-Exemplos.
-«Quem é o ex-Primeiro Ministro José
Sócrates para fazer afirmações sobre a
situação económica do país e as políticas
do atual Governo? Afinal, não foi ele
quem conduziu o país à ruína? Não
acredites numa única palavra que sai
daqueles lábios!»
Falácias Informais
Argumento «ad hominem» ou «ataque pessoal».
-Exemplos.
-«Quem é o ex-Primeiro Ministro José
Sócrates para fazer afirmações sobre a
confiança no mundo? Nem sequer se sabe se
foi ele que escreveu o livro. Estás a esquecer-
te que já foi preso e tem um processo em
tribunal por suspeita de alta corrupção! Tudo
o que esse indivíduo afirma não passa de
patranhas!»
Falácias Informais
Argumento «ad hominem» ou «ataque pessoal».
-Exemplos.
-«Eu sou a favor do aborto – quem é você
para ter uma opinião acerca deste
assunto? Você é homem, não é para aqui
chamado – Você sabe lá o que é ter um
filho! Cale-se já! Você não passa de um
mero animal com pénis na cabeça!»
Falácias Informais
Argumento «ad hominem» ou «ataque pessoal».
-Exemplos.
-«Não queria mais nada! Proibir-me
de sair à noite! Mas quem é o meu
pai para me impedir de sair à noite,
ele que é um verdadeiro vampiro da
noite e das discotecas! – Ele é o
Batman!»
Falácias Informais
Argumento «ad hominem» ou «ataque pessoal».
-Exemplos.
-«O antigo Presidente da República Cavaco Silva devia
ter-se demitido imediatamente do seu cargo. Afinal de
contas ele é suspeito de ter feito dinheiro, ou ter
favorecido os seus familiares, de modo obscuro com as
ações do BPN e muitos dos políticos da sua confiança
são indivíduos suspeitos de alta corrupção. É o caso de
Oliveira e Costa, que está preso, e de Dias Loureiro, que
anda há muito desaparecido. E o «mata-velhas» do
Brasil, o Duarte Lima? O melhor que tinha a fazer era
demitir-se, se tivesse vergonha na cara». (Joe Berardo
dixit)
Falácias Informais
Argumento «ad hominem» ou «ataque pessoal».
-Exemplos.
-«O senhor Carlos Cruz não tem
direito a nenhuma opinião neste país,
muito menos sobre as questões de
violência infantil – afinal de contas
não foi condenado à prisão por
crimes de pedofilia?»
Falácias Informais
Argumento «ad hominem» ou «ataque pessoal».
-Exemplos.
-«O ex-presidente do Sporting só tem é
de estar calado sobre o clube e os
resultados da equipa de futebol. Não foi
esse indivíduo que ordenou o assalto à
academia de Alcochete? Não passa de
um criminoso.»
Falácias Informais
Argumento «ad hominem» ou «ataque pessoal».
-Exemplos.
-«Você diz para eu deixar de
beber! Mas que grande exemplo o
seu: você não está sóbrio há mais
de um ano!»
Falácias Informais
Argumento «ad hominem» ou «ataque pessoal».
-Exemplos.
-«O Zeca disse que o modus ponens é
sempre válido. Mas ele não pesca
nada de filosofia, cheira mal e tem
uns pés enormes. Ele sabe lá o que é
o modus ponens! Agora tem a mania
que sabe latim.»
Falácias Informais
Argumento «ad verecundiam» ou «apelo à autoridade».
-O argumento é usado para invocar uma pessoa
reconhecida como competente numa determinada área
ou assunto, de modo que a sua opinião é tida como
influente, geradora de consensos e é
verosímil/verdadeira.
-É muito utilizado no campo científico e em discussões
de carácter técnico, mas é inútil na filosofia.
-Forma lógica geral: “X disse que p. X é uma pessoa
competente e reconhecida como influente pelos seus
pares; portanto, p é verdade.”
Falácias Informais
Argumento «ad verecundiam» ou «apelo à autoridade».
-É legítimo desde que cumpra várias condições
cumulativamente:
-(a) o especialista é reconhecido pelos seus pares como uma
autoridade competente; a autoridade é credível pela
generalidade da opinião pública; (b) há uma ampla margem
de consenso sobre as opiniões proferidas; (c) as fontes da
opinião são fidedignas, citadas corretamente, e podem ser
publicamente escrutinadas, por exemplo, obras, estudos
científicos ou técnicos. A falta de uma destas condições torna
falacioso o apelo à autoridade especializada.
Falácias Informais
Exemplos de argumentos «ad verecundiam» ou «apelo à autoridade».
Exemplos:
«Se beberes um copo de vinho,
vais beber dois. Se beberes dois,
vais beber três. Se beberes três,
vais beber quatro. Logo, se
beberes um copo de vinho, vais
tornar-te alcoólico».
Falácias Informais
Falácia da derrapagem ou «bola de neve» ou ainda «declive ardiloso»
Exemplos:
«Se começares a jogar videojogos, vais tornar-te
viciado no jogo. Se te tornares viciado em
videojogos, vais gastar todo o teu dinheiro para
comprares novos jogos. Se gastares o teu dinheiro
todo em videojogos, vais ter de roubar para pagar
as tuas despesas. Logo, se começares a jogar
videojogos, vais ter de roubar para pagar as tuas
despesas. Se roubares, vais acabar preso – o
melhor é não jogares videojogos para não
acabares os teus dias na prisão».
Falácias Informais
Falácia da derrapagem ou «bola de neve» ou ainda «declive ardiloso»
Exemplos:
«Se Portugal não cumprir com o acordo da Troika,
então não haverá dinheiro para pagar aos
funcionários públicos. Se não houver dinheiro
para pagar aos funcionários públicos, a economia
não funcionará. Se a economia não funcionar,
Portugal terá de sair da zona euro. Se sairmos da
zona euro, vamos ter uma guerra civil. Logo, se
não cumprirmos com o acordo da Troika vamos
ter uma guerra civil em Portugal. Para não nos
matarmos uns aos outros, o melhor é pagar a
dívida aos credores e cumprir o acordo da
Troika».
Falácia do apelo ao povo – Ad populum
• Esta falácia é um tipo de argumento que apela às
crenças e opiniões populares que fazem parte da
mentalidade comum. O erro está em supor que a
maioria, por ser simplesmente uma maioria, tem
sempre razão e está na posse de uma verdade
inquestionável.