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Assistir ao curta-metragem“Vida Maria” disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=Qwa7BmfQ4Rs :

A partir da visualização do curta-metragem os alunos irão responder as seguintes questões:


1. O curta apresenta um ambiente. Que ambiente é esse?
2. Explique o título. Que relação existe entre ele e o filme?
3. O que representa a cena em que a pequena Maria é arrancada do seu caderninho e é obrigada a trabalhar em casa?
4. Será que a mulher que nasce naquele lugar, naquelas condições, está condenada a ter uma "vida Maria". Qual é o papel
desempenhado pela mulher que vive nessa situação?
5. A realidade exposta pelo filme é atual? Comente.
6. Essa realidade poderia ser superada? De que modo?
7. O caderninho traz a figura de linguagem metáfora. Explique-a.
8. Explique a metáfora presente na cerca que separa Maria do mundo.
9. Que sentimentos o filme provoca?
Assistir ao vídeo que apresenta por meio da performance o poema Pedra só , de José Inácio Vieira de Melo .
O vídeo está disponível em:

https://m.youtube.com/watch?v=zZ9a2OtVLVY acessado em 05/10/2016

A partir da audição desse poema correlacionar com os alunos as particularidades de cada obra, bem como as
semelhanças existentes entre elas

.
A partir da audição desse poema correlacionar com os alunos as particularidades de cada
obra, bem como as semelhanças existentes entre elas.

Quarto momento
Propor um estudo sobre a Variação linguística.
Expor por meio de cópias e oralmente algumas particularidades da variação linguística.

Variação linguística
A língua é usada de modo heterogêneo por todos os seus
falantes. O uso de uma língua varia de época para época, de região para
região, de classe social para classe social, e assim por diante. Por assim ser,
dependendo da situação, uma mesma pessoa pode usar diferentes variedades
de acordo com o contexto em que está interagindo.
Ao trabalhar com o conceito de variação linguística,
pretende-se demonstrar:
 que a língua portuguesa, como todas as
línguas do mundo, não se apresenta de
maneira uniforme em todo o território
brasileiro;
 que a variação linguística manifesta-se em
todos os níveis de funcionamento da
linguagem;
 que diversos fatores, como região, faixa etária,
classe social e profissão, são responsáveis pela
variação da língua;
 que não há hierarquia entre os usos variados
da língua, assim como não há uso
linguisticamente melhor que outro. Em uma
mesma comunidade linguística, portanto,
coexistem usos diferentes, não existindo um
padrão de linguagem que possa ser
considerado superior. O que determina a
escolha da variedade é a situação concreta de
comunicação.
Variação dialetal

Cada pessoa traz em si uma série de características que se traduzem no seu modo de se
expressar: a região onde nasceu, o meio social em que foi criada e/ou em que vive, a
profissão que exerce, a sua faixa etária, o seu nível de escolaridade.
Os exemplos a seguir ilustram esses diferentes tipos de variação.

a região onde nasceu (variação regional/geográfica) - aipim, mandioca,


macaxeira (para designar a mesma raiz); tu e você (alternância do
pronome de tratamento e da forma verbal que o acompanha); o s chiado
carioca e o s sibilado mineiro. Nesta dimensão, incluem-se as diferenças
linguísticas observadas entre pessoas de regiões distintas, onde se fala a mesma
língua. Exemplos claros desta variação são as diferenças encontradas entre os
diversos países de língua portuguesa (Brasil, Portugal, Angola, por exemplo) ou
entre regiões do Brasil (região sul, com os falares gaúcho, catarinense, por
exemplo, e região nordeste, com os falares baiano, pernambucano, etc.).
o meio social em que foi criado e/ou em que vive; o nível de
escolaridade (no caso brasileiro, essas variações estão
normalmente interrelacionadas (variaçãosocial) : substituição
do l por r (crube, pranta, prástico); eliminação do d no gerúndio
(correndo/correno); Sob esse ponto de vista, os dialetos correspondem às
variações que existem em função da classe social a que pertencem os
indivíduos. Incluem-se neste tipo de variedade linguística os jargões
profissionais (linguagem dos advogados, dos locutores de futebol, dos
policiais, etc.) e as gírias, que identificam muitos grupos sociais. Na
sociedade, os dialetos sociais podem ter um papel de identificação, pois é
através deles que os diferentes grupos se reconhecem e até mesmo se
protegem em relação aos demais.

