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Herpes-vírus

tipo 1 e 2
MARIA
MARIA DE
DE FÁTIMA
FÁTIMA DA
DA SILVA
SILVA

MICROBIOLOGIA
MICROBIOLOGIA
Herpes-vírus Humano

• O grupo de herpes-vírus é formado por, no


mínimo, oito vírus humanos e inúmeros vírus
animais;

• Os herpes-vírus humanos incluem o seguinte:


vírus do herpes simples tipos 1 e 2 (HSV-1 e HSV-
2).
Herpes-vírus
• É uma infecção causada pelo Herpes simplex vírus;

• O contato com o vírus ocorre geralmente na infância, mas muitas


vezes a doença não se manifesta nesta época;

• O vírus atravessa a pele e, percorrendo um nervo, se instala no


organismo de forma inativa, até que venha a ser reativado;

• A reativação do vírus pode ocorrer devido a diversos fatores


desencadeantes, tais como: exposição à luz solar intensa, fadiga física
e mental, estresse emocional, febre ou outras infecções que diminuam
a resistência orgânica;

• Algumas pessoas têm maior possibilidade de apresentar os sintomas


do herpes. Outras, mesmo em contato com o vírus, nunca apresentam
a doença, pois sua imunidade não permite o seu desenvolvimento.
Herpes-vírus simples

• O herpes vírus simples (herpes-vírus humanos tipos 1 e


2) geralmente provoca infecção recorrente que afeta a
pele, a cavidade oral, os lábios, os olhos e os órgãos
genitais;

• Infecções graves geralmente incluem encefalites,


meningites, herpes neonatal e, em pacientes
imunocomprometidos, infecção disseminada;

• Infecções mucocutâneas produzem agrupamentos de


vesículas pequenas e dolorosas em uma base
eritematosa.
Características Morfológicas

• O Herpes-vírus variam de 120 a 300 nm em diâmetro e é


esférica;

• A partícula viral é formada basicamente por 4 estruturas:


núcleo, capsídeo, tegumento e envelope;

• O núcleo abriga uma molécula de DNA de fita dupla linear,


com 120 a 250 mil pares de base (kb);

• Capsídeo icosaédrico 100 nm de diâmetro;

• Possui um vírion que é um dos maiores dos vírus conhecidos


geneticamente, e estruturalmente um dos mais complexos.
• O capsídeo é composto por 162 capsômeros. A parte mais externa
do capsídeo é composta por quatro proteínas principais, as quais
as suas funções ainda não são conhecidas;

• O envelope viral é formado por uma camada lipídica com 11


glicoproteínas, que estão principalmente envolvidas com a
adsorção do vírus na célula;

• O tegumento é uma camada amorfa localizada entre o core e o


envelope, que consiste em 26 proteínas, nas quais possuem
diversas funções como: transporte do capsídeo para o núcleo e
outras organelas celulares, entrada do DNA viral no núcleo,
ativação de genes precoces, supressão da biossíntese proteica
celular e degradação do RNA mensageiro;

• No interior do core viral, encontra-se um DNA linear de dupla


fita.
Taxonomia viral
Interação vírus-célula
• Alteração da membrana plasmática
– Presença proteínas ou glicoproteínas estranhas ao sistema imune;
– Presença de proteínas de fusão–sincícios.

• Autólise celular
– Liberação enzimas autolíticas;
– Apoptose (Fas e HCV);

• Integração genômica
– Infeções persistentes: HIV, HPV.

• Alterações cromossomiais
– Síndrome rubéola congênita;
– Linfomas associados ao vírus Epstein Barr (EBV).
Interação vírus-célula
• Autólise celular
– Liberação enzimas autolíticas;
– Apoptose (Fas e HCV).

• Integração genômica
- Infeções persistentes: HIV, HPV.

• Alterações cromossomiais
- Síndrome rubéola congênita;
- Linfomas associados ao vírus Epstein Barr (EBV).

• Formação de corpúsculos de inclusão


– Acúmulo proteínas (antígenos) virais.

• Transformação celular
– Integração do HPV;
– Malignização por vírus oncogênicos.
Tropismo celular (células
alvo)
• O fato de o vírus apresentar tropismo celular vai
influenciar no tipo de doença causada;

• Por exemplo, um vírus que possui afinidade por células


do sistema imune compromete a sua função. Assim, a
interação vírus-hospedeiro é a chave de muitos aspectos
das doenças virais, tanto da transmissão, quanto da
capacidade de o vírus de se sobrepor às defesas do
hospedeiro;

• Uma resposta imune exacerbada do hospedeiro pode,


também, contribuir para causar maiores danos,
agravando a enfermidade.
Patogênese
• A infecção pelo HHV requer contato íntimo (por exemplo:
relação sexual, troca de saliva e outros) do indivíduo
susceptível com o indivíduo infectado que esteja
excretando o HHV. O contato direto do tecido infectado
com a mucosa ou pele lesionada (por exemplo: com
abrasões ou microlesões) fornece uma porta de entrada
para o HHV no hospedeiro;

• Após terem sido infectadas, geralmente as pessoas


carregam o vírus por toda a vida. Comumente, essas
infecções permanecem dormentes e as reativações ocorrem
nos períodos de comprometimento imune;

