“Porque se deve quebrar uma tradição que alcança até o presente, o “espírito moderno” deve valorizar essa pré- história imediata e distanciá-la para fundar-se de modo normativo a partir de si mesmo” O que é sólido se desmancha no ar – a modernidade nasce de dualidades (ordem/caos; igualdade/diferença) Foi, entretanto, este ideal da ciência moderna, da razão totalizante que acabou por instituir os totalitarismos nas esferas política e econômica. Zygmunt Bauman
A sociedade de massa, a indústria cultural e as tecnologias de
comunicação nascidas da ciência eram entendidas por alguns filósofos como a forma visível do colapso ou do caráter raso, pouco profundo, da modernidade Disso decorre que, para muitos, a expressão pós-modernismo remete necessariamente às ideias de fratura, de indeterminação e de pluralidade Ao argumentar sobre qual seria a essência dessa pós modernidade Zygmunt Baumman articula o conceito de Modernidade Liquida A liquidez
Ela é liquida porque as relações pós modernas são fluídas –
assim como a água Já as relações modernas seriam sólidas pois eram fixadas em um certo número de ideais. Toda estrutura social montada em torno da relativa fixidez moderna dilui-se. Para Bauman, as relações transformam-se, tornam-se voláteis na medida em que os parâmetros concretos de “classificação” dissolvem-se. Trata-se da individualização do mundo, em que o sujeito agora se encontra “livre”, em certos pontos, para ser o que conseguir ser mediante suas próprias forças Os Padrões
Os parâmetros já existentes se desmancham, mas não são
constituídos padrões novos – as coisas ficam em aberto podendo mudar a qualquer momento. A própria ideia de identidade não é fixa, os sujeitos modernos flutuam entre diferentes aspectos da própria identidade. Padrões identitários dos indivíduos passam por profundos processos de mudança Vide a dinâmica do trabalho Das relações aos bens de consumo, os insumos produzidos pela pós modernidade não foram feitos para durar. Individualização
Essa modernidade é marcada por um processo de
individualização – onde o individuo fica cada vez mais dissociado do coletivo O tempo líquido permite o instantâneo e o temporário... A tese freudiana é de que na idade moderna os seres humanos trocaram liberdade por segurança. O excesso de ordem, repressão e a regulação do prazer gerou um mal-estar, um sentimento de culpa.... O preço da liberdade é a insegurança As relações
Se a busca da felicidade se torna estritamente individual,
criamos uma ansiedade para tê-la, pois acreditamos que ela só depende de nós mesmos. Para Bauman, somos impulsionados pelo desejo, um querer constante. Somos livres, não gostamos de tomar decisões – acabamos ficando impotentes perante a vida que acontece Marcas do consumo, do ter > ser; e da descartabilidade Ao mesmo tempo em que buscam o afeto, as pessoas têm medo de desenvolver relacionamentos mais profundos que as imobilizem em um mundo em permanente movimento. Obrigado ! ! !