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Educação no processo

da luta de Libertação Nacional


(1964-1974)

UNIVERSIDADE CATOLICA DE MOCAMBIQUE

FACULDADE DE EDUCACAO E COMUNICACAO

Estudante: Angelina Alfredo Matucho Muecame


José Silvestre
Marnela Vasco Sulemane Simbo
Docentes: Tomas Alfredo. MA
Nampula, Dezembro, 2020
INTRODUCAO

O presente trabalho da cadeira de Fundamentos de Educação, tem como


tema: Educação no processo da luta de Libertação Nacional (1964-1974) O
Objectivo principal é de abordar como era educação e a sua finalidade no
período da guerra. Em primeiro lugar iremos falar da Génese e
desenvolvimento da luta de libertação nacional, em seguida da dialéctica da
unidade no movimento de libertação, A visão da Frelimo sobre a educação
no período 1962-1968, A teoria e a prática educativa nas escolas da
Frelimo 1968-1974, e por fim falaremos da relação entre a teoria e a prática
pedagógica.
Génese e desenvolvimento da luta de libertação nacional

Neste período a origem da concepção e o desenvolvimento da educação


Moçambicana, era considerado como processo intimamente interligado ao da
luta de libertação nacional (1964-1974). A educação Moçambicana surgiu no
interior nesse mesmo processo tentando demarcar desde o começo dos
parâmetros sociopolíticos e culturais da educação colonial.
Numa primeira fase é enfatizada o carácter nacional da educação (consolidar a
unidade nacional), cabendo-lhe ao mesmo tempo responder as necessidades
concretas de formação e ensino que a guerra impunha.
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Esta educação surge das urgências de um povo precisando de aprofundar a sua


consciência nacional e equipar-se dos meios adequados para levar em frente a sua
luta pela independência.

- Os Moçambicanos, tencionavam formar o homem moçambicano livre


independente, pronto a lutar e vencer o colonialismo e construir a sua partia. A
escola do colonialismo como vimos anteriormente, estava direccionada para servir
os interesses em clara contradição com interesses económicos, políticos, sociais e
culturais da população africana. Enquanto que a escola colonial teve como função
principal legitimar a alienação da terra e dos homens.
CONT…

- Contrariamente, a escola nascida na luta pela libertação devia formar o homem


moçambicano, livre da opressão e de alineação coloniais, capaz de recuperar, individual e
colectivamente, a sua história e dignidade. A guerra de libertação foi uma ruptura violenta,
política e cultural, com o sistema colonial. Nesse contexto foi possível o nascimento de uma
educação intimamente ligada aos interesses do povo moçambicano. Gomes, (1999, p 91-93).

Desde o fim do I congresso até 1964 o movimento empenhou-se na preparação da guerra de


CONT…

Existia no entanto, na consciência na Frelimo de que a guerra não exigia só treino militar. A
falta de quadros em todos os campos era enorme. O sistema educacional português atingiu
uma ínfima minoria da educação. Dai que a FRELIMO desde o seu começo compreendesse a
importância e a necessidade da educação para levar em frente a luta de libertação.

O combate não consistia apenas em disparar tiros e matar soldados inimigos. O objectivo
central do combate era a transformação da sociedade. A educação política desempenhou, neta
primeira fase, um papel importante na criação de unidade entre os militantes da FRELIMO.
Como lembra Mondlane: o primeiro passo era a educação desde o princípio foi dando a
educação para combater o tribalismo o racismo e a intolerância religiosa.
A dialéctica da unidade no movimento de libertação