tempo (variação histórica): refere-se aos estágios de desenvolvimento


de uma língua ao longo da História. Como por exemplo, a palavra “Você”,
que antes era Vossa Mercê e passou a vosmicê e que agora, diante da
linguagem reduzida no meio eletrônico, é apenas VC.

a faixa etária (variação etária) : irado, sinistro (termos usados pelos


jovens para elogiar, com conotação positiva, e pelos mais velhos, com
conotação negativa). Essas diferenças correspondem ao uso da língua por
pessoas de diferentes faixas etárias, fazendo com que, por exemplo, uma
criança apresente uma linguagem diferente da de um jovem, ou de um
adulto. Ao longo da vida, as pessoas vão alternando diferentes modos de
falar conforme passam de uma faixa etária a outra.
Pelos exemplos apresentados, podemos concluir que há dialetos de dimensão territorial,
social/profissional, de idade, de sexo, histórica. Nem todos os autores apresentam a mesma
divisão para estas variedades, porque elas não têm os limites bem definidos.

Propor a leitura da obra As palhaçadas de João Grilo de João Ferreira de Lima, escrito em
1948 num folheto de oito páginas, com estrofes de seis versos que mais tarde, a obra foi
ampliada por João Martins de Ataíde para 32 páginas, em sextilhas sob o título de Proezas de
João Grilo. Disponível em:

http://blogkairu.blogspot.com.br/2015/11/palhacadas-de-joao-grilo.html ou
http://www.casaruibarbosa.gov.br/cordel/JoaoFerreira/joaoFerreiradeLima_acervo.ht ml
acessado em 24/08/2016
Após a leitura do texto, responder as seguintes questões:

1. O texto “As palhaçadas de João Grilo” pertence a qual gênero textual? Cite
características desse gênero presentes no texto.
2. Há personagens na história? Quais?
3. Quais características são mais marcantes na personagem principal? Justifique a
resposta.
4. Qual a sua opinião sobre as atitudes de João Grilo?
5. Há palavras que caracterizam a variedade linguística regional, como “
sambudo”, “coité”, “garapa”, “popa”, “ turututu”, “timbu”, “caviloso”, “croado”, “
cangalha”. Você conhece o significado? Vamos descobrir.
6. Na sua opinião, ao utilizar marcas linguísticas regionais, o autor consegue
caracterizar melhor a cultura local, bem como os sentidos do textos? Justifique a
resposta.
7. Há a preocupação por parte do escritor com a norma padrão da Língua Portuguesa?
8. Há excessos na utilização das rimas? Comente.
Após assistir ao trecho do filme O auto da compadecida ( o julgamento de João Grilo)
disponível em: https://m.youtube.com/watch?v=CAvIyprhDco
Responder as seguintes questões.
Leia o verso recitado por João Grilo para invocar Nossa Senhora.

“Valha-me Nossa Senhora,


Mãe de Deus de Nazaré!
A vaca mansa dá leite, A
braba dá quando quer. A
mansa dá sossegada, A
braba levanta o pé.
Já fui barco, fui navio,
Mas hoje sou escalar.
Já fui menino, fui
homem,
Só me falta ser mulher.
Valha-me Nossa Senhora,
Mãe de Deus de Nazaré!”

1. Há diferenças entre o modo de João Grilo e os padres demonstrarem a sua fé.


Comente e compare essas duas formas de cultivar a religiosidade..

2. Leia um trecho da fala da Compadecida em favor de João.

“João foi um pobre como nós, meu filho. Teve de suportar as maiores dificuldades,
numa terra seca e pobre como a nossa. Não o condene, deixe João ir para o purgatório.”

