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Vigilancia nutricional

Prof. Abel Zito G. Buce


Técnico de Nutrição
abelzitom@gmail.com
Sistema de vigilância
Nutricional e sua
importância
Prof. Abel Zito G. Buce
Técnico de Nutrição
abelzitom@gmail.com
Objectivos de aprendizagem

 Conhecer os conceitos básicos relacionados com a


vigilância nutricional
 Reconhecer a importância do sistemas de
vigilância nutricional
 Conhecer os principais sistemas de informação de
segurança alimentar
Objectivos de aprendizagem

 Descrever as formas de coleta, processamento e


analise dos dados antropométricos
 Conhecer o Sistema de referencia das crianças
diagnosticadas com desnutrição
 Colaborar com o programa de suplementação
alimentar das crianças com desnutrição
Conceitos básicos
• Sistema – significa o conjunto de órgãos funcionais
com actividades padronizadas coordenadas entre
com tarefas definidas tendo o papel de receber
dados transforma-los em informação e divulga-los a
sociedade. Buscando respostas aos resultados
encontrados por intermédio de acção de promoção à
saúde, promoção, e cura de saúde.
• Vigilância – são actividades continuas e rotineiras de
observação, colheita analise de dados e informação.
Conceitos básicos
A Vigilância Alimentar e Nutricional é um conjunto
de accoes que visam à descrição contínua e à
predição de tendências das condições de
alimentação e nutrição da população, assim como
de seus factores determinantes.
Abrange actividades de rotina, colectas e análises
de dados e informações para descrever as
condições alimentares e nutricionais da população.
Conceitos básicos
• SVAN é um sistema de informação que tem por
objectivo fazer o diagnóstico descritivo e analítico da
situação alimentar e nutricional da população.
• Este monitoramento contribui para o conhecimento
da natureza e magnitude dos problemas de nutrição,
identificando as áreas geográficas, segmentos
sociais e grupos populacionais acometidos de maior
risco aos problemas nutricionais.
Conceitos basicos
• O SISVAN é uma ferramenta capaz de produzir
informações de grande importância para a qualidade
de vida das crianças e adultos, como disponibilidade
de alimentos; aspectos qualitativos e quantitativos da
dieta consumida; práticas de amamentação e perfil
da dieta complementar pós-desmame; e identificação
da prevalência da desnutrição energético-proteica,
entre outros fatores relacionados às enfermidades
crônicas não transmissíveis.
O que é e como funciona o
SISVAN?
• O SISVAN corresponde a um sistema de informações que
tem como objetivo principal promover conhecimento
contínuo sobre as condições nutricionais da população e
os fatores que as influenciam.
• As informações sobre o estado nutricional e da
alimentação da população sustentam a tomada de
decisões, a médio e longo prazo, que visem às melhorias
necessárias para que as crianças cresçam
adequadamente e adotem uma alimentação saudável
desde cedo, contribuindo para a qualidade de vida
O que é e como funciona o
SISVAN?
• As informações geradas pelo SISVAN devem estar
voltadas para a acção, por meio da Atitude de
Vigilância, que é o olhar diferenciado para cada
indivíduo, para cada grupo, para cada fase do ciclo de
vida, usando a informação rotineiramente para
subsidiar as programações locais e as instâncias
superiores, repensando a prática do serviço de saúde
qualificando a assistência prestada àqueles indivíduos
que diariamente estão à procura de atendimento.
O que é e como funciona o
SISVAN?
• O crescimento insuficiente (CI) é
diagnosticado numa criança, quando esta não
apresenta ganho de peso ou perde peso
entre duas pesagens consecutivas, num
intervalo não inferior a 1 mês e não superior a
3 meses, o que significa curva de crescimento
horizontal ou em declínio, da curva no Cartão
de Saúde da Criança.
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
DO ESTADO NUTRICIONAL

Prof. Abel Zito G. Buce


Técnico de Nutrição
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Consumo ou ingestão Necessidades ou gastos
alimentar nutricionais

ESTADO
NUTRICIONAL
Excesso ou desequilíbrio
Insuficiência de de consumo ou utilização
consumo Normalidade
(distúrbios nutricionais)
(carência nutricional) nutricional

