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Contabilidade Introdutória II

Prof. Edson Carrilho


Conteúdo da Seção

Processo de Convergência Internacional e a Estrutura


Conceitual Básica da Contabilidade:

 Principais Instituições emitentes de Normas Contábeis no


Brasil.

 Principais Instituições Internacionais.

 Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade.


Regulamentação Contábil no
Brasil

 O processo de regulamentação da normas contábeis tem sido


submetido a alterações.

 Em 2005 foi constituído o CPC (Comitê de Pronunciamentos


Contábeis), que tem como objetivo a centralização na emissão de
normas contábeis no Brasil, com base nos padrões
internacionais.

 Em 28 de dezembro de 2007 foi aprovada a Lei 11.638, trazendo


modificações que se aproximam aos padrões internacionais.
Principais Instituições que participam do
Processo de
Regulamentação Contábil no Brasil
 Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
 Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC);
 Instituto dos Auditores Independentes do Brasil
(IBRACON);
 Conselho Federal de Contabilidade (CFC);
 Bolsa de Valores de São Paulo (BM&F Bovespa).
Comissão de Valores Mobiliários
(CVM) – www.cvm.gov.br

 Tem poderes para disciplinar, normatizar e fiscalizar a atuação


dos diversos integrantes do mercado, com abrangência no
mercado de valores mobiliários.

 Tem competência para apurar, julgar e punir irregularidades


eventualmente cometidas no mercado.

 Emissão de normativos técnicos como Instruções,


Deliberações, Pareceres, Ofício-Circular.
Comitê de Pronunciamentos Contábeis
(CPC) – www.cpc.org.br
 Entidade autônoma que tem como objetivo estudar,
preparar e emitir Pronunciamentos Técnicos sobre
procedimentos de contabilidade e divulgar informações
dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela
entidade reguladora brasileira, visando à centralização e
uniformização do seu processo de produção, levando
sempre em conta a convergência da contabilidade brasileira
aos padrões internacionais.

 Formado pelas principais entidades contábeis brasileiras,


representando os interesses de diferentes fatores.
Instituto dos Auditores Independentes do
Brasil
(IBRACON) – www.ibracon.com.br

Tem a função de discutir, desenvolver e aprimorar as


questões éticas e técnicas da profissão de auditor e de
contador.

 Atua como porta-voz dos auditores e contadores


diante de organismos públicos e privados e da
sociedade em geral.
Conselho Federal de Contabilidade (CFC)
www.cfc.org.br
Autarquia especial de caráter corporativo, sem vínculo
com a Administração Pública Federal.

Tem como objetivo orientar, normatizar e fiscalizar o


exercício da profissão contábil, por intermédio dos
Conselhos Regionais de Contabilidade.
Bolsa de Valores de São Paulo
(BM&F Bovespa) – www.bovespa.com
Único centro de negociação de ações no Brasil e maior da
América Latina.
As negociações são realizadas exclusivamente por meio de
sistema eletrônico.
“Novo Mercado”: conjunto de empresas que propicia mais
direitos ao investidor e maior transparência para o mercado.
Principais Instituições Internacionais

International Accounting Standards Board (IASB).

Financial Accounting Standards Board (FASB).


International Accounting Standards
Board (IASB)
www.ifrs.org

Entidade independente, com o objetivo de definir


critérios universais e padrões para serem aplicados por
todos os países de maneira idêntica e compreensível.

Os padrões emitidos são os International Financial


Reporting Standards (IFRS).
Financial Accounting Standards
Board (FASB)
www.fasb.org

Entidade responsável pela emissão dos


pronunciamentos contábeis para serem observados
pelas empresas dos Estados Unidos.

Reconhecido pelo SEC (Securities and Exchange


Comission).
Processo de convergência das normas
contábeis

O processo está em andamento, sendo que o IFRS é


aceito em mais de 100 países.

No Brasil, as companhias abertas e as instituições


financeiras passaram a obrigatoriamente apresentar
suas demonstrações contábeis de acordo com os
padrões internacionais desde o exercício findo em
2010.
Estrutura Conceitual Básica da
Contabilidade

Deliberação CVM 539/2008


 Pressupostos Básicos
 Características Qualitativas
 Limitações às características qualitativas
 O conceito da Essência sobre a Forma
 Resolução CFC 750/1993e Resolução 1.282/10
 Princípios (somente)
Deliberação CVM 539/2008
Pressupostos Básicos: aquilo que se tem por premissa.
 Características Qualitativas: atributos que tornam as
demonstrações contábeis úteis aos leitores.
 Limitações às Características: restrições à implantação
das características qualitativas.
O conceito da Essência sobre a Forma: conceito geral
que norteia o processo de produção e divulgação das
demonstrações contábeis.
Pressupostos Básicos

A base sobre a qual a Contabilidade atua (está


construída). São eles:

 Regime de Competência
 Continuidade
Pressuposto do Regime de
Competência

As transações e os eventos que afetam o


patrimônio da entidade são reconhecidos
contabilmente quando da realização econômica.

O reconhecimento contábil das Receitas e das


Despesas independe da realização financeira
(recebimento e pagamento em dinheiro).
Pressuposto da Continuidade

A Entidade é um organismo vivo que irá operar por


um longo período, até que surjam fortes evidências
em contrário.

