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ANÁLISE DE INVESTIMENTOS

MÁRIO OTÁVIO BATALHA

1
OBJETIVO
Fornecer os conceito e as técnicas
fundamentais de matemática financeira e
análise de investimentos, para a análise e
comparação de oportunidades de
investimento.

2
PROGRAMA
 Introdução à Análise de Investimentos

 Conceitos Financeiros Básicos

 Equivalência de Capitais

 Métodos para comparação de Oportunidade de Investimento

 Investimento sob Circunstâncias Específicas

 *** Sistemas de amortização de dívidas 3


BIBLIOGRAFIA BÁSICA
 Gonçalves, A. et al. Engenharia econômica e finanças. Rio de Janeiro: Edit.
Campus, 2009.
 Grant, E. L.; Ireson, W. G. e Leavenworth, R. S. Principles of Engineering
Economy. Singapore, John Wiley $ Sons, 1990, 8th ed. 591 p.
 Hirchfeld, Henrique. Engenharia Econômica. São Paulo: Atlas, 1982, 453 p.

 Hummel, Paulo R.V.; Taschner, Mauro R. B. Análise de decisões e Investimentos.


São Paulo: Atlas, 1988, 214 p.
 Pilão, N. E. e Hummel, P. R. V. Matemática Financeira e Engenharia Econômica –
A teoria e a prática da análise de projetos de investimentos. São Paulo: Pioneira
Thonson Learning, 2003. 273 p.
 Newnan, D. G. e Lavelle, Jerome P. Fundamentos de Engenharia Econômica. Rio
de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 2000, 359 p.
 Nogueira, E. Análise de Investimentos. In: Batalha, M. O. Gestão Agroindustrial.
São Paulo: Edit. Atlas, 2001, v. 2, cap. 4, p. 223-288.
 Oliveira, José Alberto Nascimento de - Engenharia Econômica: Uma abordagem
às decisões de Investimento. São Paulo: Edit. McGraw-Hill do Brasil, 1982, 172 p.
 Fleischer, Gerald A Teoria e Aplicação do Capital: um estudo das decisões de
investimento.São Paulo: Ed. Edgar Blücher Ltda, 1973. 4
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

MF = 0,5 . P1 + 0, 5 . P2
 
onde:
MF = média final
P1 = nota prova 1
P2 = nota prova 2

Os alunos que obtiverem MF inferior a seis, poderão fazer


uma prova suplementar que substituirá, na MF, a menor
5
nota das duas provas anteriores (P1 e P2).
JUROS E TAXA DE JUROS

Fatores de Produção: Fatores de Remuneração:


Trabalho Salário
Terra Aluguel
Capital Juros

Não considerar o efeito dos juros em uma análise pode levar o


decisor a cometer erros representativos e a tomar decisões
inadequadas!

6
JUROS E TAXA DE JUROS

“Uma soma de dinheiro pode ser equivalente a outra, diferente,


mas num ponto diferente no tempo. O que proporciona a
equivalência é o dinheiro pago pelo uso do dinheiro: os JUROS”.

Enfim, o juro é quem cria o valor do dinheiro no tempo!

A taxa de juros deve-se, entre outros fatores de menor


importância, a:
 Oportunidade;
 Inflação;
 Risco.
7
TAXA DE JUROS

A TAXA DE JUROS É COMPOSTA POR TRÊS


DIFERENTES ASPECTOS:

1 . Risco de Perda

2. Despesas Administrativas

3. Remuneração Pura ou Lucro

NÃO CONFUNDIR JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA !

8
JUROS E TAXA DE JUROS

“Um real recebido hoje não será equivalente a um real recebido


dentro de t anos”

 Conceito de Juros:

 Pagamento pela oportunidade de dispor de um capital em


determinado período do tempo;

 Custo do capital ou custo do dinheiro.

9
JUROS E TAXA DE JUROS

 Modalidades de Juros:

 Simples:
São aqueles onde somente o capital renderá juros, ou seja,
os juros irão ser diretamente proporcionais ao capital
requerido.

J  Pin
onde:
Principal
P
i  de Juros
Taxa 10
n  Número de períodos de juros
JUROS E TAXA DE JUROS

Exemplo didático:

Uma empresa toma emprestados $ 10.000,00 a uma taxa de


juros simples de 5% ao mês. Quanto ela deverá pagar ao final
de 6 meses?
J  Pin
J = 10.000 x 0,05 x 6
J = 3.000,00

A empresa deve pagar 13 mil reais pelo empréstimo feito,


sendo que 3.000 serão somente referente aos juros do
período do empréstimo.
11
CONSIDERE UM TEMPO DE EMPRÉSTIMO IGUAL A 4
ANOS PARA UM CAPITAL DE R$ 1.000,00 E A UMA
TAXA = 6% a.a.

J1 = 1000 x 0,06 = 60

J2 = 1000 x 0,06 = 60

J3 = 1000 x 0,06 = 60  P3 = P + P +i P +i P =iP+ 3 P i

Jn = 1000 x 0,06 = 60  Pn = P + n P i

J=n
iP 12
EXEMPLOS

1. Quais deverão ser os juros pagos no empréstimo de R$ 1000,00 durante


um ano a uma taxa de 2% a.m. ?
J  Pin
J = 12 x 0,02 x 1000 = 240

2. Quais os juros que deverão ser pagos por 4 meses a uma taxa de 12%
a.a.?
J  Pi n
J = 0,12/12 x 4 x 1000 = 40

3. Quanto deverei pagar pelo empréstimo de 1000 pelo prazo de 45 dias a


uma taxa de juros igual a 7% a.a.?

J  Pin
J = 0,07/360 x 45 x 1000 = 8,75 => P = P + J = 1.008,75 13
TAXA DE DESCONTO OU DESCONTO DE
DUPLICATAS
Suponhamos que uma determinada empresa vá a um banco para
descontar uma duplicata no valor de $1.000,00. O prazo de vencimento
desta duplicata é de 45 dias e a taxa de desconto (d%) cobrada pelo banco
é de 10% a.m.. Qual será o valor descontado na duplicata? Qual é o valor
da taxa de juros mensal cobrada pelo banco?

