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Competências e Habilidades: Elementos

para uma Reflexão Pedagógica –


Lino de Macedo
 Propósito do texto: 1ª parte:analisar algumas razões
para a importância atual da noção de competências e
habilidades,oferecendo elementos para uma reflexão
pedagógica sobre o significado de considerarmos a
educação na perfectiva desses dois domínios. Na 2ª
parte analisar o desenvolvimento de competências e
habilidades em relação à autonomia,diversidade,
disponibilidade para prender cooperação, interação,
organização de espaço, tempo e seleção de material.
Por que competências e habilidades,hoje?
Para situar o tema, o autor faz uma analogia entre o de um
jogo de percurso, compartimentado em casas,no qual o
jogador precisa superar obstáculos e a educação.Na
educação fundamental, uns farão o percurso
normalmente,outros experimentarão muitas idas e
vindas.
 O direito de todas as crianças percorrerem os ciclos é
uma conquista importante e recente ( Declaração dos
Direitos Humanos -1948; ECA-1990, CF/88;LDB 1996);
 Nem sempre a escola foi aberta a todos. Tínhamos
antes, como ainda temos agora, uma escola de
excelência que seleciona,orienta,ensina e certifica
apenas as pessoas que conseguem realizar tarefas e
que apresentam as condutas condizentes com o alto
nível exigido por elas.
 Muitos prof.gostariam de trabalhar na escola de
excelência,onde pouco têm condições de entrar e
menos ainda de permanecer.Na escola de excelência ,
certos domínios no plano da conduta social e no plano
intelectual são condições prévias ou pré-requisitos
fundamentais.Espera-se que o alunos tenham isso de
partida,se desviam ou perdem tais virtudes,terão que
superar ou serão excluídos.
 A escola da excelência faz bem sua parte: oferece bons
professores, utiliza os melhores livros,aconselha , dá
oportunidades,enfim é exigente ,mas generosa nos
recursos.
 Na escola para todos,as qualidades selecionadas e
valorizadas na escola da excelência são referências ou
qualidades desejadas,mas não definem o ponto de partida;
podem entrar crianças com toda sorte de limitações
(pais,condições de vida);
 Na escola para todos,as dificuldades em realizar o percurso
é motivo de investigação das estratégias,que
complementam o ensino no horário regular das aulas,de
revisão das condições que dificultam o aproveitamento...;
 Na escola da excelência, competência e habilidades, são
meios para outros fins: a erudição, o aperfeiçoamento, o
domínio das matérias e disciplinas...Na escola para
todos,competências e habilidades são o próprio fim, nela as
matérias ou atividades escolares são os meios que
possibilitam sua realização.
 Assim podemos concluir que a escola da
excelência é melhor do que a escola para
todos?
 Essa não é uma boa pergunta, porque pressupõe a ausência
de excelência na escola para todos,ou a ausência de
problemas ou dificuldades na escola da excelência.
 Além disso compara,pedindo escolha entre dois valores a
excelência e a equanimidade, igualmente fundamentais.
 Excelência – nos dá o direito de sermos melhores do que
somos, como expressão da nossa necessidade de
aperfeiçoamento na luta da vida contra a morte ( doença,
miséria,injustiça) direito de viver em favor da saúde, da
alegria,do conhecimento.
 Equanimidade – porque abre,sem privilégio ou condições,a
possibilidade de todos frequentarem a escola e nela realizarem
por direito, a sua formação.
 A escola para todos pode revelar,ou formar,por certo,muitos
alunos que possuem ou aprendem as qualidades da
excelência. Ser excelente ou continuar assim, mormente em
uma sociedade competitiva e tecnológica, como a nossa,é
muito difícil e muitos perderão essa condição, muitos não
suportarão o peso da concorrência mesmo na escola.
 Exercício ou problema?
 O autor faz uma breve reflexão sobre a diferença entre
exercício e problema.O jogo antes mencionado, é um
exercício ou um problema?
 Caminhar para quem já sabe é um exercício – repetição de
uma habilidade já dominada;neste caso caminhar, é um
exercício,um meio para outra finalidade (melhorar a
condição respiratória,vascular).caminhar não é um
problema.
 No caminho o fulano precisa desvia de um carro,correr do
cachorro..., esses são exemplos de problemas porque
implicam situações inesperadas sobre variáveis não
previstas do esquema caminhar,pedem
interpretações,desafios,planejamento,possíveis
soluções,avaliação dos resultados.
