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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

ÁREA DO CONHECIMENTO
CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS

ENQ0240 Transferência de Calor


Prof. Gláucio de Almeida Carvalho

Aletas

2017
3.4. Difusão de calor
Unidimensional, em Estado Estacionário (EE), sem
geração de calor, em
Superfícies Estendidas - Aletas
Superfícies Estendidas - Aletas
São sólidos através dos quais ocorre uma Transferência de Calor
por condução concomitante a uma Transferência de Calor por
convecção.

Se o objetivo de uma superfície estendida é aumentar a Transferência


de Calor (TC), ela denomina-se ALETA;
 o aumento da taxa de Transferência de Calor
deve-se ao aumento da Área de Transferência de Calor .
A escolha de um determinado tipo de aleta depende:
 do ganho em troca térmica;
 do espaço disponível;
 do peso;
 do custo de fabricação e
 do efeito de diminuição do h em função do aumento da perda de carga
associada ao escoamento.
Quanto maior a condutividade térmica do material da aleta, menor
o gradiente de temperatura entre sua base e sua extremidade
 maior será o ganho em troca térmica!
3.4. Difusão de calor unidimensional,
em Estado Estacionário, sem geração de
calor, em Superfícies Estendidas - Aletas

Cooler para placa de vídeo


 3.4.1. Equação Diferencial (ED) geral de Aletas:
Aplica-se a Lei da Conservação da Energia em um elemento infinitesimal dx:
E ENTRA –E SAI +E GERADA =E ACUMULA

No elemento diferencial dx:

vn
- entra calor por condução em (x) – Atr = w.t;

co
q - sai calor por condução em (x+dx) – Atr = w.t;
qcond
qcond
- sai calor por convecção por As = P.dx, onde
Perímetro P = 2w + 2t
x x+dx
d 2T h.P
 T  T   0
Equação Diferencial ordinária, de
k. 2  2ª ordem, não homogênea, com
dx Atr coeficientes constantes, não
separável.
d 2 h.P
Considerando   T  T  .  0
dx 2 k . Atr
h.P
E a solução desta Equação Diferencial é:   C1 e  mx  C2 e mx , onde m 
k . Atr

h.P
  C1. cosh(mx)  C2 .senh(mx), onde m 
k . Atr
 3.4.1. Equação Diferencial (ED) geral de Aletas :
h.P
  C1.e  m. x  C2 .e m. x , onde m
k . Atr

h.P

v
  C1. cosh(m.x)  C2 .senh(m.x), onde m 

n
co
q
k . Atr
qcond
qcond
Sujeita às seguintes condições de contorno:
- em x = 0, t,  = b,
  T  T
x x+dx - em x = L, t, (a), (b), (c) ou (d)

d
k  h L  h  Tx L  T 
(a) Ponta da aleta trocando calor por convecção: dx x L

(b) Ponta da aleta adiabática (ou simetria): d


k 0
dx x L
(c) Ponta da aleta com T especificada: em x = L, t, L = Tx=L – T

(d) Aleta muito longa (L  ): em x = L, t, L = 0 (Tx=L = T)

Uma aleta pode ser considerada infinita sempre que mL ≥ 2,65


 3.4.1. Equação Diferencial (ED) geral de Aletas :
 3.4.2. Eficiência de Sistemas Aletados

 Efetividade de uma aleta ():


É a razão entre o calor trocado por uma aleta e o calor trocado pela
superfície original, sem aleta.

q aleta

q sem aleta
1
k P  2
Para uma aleta infinita   . 
 h Ac 

Esta equação mostra que a efetividade de uma aleta é:

- tanto maior quanto maior é a condutividade térmica do material da aleta,

- tanto maior quanto menor é o h (convecção natural) e

- tanto maior quanto maior é a relação P/Ac (aletas delgadas).

Recomenda-se o uso de aletas quando  ≥ 2.


 3.4.2. Eficiência de Sistemas Aletados
 Eficiência de uma aleta (a):
É a razão entre o calor trocado por uma aleta e o máximo de calor
que esta aleta poderia trocar.
q aleta q aleta
a  
q máx. aleta h. Atr .b . Tb  T 

Como o máximo de calor trocado por uma aleta é conhecido e uma


vez que existem dados disponíveis da eficiência de diversos tipos
de aletas (função de parâmetros geométricos e térmicos), o calor
trocado é facilmente calculado por:

q aleta   a .h. As. b

Para um sistema com várias aletas, o calor total trocado é dado por:
q total  q aletas  q base nua q base nua  h A base nua b

A base nua  A total  núm aletas  A base aleta

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