Juros = d . Pn i = J/P0 = 150/1000-150


Juros = 0,10 . 45/30 . 1000
I = 0,1765 no período de 45 dias
Juros = 150 = desconto

P = 850
i m = (17,65/45 ) . 30
1 2 3 4
i m = 11,76 % a.m. 0
45

M = 1000

14
EXEMPLO

Qual a taxa de juros mensal referente ao desconto de uma


duplicata que vence em 3 meses sabendo que o banco cobra
uma taxa de desconto antecipado de 22%.
Considere um empréstimo de $100.000,00

Juros = 100000 x 0,22 = 22000

i = 22000 / P = 22000/78000 = 28,20% a.t.


i = 9,4 % a.m.
15
JUROS E TAXA DE JUROS

 Modalidades de Juros:

 Compostos:
Irão incorporar ao capital os próprios rendimentos dos juros
do período anterior. Desta forma, quando compostos, os
juros também irão render juros (são os ‘juros sobre juros’).

J  P  1  i   P
n

onde:
P
Principal
i  de Juros
Taxa 16
n  Número de períodos de juros
COMPARAÇÃO JUROS SIMPLES x COMPOSTOS
MONTANTE OU VALOR FUTURO
Período Juros Simples Juros Compostos

0 100 100

1 100 + 0,05 x 100 = 105 100 + 0,05 x 100 = 105

2 105 + 0,05 x 100 = 110 105 + 0,05 x 105 = 110,25

3 110 + 0,05 x 100 = 115 110,25+ 0,05 x 110,25= 115,76

. . .
i
12 P = P (1+n ) = 160 179,58
Generalizando....

P0
P1 = P0 + P0 i
i i
P 2 = P1 + P1 = P0 + P0 + (P0 + P0 ) ii
P2= P (1 + i)
0
2
17

Pn
i
= P (1 + )
0
n
EXEMPLOS
1. Qual deverá ser o valor pago por um empréstimo de R$ 1000,00 a taxa de 6% a.a.
por um período de 4 anos ?

P4 = 1000 (1 + 0,06) 4
P4 = 1262,48

2. Em um empréstimo de R$ 1000,00 por 4 anos paguei ao final R$ 1360,49. Qual a


taxa de juros cobrada ao ano?

1360,49 = 1000(1 + i ) 4
i = 8% a.a.

3. Considere um empréstimo de R$ 1000,00 que deve ser pago ao final de 3 anos


juntamente com os juros acumulados. Supondo-se uma taxa de juros associada ao
empréstimo de 10% a.a., qual será o total de juros devido?

P3 = 1000 (1 + 0,1) 3
P3 = 1331
18
JUROS = 1331 – 1000 = R$ 331,00
JUROS E TAXA DE JUROS
Exemplo didático anterior:
Uma empresa toma emprestados $ 10.000,00 a uma taxa de
juros compostos de 5% ao mês. Quanto ela deverá pagar ao
final de 6 meses?
J  P  1  i   P
n

J = 10.000 x (1+0,05)6 – 10.000


J = 3.400,96

A empresa deve pagar 13.400,96 pelo empréstimo feito, sendo


que 3.400,96 serão referentes aos juros do período do
empréstimo.
19
JUROS E TAXA DE JUROS

Comportamento destes juros, quando solicitado um capital P = 100,00 reais, a


uma taxa de juros i = 10% ao ano, por um período n = 10 anos:

300

250
Valor (R$)

200
Juros Simples
Juros Composto
150

100

50
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 20
Período (anos)
JUROS E TAXA DE JUROS
 NOMINAL
Ocorre quando o período referido na taxa de juros
(aplicação) não é igual ao período de capitalização.
Exemplo: 60% a.a. com capitalização mensal

 EFETIVA
Ocorre quando os períodos de capitalização coincidem
com a taxa de juros.
Exemplo: 5% a.m.

A matemática financeira baseia-se em taxas de juros


efetivas. Sendo assim, as taxas nominais devem ser
convertidas em taxas efetivas!
21
JUROS E TAXA DE JUROS
 Conversão de taxas de juros de mesmo período de
capitalização:

Para converter uma taxa de juros nominal em taxa de juros


efetiva de mesmo período de capitalização, faz-se:

i NOMINAL
i EFETIVA 
N
onde:
taxa de juros
i EFETIVA  efetiva
taxa de juros
i NOMINAL  nominal
número de períodos de composição da taxa de juros,
isto é, número de vezes N que a taxa nominal é capitalizada
22
JUROS E TAXA DE JUROS

 Conversão de taxas de juros de mesmo período de


capitalização:

Para converter uma taxa de juros nominal em taxa de juros


efetiva de mesmo período de capitalização, faz-se:

i NOMINAL
i EFETIVA 
N
Exemplo:
20% a.a. c.m  determinar taxa efetiva mensal

20% a.a. c.m = 1,67% a.m. c.m


23
12
JUROS E TAXA DE JUROS

 Conversão de taxas de juros de mesmo período de


aplicação:

Para converter uma taxa de juros nominal em taxa de juros


efetiva de mesmo período de aplicação, faz-se:

N
i 
i 
1 
A 
NOMINAL
EFETIV 1
 N
onde:
taxa de 
i EFETIVA juros efetiva
NOMINAL 
itaxa de juros nominal
número N de períodos de composição da taxa de juros,
isto é, número de vezes que a taxa nominal é capitalizada 24
JUROS E TAXA DE JUROS

 Conversão de taxas de juros de mesmo período de


aplicação:

Para converter uma taxa de juros nominal em taxa de juros


efetiva de mesmo período de aplicação, faz-se:

N
i 
i 
1 
A 
NOMINAL
EFETIV 1
 N
Exemplo:
20% a.a. c.m  determinar taxa efetiva anual
(1 + 20% a.a. c.m )12 – 1 = 21,94% a.a. c.a.
25
12
JUROS E TAXA DE JUROS

 Conversão de taxas de juros efetivas de períodos


diferentes:

Para converter taxas efetivas de períodos diferentes, faz-se:

i EFEM  1  i EFEm   1
Q

onde:
taxa de juros
i EFEM  efetiva do período maior
taxa de juros
i EFEm  efetiva do período menor
quantidade
Q  de períodos menores (m) existentes no
período maior (M)
26
JUROS E TAXA DE JUROS

 Conversão de taxas de juros efetivas de períodos


diferentes:

Para converter taxas efetivas de períodos diferentes, faz-se:

iEFEM  1  iEFEm   1
Q

Exemplo:
5% a.m.  determinar taxa efetiva trimestral

(1 + 5% a.m.)3 – 1 = 15,76% a.t.


