Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Departamento de Enfermagem
Disciplina Bases da Assistência de Enfermagem
• Resolução COFEN-240/2000
Cap. V Das Proibições
Art. 47 – Ministrar medicamentos sem certificar-se da natureza das drogas que
compõem e da existência de risco para a saúde.
versus
• Complicações.
• Extravasamento;
• Obstrução;
• Flebite;
• Tromboflebite;
• Hematoma;
• Lesão.
Terapia endovenosa (TEV)
Infusão rápida:
Bólus: tempo de tempo de infusão de
infusão menor que 1 1 a 30 minutos
minuto
Infusão intermitente:
infusão não contínua.
Ex: 6/6 hrs, 8/8 hrs,
12/12 hrs
Cateteres venosos: Classificação
Cateteres Venosos Periféricos (CVP)
• Cateter venoso periférico
• Cateter arterial periférico
Cateteres Venosos Centrais (CVC)
1. Não tunelizados
• Duplo lúmen, cateter subclávia (intracath), PICC (“epicutâneo”)
2. Tunelizados
• Cateter tunelizado com cuff (Hickman, Broviac, Groshong, Uldall)
• Cateter com reservatório totalmente implantado (Port-a-cath®)
Flebotomias (“dissecção de veia”)
CVP: cateter agulhado, escalp ou
butterfly
• Cateteres agulhados feitos de aço inoxidável
biocompatível, não flexíveis.
Cateter
Borracha
Cateter
Borracha
CVP: Cânula intravenosa (jelco)
CVP: Cânula intravenosa (jelco)
CVC não Tunelizados
• Cateter central inserido por via percutânea
• subclávias, jugulares internas, femorais
CVC não Tunelizados
CVC não Tunelizados
CVC não Tunelizados
• Cateter central de inserção periférica (PICC)
Veia subclávia
Veia basílica
média
Veia cefálica Veia cefálica
média
PICC
Veia basílica
Veia axilar
Veia braquiocefálica
Cateter de Hickman
CVC com reservatório totalmente implantável
CVC com reservatório totalmente implantável
Flebotomias ou dissecção venosa
Inserção de cateter venoso periférico
• A inserção de um cateter endovenoso periférico, também denominada punção
periférica, refere-se à introdução de um cateter no lúmen de uma veia periférica.
**Não use cateteres periféricos para infusão contínua de produtos vesicantes, para nutrição parenteral com mais de 10% de dextrose ou outros aditivos que resultem em osmolaridade final acima de 900 mOsm/L, ou para
qualquer solução com osmolaridade acima de 900 mOsm/L24-26. (ANVISA, 2017)
Locais mais utilizados para punção venosa
Locais mais utilizados para punção venosa
Recomendações da Anvisa para seleção da veia
Recomendações da Anvisa para seleção da veia
1. Selecionar o cateter periférico com base no objetivo pretendido, na duração da terapia, na
viscosidade do fluido, nos componentes do fluido e nas condições de acesso venoso. (II)
2. Não use cateteres periféricos para infusão contínua de produtos vesicantes, para nutrição
parenteral com osmolaridade final acima de 900 mOsm/L, ou para qualquer solução com
osmolaridade acima de 900 mOsm/L. (II)
3. Para atender à necessidade da terapia intravenosa devem ser selecionados cateteres de menor
calibre e comprimento de cânula. (II)
• Cateteres com menor calibre causam menos flebite mecânica (irritação da parede da veia pela
cânula) e menor obstrução do fluxo sanguíneo dentro do vaso. Um bom fluxo sanguíneo,
por sua vez, ajuda na distribuição dos medicamentos administrados e reduz o risco de flebite
química (irritação da parede da veia por produtos químicos).
4. Agulha de aço só deve ser utilizada para coleta de amostra sanguínea e administração de
medicamento em dose única, sem manter o dispositivo no sítio21-22. (II)
Recomendações da Anvisa para seleção da veia
5. Em adultos, as veias de escolha para canulação periférica são as das superfícies dorsal e ventral
dos antebraços. As veias de membros inferiores não devem ser utilizadas a menos que seja
absolutamente necessário, em virtude do risco de embolias e tromboflebites. (II)
6. Para pacientes pediátricos, selecione o vaso com maior probabilidade de duração de toda a
terapia prescrita, considerando as veias da mão, do antebraço e braço (região abaixo da axila). Evite a
área anticubital. (III)