 Problema é aquilo que se enfrenta cuja solução,já
conhecida ou incorporada, não é suficiente, ao menos como
conteúdo ( palavra cruzada – forma mas não o conteúdo)
 Vale a pena insistir neste tema,porque,algumas escolas
tratam problema e exercícios como se fossem
equivalentes;como no jogo de percurso, o cálculo pode
não ser o problema,ainda que faça parte da solução ou
corrobore para ela;o exercício é fazer contas,o problema
é realizar o percurso fazendo contas para as quais não
estava suficientemente preparado ( outro tipo, estrutura
mais complexa...);
 Exercício ou problema depende da forma como é
proposto;certas questões são bons problemas, outras
exigem apenas a cópia,uma resposta já pronta,não são
desafiadoras, portanto não são problemas.
 Prof.reclamam que os alunos não conseguem ler um
problema como problema,não existe desafio. De um lado
falta a criança a perspicácia para captar o sutil,o fator
problemático da questão,por outro ao prof o investimento
na leitura,discussão e análise do problema
proposto;outras vezes o problema esta mal formulado.
 Para o autor os professores devem aproveitar as
reuniões para discutir as questões elaboradas como
problemas. Um a questão não pode ter obstáculos que
dificultem sua configuração enquanto problema.
 Relata um ex.de um problema: Fulano tem7 selos e
Beltrano17 a mais,juntando os selos de ambos,quantos
selos haverá no total? ( “ a continha é de mais”) Isso não
é problema.Um problema é mais que isso, supõe o
esquema clássico de Polya (interpretação- planejamento-
execução e avaliação) Envolve ainda atenção,malícia,
espírito crítico e reflexão;
 Um dos problemas mais difíceis enfrentados pelos prof.
atualmente- “ Gestão da sala de aula” – organização
temporal,e espacial das atividades, a seleção e
manipulação dos materiais didáticos e a coordenação
das atividades;
 Os prof. se queixam – alunos mal educados,
irreverentes,falta de recursos para resolver esses
problemas
 Essas questões precisam se converter em bons
problemas para serem discutidos com os
coordenadores,prof na busca de estratégias
adequadas,avaliando os resultados,etc.
 Lamentos e queixas não são problemas,mas podem vir
a ser.Transformar queixas em problemas, isso também
é problemático;
 Usualmente na escola usamos a palavra problema
associada apenas a matemática ( livro de Juan Ignácio
Pozo – Solução de Problemas – problemas em todas as
disciplinas).
Competências e Habilidades
 Inicia o texto explicando por que resolveu falar de
habilidades e competência iniciando por soluções de
problemas.Farei mais uma digressão.
 Até pouco tempo atrás a grande questão da escola era a
apdz de conceitos;( conhecer era acumular conceitos,
ser inteligente era articular grandes ideias ,estar
informado sobre conhecimentos eruditos e
importantes;Nesse sentido dar aulas era para muitos
prof um exercício intelectual interessante, o problema é
que muitos alunos não aprendiam neste tipo de aula
passiva;
 Hoje ,essa forma de competência continua sendo
valorizada,principalmente no meio universitário, mas com todas
as transformações tecnológicas sociais e culturais,uma questão
prática e relacional começa a impor-se com grande evidência,
temos muitos problemas a resolver, muitas decisões a tomar,
muitos procedimentos a aprender.
 Os conceitos são importantes;o tipo de aula de antes,continua
sendo importante,mas cada vez se torna mais necessário o
conteúdo chamado “procedimental”, ou seja da ordem do
“saber como fazer”.Temos muitas informações, a questão
atual é encontrar, interpretar e usar essas informações na
busca de solução pelos problemas;
 Exemplo do processador de texto – Word – Novos
programas.Hoje temos que “aprender a aprender”.As
competências e habilidades são mais fundamentais do
que a excelência na realização de algo sempre superado
ou atualizado por uma nova versão ou por uma nova
necessidade;
 No tempo da escola para poucos –não havia problemas
para manter a disciplina – castigo,ameaças, cumplicidade
da família,mantinham os alunos quietos.Hoje na escola
para todos manter o interesse é aparte mais difícil,o prof
gasta metade da aula tentando organizar a classe, a
concorrência é grande ( brincadeiras, risadas,outros
interesses);
 Uma coisa é ter competência para ensinar os
conteúdos,outra coisa é ter competência ou habilidades
para conquistar as crianças e envolve-las nas propostas
de trabalho;
 Um outro ex.um aluno pode não se sair bem na
avaliação porque não aprendeu os conceitos,mas
também pode não saber estudar, se organizar...