Desnutrição protéico energética


Anemia ferropriva Obesidade; Diabetes
Hipovitaminose A Aterosclerose
Bócio endêmico Hipertensão
Carie dental Outras doenças degenerativas
Outras carências nutricionais
Recolha de dados e analise
de vigilância Nutricional
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Recolha e registo dos dados no
sistema de vigilância nutricional
Critério
Para que a informação recolhida seja incluída os dados devem obedecer os
seguintes critérios:
Crianças de 0 – 59 meses, o grupo etário corresponde as crianças
controladas através de curva de peso no cartão de saúde infantil;
A criança deve ter duas pesagens seguidas registadas no cartão de saúde
infantil;
O intervalo entre as duas pesagens não deve ultrapassar os 3 meses nem
inferior a 1 mês, caso contrario não deve incluir no S.V.N;
O indicador utilizado no S.V.N é C.I.
NB: apenas deve-se incluir no sistema de V.N, os dados da criança
registados na curva de peso, com um intervalo mínimo de 1 mês.
Recolha e registo dos dados no
sistema de vigilância nutricional
Recolha diária de dados
 Todas as crianças que vão a unidade
sanitária são pesadas. As crianças que
cumprem com os critérios acima referidos
devem ser registadas na ficha diária,
anotando se as crianças tem bom ou mau
crescimento. mês, e não cada vez que vem a
unidade sanitaria, para o controle.
Recolha e registo dos dados no
sistema de vigilância nutricional
NB: deve-se registar a informação sobre o
crescimento da criança (segundo a informação do
cartão de saúde) mesmo que a ida a U.S seja por
outro motivo alem do controle de peso, por
exemplo: triagem, atenção especial, Vacinação.
 As crianças inscritas no sistema de atenção
especial devem ser registadas na estatística de V.N
apenas uma vez por
Recolha e registo dos dados no sistema
de vigilância nutricional
 sumário mensal da estatística de V.N
 Ao fim de cada mês a unidade sanitária deve fazer um
resumo de estatísticas mensais na ficha de resumo mensal.

 Desta ficha deve-se utilizar as seguintes informações para


calcular a percentagem de crescimento insuficiente em
crianças de 0-59 meses.
 A informação encontra-se na parte 3 da ficha com o titulo
controle de crescimento 0 – 59 meses.
 Somar o numero de bom crescimento com o numero de mau
crescimento para preencher o total de crianças registadas no
sistema de vigilância nutricional
Recolha e registo dos dados no
sistema de vigilância nutricional
Achar o numero de crianças com mau
crescimento (C.I);
Calcular a % de crianças com mau
crescimento(C.I);
Pode-se utilizar a regra de três simples
para calcular o (C.I);
Exercício:
Numero total de crianças registadas no
sistema de vigilância nutricional 250
crianças,
Numero de crianças com (C.I) 25;
Calcula a taxa de crescimento insuficiente.
Sistema de referencia
das crianças tríadas e
diagnosticadas com
desnutrição
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Parâmetros de Classificação da
Desnutrição Aguda
Indicadores Edema P/C, P/A ou Perímetro Braquial
nutricionais bilateral IMC/Idade