7. Para crianças menores de 03 (três anos) também podem ser consideradas as veias da cabeça.
Caso a criança não caminhe, considere as veias do pé. (III)
10. Usar metodologia de visualização para instalação de cateteres em adultos e crianças com rede
venoso difícil e/ou após tentativas de punção sem sucesso. (I)
Recomendações da Anvisa para o preparo da pele
1. Um novo cateter periférico deve ser utilizado a cada tentativa de punção no mesmo paciente (III)
2. Em caso de sujidade visível no local da futura punção, removê-la com água e sabão antes da
aplicação do antisséptico. (III)
3. O sítio de inserção do cateter intravascular não deverá ser tocado após a aplicação do antisséptico
(técnica do no touch). Em situações onde se previr necessidade de palpação do sítio calçar luvas estéreis. (III)
4. Realizar fricção da pele com solução a base de álcool: gluconato de clorexidina > 0,5%, iodopovidona – PVP-I alcoólico
10% ou álcool 70%. (I)
• Aguarde a secagem espontânea do antisséptico antes de proceder à punção. (III)
5. A remoção dos pelos, quando necessária, deverá ser realizada com tricotomizador elétrico ou
tesouras. Não utilize laminas de barbear, pois essas aumentam o risco de infecção. (II)
6. Limitar no máximo a duas tentativas de punção periférica por profissional e, no máximo, quatro
no total. (III)
• Múltiplas tentativas de punções causam dor, atrasam o início do tratamento, comprometem o vaso, aumentam custos e os
riscos de complicações. Pacientes com dificuldade de acesso requerem avaliação minuciosa multidisciplinar para discussão
das opções apropriadas.
Procedimento de punção venosa
Material necessário
• Curativo/estabilizador;
• Cuba rim ou bandeja desinfetada;
• Seringa;
• Cateter venoso periférico;
• Agulha;
• Equipamento de proteção individual (luvas,
máscara, óculos); • Ampola com solução fisiológica;
Equipos
Equipo para bomba de infusão
https://www.youtube.com/watch?v=_M6OvucJ8Kg
ATENÇÃO PARA
• Punção com jelco HIGIENIZAÇÃO
DAS MÃOS
https://www.youtube.com/watch?v=bQOKsjoFBPI&t=111s
https://www.youtube.com/watch?v=3w4QZ-vsf7g
https://www.youtube.com/watch?v=lpUp4HBAjGw
• Retirada do acesso
https://www.youtube.com/watch?v=HYr3ob26J08
Procedimento
1. Analisar a prescrição médica;
2. Higienizar as mãos;
3. Preparar os materiais e equipamentos;
4. Identificar o paciente para o procedimento e explica-lo. Não esqueça de se apresentar;
5. Selecionar o local da punção;
6. Selecionar o cateter a partir da avaliação da rede venosa, do medicamento, tempo previsto para uso;
7. Vestir os EPIs;
8. Realizar antissepsia da pele com álcool a 70% ou outro antisséptico, em movimentos circulares
(dentro para fora), com diâmetro de 5 a 8 cm, por 30 segundos;
9. Aguardar secagem espontânea;
10. Inserir o cateter com o bisel par cima e num ângulo de 15 a 45º ;
11. Estabilizar o cateter de acordo com o protocolo institucional (utilizar cobertura estéril);
12. Realizar o flushing e lock com SF 0,9%;
13. Identificar o procedimento de inserção (data, hora, cateter e calibre, profissional que realizou a
inserção). A inserção do cateter não deve ser ocluída com a identificação;
14. Organizar o ambiente, desprezando os resíduos nos recipientes corretos;
15. Orientar o paciente;
16. Documentar o procedimento no prontuário.
Recomendações da Anvisa para a estabilização
1. Estabilizar o cateter significa preservar a integridade do acesso, prevenir o deslocamento do dispositivo e
sua perda.
2. A estabilização dos cateteres não deve interferir na avaliação e monitoramento do sítio de inserção ou
dificultar/impedir a infusão da terapia.
3. A estabilização do cateter deve ser realizada utilizando técnica asséptica. Não utilize fitas adesivas e suturas
para estabilizar cateteres periféricos. (III)
• É importante ressaltar que fitas adesivas não estéreis (esparadrapo comum e fitas não estéreis, como
micropore) não devem ser utilizadas para estabilização ou coberturas de cateteres, pois podem ser facilmente
contaminados com microrganismos patogênicos.