27
EXEMPLOS
1. Qual a taxa efetiva mensal de 24%a.a. com capitalização semestral?

 0,24  1/ 6
iefetiva  1   1
 2  iefetiva  1,9%a.m.
iefetiva  1,9% a.m.

2. Qual é a taxa equivalente mensal de 42% a.a. capitalizada trimestralmente?


 0,42  1/ 3
iefetiva  1   1
 4 
iefetiva  3,38%a.m.

3. Qual é a taxa efetiva anual de 24% a.s. capitalizada mensalmente ?

 0,24  12
iefetiva  1   1
 6 
iefetiva  60,10% a.m.
28
SIMBOLOGIA DO FLUXO DE CAIXA

0
n P = Principal
P

M
0 M = Montante
n

U U U U U U
U = Uniforme
0 1 2 3 4 5 6
29

Período de Capitalização: valores serão somente realizados ao final do período


SIMBOLOGIA DO FLUXO DE CAIXA

Represente o seguinte fluxo de caixa de um projeto:

O projeto consiste de um investimento de $800 hoje e $500


daqui a um ano e renderá $2000 em 4 anos e $1500 dentro de 5
anos.
2000
1500

0 1 2 3 4 5

30
500
800
EXEMPLO

O Banco do Brasil emprestou R$ 100.000,00 ao Sr. João a juros de 6%


a.a. durante 4 anos. Os juros serão pagos anualmente e o principal no
final. Represente esta operação em um diagrama de fluxo de caixa do
ponto de vista do Banco e do João.

a) Do ponto de vista do Banco...


M = 100.000

U = 6.000

0 1 2 3 4

P = 100000

b) Do ponto de vista do João...


P = 100.000

1 2 3 4
0

U = 6.000 31
M = 100.000
SIMBOLOGIA DO FLUXO DE CAIXA

 Equivalência entre P (valor presente) e M (valor futuro)

 Investindo hoje uma quantia P, qual será o montante F que eu


terei após n períodos?

M  P  1  i 
n
M  P P  M
; i; n 
 Qual valor deverá ser investido hoje (P) para se obter um
montante F após n períodos, dada uma taxa de juros i ?

P
M
1  i  n
PM M  P
; i; n  32
EXEMPLO

Ache os seguintes fatores na tabela financeira:

a) Valor atual de um montante quando n = 48 e i = 1,5 % a.a.

PM M  P

;1,5;35  0,5939  M

b) Calcule com o auxílio de uma calculadora e compare com o valor da


tabela, explicitando o que pode ser calculado com este fator

 P M ;0,125;10  3,2473 ou 1  0,125  10  3,2473

M P ;0,20;12  0,1122 ou
1
1  0,2 12
 0,1122

c) Valor hoje de uma quantia depositada há um ano atrás rendendo juros de


15% a.m.
PM M  P
;15;12  33
SIMBOLOGIA DO FLUXO DE CAIXA

Carlos solicitou um empréstimo de R$ 6.000,00 a uma taxa de


juros de 3% ao mês para saldar em um ano. Quanto ele deverá
pagar ao final do ano de empréstimo?

M  P  1  i 
n

P = 6.000

12 M = 6.000 (1+0,03)12
0
M = 8.556,00 reais

34

M =?
SIMBOLOGIA DO FLUXO DE CAIXA

 Equivalência entre P (valor presente) e U (série uniforme)

 Permite calcular um valor presente P equivalente a uma série


uniforme A, dada a taxa de juros i.

P U 
 1 i 1
n
P U  U ; i; n 
i  1  i  P
n

i  1  i   
n
U  P U  P P ; i; n
1  i  n  1 U
35
DE ONDE SAIU ESTA FÓRMULA?

1 2 3 4 5 6 7 n-2 n-1 n
P

P
U

U

U
 
U A (q  1) n

1  i  1  i  2 1  i  3
....
1  i  n S  1

q 1
n

U 1 U
A q An 
1
1  i  1  i  1  i  n

 1  i  n  1 
P U n 
U P ; i; n
 i 1  i  
36
SIMBOLOGIA DO FLUXO DE CAIXA

Você recebeu uma oferta para aquisição de um automóvel através


de um financiamento em 36 meses. Considerando que o
pagamento máximo mensal que você pode admitir é de $500 e que
você pode dar uma entrada de $3.000, qual é o valor do automóvel
que você poderá comprar dado que a taxa é de 2% a.m..

P U 
 1 i 1
n

i  1  i 
n
P  500 
1  0,02  1
36

0,02  1  0,02
36

Valor do carro = P + 3.000

P  12.744,42
1 ...... 36
0
Valor  15.744,42 37

A = 500
De onde saiu esta fórmula?
M

1 2 3 4 5 6 7 U n-2 n-1 n

M  U  U (1  i )  U (1  i ) 2  ...  U (1  i ) n 1

Esta é uma PG onde A  U q  (1  i ) An  U (1  i ) n 1


1

A1 (q n  1)
Sn 
q 1

 (1  i )  1
M U
 i 
n

 M U ; i%; n
38
Uma pessoa pretende comprar uma casa que custa R$ 900.000,00. Para isto,
abrirá uma conta de poupança onde depositará uma quantia U mensalmente.
Para comprar a casa em dois anos, qual deve ser o valor de U ? A poupança
rende juros de 0,5% a.m.

U=?

1 2 3 4 5 6 7 23 24

 (1  i )  1
n

M U 
 i

 i   0,005 
U M      900000  R$35.388,55
 1  i   1  1  0,005  1
n 24

39
A empresa de calçados Moderna Ltda. emprestou do Banco R$600.00,00
para serem pagos em três meses, sendo os pagamentos efetuados ao final de
cada mês. Se considerarmos as parcelas iguais, e os juros cobrados pelo
banco equivalentes a 20% a.m., quanto a empresa pagará mensalmente?