Desnutrição grave Presente < 3DP 6 – 59M < 11,5cm


5 – 10A < 13,5cm
11 – 14A < 16,0cm
15 – 18A < 18,5cm

Desnutrição Ausente ≥ 3DP e < 2DP 6 – 59M < 11,5cm


moderada 5 – 10A < 13,5cm
11 – 14A < 16,0cm
15 – 18A < 18,5cm

Desnutrição ligeira Ausente ≥ 2 e < 1DP


CRIANÇAS COM DESNUTRIÇÃO AGUDA GRAVE

• Conduta clínica e tratamento de rotina


•Crianças com idade inferior a 6 meses ou com
complicações ( Anorexia ou sem apetite, Vómitos,
Convulsões, Letargia, Inconsciente, Hipoglicémia,
Febre elevada, Hipotermia, Desidratação grave,
Infecção respiratória ,Anemia severa, Sinais de
deficiência de vitamina A, Lesões na pele) ou com
edema : REFERIR PARA A ENFERMARIA DE
PEDIATRIA MAIS PRÓXIMA.
Crianças com idade superior a 6 meses e
sem complicações: seguimento na CCR
1. Fazer aconselhamento e teste de HIV se o
estado serológico for desconhecido
2. Dar uma dose única de desparasitante
(Albendazol ou Mebendazol) na segunda
semana de tratamento
3. Malária: deve se realizar um teste rápido de
malária para todas as crianças. Se o teste for
positivo, a criança deve ser referida para
enfermaria da pediatria.
Cont.
4. Dar Vitamina A apenas na quarta semana de
tratamento ou no momento da alta.
5. A Vitamina A nunca deverá ser administrada se a
criança tiver recebido uma dose nos últimos 4
meses.
6. É necessário encaminhar qualquer criança com sinais
de deficiência de vitamina A (xeroftalmia) para o
tratamento no internamento ( hospitalar), uma vez
que a condição dos olhos pode se deteriorar muito
rapidamente e o risco de cegueira é maior.
Cont.
• Dar ATPU segundo as recomendações até
P/E ou IMC/idade = -1 DP em 2 pessagem
consecutivas.
• Para crianças em tratamento ambulatório ,
não administrar ferro e ácido fólico.
• Quantidades suficientes estão disponível no
ATPU.
Aconselhamento
• Explicar que o ATPU é ao mesmo tempo um
medicamento e uma dieta, que é vital para a
recuperação da criança e não deve ser
partilhada com outros elementos da família.
• Mostrar ao acompanhante como abrir o pacote
de ATPU e como administrá-lo à criança em
pequenas quantidades de forma frequente (até
8 vezes ao dia no início do tratamento).
Aconselhamento
• Explicar que a criança deve terminar cada uma das
suas doses diárias antes de lhe dar outro tipo de
comida e que deve beber água limpa (fervida ou
tratada) para manter um bom estado de hidratação.
• Se a mãe ainda está a amamentar a criança,
aconselha-la a dar o peito antes de administrar cada
dose de ATPU.
• Durante as primeiras duas semanas de tratamento,
conselhar a mãe a não dar outro tipo de comida
para além do leite materno e do ATPU.
Periodicidade da consulta
• Semanal até atingir um P/E ou IMC/idade
entre = –3 e < –2 DP ( critérios de
desnutrição aguda moderada), 15/15
dias até atingir um P/E ou IMC/idade = -1
DP ( suspensão ATPU)
• Seguimento mensal por mais 3 meses.
Critérios de referência para o nível
superior:
• Idade inferior a 6 meses ou peso < 4kg : referir para a
enfermaria de pediatria mais próxima;
• Presença/aparecimento de complicações ou edema :
referir para a enfermaria de pediatria mais próxima;
• Resultado do teste de HIV positivo: referir para a
consulta doença crónica;
• Em caso de história de contacto com adultos com TB,
referir a criança à consulta médica
• Peso que não aumenta em 2 controlos sucessivos.
Referir para consulta médica ou Técnico de Medicina.
Critérios de alta
• P/E ou IMC/ idade = – 1 DP em 2 pesagens
consecutivas alta de programa nutricional
(suspender ATPU).
• Continuar seguimento no CCR , se a criança
manter P/E ou IMC/idade = – 1 DP por 3
meses alta de CCR.
Dose de Vitamina A-
cápsula 200.000IU

Peso Vitamina A por via oral


< 6kg 50 000 UI (2 gotas)
6 – 8Kg 100.000 UI (½ cápsula - 4
gotas)
≥ 8kg 200.000 UI (1 cápsula - 8
gotas)
Quantidade de ATPU (saquetas)
para dar 6 refeições por dia
Peso Total de Total de total de
(kg) saquetas saquetas Saquetas
de ATPU de ATPU de ATPU
para 24 horas para 7 dia para 14 dias
4 - 4,9 2 14 28
5,0 - 6,4 2,5 17,5 35
6,5 - 8,0 3 21 42
8,1 - 9,0 3,5 24,5 49
9,1 - 10,0 4 28 56
10,1 - 11,0 4,5 31,5 63
≥ 11,5 5 35 70
CRIANÇAS COM DESNUTRIÇÃO
AGUDA MODERADA

• Conduta clínica e tratamento de rotina


• Fazer aconselhamento e teste de HIV se o
estado serológico for desconhecido
• Crianças seropositivas para HIV: transferir
para a consulta de doenças crónicas
• Crianças seronegativas e filhas de mães que
não aceitam fazer o teste: seguimento na
CCR.
Conduta clínica e tratamento de
rotina
• Fazer rastreio de tuberculose
• Crianças com sinais/sintomas suspeitos de TB ou
contacto com TB, referir para consulta médica;
• Dar Vitamina A de 6/6 meses a todas as crianças
com idade >6 meses;
• Dar Mebendazol de 6/6 meses a todas as crianças
com idade >12 meses
• Dar o suplemento nutricional MAE (Misturas
Alimentícias Enriquecidas);
• Onde não exista MAE, a suplementação
deve ser feita com ATPU ( tabela 16) até
atingir P/E ou IMC/idade = -1DP em 2
pesagens consecutivas
Quantidade de suplementação
nutricional necessária por pessoa MAE

