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BIOECOLOGIA DOS TABÂNIDAS (DIPTERA: TABANIDAE) QUE SE

DESENVOLVEM EM VERTICILO DE BROMÉLIAS (LILIOPSIDA: BROMELIACEAE)


DE OCORRÊNCIA NO RIO DE JANEIRO, BRASIL.
Jessica Veloso Ferreira - (Voluntária-PIBIC/UNESA)
Orientador: Dr. Roney Rodrigues Guimarães – UNESA

Introdução Resultados Parciais


Os tabanídeos (Insecta, Diptera) são moscas cosmopolitas, Foram capturadas as seguintes espécies:
conhecidos popularmente no Brasil como mutucas. Tendo em vista o Chrysops varians Wiedemann, 1828
hábito hematófago das fêmeas podem ganhar importância nas áreas Dichelacera sp. nov.(?) – Figura 3.
médica e veterinária dos tabanídeos devido a possibilidade de Fidena sorberns (Wiedemann, 1828)
transmitir diversos agentes patogênicos tais como o vírus da Anemia Phaeotabanus limpidapex (Wiedemann, 1828)
Poeciloderas quadripunctatus (Fabricius, 1805)
Infecciosa Equina, Anaplasma marginale, Trypanosoma vivax,
Scaptia seminigra (Ricardo, 1802)
Francisella tularensis e Bacillus anthracis, além do fato da picada ser Stenotabanus braziliensis Chainey, Hall & Gorayeb, 1999
bastante dolorosa e molesta. Tabanus fortis Fairchild, 1962
Apesar da relevância exposta, há uma grande defasagem no estudo Tabanus occidentalis Linnaeus, 1758.
deste grupo de insetos.
Nenhuma das espécies até então capturadas segundo a metodologia descrita
acima, e que é a mais usual, faz ciclo biológico em bromélias. Destarte, os
autores estão desenvolvendo uma armadilha específica para capturar insetos
que se desenvolvam em verticilo de bromélias, a qual deverá ser testada a partir
do mês de novembro.

Figura 1. Armadilha 1: REBIO - Tinguá –


22º35’13’’S e 43º26’13’’W.

Figura 3. - Tabânida
Materiais e métodos capturado. Dichelacera sp.
As coletas dos tabânidas estão sendo realizadas na área de Floresta Atlântica
preservada, na Reserva Biológica do Tinguá - REBIO-Tinguá, município de Figura 2. Armadilha 2: REBIO – Tinguá –
Nova Iguaçu (Autorização SISBIO 59455-1). Para o estudo e diagnóstico da 22º35’13’’ S e 43º26’09’’ W.
diversidade das espécies de tabânidas são implementadas as seguintes ações,
que ocorrem segundo a metodologia abaixo: Referências
-Coleta bimensal de tabânidas adultos por meio de quatro armadilhas Malaise Coscarón, S (1976) Notas sobre tabánidos argentinos. XI. Sobre los géneros Leucotabanus
Lutz, Pseudacanthocera Lutz, Bolbodimyia Bigot y Pachyschelomyia Barretto. Revista
(Malaise, 1937) modificadas por Gressit & Gressit (1962), instaladas na del Museu Argentino de Ciências Naturais Benardino Rivadavia, Entomologia, 5:89–
Reserva Biológica do Tinguá, REBIO-Tinguá (Figuras 1 e 2); 103.
- Os adultos coletados são mortos por acetato de etila e ou no álcool Coscarón, S & Papavero, N (2009) Catalogue of Neotropica Diptera. Tabanidae. Neotropical
hidratado a 70¢, em câmara própria e montados em alfinetes entomológicos Diptera, 16:1–199. Available from:
(figura 3); http://revistas.ffclrp.usp.br/Neotropical_Diptera/article/viewFile/210/165. Disponível
- A identificação dos espécimes está sendo realizada segundo a literatura em 06 de fevereiro de 2018.
pertinente (Coscarón, 1976; Coscarón & Papavero, 2009. MAGNARELLI, LA; ANDERSON, JF; THORNE, JH. 1979. Diurnal nectar-feeding of Salt Marsh
Tabanidae (Diptera). Environmental Entomology, Columbia, 8(3): 544-548.
Malaise, R (1937) A new insect-trap. Entomologisk Tidskrift, Stockholm. 58: 148— 60, figs.
Gressit, JH & Gressit, MK (1962) An improved Malaise trap. Pacific Insects, n. 4, p. 87-90.
RAFAEL, JÁ; GORAYEB, IS. 1982. Tabanidae (Diptera) da Amazônia. I. Uma nova armadilha
suspensa e primeiros registros de mutucas de copa de árvores. Acta Amazon., 12(1):
232-236.

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