U=?

0 1 2 3

 1  i  n  1  i  1  i 
n

P U n 
U  P
 i  1  i   1  i   1
n

U = 284.835,00

P U  U  P
;20;3 
40
SÉRIE GRADIENTE UNIFORME
Denomina-se série gradiente uniforme a uma sucessão de pagamentos
crescentes G, 2G,3G, ..., (n-1)G a partir do segundo período.

(n-1)G

(n-2)G

3G
2G
G

0 1 2 3 4 (n-1) n

Esta série é equivalente a várias séries uniformes 41

de pagamento iguais a G
Montante de uma série em gradiente uniforme

M = M(n-1) + M(n-2) + ... + M2 + M1

(1 i) 1 n
n

M  G    (M/G; i; n)
 i i
2

1 i 1 
n

 i  n
P  G   (P/G; i; n)
i  1  i 
n

1 n 
U  G   
i (1 i) 1 (U/G; i; n)
n

42
Dado um caminhão cujos custos mensais iniciais de manutenção de
$1000,00 crescem $300,00 mensalmente, qual será o custo uniforme
equivalente a ele no decorrer do ano, utilizando-se uma taxa de juros de
0,5% a.m.? Considere um período de 12 meses.

0 1 2 3 4
 5 12
0 1 2 3 4 5 12


U = 1000
1000
1300
1600

1900
= 0 1 2 3 4
+
5 12
2200
1 n 
300 U  G   
i (1 i) 1
n

4300


600
900  1 12 
U  300   
0,005 (1 0,005) 1
12

= +  U  1632,17

43

Utotal = 1000 + 1.632,17 = 2.632,17


CORREÇÃO MONETÁRIA

A contínua desvalorização da moeda exige que novos métodos sejam


incorporados à análise, para que seja possível representar esta
desvalorização.

Desta forma, a correção monetária é o método que a matemática


financeira utiliza para levar em conta a desvalorização, reduzindo a
mesma.

 Pré-fixada
 Pós-fixada

44
CORREÇÃO MONETÁRIA PRÉ-FIXADA

Nestes casos, a inflação é considerada na análise através da correção


monetária, que aumenta a taxa percentual, passando a incluir na mesma a
taxa de juros e a correção monetária pré-fixada, conforme segue:

onde:
1  i   1     1  i 
#

taxa global de juros


i #  monetária
correção
 real de juros
taxa
i
45
CORREÇÃO MONETÁRIA PÓS-FIXADA

Nessa situação, a correção monetária fica em aberto e seus valores só serão


conhecidos com o decorrer do tempo, à medida em que os índices de
inflação (ou de correção) vão sendo publicados.

Esse tipo de prática exige a indexação dos valores do fluxo de caixa. Esses
índices (IGPM, CUB, OURO, DÓLAR, entre outros) funcionarão como
deflatores enxugando a inflação.

46
CORREÇÃO MONETÁRIA
2. Exemplo

Uma financeira oferece duas modalidades alternativas de


financiamento:
a. Com correção monetária pós-fixada + 12% a.a.
b. Com correção monetária pré-fixada : 102% ao ano.
Qual a taxa de correção monetária prevista pela financeira?
Solução: 1  i   1     1  i 
#

i# = 102% ao ano
i = 12% ao ano

(1 + 1,02) = (1 + Ø) x (1 + 0,12) 47
(1 + Ø) = 1,8036
Ø = 80,36% ao ano
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA
DE INVESTIMENTOS

48
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA
DE INVESTIMENTOS

a) Deve haver alternativas de investimentos, pois não haverá


porquê avaliar a compra de determinado equipamento se não
houver condições de financiar o mesmo.

b) As alternativas devem ser expressas em dinheiro. Não é


possível comparar diretamente, por exemplo, 300 horas/
mensais de mão-de-obra com 500 Kwh de energia. Busca-se
sempre um denominador comum, em termos monetários;

c) Serão somente relevantes para a análise as diferenças entre


as alternativas. As características idênticas das mesmas
deverão ser desconsideradas; 49
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA
DE INVESTIMENTOS

d) Sempre devem ser considerados os juros sobre o capital


empregado, pois sempre existem oportunidades de empregar
o dinheiro de maneira que ele renda algum valor;

e) Geralmente, em estudos econômicos, o passado não é


considerado. Interessa apenas o presente e o futuro, pois o
que já foi gasto não poderá ser recuperado.

50
FORMULAÇÃO DE DECISÕES
ECONÔMICAS
ETAPAS
1. Criação (descoberta de alternativas). Identificar alternativas que
atendam as restrições técnicas e econômicas (principalmente de
mercado). Qual mercado? Qual tecnologia?

2. Definição. Descrição de cada uma das alternativas: principais


características, limitações, resultados esperados. Recolher
informações.

3. Conversão. Transformar todas as informações obtidas em um fator


comum a todas as alternativas: o dinheiro. Construção do fluxo de caixa
e análise quantitativa (métodos de avaliação).

4. Decisão. Escolha da melhor alternativa. A decisão de não fazer nada


também deve ser considerada. 51
FORMULAÇÃO DE DECISÕES
ECONÔMICAS: LIMITAÇÕES

A melhor alternativa é difícil de ser conseguida porque nem


todas as alternativas podem ter sido vislumbradas.

Dificuldades para avaliar e quantificar todas as variáveis


envolvidas no processo.

As estimativas de receitas e despesas não são


confiáveis
Os modelos adotam uma taxa de juros constante no
tempo.
52
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA
DE INVESTIMENTOS

EXEMPLO DE ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTOS:

• Expandir a planta ou construir uma nova fábrica;


• Comprar um carro à vista ou a prazo;
• Aplicar seu dinheiro na poupança, em renda fixa ou em
ações;
• Efetuar transporte de materiais manualmente ou comprar
uma correia transportadora;
• Construir uma rede de abastecimento de água com tubos de
menor ou maior diâmetro.
53
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA
DE INVESTIMENTOS

a. Reconhecimento da existência de um problema


 Sr. Roberto sempre chega atrasado ao trabalho.

b. Definição do problema
 Necessidade de um meio de locomoção para ir ao trabalho.

c. Procura de soluções alternativas


 Comprar um carro, uma moto ou ir de ônibus.

d. Análise das alternativa


 Buscar informações relativas às alternativas definidas.

e. Síntese das alternativas


 Em termos de custos, consumo, conforto, rapidez, etc.

f. Avaliação das alternativas


 Comparação e escolha da alternativa mais conveniente.

g. Apresentação dos resultados 54


 Relatório final.
TIPOS DE PROPOSTAS DE
FINANCIAMENTO
 Projeto Simples de investimento

 Projeto Convencional de investimento

 Projeto não convencional de investimento

55
PROPOSTAS MUTUAMENTE EXCLUDENTES
Duas propostas são mutuamente excludentes quando a escolha de uma
impossibilita a utilização da outra, por limitações tecnológicas ou de
capital.