 Hoje o desafio para o professor é coordenar o ensino
de conceitos e gestão de sala de aula – aí
compreendidas as aprendizagens de procedimentos,
valores, normas e atitudes.
As três formas de competência
 Competência como condição do sujeito- condição
prévia,herdada ou adquirida ( respirar,mamar, aptidão
para a linguagem – Há prof. com extrema facilidade para
ensinar (talento, dom)mas é também aprendida
( diploma).Essa forma de competência pode estar ligada
a perdas (permanente ou transitória,como por
acidente)desta feita o prof. pode perder sua a sua
competência didática
 Competência como condição do objeto- independe
de quem a utiliza ( livro, carro, computador).Na escola
isso ocorre quando julgamos um professor pela
“competência” do livro que usa,da escola em que
leciona, no bairro onde mora.. quando julgamos o aluno
pela escola em que estuda...
 Competência relacional – é interdependente,ou seja
não basta ter apenas ser entendido da matéria, não
basta possuir bons livros,pois aqui o importante é como
esses “fatores interagem”. A competência relacional
expressa um jogo de fatores( ex. futebol)
 Ex.Conferencista – qualidade do texto ( competência do
objeto) capacidade ler ( competência do sujeito) - não
basta é preciso analisar as reações do público
ridos,aplausos, pausas,ritmo ( competência relacional);
 Jogo é uma excelente metáfora para a competência
relacional – não se ganha um jogo na véspera,há muitos
fatores que só podem ser construídos no momento,na
interação ( o que não pode ser confundido com
improvisação ou impossibilidade de antecipação.
 Uma competência não anula a outra,pois se referem a
dimensões diferentes e complementares de uma
mesma realidade.
 Que aspectos de sua formação corresponde ao
desenvolvimento de competências do sujeito? Quais
aspectos são competências do objeto? Quais são da
relação sujeito-objeto?
 Insuficiente,como formação,fornecer elementos teóricos
aos professores?
 É importante analisar situações práticas em que o
aspecto relacional possa ser analisado.
 Competência e habilidade
 A diferença entre competência e habilidade em uma
primeira aproximação depende do recorte, resolver um
problema , por exemplo,é uma competência que
pressupõe uma série de habilidades (ler ,
interpretar,calcular...)mas,se sairmos deste contexto
cada uma dessas habilidades poderia ser valorizada
como competência. Qual a diferença entre competência
e habilidade? Saber ler com habilidade não é o mesmo
que saber ler com competência relacional.
 O mesmo ocorre com a transmissão de conteúdos na
sala de aula. Há prof.que sabem faze-lo de forma
agradável, interativa,os alunos se sentem envolvidos e
encantados.
 A competência é uma habilidade de ordem
geral,enquanto a habilidade é uma competência de
ordem particular,específica.
 Obviamente que competência não se reduz a um
conjunto de habilidades: é mais que isso,pois supõe algo
que não se reduz a soma das partes.
 Na visão relacional de competência aqui proposta, se os
alunos não aprenderam é porque o prof.não
ensinou,independentemente de sua competência
pessoal no domínio dos conteúdos e do valor,de
verdade, de sua exposição.
 Competição,competência e concorrência
 Como analisar os termo competência,competição e
concorrência,em uma perspectiva relacional?
 Competição – “ com- pedir” pedir junto
( filhos,marido,telefone...),não é possível atender a todos
igualmente. Na sala de aula, por ex, alunos, diretora,orientador,
agenda, horários...Então ao que dar prioridade? São como
jogadores, todos pedindo a vitória.
 Concorrência – correr junto “ dirigir-se para o mesmo ponto” como
atender a todos simultaneamente?- (pq td é importante,
esperado,desejado);
 Competência – C omo coordenar competição com concorrência?
Com competência. Competência, em sua perspectiva relacional,
que expressa o equilíbrio entre os dois opostos. A competição
( necessidade) e a concorrência ( disponibilidade) de cosias
independentes quanto a um fim particular, mas que, na perspectiva
do sujeito, qualificam os meios de certas realizações.