3. Responda:
a) Há características de João que lembram o lugar onde viveu, ou seja ele
apresenta características típicas da região nordestina. Cite-as.
b) Quais os efeitos das condições do meio na conduta de João.
c) Atualmente, de que forma a população do Nordeste enfrenta a seca?
d) Você conhece alguém que veio para o sul do Brasil fugindo da seca?
e) Quem são os migrantes na atualidade. De onde eles vêm. Por que fogem de sua terra
natal?

Assistir ao vídeo do teatro “João Grilo de Mossoró” disponível em:


https://m.youtube.com/watch?v=Vqf-QLit1rM
Responder as seguintes questões:

1. Quais as diferenças mais marcantes entre o texto “As palhaçadas de João


Grilo” e o teatro produzido a partir da obra?
2. Há no vídeo do teatro e no trecho do filme “O auto da compadecida” marcas da
oralidade nordestina. Enquanto que no texto “As palhaçadas de João Grilo” isso
não acontece. Como se explica esse acontecimento.

Propor a leitura do texto “Tipos de assaltantes” disponível no site:


http://www.piadas.com.br acessado em 03/10/2016
Após a leitura responder as questões:
1. O que você percebeu no texto acima? Comente:
2.Transcreva de cada uma das cenas duas palavras ou expressões próprias do: nordestino:
mineiro:

gaúcho:

carioca:

baiano:

paulista:

3.Além da linguagem, o texto também revela comportamentos ou hábitos que supostamente


caracterizam o povo de diferentes estados ou regiões. Diga o que caracteriza, por exemplo, o
nordestino, o baiano e o paulista.

Quinto momento

Produção de literatura de cordel em grupo.

Assistir ao vídeo “O cangaceiro” disponível em


https://m.youtube.com/watch?v=PXa3eYOh96I acessado em 22/08/2016. Para
observar as marcas da oralidade, da variação linguística e da xilogravura.
Propor a leitura de trechos dos poemas de Ismael Gaião que tratam sobre o fazer literatura de
cordel. Os poemas estão disponíveis em http://www.recantodasletras.com.br/cordel/4767354
acessado em 03/10/2016

Assistir ao vídeo em que é apresentada A Lei Maria da Penha disponível em


https://www.youtube.com/watch?v=8G9Ddgw8HaQ acessado em 16/11/2016, a fim de que os
alunos possam observar que a Literatura de Cordel aborda inúmeras temáticas.

Realizada as atividades anteriores será sugerida à dupla de alunos a escrita de um poema de


Literatura de Cordel cujo tema será livre.

Sexto momento

Oficina de xilogravura (isogravura).

Questionar os alunos se eles observaram que as gravuras dos cordéis são diferentes? Por que
são diferentes? E como são produzidas?

Informar aos alunos que faremos uma oficina de xilogravura, porém de uma forma adaptada
(pois na forma original são usados materiais cortantes e que não seriam adequados na sala de
aula).

Para isso, assistir ao vídeo que ensina como se faz a isogravura disponível em:
https://m.youtube.com/watch?v=aJODGw9MeV4 acessado em 05/10/2016. Entregar para
os alunos placas de isopor (as bandejinhas que embalam frios), pincel (rolo) e tinta de variadas
cores, tesouras sem pontas e seguir os seguintes passos:
a) Cortar as bordas das bandejinhas de isopor;
b) Escolher o desenho que pretende fazer ou pode desenhar livremente;
c) Com uma caneta ou lápis da ponta arredondada (por fazer) ir dando
profundidade as lindas dos desenhos;
d) Despejar um pouco da tinta numa superfície plana e umedecer o
pincel de forma que não fique muito úmido e tirar o excesso numa pedaço de jornal
usado;
e) Passar o pincel levemente sobre a superfície desenhada;
f)Agora é pegar a folha de papel oficio e como se fosse carimbá-la colocar o isopor
cuidadosamente e sem que ele se mova depois que estiver em contato com a folha e
pressionar com as mãos e ir deslizando por toda superfície (levemente).

g) Retirar o isopor e pronto, a gravura está pronta. Colocar no


h) varal para secar e ser apreciada pela turma.