A Empresa possui vida indeterminada.


Caso a empresa precise encerrar suas atividades, as
demonstrações contábeis deverão ser preparadas em
uma base diferente.
Características Qualitativas
Guias para atuação dos contabilistas com o fim de se
gerar informações que atendam as necessidades dos
usuários.

Características Qualitativas Primárias das Demonstrações


Contábeis são:
 Compreensibilidade
 Relevância
 Confiabilidade
 Comparabilidade
Característica Qualitativa da
Compreensibilidade
As informações apresentadas pela Contabilidade
devem ser diretas e claras, possível de serem
prontamente entendidas pelos usuários que
possuem um conhecimento razoável dos negócios,
das atividades econômicas e da contabilidade.
Característica Qualitativa da
Relevância

A utilidade das informações é diretamente afetada por


sua relevância (importância).
A relevância é caracterizada pela capacidade de afetar
o processo decisório.

 Características qualitativas secundárias:


 Natureza da informação.
 Materialidade.
Característica Qualitativa da
Confiabilidade

O usuário precisa confiar na informação, caso


contrário não lhe terá qualquer utilidade.

Confiabilidade = livre de viés ou erro relevante,


representação apropriada da realidade.
Característica Qualitativa da
Confiabilidade

As características qualitativas secundárias


relacionadas à confiabilidade são:
 Representação com propriedade.
 Primazia da essência sobre a forma.
 Neutralidade.
 Prudência.
 Integridade.
Característica Qualitativa da
Comparabilidade

Os usuários precisam comparar as informações


contábeis ao longo do tempo, bem como entre
empresas.

 As práticas contábeis precisam ser consistentes ao


longo do tempo e uniformes entre empresas e entre os
itens patrimoniais de mesma natureza.
Limitações às Características
Qualitativas

Freio à observância das características qualitativas.

 As Limitações às Características Qualitativas são:


 Tempestividade.
 Equilíbrio entre custo e benefício.
 Equilíbrio entre características qualitativas.
Limitação da Tempestividade

Para a informação ser útil ela precisa ser


disponibilizada ao usuário em tempo hábil para ele
analisá-la e tomar decisões.
Limitação do Equilíbrio entre Custo e
Benefício

Por mais útil que a informação possa ser, o custo para


produzi-la precisa ser menor que o benefício que a
informação gerará.
Limitação do Equilíbrio entre
Características Qualitativas

Não há hierarquia dentre as quatro características


qualitativas principais. Todas são igualmente
importantes.
O Conceito: Visão Verdadeira e
Adequada

Conceito anglo-saxão de True & Fair View, que


deve nortear todo o processo de produção e
divulgação das demonstrações contábeis.

 A essência econômica das transações deve


prevalecer sempre sobre a forma jurídica.
Resolução CFC nº 750/1993

Princípio da Entidade: o patrimônio da empresa (entidade)


não deve se confundir com o patrimônio de ninguém, nem
mesmo dos sócios da empresa.

Princípio da Continuidade: idêntico ao Pressuposto Básico


da Continuidade.
Resolução CFC nº 750/1993
Princípio da Oportunidade: o contador deve reconhecer os
eventos e as transações na primeira oportunidade que
tomar conhecimento de sua ocorrência e puder mensurá-
los de forma adequada.

Princípio do Registro pelo Valor Original: O custo de


aquisição de um ativo ou dos insumos necessários para
colocá-lo em condições de gerar benefícios para a
Entidade representa a base de valor para a Contabilidade.
Resolução CFC nº 750/1993

Princípio da Atualização Monetária: Os valores


apresentados nas Demonstrações Contábeis devem ser
corrigidos de acordo com a inflação, se a inflação
acumulada no triênio for de 100% ou mais.
Resolução CFC nº 750/1993

Princípio da Competência: o mesmo que o


Pressuposto Básico da Competência.

Princípio da Prudência: o mesmo que a


Característica Qualitativa secundária da Prudência
(relacionada à característica primária da
Confiabilidade).
Bibliografia
 SZUSTER, Natan; CARDOSO, Ricardo L.; SZUSTER, Fortunée R.; SZUSTER, Fernanda
R.; SZUSTER, Flávia R. Contabilidade Geral. 3. ed. [S.l.]: Editora Atlas, 2011. Cap. 3.
 IUDÍCIBUS, Sérgio. Contabilidade Introdutória. 11. ed. [S.l.]: Editora Atlas. Cap. 10.
(Equipe de Professores da FEA-USP.)
 IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto; SANTOS, Ariovaldo.
Manual de Contabilidade Societária. Editora Atlas.
 Marion, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 15.ed. Editora Atlas.
 MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9.ed. Editora Atlas, Cap. 3, p.29-37.
 IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de Balanços. 10.ed. Editora Atlas, Cap.2, p.22- 37.
 IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 5.ed. Editora Atlas, Cap. 3-6, p. 46-109.
 LOPES, Alexsandro B.; MARTINS, Eliseu. Teoria da Contabilidade: uma nova
abordagem. Editora Atlas,Cap. 3, p. 50-63, Cap. 4, p.64-74, Cap. 8, p. 123-136.
 Pronunciamento Conceitual Básico, emitido pelo CPC – www.cpc.org.br.

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