 Competência relacional é o modo como articulamos
nossas habilidades em favor de um objetivo;
 No contexto de concorrência e competição algumas
pessoas se saem bem,outras nem tanto,outras não
sobrevivem ou não suportem a concorrência, nem a
competição;
 Competência relacional demanda cumprir diferentes
tarefas ao mesmo tempo, (mãe amamentando/tarefa do
filho) em níveis diferentes;
 Muitas salas de aula aos olhos de um observador
inexperiente parecem um caos,mas tudo esta saindo
conforme o planejado. Por que? Porque dispõem de
estratégias, recursos variados. (Ex de criança
hiperativa);
 Os prof. se queixam e afirmam não possuir os recursos
necessários para a gestão da sala de aula,acham que
suas técnicas são insuficientes, os cursos de formação,
etc.
 Concorrência, competição e competência sempre foram
interdependentes e presentes nas relações humanas
( plantas) o importante é a tomada de consciência, é
refletir sobre as implicações disso;
 No jogo muitos aspectos competem e concorrem,por
isso o jogo é um desafio para a o desenvolvimento da
competência. Como num jogo ás vezes ficamos muito
do lado do perdedor,ou seja, do desagradável,perigoso
e incompetente no jogo.O interessante tb é buscar as
experiências positivas de sucesso,ou seja construir
recursos que o fortaleçam para enfrentar o jogo, que lhe
possibilita a vitória, ou pelo menos , perceber que
esteve perto dela na medida em que demonstrou
possuir muitos dos fatores que concorriam para o
sucesso, mas não todos, ou não com a coordenação
necessária para vencer o desafio.
 Autonomia e princípio didático
 No livro introdutório dos PCN há um capítulo sobre “
orientações didáticas” , os títulos são: autonomia,
diversidade, disponibilidade para a apdz, interação,
cooperação, organização dos espaço e do tempo e
seleção do material.
 Pq autonomia em um capítulo sobre orientação
didática? O que significa autonomia como princípio
didático?
 A autonomia como principio didático sempre foi
valorizada por Piaget –
 Ex:de lombadas em vias públicas: 1º -nos lembra que é
um redutor de velocidade ( impõe limite),2º -
corresponde ao que pensamos,julgamos ( ser contra, a
favor), 3º é fazer sugestões para a mudança ( críticas
verbais, cartas...).
 Assim ocorre no jogo ( tomar decisões no contexto das
regras, resolver problemas,por outro lado há uma teoria
com as melhores jogadas, as explicações do sucesso,e
há o que se faz para realmente melhorar o jogo) São
três dimensões diferentes e interligadas;
 Piaget valoriza a autonomia como método didático. O
construtivismo não é um método,mas pressupões ação
do aprendiz ( Três princípios metodológicos – 1- ativo, 2-
autonomia e autogoverno, 3- trabalho em equipe e
cooperação);
 Autonomia- como método pedagógico refere-se a
permitir, despertar, favorecer,promover, valorizar
exercitar,argumentar ( ex: proibição do fumo em
espaços públicos)
 Autonomia ,então, é o método que autoriza e fornece
estratégias para promover um pensamento sobre uma
realidade, para pensar,argumentar, criticar, concluir
antecipar...Dentro desta perspectiva deve-se permitir
que a criança repita ás vezes até de forma precária seu
pensamento, na diversidade das formas, pouco a pouco
a melhor se torna vitoriosa;
 Autonomia como principio pedagógico tem valor
educacional de promover reflexões no limites das
idades,dos temas; como método- cria um espaço social;
 Ser autônomo não é ser independente – ser autônomo é
ser responsável pelo que pensa e faz ;( uma criança
recém nascida tem aspectos sob sua responsabilidade:
mamar); autonomia não é sinônimo de independência,
pq se expressa em um contexto relacional ( bebe não
tem mamas);
 A competência do sujeito e a do objeto,cedo ou tarde,
há de resultar na competência relacional,sob pena de
uma ou outra se perderem.
