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Emoção;
A pessoa
O movimento (de ação e atividade);
A inteligência.
A EMOÇÃO
A emoção é altamente orgânica, altera a
respiração os batimentos cardíacos e até o
tônus muscular tem momentos de tensão e
distensão que ajudam o ser humano a se
conhecer.
Emoção X Afetividade
A afetividade, de acordo com Wallon (1968),
envolve várias manifestações, abrangendo os
sentimentos (ordem psicológica) e as emoções
(ordem biológica). Dessa forma, faz-se
necessária a distinção dos termos emoção e
afetividade, uma vez que, freqüentemente, são
usados como sinônimos. O primeiro – a emoção –
refere-se a manifestações afetivas de estados
subjetivos, agregados a componentes orgânicos,
como os sentimentos e os desejos.
Para o autor:
“As emoções consistem essencialmente em
sistemas de atitudes que correspondem, cada
uma, a uma determinada espécie de situação.
Atitudes e situação correspondente implicam-se
mutuamente, constituindo uma maneira global
de reagir de tipo arcaico, freqüente na criança.
(...) Daqui resulta que, muitas vezes, é a emoção
que dá o tom ao real”. (Wallon, 1968, p. 140).
Então, o que é afetividade?
A afetividade – tem, de
acordo com o autor, uma
concepção mais ampla que
envolve uma gama maior de
manifestações, englobando as
dimensões psicológica e
biológica, ou seja, os
sentimentos e as próprias
emoções.
Para Wallon (1971) a dimensão afetiva ocupa
lugar central tanto do ponto de vista da
construção da pessoa quanto na construção do
conhecimento. O autor relaciona a psicogênese
e a história do indivíduo, demonstrando, assim,
a estreita relação entre as interações
humanas e a constituição da pessoa, propondo
um estudo integrado do desenvolvimento
humano, definindo seu projeto teórico como
uma elaboração da psicogênese da pessoa
completa.
O EU E O OUTRO (A PESSOA)
A construção do eu
depende essencialmente
do outro.
“A dinâmica funcional da pessoa pode ser
entendida a partir da compreensão da
integração funcional dos conjuntos, segundo a
qual várias funções classificadas nos domínios
do ato motor, afetividade e conhecimento
participam de forma conjunta no exercício das
atividades da pessoa não simplesmente
justapostas, mas combinadas de forma a
permitir o aparecimento de outras funções mais
complexas” (Almeida e Mahoney, 2004, p. 31).
MOVIMENTO
A motricidade tem caráter
pedagógico tanto pela
qualidade do gesto e do
movimento quanto por sua
representação. Ele
acreditava que as escolas
deveriam quebrar a rigidez e
a mobilidade adaptando a
sala de aula para que as
crianças possam se
movimentar mais.
“o movimento é tudo que pode dar
testemunho da vida psíquica e traduzi-la
completamente, pelo menos até o momento
em que aparece a palavra. Antes disso, a
criança, para se fazer entender apenas possui
gestos, ou seja, movimentos relacionados
com as suas necessidades, ou o seu humor,
assim, como com as situações e que sejam
susceptíveis de as exprimir” (Wallon, 1975, p.
75).
INTELIGÊNCIA
A proposta Walloniana coloca o desenvolvimento
intelectual dentro de uma cultura mais
humanizada. Os elementos como: afetividade
movimento e espaço físico se encontram num
mesmo plano.
“O desenvolvimento da inteligência, em grande
parte, é função do meio social. Para que ele
possa transportar o nível da experiência ou da
invenção imediata e concreta, tornam-se
necessários os instrumentos de origem social,
como a linguagem e os diferentes sistemas de
símbolos surgidos nesse meio”. (Wallon, 1971, p.
14).
Para Wallon é por meio da emoção que o ser
biológico se converte em ser social.
Tentativa de ver a criança de um modo mais
integrado, levando em consideração os domínios
cognitivo, afetivo e motor.
Não dissociar campos que são indissociáveis
(afetividade e inteligência).
Estudo do desenvolvimento humano a partir do
desenvolvimento psíquico da criança.
Desenvolvimento da criança aparece descontínuo,
marcado por contradições e conflitos, retrocessos e
reviravoltas.
A passagem dos estádios de desenvolvimento não se
dá linearmente.
A LEI DE ALTERNÂNCIA
FUNCIONAL
É a principal lei que regula o desenvolvimento
psicológico da criança. Sugere que as atividades da
criança, algumas vezes podem ser destinadas a
construir a sua individualidade e outras vezes, para
estabelecer relações com os outros, alternando a
orientação progressivamente em cada estádio.
A LEI DA PREPONDERÂNCIA E
INTEGRAÇÃO FUNCIONAL
Consisteem que não existe nem ruptura,
nem continuidade funcional na transição
de um estádio a outro. Deste modo, as
funções antigas não desaparecem, mas
se integram com as novas.
Estádios do
Desenvolvimento Infantil
Estádios do
Desenvolvimento da Criança
1) Impulsivo-emocional
ocorre no primeiro ano de vida: 0 – 1 anos
Principais Funções: A emoção pode
construir uma simbiose emocional com o
ambiente.
Orientação: Para o interior - voltado para
a construção do indivíduo.
expressões/reações generalizadas e
indiferenciadas de bem estar/mal
estar;
predominância da afetividade orienta
movimento.
Estádios do
Desenvolvimento da Criança
3) Personalismo
Por volta dos três aos seis
anos.
Principais Funções:
Consciência e afirmação da
personalidade na
construção de si mesmo.
Orientação: para o interior:
necessidade de afirmação.
Subperíodos:
motora;
Sincretismo não separa a qualidade da coisa
em si.
Estádios do
Desenvolvimento da Criança
4) Pensamento Categorial
Entre os 6 e 11 anos.
Função principal:
Conquistar e conhecer o
mundo exterior.
Orientação: para o
exterior - interesse
especial por alguns
objetos.
Subperíodos:
(6-9) Pensamento sincrético: global e
impreciso, misturá o objetivo com o
subjetivo;
(De 9 a 11 anos) pensamento categorial.
5) Puberdade e Adolescência
Idade: a partir dos 15 anos
Função dominante:
Contradição entre o
conhecido e entre o que se
deseja conhecer;
Orientação: para o exterior –
dirigida para a afirmação do
eu.
A crise pubertária rompe a
“tranquilidade” afetiva que
caracterizou o estágio
categorial e impõe a
necessidade de uma nova
definição dos contornos da
personalidade,
desestruturados devido às
modificações corporais
resultantes da ação
hormonal.
Oposição sistemática ao
adulto. Busca diferenciar-se
do adulto.
Marca a diferenciação entre o eu e o
mundo exterior, em que a criança
aprende a perceber o que é de si e o que
é do outro.
Pensa a realidade a partir de categorias.
Emergência de uma capacidade nova
com a cultura.