deve
haver igualdade de tratamento, de modo que, não havendo recursos suficientes para pagar
todos os créditos de uma mesma classe, o administrador judicial deve fazer rateios
proporcionais aos valores devidos a cada credor.
“Os créditos concursais são aqueles que se originaram da atividade do devedor antes da
decretação da falência ou da recuperação judicial (quando convolada em falência). Entre os
credores integrantes de cada classe, o tratamento dispensado deve ser de igualdade, salvo
se existir regra especial que privilegie algum deles. Sendo assim, como regra, caso o ativo
do devedor não seja suficiente para satisfazer todos os créditos integrantes da classe, o
produto da liquidação dos bens do falido será rateado intraclasse, respeitando a proporção
de cada credor no total dos créditos da respectiva classe. Uma classe que esteja
hierarquicamente inferior a outra somente começará a receber os pagamentos se os
créditos da classe imediatamente anterior já estiverem integralmente satisfeitos ou
reservados em separado. Por sua vez, os credores concursais só começarão a receber os
pagamentos após os credores extraconcursais estarem integralmente satisfeitos” (COSTA,
Daniel Carnio; MELO, Alexandre Correa Nasser De. Comentários à Lei de Recuperação de
Empresas e Falência, art. 83 «in» JuruáDocs n. 201.2291.2543.7815. Disponível em:
<www.juruadocs.com>. Acesso em: 15/05/2021).
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Créditos cedidos.
Art. 83 (...).
§ 4º Os créditos trabalhistas cedidos a terceiros serão considerados quirografários.
§ 5º Para os fins do disposto nesta Lei, os créditos cedidos a qualquer título manterão sua
natureza e classificação.
“Nesse ponto houve grande mudança no texto da Lei falimentar. Na regra anterior, descrita no
revogado § 4º desse artigo [Lei 11.101/2005, art. 83], eventuais créditos trabalhistas que fossem
cedidos deveriam ser reclassificados como quirografários. Agora, conforme disposto na Lei
11.101/2005, art. 83, § 5º, a cessão do crédito ocorrerá sem alteração da sua qualificação. Nesse
sentido, o cessionário será titular do crédito com as mesmas características que possuía antes da
ocorrência da cessão. Essa alteração na Lei tem por objetivo valorizar os créditos trabalhistas no
mercado secundário de cessão de créditos. No regime anterior o crédito trabalhista tinha pouco
valor para cessão, na medida que o cessionário seria incluído na classe dos credores
quirografários para fins de recebimento. Agora, com tal mudança, prestigia-se o crédito
trabalhista na cessão, aumentando seu valor nesse mercado secundário e abrindo mais uma
possibilidade para os credores trabalhistas buscarem o recebimento de seus créditos. Em resumo,
a nova redação da Lei prevê que a cessão não acarretará alteração da natureza e classificação do
crédito, mantendo os benefícios preferenciais, quando houver” (COSTA, Daniel Carnio; MELO,
Alexandre Correa Nasser De. Comentários à Lei de Recuperação de Empresas e Falência, art. 83
«in» JuruáDocs n. 201.2291.2695.8492. Disponível em: <www.juruadocs.com>. Acesso em:
15/05/2021).
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Art. 154. Concluída a realização de todo o ativo, e distribuído o produto entre os credores, o
administrador judicial apresentará suas contas ao juiz no prazo de 30 (trinta) dias.
§ 1º As contas, acompanhadas dos documentos comprobatórios, serão prestadas em autos
apartados que, ao final, serão apensados aos autos da falência.
§ 2º O juiz ordenará a publicação de aviso de que as contas foram entregues e se encontram à
disposição dos interessados, que poderão impugná-las no prazo de 10 (dez) dias.
§ 3º Decorrido o prazo do aviso e realizadas as diligências necessárias à apuração dos fatos, o juiz
intimará o Ministério Público para manifestar-se no prazo de 5 (cinco) dias, findo o qual o
administrador judicial será ouvido se houver impugnação ou parecer contrário do Ministério
Público.
§ 4º Cumpridas as providências previstas nos §§ 2º e 3º deste artigo, o juiz julgará as contas por
sentença.
§ 5º A sentença que rejeitar as contas do administrador judicial fixará suas responsabilidades,
poderá determinar a indisponibilidade ou o seqüestro de bens e servirá como título executivo
para indenização da massa.
§ 6º Da sentença cabe apelação.
* Se não há mais ativos a serem realizados nem recursos para fazer pagamentos, deve-se iniciar a
etapa de encerramento do processo falimentar.
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Relatório final.
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Sentença de encerramento.
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