3. Utilizar frascos de dose única ou seringas preenchidas comercialmente disponíveis para a prática
de flushing e lock do cateter. (III) . Não utilizar grandes soluções (frascos).
Recomendações da Anvisa para Flushing e manutenção do
cateter
4. Utilizar solução de cloreto de sódio 0,9% para flushing e lock dos cateteres periféricos.
• Usar o volume mínimo equivalente a duas vezes o lúmen interno do cateter mais a extensão
para flushing. Volumes maiores (como 5 ml para periféricos e 10 ml para cateteres centrais)
podem reduzir depósitos de fibrina, drogas precipitadas e outros debris do lúmen. No entanto,
alguns fatores devem ser considerados na escolha do volume, como tipo e tamanho do cateter,
idade do paciente, restrição hídrica e tipo de terapia infusional. Infusões de hemoderivados,
nutrição parenteral, contrastes e outras soluções viscosas podem requerer volumes maiores. (III)
Recomendações da Anvisa para Flushing e manutenção do
cateter
5. Avaliar a permeabilidade e funcionalidade do cateter utilizando seringas de diâmetro de 10 ml para gerar baixa
pressão no lúmen do cateter e registrar qualquer tipo de resistência.
• Não forçar o flushing utilizando qualquer tamanho de seringa. Em caso de resistência, avaliar possíveis atores
(como, por exemplo, clamps fechados ou extensores e linhas de infusão dobrados).
• Não utilizar seringas preenchidas para diluição de medicamentos.
6. Utilizar a técnica da pressão positiva para minimizar o retorno de sangue para o lúmen do cateter.
• O refluxo de sangue que ocorre durante a desconexão da seringa é reduzido com a sequência flushing, fechar o
clamp e desconectar a seringa. Solicitar orientações do fabricante de acordo com o tipo de conector valvulado
utilizado.
• Considerar o uso da técnica do flushing pulsátil (push pause). Estudos in vitro demonstraram que a técnica do
flushing com breves pausas, por gerar fluxo turbilhonado, pode ser mais efetivo na remoção de depósitos sólidos
(fibrina, drogas precipitadas) quando comparado a técnica de flushing contínuo, que gera fluxo laminar. (II)
2. Remover o cateter periférico tão logo não haja medicamentos endovenosos prescritos e caso o
mesmo não tenha sido utilizado nas últimas 24 horas. (III)
5. Rotineiramente o cateter periférico não deve ser trocado em um período inferior a 96 h. A decisão de estender a
frequência de troca para prazos superiores ou quando clinicamente indicado dependerá da adesão da instituição às boas
práticas recomendadas nesse documento, tais como: avaliação rotineira e frequente das condições do paciente, sítio de
inserção, integridade da pele e do vaso, duração e tipo de terapia prescrita, local de atendimento, integridade e
permeabilidade do dispositivo, integridade da cobertura estéril e estabilização estéril. (II)
6. Para pacientes neonatais e pediátricos, não trocar o cateter rotineiramente. Porém, é imprescindível que os serviços
garantam as boas práticas recomendadas neste documento, tais como as descritas no tópico anterior.
Recomendações da Anvisa: cateteres centrais
BARROS, A. L. B. L.; LOPES, J. L.; MORAIS, S. C. R. V. Procedimentos de Enfermagem para a prática clínica. Porto
Alegre: Artmed, 2019.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à
Saúde. Brasília: Anvisa, 2017.
Referência complementar
CARVALHO, V.T.; CASSIANI, SHB; CHIERICATO, C. Erros mais comuns e fatores de risco na administração de
medicamentos em unidades básicas de saúde. Rev.latino-am.enfermagem, Ribeirão Preto, v. 7, n. 5, p. 67-75,2009.
FIGUEIREDO, N. M. A. (organizadora). Administração de medicamentos: revisando uma prática de enfermagem. São
Paulo: Yendis, 2006.
FAKIH, F. T. Manual de diluição e administração de medicamentos injetáveis. Rio de Janeiro: Reichamann & Affonso
Ed., 2000.
MOZACHI, N.; SOUZA, V. H. S.; MARTINS, N.; NISHIMURAi, S. E. F.; AMÉRICO, K. C. Administração de medicamentos. In:
SOUZA, V. H. S. e MOZACHI, N. O hospital: manual do ambiente hospitalar. 8 ed. Manual Real: Curitiba,
2007. cap
44