EXEMPLO: Considere um capital disponível de R$ 6500,00 para investimento.


Considere ainda que os projetos A e B são tecnicamente excludentes

PROPOSTAS
Alternativa Capital Capital Alternativa
A B C Necessário excedente aceitável ?

1 0 0 0 0 6500 Sim
2 1 0 0 1000 5500 Sim
3 0 1 0 3000 3500 Sim
4 0 0 1 5000 1500 Sim
5 1 1 0 4000 2500 Não
6 1 0 1 6000 500 Sim
56
7 0 1 1 8000 -1500 Não
8 1 1 1 9000 -2500 Não
EM QUAL PROJETO VOCÊ INVESTIRIA?

ANO
0 1 2 3
A -1000 600 600 600
B -3000 1500 1500 1500
C -5000 2000 2000 2000

NÃO É POSSÍVEL RESPONDER SEM A APLICAÇÃO DE MÉTODOS


ADEQUADOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

57
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA
DE INVESTIMENTOS

Na avaliação de alternativas de investimento, deverão ser levados em


conta:

a. Critérios econômicos:
Rentabilidade dos investimentos.

b. Critérios financeiros:
Disponibilidade de recursos.

c. Critérios imponderáveis:
Segurança, status, beleza, localização, facilidade de manutenção, meio
ambiente, qualidade, entre outros. 58
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA
DE INVESTIMENTOS

UMA
UMA MÁ
MÁ ANÁLISE
ANÁLISE DE
DE UMA
UMA BOA
BOA
ALTERNATIVA
ALTERNATIVA DEDE INVESTIMENTO
INVESTIMENTO ÉÉ
MELHOR
MELHOR DO
DO QUE
QUE UMA
UMA BOA
BOA ANÁLISE
ANÁLISE DE
DE
UMA
UMA MÁ
MÁ ALTERNATIVA
ALTERNATIVA DE DE INVESTIMENTO
INVESTIMENTO

59
COMPARAÇÃO DE INVESTIMENTOS

Na análise de alternativas de investimentos nos


defrontamos constantemente com os seguintes termos:
 Aplicação de um valor inicial (investimento) = P

 Despesas (gastos) = saída de dinheiro

 Receitas (retorno) = entrada de dinheiro

 Valor final (valor residual) = M

O estudo de qualquer alternativa deve levar em conta estes


fatores para selecionar a melhor alternativa.

Somente um estudo econômico pode confirmar a


60
viabilidade de projetos tecnicamente corretos.
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE
INVESTIMENTOS

Comparação de alternativas de investimento

Utilização de uma taxa de juros adequada

Antes de iniciar a análise e comparação


das diferentes oportunidades de
investimento encontradas, deve-se 61
determinar qual será o custo do capital
atribuído à empresa.
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE
INVESTIMENTOS
Este custo refere-se diretamente aos riscos que o investidor irá correr ao
optar por determinado investimento, e, conseqüentemente, ao retorno que
o mesmo irá esperar por tal ação.

Taxa Mínima de Atratividade (TMA)


A TMA pode ser definida como a taxa de desconto resultante de uma
política definida pelos dirigentes da empresa. Esta taxa deve refletir o
custo de oportunidade dos investidores, que podem escolher entre investir
no projeto que está sendo avaliado ou em outro projeto similar
empreendido por uma outra empresa.
62
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE
INVESTIMENTOS

Taxa Mínima de Atratividade (TMA)

taxa de juros da empresa no mercado


+
incerteza dos valores de fluxo de caixa

63
CRÍTICA À ALGUMAS REGRAS DE UTILIZAÇÃO
CORRENTE PARA AVALIAÇÃO DE
INVESTIMENTOS
Proj Investimento Fluxo de Caixa
1 2 3 4 TOTAL
A 10.000 5000 5000 0 0 10000
B 10.000 5000 5000 2000 0 12000
C 10.000 3000 3000 4000 3000 13000
D 10.000 4000 3000 3000 3000 13000

REGRAS QUE DEVEM SER OBEDECIDAS EM QUAISQUER CRITÉRIOS DE


ESCOLHA

1. Comparando os projetos A e B, é evidente que é melhor preferir B porque


a vida mais longa de B permite obter um ganho suplementar de 2.000
2. A comparação do projeto C e D mostra que o projeto D é preferível porque
ele antecipa uma parte da receita (1000).
64
ALGUNS DOS MÉTODOS MAIS UTILIZADOS NÃO LEVAM EM
CONSIDERAÇÃO ESTAS REGRAS !
MÉTODO DO PAY BACK
O prazao de recuperação do capital (ou payback period) é representado pelo
número de anos, ou de meses, necessários para recuperar o investimento
inicial, isto é, o prazo necessário para que o projeto “reembolse” a empresa
as somas que ela investiu na realização do projeto.

Proj. Invest. Fluxo de Caixa Acumulado


1 2 3 4 Payback Classif.
A 10.000 - 5000 0 0 0 2 anos 1
B 10.000 - 5000 5000 2000 0 2 anos 1
C 10.000 - 7000 - 4000 0 3000 3 anos 2
D 10.000 - 6000 - 3000 0 3000 3 anos 2

AS REGRAS 1 e 2 NÃO SÃO RESPEITADAS !