• Nos fetos, a infecção primária poderá resultar em doença


de inclusão citomegálica disseminada com inúmeras
anormalidades congênitas, em doença localizada que afeta
o sistema auditivo ou o SNC.
Sinais e sintomas
• Cada tipo de herpes causa sintomas diferentes, sendo que a única
característica geral é que a doença pode fazer com que o paciente
apresente lesões cutâneas na região afetada;

• No caso da herpes no olho, os sintomas são bastante similares ao da


conjuntivite, resultado ainda na formação de pequenas vesículas sob a
pálpebra;

• A herpes labial engloba sintomas como vermelhidão, dor e bolhas nos


lábios e na parte interna da boca;

• Os sintomas de herpes genital incluem pequenas bolhas com líquido


na região da vulva, do pênis e do anos de pacientes de ambos os sexos,
inclusive com vermelhidão e irritação da área, além de ardor e coceira.
Diagnóstico

• O diagnóstico clínico dos herpes-vírus ainda é realizado pela


identificação das lesões vesiculares agrupadas, eritematosas, que
apresentam pápulas crostosas durante 1 a 3 dias (Roizman et al.,
2013);

• A técnica clássica de diagnóstico laboratorial para o HHV1/2 é o


isolamento viral;

• Os testes de ELISA comercial são altamente precisos para a


diagnóstico sorológico, principalmente da infecção em populações
nas quais a prevalência da doença é alta;

• O diagnóstico laboratorial das infecções causadas pelos herpe-svirus


1 e 2 vêm sofrendo drásticas modificações com o advento das
técnicas moleculares;

• Pode-se obter confirmação laboratorial por meio de cultura, reação


em cadeia de polimerase (PCR), imunofluorescência direta, ou
sorologia.
Epidemiologia
• A infecção por HSV, independente do tipo, é endêmica em
todo o mundo e ocorre igualmente entre ambos os sexos.
Segundo a OMS, 67% da população mundial está infectada
com o HSV-1. Estima-se que sua prevalência seja mais alta
em países de baixa e média renda, podendo chegar até 90%
em alguns países;

• No Brasil, a herpes não é uma doença de notificação


compulsória, o que torna difícil sua estimativa exata.
Associado a isso, existe uma grande porcentagem da
população que não manifesta sintomas da doença, o que
contribui para a subnotificação. Posto isso, sabe-se que a
soroprevalência no Brasil é heterogênea, variando de 47% em
Fortaleza para 73,3% em Manaus com infecção pelo HSV-1.
Prevenção
• As medidas profiláticas que evitam contato com o vírus
possivelmente impeçam a incidência de infecções primárias. Por
exemplo, o uso de preservativos ajuda a impedir a transmissão
sexual nas situações em que um dos parceiros tiver histórico de
infecção genital pelo HSV;

• A aplicação de cremes de proteção solar em áreas suscetíveis da


pele, antes da exposição aos raios ultravioletas, impede a reativação
do HSV;

• Os profissionais que trabalham nas áreas médica e odontológica


devem usar luvas para impedir o contato com as áreas infectadas;

• A melhor estratégia para prevenção de herpes neonatal


possivelmente seja fazer um exame físico rigoroso no momento do
trabalho de parto.
Prevenção
• Nenhuma vacina contra o HSV chegou a ser aprovada
para uso geral;

• Os testes clínicos de uma vacina experimental contra


o HSV não demonstraram nenhuma eficácia em
homens; em mulheres, a vacina foi eficaz para
prevenir contra o HSV-1, mas não foi eficaz contra o
HSV-2.
Tratamento

• O tratamento é sintomático; a terapia antiviral com aciclovir,


valaciclovir, ou fanciclovir é útil em infecções graves e, se o início
for precoce, em infecções recorrentes ou primárias;

• O tratamento deve ser orientado pelo médico dermatologista. É ele


quem pode determinar os medicamentos mais indicados para o caso
que, dependendo da intensidade, podem ser de uso local (na forma de
cremes, pomadas ou soluções) ou de uso oral, na forma de
comprimidos;

• Quando as recidivas do herpes forem muito frequentes, a imunidade


deve ser estimulada para combater o vírus. Os fenômenos
desencadeantes devem ser evitados, procurando-se levar uma vida o
mais saudável possível.
REFERÊNCIAS

• KUKHANOVA, M. K.; KOROVINA, A. N.; KOCHETKOV, S. N. Human herpes simplex virus: life cycle and development of inhibitors.
Biochemistry (Mosc), v. 79, n. 13, p. 1635-52, Dec 2014. ISSN 0006-2979.
• ROIZMAN, B.; ZHOU, G.; DU, T. Checkpoints in productive and latent infections with herpes simplex virus 1: conceptualization of the
issues. J Neurovirol, v. 17, n. 6, p. 512-7, Dec 2011. ISSN 1538-2443.
• https://bvsms.saude.gov.br/herpes-simples/
• https://www.drakeillafreitas.com.br/vacina-contra-o-herpes-genital/
• https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/7695/herpesvirus_infections.htm
• https://www.rededorsaoluiz.com.br/doencas/herpes
• https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13725/2/Conceitos%20e%20Metodos%20V4_Virologia.pdf.
• https://www.fleury.com.br/manual-de-doencas/citomegalovirose
• https://www.passeidireto.com/arquivo/4133944/virologia
• https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-por-herpesv%C3%ADrus/infec
%C3%A7%C3%B5es-por-v%C3%ADrus-do-herpes-simples-herpes-simplex-virus-hsv

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