Posteriormente, será proposto um recital de poesias de cordel para os colegas da turma a fim
de aprimorar a leitura expressiva, a poética e a performance.

Referências Bibliográficas

ARRAES, Guel. O auto da compadecida ( o julgamento de João Grilo).


Disponível em: https://m.youtube.com/watch?v=CAvIyprhDco Acesso em: 01/09/2016.
BARROS, Leandro Gomes de. A seca do Ceará. Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co
_obra=213973 Acesso em: 24/08/2016.
BORTONI-RICARDO, Stella Maris. “Problemas de comunicação interdialetal”. In:
Sociolinguística e o ensino do vernáculo. Revista Tempo Brasileiro nº78/79, p.9-
32. 1984.
BUCCINI, Marcos. O cangaceiro. Disponível em:
https://m.youtube.com/watch?v=PXa3eYOh96I Acesso em: 22/08/2016.

DINIZ, Francisco. Literatura de cordel. Disponível em


https://m.youtube.com/watch?v=bQt1dxETW-8 Acesso em: 24/08/2016.
DREAMS, Denise. DIY: Isopor-gravura. Disponível em:
https://m.youtube.com/watch?v=aJODGw9MeV4 Acesso em: 05/10/2016.
FIORIN, José Luiz. História e perspectivas da relação entre linguística e literatura.
In: LIMA, Maria Auxiliadora Ferreira; ALVES FILHO, Francisco; COSTA, Catarina de
Sena Sirqueira Mendes da (orgs.) Colóquios linguísticos e literários: Enfoques
epistemológicos, Metodológicos e Descritivos. Teresina: EDUFPI, 2011.
GAIÃO, Ismael. Literatura de Disponível em:
http://www.recantodasletras.com.br/cordel/4767354 Acesso em: 01/09/206.

LABOV, William. Modelos sociolingüísticos. Madrid: Cátedra, 1983 [1972].


Lima, João Ferreira de. As palhaçadas de João Grilo. Disponível em:
http://blogkairu.blogspot.com.br/2015/11/palhacadas-de-joao-grilo.html Acesso em:
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LUYTEN, Joseph Maria. O que é Literatura de Cordel. São Paulo: Brasiliense,
2005.
MELO, José Inácio Vieira de. Pedra só. São Paulo: Escrituras Editora, 2012.
.Pedra só. Disponível em: Acesso
https://m.youtube.com/watch?v=zZ9a2OtVLVY em: 05/10/2016.
PINTO, Arnoud. João Grilo de Mossoró. Disponível em:
https://m.youtube.com/watch?v=Vqf-QLit1rM Acesso em: 01/09/2016.

PORTINARI, Cândido. Criança morta. Disponível em:


http://www.proa.org/exhibiciones/pasadas/portinari/salas/id_portinari_crianca_morta. html
Acesso em: 07/02/2017.
PORTINARI, Cândido. Os retirantes. Disponível em:

http://www.proa.org/exhibiciones/pasadas/portinari/salas/id_portinari_retirantes.html Acesso

em: 07/02/2017

RAMOS, Márcio. Vida Maria. Disponível em:


https://m.youtube.com/watch?v=zD_kmO8u1Xg Acesso em: 24/08/2016.

TIPOS de assaltantes. Disponível em: http://www.piadas.com.br Acesso em:


03/10/2016
ZUMTHOR, Paul. A letra e a voz. A “literatura” medieval. São Paulo: Companhia
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. Introdução à poesia oral. Trad. de Jerusa Pires Ferreira et al. São
Paulo: Hucitec, 1997.
. Performance, Recepção, Leitura. Tradução Jerusa Pires Ferreira e Suely
Fenerich. 1. ed. São Paulo: Cosac Naify, 2014.

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