65
MÉTODO DO PAY BACK
 VANTAGENS:
- Fácil de compreender
- Simples de calcular
- Amplamente conhecido

 DESVANTAGENS:
- Não calcula a rentabilidade máxima (ignora o que
acontece após a recuperação do principal).
- Não leva em conta o valor do dinheiro no tempo
- A escolha do payback aceitável é muito subjetiva
66
PAY BACK CORRIGIDO
TMA = 10% a.a.
Ano Investimento e Fluxo de Caixa Fluxo de Caixa Acumulado
Receita Acumulado Corrigido
0 - 100 -100 -100
1 40 - 60 -100 + 40/1,1 = -63,63
2 30 - 30 -63,63 + 30/(1,1)2 = -38,38
3 20 -10 -38,38 + 20/(1,1)3 = -23,80
4 30 +20 -23,80 + 30/(1,1)4 = -3,31
5 20 +40 -3,31 + 20/(1,1)5 = 9,11

36,36 24,79 15,03 20,50 12,42

67

100
RECEITA MÉDIA POR UNIDADE DE
CAPITAL INVESTIDO
Classificação segundo o valor da relação entre as receitas totais e o
investimento inicial

Projetos A B C D
Receita Total (A) 10000 12000 13000 13000
Investimento Total (B) 10000 10000 10000 10000
Valor do critério (A/B) 1,00 1,2 1,3 1,3
Classificação 3 2 1 1

A regra 2 não é respeitada. O método não leva em consideração o valor do


dinheiro no tempo, pois considera que $1,00 recebido no final do período
equivale a $1,00 recebido no início do período

68
CRITÉRIO DA RECEITA MÉDIA ANUAL
POR UNIDADE DE CAPITAL
INVESTIDO
Classificação segundo a relação entre a receita anual média e o
investimento inicial. A receita total é dividida pelo número total de anos e
este resultado (receita anual média) é dividida pelo custo inicial do
investimento.
Proj Receitas Receita média Invest. Receita média anual Classif
totais anual inicial
A 10000 10000/2=5000 10000 5000/10000=0,5 1
B 12000 12000/3=4000 10000 4000/10000=0,4 2
C 13000 13000/4=3250 10000 0,325 3
D 13000 13000/4=3250 10000 0,325 3

As regras 1 e 2 não são respeitadas.

O método não leva corretamente em consideração a duração das receitas 69

O método privilegia projetos de curta duração com receitas imediatas elevadas


MÉTODOS EQUIVALENTES PARA
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE
INVESTIMENTOS

PRINCIPAIS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVAS:

1. Método do valor presente líquido (VPL)

2. Método do valor anual uniforme equivalente (VAUE)

3. Método da taxa interna de retorno (TIR)

70
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE
INVESTIMENTOS
MÉTODO DO VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)

O método VPL calcula o valor presente líquido de um projeto


através da diferença entre o valor presente das entradas líquidas
de caixa do projeto e o investimento inicial requerido para iniciar
o mesmo.
A taxa de desconto utilizada é a TMA da empresa.

VPL = ?

Z
Y T W

0 1 2 3
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE
INVESTIMENTOS
MÉTODO DO VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)

Exemplo: Um investimento tem as seguintes características:


- custo inicial = $25.000,00
- vida útil estimada = 5 anos
- valor residual = $5.000,00
- receitas anuais = $6.500,00
- TMA da empresa: 12% ao ano

Veja se o investimento é interessante para a empresa.


72
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE
INVESTIMENTOS
MÉTODO DO VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)

11.500
Solução:

6.500 6.500 6.500 6.500


VPL (12%) =
-25.000 + 6.500 (U/P; 12%; 4) + 11.500 (M/P; 12%; 5)
0 1 2 3 4 5 VPL (12%) = 1.268,18

Como VPL > 0, o investimento:


- é vantajoso (viável) economicamente, e
73
- rende mais do que 12% ao ano!
25.000
EXEMPLO MÉTODO DO VPL
Uma empresa tem a oportunidade de investir $1.000.000,00 e receber $
600.000,00 no final dos dois próximos meses. Se a TMA for igual a 8% a.m.,
analisar se o investimento é interessante.

600 600 VPL  VP investimento


 VP
receita

600 600
VPL  1000  
1  0,08 1  0,08 2

VPL  69.958,85
O investimento é atrativo
1000

Se a TMA for de 20% a.m. ?


600 600
VPL  1000   O investimento não é atrativo
1  0,2 1  0,2 2

VPL  83.333.33

Se a TMA for de 13,07% a.m. ?


74
Neste caso o VPL = 0 e é melhor não investir (riscos) !
EXEMPLO VPL
A gerência de uma fábrica está considerando a possibilidade de instalar uma
nova máquina. A proposta de investimento envolve um gasto inicial de
$10.000,00 e objetiva uma redução de custos da ordem de $2.000,00 por ano,
durante os próximos 10 anos. Sendo a TMA para a empresa igual a 10% a.a.,
deseja-se saber se é o investimento é atrativo.
U = 2000

1 10

10000

VPL   10000  2000 UP


;10 %; 10 
VPL   10000  12289  $ 2 . 289 , 00
75
EXEMPLO VPL
A análise realizada em determinada empresa detectou custos
operacionais muito elevados numa linha de produção em decorrência
da utilização de equipamentos velhos e obsoletos. Os engenheiros
responsáveis pelo problema colocaram à gerência duas soluções
alternativas.
A primeira, consistindo numa reforma geral da linha, exigia
investimentos estimados em $ 10.000,00, cujo resultado seria uma
redução anual de custos de $2.000,00 durante dez anos, após os
quais os equipamentos seriam sucateados, sem nenhum valor
residual.
A segunda proposição foi a aquisição de nova linha de produção
no valor de $35.000,00 para substituir os equipamentos existentes,
cujo valor líquido de revenda foi estimado em $5.000,00. Esta
alternativa deveria proporcionar ganhos de $4.700,00 por ano,
apresentando ainda um vlaor residual de $10.750,00 após 10 anos.
Sendo a TMA igual a 8% a.a., qual das alternativas deveria ser a 76
preferida da gerência?
SOLUÇÃO
Reforma
U = 2000

0 1 2 9 10

VPL  10000  2000 U ;8%;10
P

VPL  3420
P = 10000

Compra
M = 10705
U = 4700

0 1 2 9 10

  
VPL  30000  4700 U ;8%;10  10705 M ;8;10
P P

P = 30000 = 35000 - 5000 VPL  6496,00
77
É MELHOR COMPRAR A NOVA LINHA !
EXEMPLO VPL
A gerência de marketing de uma firma industrial está analisando quatro
possibilidades para a localização de uma central de distribuição para seus
produtos.
Cada alternativa exige diferentes investimentos devido ao preço do
terreno, custo da construção e tamanho do depósito necessário. Também são
diferentes os valores residuais e reduções anuais nos custos de distribuição.
Admitindo-se um período de utilização igual a 10 anos, foram efetuadas
as seguintes estimativas.

