Alain Corbin • Alain Corbin – Historiador especialista em história da França no século XIX. • Aborda a história dos séc. XVIII e XIX através da percepção olfativa. • Constata através do discurso de “sabios” que neste período os odores assumiram posição de destaque no imaginário coletivo. • Nos dois primeiros capítulos são contempladas as discussões sobre os odores considerados “ruins” ou “perigosos”, utilizando os discursos de médicos, químicos, viajantes e escritores políticos. • Discursos que nem sempre eram legitimados cientificamente mas que influenciaram na constituição de uma imaginário social (França séc. XVIII e XIX) • 1750 – Revolução perceptiva - olfação. • Boyle – as qualidades físicas do ar agem por sua soma e por suas diferenças, a composição de sua carga regula a saúde dos organismos. • Convicções enraizadas na medicina neo-hipocrática, onde os ares e os lugares teriam influencia na qualidade de vida e doenças. • Reinvindicação à respiração de um ar não congestionado por cargas nocivas. • Através do pensamento “aerista” há um início das definições de salubre e do insalubre, de são e de malsão. • 1770 e 1780 – “sábios” identificaram os ares (gases) respiráveis e das morrinhas visando compreender os mecanismos da infecção, enquanto laboratório da decomposição. • Combate da peste através dos odores. • Becher- dupla valorização dos odores: a fetidez refletindo a desorganização , o arômata abrindo caminho para o princípio vital, sintomas e remédios baseados na olfação. • Multiplicação de experiências e análises olfativas da putrefação. • Os cheiros começam a ser tidos como os responsáveis diretos pelas doenças e pestes ao mesmo tempo que o olfato torna-se objeto de investigação. • Desodorizando de forma geral a sociedade , não haveria impregnação de miasmas . • A busca por antissépticos pelos médicos buscava justificar cientificamente a virtude terapeutica de certos arômatas, que após o desenvolvimento dos conhecimentos químicos passou a ser desqualificado. • Era necessário também combater a acumulação de excrementos ,ficando os regulamentos sobre a limpeza cada vez mais precisos e inflexíveis . • Separar o mundo dos mortos do mundo dos vivos passa a ser uma exigência. • Individualização dos excrementos, e as medidas de profilaxia ( toalete individual, construção de fossas sépticas, drenagem das ruas, tumba individual, amontoamento em hospitais ) resultam em um rebaixamento dos limites de tolerância em relação aos odores, assegurando o escoamento e a evacuação da imundice. • A produção do miasma seria exorcizada pela abolição do fedor .
Uma proposta de formação continuada de professores de ciências por meio da elaboração de uma sequência didática para o ensino de zoologia no 7o ano do ensino fundamental