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meio da livre circulação de bens, serviços e fatores
produtivos, do estabelecimento de uma Tarifa
Externa Comum (TEC), da adoção de uma política
comercial comum, da coordenação de políticas
macroeconômicas e setoriais, e da harmonização de
legislações nas áreas pertinentes.
A configuração atual do MERCOSUL encontra seu marco
institucional no Protocolo de Ouro Preto, assinado em
dezembro de 1994. O Protocolo reconhece a personalidade
jurídica de direito internacional do bloco, atribuindo-lhe,
assim, competência para negociar, em nome próprio,
acordos com terceiros países, grupos de países e
organismos internacionais.
O MERCOSUL responde por 71,8% (12.789.558 km²)
do território da América do Sul. Possui cerca de 3
vezes a área da União Europeia.
Comércio
O comércio dentro do MERCOSUL multiplicou-se
por mais de 12 vezes em duas décadas, saltando de
US$ 4,5 bilhões (1991) para US$ 59,4 bilhões (2013).
Oitenta e sete por cento (87%) das exportações
brasileiras para o bloco é composta de produtos
industrializados.
Produção Agrícola
O MERCOSUL é uma potência agrícola. Ressaltam
suas capacidades de produção das cinco principais
culturas alimentares globais (trigo, milho, soja,
açúcar e arroz). O MERCOSUL é o maior exportador
líquido mundial de açúcar, o maior produtor e
exportador mundial de soja, 1º produtor e 2º maior
exportador mundial de carne bovina, o 4º produtor
mundial de vinho, o 9º produtor mundial de arroz,
além de ser grande produtor e importador de trigo e
milho.
Energia
O MERCOSUL é uma das principais potências energética
do mundo. O bloco detém 19,6% das reservas provadas de
petróleo do mundo, 3,1% das reservas de gás natural e 16%
das reservas de gás recuperáveis de xisto.
O MERCOSUL é detentor da maior reserva de petróleo do
mundo, com mais de 310 bilhões de barris de petróleo em
reservas certificadas pela OPEP. Desse montante, a
Venezuela concorre com uma reserva de 296 milhões de
barris.
A Venezuela detém 92,7% das reservas de petróleo do
MERCOSUL. O Brasil tenderá a ampliar sua participação
nas reservas de petróleo do Bloco à medida que os trabalhos
de certificação das reservas do pré-sal brasileiro progridam.
Estimativas conservadoras calculam essas reservas em torno
de 50 bilhões de barris.
O MERCOSUL na vida do cidadão
normas de alcance regional que criam direitos e
benefícios para os cidadãos dos Estados Partes,
facilitando aspectos práticos de seu dia-a-dia. Entre
os direitos e benefícios de que gozam os cidadãos do
bloco, atualmente, podem-se destacar:
Acordo sobre Documentos de Viagem
Acordo de Residência
Acordo Multilateral de Seguridade Social
Integração Educacional
Fundo para a Convergência Estrutural
do MERCOSUL (FOCEM)
O Fundo para a Convergência Estrutural do
MERCOSUL (FOCEM) destina-se a “financiar
programas para promover a convergência estrutural,
desenvolver a competitividade e promover a coesão
social, em particular das economias menores e regiões
menos desenvolvidas; apoiar o funcionamento da
estrutura institucional e o fortalecimento do processo
de integração”.
O Brasil é o maior contribuinte, aportando 70% dos
recursos do Fundo. A Argentina é responsável pela
integralização de 27% do montante; o Uruguai, pela
contribuição de 2%; e o Paraguai, de 1%.
O FOCEM entrou em operação em janeiro de 2007,
com a aprovação dos primeiros projetos a serem
financiados com recursos comunitários. Ao longo de
seu funcionamento, o Fundo teve mais de 40 projetos
aprovados. Tem contribuído para a melhoria em
setores como habitação, transportes, incentivos à
microempresa, biossegurança, capacitação
tecnológica e aspectos sanitários.
Em 2015, a Decisão CMC 22/15 estabeleceu a
renovação do FOCEM, o que permitirá a
continuidade dos aportes ao Fundo a partir de sua
vigência em todos os Estados Partes.
Coordenadores Nacionais
Conselho do Mercado Comum - CMC
Grupo Mercado Comum - GMC
Comissão de Comércio do MERCOSUL - CCM
Conclusão
A inserção do Brasil na economia mundial não se dá apenas pela via do comércio, em
termos de acesso a mercados de bens; requer também, e talvez principalmente, acesso
ao mercado de capitais e de tecnologia, o que, normalmente, só é encontrado no mundo
desenvolvido.
De qualquer modo, mesmo no plano do comércio de bens, o Brasil é um global
trader com interesses muito diversificados e com clara preferência por um sistema de
comércio multilateral e nao-discriminatório.
O Mercosul, como área de livre comércio em formação, já produziu excelentes
resultados comerciais. E projeto que continua, portanto, a merecer alta prioridade.
Devemos reconhecer, contudo, não ser suficiente para o Brasil como plataforma de
inserção regional e muito menos mundial.
A transformação do Mercosul em União Aduaneira terá de ser feita, entretanto, de
forma a não se criar um obstáculo à preservação dos níveis atuais de industrialização
brasileira nem à sua necessária expansão futura, em termos não só quantitativos, mas
também qualitativos. E desde que não implique cerceamento indevido da capacidade
negociadora do Brasil no terreno comercial, em particular na América do Sul.