Local Investimento Redução anual de Valor residual do projeto


custos
A 28000 4600 24000
B 34000 5600 28000
C 38000 6200 31000
D 44000 7200 35000

78
Sendo a TMA = 15% a.a., determine qual a localização mais interessante.
SOLUÇÃO
  
VPL  28000  4600 U ;15%;10  24000 M ;15%;10
A
P P

VPL  1019
A

  
VPL  34000  5600 U ;15%;10  28000 M ;15%;10
B
P P

VPL  1027
A

  
VPL  38000  6200 U ;15%;10  31000 M ;15%;10
C
P P

VPL  780
C

D

VPL  44000  7200 U
P
 
;15%;10  35000 M
P
;15%;10 
VPL  787
D

79
A ALTERNATIVA B É A MAIS INTERESSANTE !
EXEMPLO VPL
Uma empresa tem programada a compra de 30 t de sua matéria-
prima principal para daqui a um mês. O preço a vista é de $500/t. O
fornecedor oferece a opção de pagamento em 60 dias, a partir da data
da compra, com um acréscimo de 5%.

Esse fornecedor, no entanto, por estar com seus estoques muito


elevados, está fazendo uma oferta especial válida para compras
efetivadas até a data de hoje, pela qual a empresa tem um desconto
de 4% se pagar a vista.

A empresa tem que tomar a decisão hoje. O que deve fazer?

Considere que a TMA da empresa é de 2% a.m.

80
SOLUÇÃO
ALTERNATIVA A: Comprar a vista em um mês.
500

VPL  0
0 1 2 3

500

ALTERNATIVA B: Comprar em um mês com pagamento em 60 dias após


a compra.
500
VPL  500 M P

; 2 ;1  525 M P
; 2 ;3 
VPL   4 , 52
0 1 2 3

525
ALTERNATIVA C: Comprar e pagar hoje e receber em 30 dias
500

0
VPL  500 M P

; 2 ;1  480
81
1 2 3
VPL  10 , 20

480
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE
INVESTIMENTOS
MÉTODO DO VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)

Análise de alternativas com diferentes tempos de vida:

Quando as alternativas têm vidas úteis diferentes, deve-se


considerar:

a. Um período de tempo igual ao menor múltiplo comum das vidas;

b. Ou o tempo de vida do projeto com um todo, quando ele for maior


do que o anterior e múltiplo das vidas.
82
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE
INVESTIMENTOS
MÉTODO DO VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)

Exemplo:
ALTERNATIVA: ‘A’ ‘B’
CUSTO INICIAL ($) 10.000,00 15.000,00
VIDA ÚTIL ESTIMADA 5 anos 10 anos
VALOR RESIDUAL ($) 2.000,00 1.000,00
CUSTO ANUAL DE OPERAÇÃO ($) 1.755,00 1.052,00
TMA = 12% a.a.

Solução:
VPL (A) = -23.811,61
83
VPL (B) = -20.622,06

Deve-se optar pela alternativa B, que é a que requer menor desembolso.


MÉTODOS EQUIVALENTES PARA
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE
INVESTIMENTOS
MÉTODO DO VALOR ANUAL UNIFORME EQUIVALENTE (VAUE)

Todos os fluxos de caixa são transformados, a uma certa


TMA, numa série uniforme equivalente.
A melhor alternativa será aquela que apresentar:
- o maior benefício anual, ou
- o menor custo anual.
Z
Y VAUE
TMA (%)
W
=
0 1 2 3 4 0 1 2 3 4 84

T
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE
INVESTIMENTOS
MÉTODO DO VALOR ANUAL UNIFORME EQUIVALENTE (VAUE)

Exemplo anterior: Um investimento tem as seguintes características:


- custo inicial = $25.000,00
- vida útil estimada = 5 anos
- valor residual = $5.000,00
- receitas anuais = $6.500,00
- TMA da empresa: 12% ao ano

Veja se o investimento é interessante para a empresa.

85
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE
INVESTIMENTOS
MÉTODO DO VALOR ANUAL UNIFORME EQUIVALENTE (VAUE)
Solução:
11.500

6.500 6.500 6.500 6.500 VPL (12%) =


-25.000 + 6.500 (P/A; 12%; 4) + 11.500 (P/F; 12%; 5)
VPL (12%) = 1.268,18
0 1 2 3 4 5
VAUE (12%) = 1.268,18 (A/ P; 12%; 5)
VAUE (12%) = 351,81

Como VAUE > 0, o investimento:


- é vantajoso (viável) economicamente, e 86

25.000 - rende mais do que 12% ao ano!


MÉTODOS EQUIVALENTES PARA
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE
INVESTIMENTOS
MÉTODO DO VALOR ANUAL UNIFORME EQUIVALENTE (VAUE)
Exemplo:

Uma empresa deve escolher entre duas alternativas de investimento,


‘A’ e ‘B’. A alternativa ‘A’ exige um investimento inicial de $10.000,00 e
tem custo anual de operação de $1.500,00. Já a ‘B’ exige um
investimento inicial de $12.000,00, mas tem um custo anual de
operação de $1.350,00. Sabendo-se que a TMA da empresa é de 10%
ao ano e que ambas as alternativas durarão 5 anos, qual a opção mais
vantajosa para a empresa?
87
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE
INVESTIMENTOS
MÉTODO DO VALOR ANUAL UNIFORME EQUIVALENTE (VAUE)
Solução:
10%
Alternativa A: 0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5
=

1.500
10.000
4.137,97
10%
Alternativa B
0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5
=

12.000 1.350
4.515, 50 88

 A uma taxa de 10% a.a. alternativa mais interessante é a ‘A’.