Idade da Quantidade Quantidade Quantidade


criança diária para 2 para 4
semanas semanas
6 - 11 meses 100 gramas 5Kg 10Kg
12 - 23 meses 200 gramas 5Kg 10Kg
> 2 anos 300 gramas 5Kg 10Kg
Para facilitar a gestão do produto e permitir
que o MAE seja partilhado com os outros
membros da família, a mãe ou provedor dos
cuidados poderá receber um saco de 10kg
para um periódo de 30 dias.
Quantidade de suplementação
nutricional necessária por pessoa ATPU
saquetas

Idade Quantidade Quantidade Quantidade


diária para 2 para 4
semanas semanas
6 - 23 meses 1 7 15
> 2 anos 2 14 30
Aconselhamento
• Encorajar o aleitamento materno de
acordo com a idade da criança
• Fazer educação nutricional, explicando
às mães como preparar papas
enriquecidas e organizando
demonstrações culinárias.
Periodicidade da consulta
• Quinzenal até P/E ou IMC/idade = -1 DP
em 2 pesagens consecutivas. Após a
suspensão de suplementação nutricional
seguimento mensal por mais 3 meses.
Critérios de referência para o nível
superior:

• Peso que diminui até atingir P/ E ou I


MC/ i dade = - 3 DP e /ou aparecimento
de complicações ou edemas: referir para
a enfermaria de pediatria mais próxima;
• Resultado do teste de HIV positivo:
transferir para a consulta de doenças
crónicas;
Critérios de alta
• P/E ou IMC/ idade = – 1 DP em 2
pesagens consecutivas alta de
programa nutricional (suspender
suplementação nutricional).
• Continuar seguimento no CCR , se a
criança manter P/E ou IMC/ idade = –
1 DP por 3 meses alta de CCR.
Em caso de história de contacto com
adultos com TB, referir a criança à
consulta médica;
• Peso que não aumenta mas sem critérios
para internamento: referir para consulta
medica ou técnico de medicina
CRIANÇAS COM CRESCIMENTO INSUFICIENTE
SEM SINAIS DE DESNUTRIÇÃO AGUDA

• Conduta clínica e tratamento de rotina


• Fazer o aconselhamento e teste de HIV se o
estado serológico for desconhecido
• → Crianças seropositivas para HIV: transferir
para consulta doenças crónicas
• → Crianças seronegativas e filhas de mães
que não aceitam fazer o teste: seguimento na
CCR:
• Fazer rastreio de tuberculose
• → Criança com sinais/sintomas suspeitas de TB ou
contacto com TB, referir para consulta médica
• Dar Multivitaminas durante 3 meses a todas as crianças
• Dar Sal Ferroso durante 3 meses a todas as crianças
com teste HIV negativo
• Dar Mebendazol a todas as crianças com idade > 12
meses e Vitaminas A com idade >6 meses de 6/6
meses a todas as crianças
Aconselhamento
• Encorajar o aleitamento materno de acordo
com a idade da criança
• Fazer educação nutricional, explicando às
mães como preparar papas enriquecidas e
organizando demonstrações culinárias (ver
Manual de Tratamento e Reabilitação
nutricional)
Periodicidade da consulta

• mensal
Critérios de referência para o
nível superior

• P/E ou IMC/idade <-3 DP e aparecimento


de complicações ou edemas: referir para
a enfermaria de pediatria mais próxima
• Resultado do teste de HIV positivo:
transferir para a consulta de doenças
crónicas.
Sinais/sintomas suspeito de TB ou
contacto com TB: referir para consulta
médica/ técnico de medicina
• Peso que não aumenta mas sem critérios
para internamento: referir para consulta
médica ou técnico de medicina.
Critérios de alta:
• P/E ou IMC/idade ≥-1DP em 2 pesagens
consecutivas após 3 meses de
seguimento
Informação de nutrição
e segurança alimentar
Prof. Abel Zito G. Buce
Técnico de Nutrição
abelzitom@gmail.com
Uso da informação do
Sistema de vigilância
nutricional
Prof. Abel Zito G. Buce
Técnico de Nutrição
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Objectivos de aprendizagem

• Conhecer os conceitos de segurança


alimentar e nutricional no pais.
• Aplicar a informação do SVN para tomada de
decisões que visem melhorar e garantir a
segurança alimentar e nutricional no pais.
Conceitos básicos relacionados com a
segurança alimentar
• A Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) é
o direito de todas as pessoas, a todo o
momento, ao acesso físico, económico e
sustentável a uma alimentação adequada,
em quantidade e qualidade e aceitável no
contexto cultural, para satisfazer as
necessidades e preferências alimentares,
para uma vida saudável e activa.
Conceitos básicos relacionados com a
segurança alimentar