 A autonomia do sujeito ou do objeto pode ser pensada
em sua condição independente,livre do todo,mas a
autonomia na perspectiva relacional, deve ser pensada
em sua condição interdependente em que parte e todo
formam um sistema;
 Autonomia é mais do que uma questão ética ou moral, é
princípio didático que supõe o desenvolvimento de uma
competência para ensinar com a qualidade construtiva “
a lógica da ação corresponde a uma moral do
pensamento”
 Para promover a autonomia é preciso que o prof.
disponha-se a construir essa forma de pensamento e
relação como algo que vale também para ele.
 Aprendizagem significativa e competência
relacional
 Aprendizagem significativa – disponibilidade para
aprender ( Piaget -método ativo) –
 Uma condição fundamental para a pdz significativa :
desejo – necessidade “falta ser”, a busca supõe a
devoção –compromisso, responsabilidade. A devoção
supõe sair dos limites de onde se esta,ir além, como
jogadores que correm atrás de uma mesma ilusão:
vencer. Daí dupla condição para competência
relacional : desejo e devoção. Desejo como fim,direção,
e devoção como meio instrumento.
 Desejo e devoção são cognitivos e afetivos ao mesmo
tempo;( cognitivos: formulação de hipóteses,
estratégias, avaliação- afetivo: querer,significado
pessoal, “ deve” ser);
 Apdz significativa supõe que se encontre “ eco”; é
significativa tb porque “ atravessa” o sujeito se deixa
invadir por um objeto,paixão;
 Piaget criticou o verbalismo na sala de aula ( adulto
explicando coisas sob sua ótica)- crianças apáticas,
desinteressadas, passivas,ou agitadas,
indisciplinadas,pouco cooperativas;
 Crianças não dispõem dos recursos cognitivos dos
adultos, que transformam explicações em pensamentos,
em “ diálogos”;
 O construtivismo não ser reduz a um método, vários
métodos adotam seu princípios ou propriedades:
condição ativa, apdz significativa,etc.
 Há metodos que são envolventes competentes, há
professores que são competentes
O método da cooperação e a competência relacional
• Atualmente se valoriza uma forma de trabalhar em que
todos envolvidos, de forma,interdependente, por mais
diferente que seja o nível de participação e a
complexidade da tarefa de cada um. Nessa nova forma,
a forma de competência mais importante é a relacional;
• Diferente de outras em que as participações são
tomadas de forma independente,linear e aditivo) -a
forma de competência mais importante é a do sujeito e a
do objeto;
• A competência relacional supõe uma abertura para a
diversidade,contradições, diferenças..
• Na perspectiva da competência relacional o mais
importante é o processo de jogar,é a qualidade do modo
como se joga,um jogo cooperativo, marcado pela
interdependência;
• Cooperação é um método de trabalhar com essa
qualidade. Ex: o bedel coopera com a meta educacional
da escola;
• Cooperação não é uma filosofia,uma ética, mas
igualmente um método que supõe competência
relacional. O método que promove a cooperação é mais
construtivo do que o método que não o promove. Sem
cooperação é muito difícil construir algo.
 Um tabuleiro chamado escola
 No tabuleiro chamado escola, a organização das atividades
pedagógicas é fundamental,os materiais, onde acontecem
as atividades, deslocamentos, regras...
 A grande questão é “ a gestão da sala de aula” – há prof.
que são “ maus gerentes” na sala de aula, falta-lhes
competência relacional – não sabem gerenciar o
tempo,gastam tempo demais com algumas atividades, falta
tempo para outras, selecionam mal os objetos,etc...
 É preciso reconhecer que a gestão da sala de aula é tão
importante quanto o domínio dos conteúdos;
 Justificar que a aula não foi eficiente,pois faltou tempo não é
uma boa razão,pois os limites do tempo já estava, lá.Como
dar uma aula em cinco minutos, cinco meses ou cinco anos?
 Quando se dispõe de 10m’ para dizer algo significativo
se diz.
 Competência relacional é um convite para considerar a
multiplicidade dos aspectos que possibilitam “o ser, ou o
não ser” de algo. Penso que somos marcados pelas
competências do objeto e do sujeito,mas nos falta a
competência relacional;
 A competência relacional é,por isso, um convite para
esquecermos nossa arrogância, para deixarmos de
ignorar os ignorantes, os excluídos, os que muitas vezes
só podem contribuir de uma forma negativa e
perturbadora, desajeitada.Mas, essa qualidade de
pensar de forma relacional supõe autonomia,
cooperação, supõe a coordenação de valores que
exigem tempo para sua construção.

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