- Com a luta de libertação nacional iniciava-se um processo que exigiu


constante superação dos obstáculos e contradições que no passado
impediram a unidade e que facilitaram a dominação estrangeira. Neste
contexto é tratada a questão das diferentes tribos ou etnias. No primeiro
momento quando ainda não se colocava muito directamente o problema
do tipo de sociedade que se pretendia construir e não existia as
contradições antagónicas no seio da frente. Reconhece-se a existência da
diversidade étnica e enfatiza-se que esse facto não antagoniza com idade
nacional.
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A nação moçambicana como varias nações do mundo, é


composta de muitos povos contradições e culturas
diferentes mais unidos por uma experiencia histórica e o
mesmo destino político, económico e social, engajados na
mesma tarefa sagrada de lutar pela sua libertação.
A visão da FRELIMO sobre a educação no período 1962-1968
Nesta fase, a educação tinha como finalidade fundamental apoiar a construção da unidade
nacional. Não se colocava, ainda, o carácter de classe da escola ela era considerada importante
para consolidar o sentimento da identidade nacional e como um espaço da aquisição do saber
técnico importante para fazer avançar a guerra, que exigia conhecimentos para manejar as
armas e planificar os ataques. Ela era também, extremamente importante para desenvolver a
produção nas zonas libertadas.

Segundo Mondlane, (1975). A educação pré-colonial que era inserida na reprodução de vida e
cosmo visão africana estava melhor adequada as suas necessidades. As grandes virtudes desta
educação pré-colonial africana eram principalmente o ser orientada para as necessidades da
sociedade, ser totalmente integrada e destinar-se a todos por igual.
A teoria e a prática educativa nas escolas da FRELIMO 1968-1974

A II conferência do departamento de educação e cultura (DEC) da Frelimo


constatou como aspectos positivos da educação tradicional todos aqueles que
fornecem aos indivíduos os conhecimentos necessários para se manter e para o
progresso da sociedade. É através desta educação que a pessoa aprende a
comer, cultivar, caçar, fazer cestos, esteiras, pescar, cantar e dançar etc. esse
tipo de educação corresponde a uma determinada organização social e que a sua
vantagem implicaria uma mudança na dinâmica dessas sociedades.
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Um dos objectivos estratégicos definidos na segunda conferencia


para educação foi:

- Formar o homem novo livre de entendimentos supersticiosas e


aparentes, com plena consciência do poder da sua inteligência e da
força transformadora do seu trabalho na sociedade e na natureza.
Gomes (1999, p 149,152).
A relação entre a teoria e a prática pedagógica

A ligação entre trabalho intelectual-manual entre os estudantes e os


trabalhadores como umas das características fundamentais da educação. Os
objectivos políticos da educação, decorrentes do carácter e objectivo de luta
de libertação, estavam sempre presentes e constituíam uma preocupação
constante de professores e alunos.
CONT…

Um dos maiores desafios da política educacional da Frelimo nesta fase, no


entanto, deu-se ao nível da competência técnica. Existia uma contradição entre o
que se pretendia fazer e a capacidade da sua materialização. Por um lado estavam
identificados os fins, por outro lado, a prática pedagógica, muitas vezes não
correspondia aqueles. Tratava-se da relação entre compromisso e competência
técnica. Materializar essa relação significou sempre, mesmo depois da
independência, um grande desafio para os educadores moçambicanos.
Conclusão

Chegando ao fim percebemos que no que refere a Génese e desenvolvimento


da luta de libertação nacional, trata-se da origem da concepção e o
desenvolvimento da educação Moçambicana, que era considerado como
processo intimamente interligado ao da luta de libertação nacional (1964-
1974). Na dialéctica da unidade no movimento de libertação, vimos que com
a luta de libertação nacional iniciava-se um processo que exigiu constante
superação dos obstáculos e contradições que no passado impediram a unidade
e que facilitaram a dominação estrangeira.
CONT…

A visão da Frelimo sobre a educação no período 1962-1968. Nesta fase, a


educação tinha como finalidade fundamental apoiar a construção da unidade
nacional. A teoria e a prática educativa nas escolas da Frelimo 1968-1974. É
desta educação que a pessoa aprende a comer, cultivar, caçar, fazer cestos,
esteiras, pescar e cantar etc. A relação entre a teoria e a prática pedagógica.
Os objectivos políticos da educação, decorrentes do carácter e objectivo de
luta de libertação, estavam sempre presentes e constituíam uma preocupação
constante de professores e alunos.
Referência bibliográfica

Gomes, M. B. (1999). Educação Moçambicana história de um processo: 1962-1984.


Maputo: Moçambique. Editor livraria universitária.

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