•Produção e disponibilidade
•Acesso aos alimentos
•Uso e Utilização dos alimentos
•Estabilidade dos alimentos
•Adequação dos alimentos
Conceitos básicos relacionados com a
segurança alimentar
• InSA refere-se a incapacidade de
adquirir alimentos suficientes em
qualquer momento.
Tipos de InSA:

– Insegurança transitória
– Insegurança crónica
Utilização da informação produzida
pelo S.V.N.
Importância de Informação:
Se a informação do C.I. forem:
• Confiáveis,
• Regulares,
• Representativas para a maior parte do pais;
As informações recolhidas podem ser utilizadas para vários fins.
Os dados de S.V.N. são importantes sendo utilizados para:
Seguir o estado nutricional da comunidade ao longo do tempo.
Pode-se monitorizar e avaliar o impacto de diferentes tipos de
intervenção ao longo do tempo utilizando estas informações.
Cont.
• ``Vigiar as mudanças do estado nutricional
da comunidade.
Estas informações servirão para dar uma
aviso sobre a situação de emergência
numa determinada zona, quer devido aos
surtos ou epidemias.
 Planificar intervenções e priorizar
acções com base nas informações
recolhidas.
• Baseado na informação recolhida e
analisada é possível uma melhor planificação
de acções sanitárias e multi-sectoriais
necessárias para diminuir os problemas de
malnutrição na comunidade. pode se
identificar utilizando diferentes tipos de
informação, incluindo dados de de V.N. as
acções prioritárias ou áreas geográficas que
precisam de mais atenção.
Cont.
A informação deve ser utilizada em cada um dos
níveis de intervenção nomeadamente:
• Na unidade sanitária;
• Na direcção distrital de saúde;
• Secção de Nutrição/Direcção provincial de
saúde;
• Secção de Nutrição/MISAU;
A seguir vem detalhadamente a utilização das
informações a cada nível.
Ao nível da unidade sanitária

Após a analise dos dados e a interpretação da


% utilizando a informação adicional, deve-se
utilizar a informação.
A informação de V.N. deve ser utilizada para:
Alertas as estruturas intervenientes no caso
de haver um problema alimentar. Deve-se
informar a saúde, as estruturas distritais de
emergências, ao administrador, sempre
explicando o significado das informações
fornecidas.
Planificar as actividades sanitárias de acordo
com os problemas observados. Para isto é
necessário:
• Ter informações sobre as doenças infantis e
maternas mais frequentes no período referido;
• Comparar as informações do gráfico do ano
corrente com as do ano passado para verificar
as possíveis semelhanças e actuar
antecipadamente em casos de problemas
sazonais (diarreia, malária).
Cont.
• Uma vez feita a analise, pode se planificar
melhor o trabalho na unidade sanitária de
maneira a dar uma resposta que reflicta os
problemas actuais da comunidade;
a) Se se regista uma alta % de C.I. ligada há um
aumento de casos de sarampo, deve-se
procurar melhorar a cobertura vacinal e
verificar se as vacinas foram conservadas em
boas condições e são ainda efectivas.
b) Planificar a educação sanitária e
nutricional de acordo com o
problema encontrado tais como:
diarreia, desmame precoce,
desnutrição.
Cont.
Analisar as razoes para as mudanças na
situação nutricional ao longo do tempo.
É possível através do gráfico anual
(com informação adicional) analisar
quais são os factores mais importantes
que influenciam na percentagens de C.I.
A nível da direcção distrital de
saúde

• A Direcção Distrital de Saúde deve fazer


vários gráficos anuais, sendo uma para
cada unidade sanitária onde será
colocado a mensalmente a evolução das
percentagens de C.I. em cada local;
• Um gráfico dará a possibilidade de
rapidamente comparar os dados da U.S.
colocados. Cada U.S. terá uma linha de
cores diferentes no mesmo gráfico. Este
gráfico dará a possibilidade de
rapidamente comparar os dados das
U.S.
Cont.
• Analisar qual é a % de C.I. de cada
uma das U.S. num determinado mês;
• Seguir as mudanças mês-a-mês, das
percentagens de C.I. a nível do
distrito;
• Conhecer as causas mais
significativas de C.I.
Muito obrigado

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