MÉTODOS EQUIVALENTES PARA
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE
INVESTIMENTOS
MÉTODO DO VALOR ANUAL UNIFORME EQUIVALENTE (VAUE)

Análise de alternativas com diferentes tempos de vida:

Quando as alternativas têm vidas úteis diferentes, deve-se supor que:

a. A duração da necessidade é indefinida ou igual a um múltiplo


comum da vida das alternativas;

b. Tudo que é estimado para ocorrer no primeiro ciclo de vida do


projeto irá ocorrer também em todos os ciclos de vida subseqüentes.
89
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE
INVESTIMENTOS
MÉTODO DO VALOR ANUAL UNIFORME EQUIVALENTE (VAUE)
Exemplo:

ALTERNATIVA: Equip. ‘A’ Equip. ‘B’


CUSTO INICIAL ($) 11.000,00 14.000,00
VIDA ÚTIL ESTIMADA 6 anos 9 anos
VALOR RESIDUAL ($) 1.800,00 2.250,00
CUSTO ANUAL DE OPERAÇÃO ($) 795,00 520,00
TMA (a.a.) 15% 15%

Qual a alternativa mais interessante para a empresa?


90
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE
INVESTIMENTOS
MÉTODO DO VALOR ANUAL UNIFORME EQUIVALENTE (VAUE)
Solução: 1.800

0 1 2 ... 5 6 15% 0 1 2 ... 5 6


EQUIPAMENTO A
=

11.000 795
2.250 3.495,98
15%
EQUIPAMENTO B 0 1 2 ... 5 9
=
0 1 2 ... 5 9

14.000
520 91
3.319,99

A uma TMA de 15% a.a., a melhor alternativa para a empresa é a ‘B’.


MÉTODOS EQUIVALENTES PARA
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE
INVESTIMENTOS
MÉTODO DO VALOR ANUAL UNIFORME EQUIVALENTE (VAUE)
Solução:
Para concluir isto, deve-se considerar que:

 O equipamento deverá ser útil durante 18 anos, 36 anos e assim por


diante, ou indefinidamente;

 Ao final de suas vidas úteis, os equipamentos A e B serão substituídos


por outros com as mesmas características de funcionamento, custo e vida
útil.
92
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE
INVESTIMENTOS
MÉTODO DA TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

O método da TIR requer o cálculo de uma taxa que zera o VPL


dos fluxos de caixa do projeto de investimento avaliado.
Para o gestor determinar se o projeto é rentável ou não para a
empresa, deverão ser comparadas a TIR resultante do projeto e a
TMA desejada pela empresa.

X
Y Z T W VPL = 0
93
= TIR (%)
0 1 2 3 4 0 1 2 3 4
COMO CALCULAR A TIR?
Por definição, a taxa interna de retorno de um projeto é a taxa de
juros para a qual o valor presente das receitas torna-se igual ao dos
desembolsos, ou seja, a TIR é aquela que torna nulo o VPL.

n x

j
0
1  i 
J 0
j

Nos casos de projetos simples e convencionais esta taxa existirá sempre e


será única. Para certos tipos de projetos não convencionais, é possível a
existência de mais uma taxa, real e não negativa, que anule o valor atual
do projeto, o que constituiria um caso de múltiplas taxas de retorno.

94
EXEMPLO Fazendo I assumir
diversos valores pela
Considere o seguinte projeto de investimento… variação da taxa de juros

U = 1000 i (%) VPL ($)


0 5000
0 1 2 9 15 1 3865

 
2 2849
VPL  10000  1000 U ; i %;15 3 1938
P = 10000
P
4 1118
6000 5 380
5000 5,5 38
4000 6 -288
3000 TIR 7 -892
2000
8 -1441
1000
9 -1939
0
0 1 2 3 4 5 5.5 6 7 8 9 10
10 -2394
-1000

-2000 95

-3000
TAXA INTERNA DE RETORNO
1  i  a maior
n j

A TIR, raiz real e positiva da equação  Urepresenta


j 0
j

taxa de juros para a qual o projeto apresenta VPL não negativo. Para
taxas menores que a TIR compensa investir. Quanto maior a TIR
melhor, pois tanto maior seria a taxa de juros que aceitaríamos pagar
pelo empréstimo do capital inicial.

No caso da avaliação de um projeto pela TIR, sua aceitação ocorrerá


ser a sua TIR for maior que a TMA.

Dependendo do fluxo de caixa do projeto, teremos uma equação com


um determinado grau, o que dificulta a resolução da equação. Usa-
se então um método iterativo, onde acha-se I por tentativa e erro.

FUNÇÃO FINANCEIRA DO EXCEL !!! 96


EXEMPLO
A gerência de uma fábrica está considerando a possibilidade de instalar um
nova máquina. A proposta de investimento envolve um gasto inicial de $
10.000,00, objetivando uma redução de custos da ordem de $2.000,00 por
ano, durante os próximos 10 anos. Se a TMA é igual a 10% a.a., deseja-se
saber se o investimento é atrativo.
U = 2000

VPL  10000  2000 U ; i %;10
P

0 1 2 9 10

p/ I = 15% a.a. VPL = -10000 + 10038 = 38


P = 10000
p/ I = 16% a.a. VPL = -10000 + 9666 = -334

TIR TIR  15 16  TIR


38 
16
38  0 334
15
TIR  15,10
97
-334
TIR > TMA
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE
INVESTIMENTOS
MÉTODO DA TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Exemplo: Um investimento tem as seguintes características:


- custo inicial = $25.000,00
- vida útil estimada = 5 anos
- valor residual = $5.000,00
- receitas anuais = $6.500,00
- TMA da empresa = 12% a.a.

Veja se o investimento é interessante para a empresa.


98
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE
INVESTIMENTOS
MÉTODO DA TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

11.500
Solução:

6.500 6.500 6.500 6.500


VPL (TIR) = 0
-25.000 + 6.500 (P/A; TIR; 4) + 11.500 (P/F; TIR; 5)= 0
0 1 2 3 4 5 TIR = 13,86% a.a.

Como TIR >= TMA, o investimento:


- é vantajoso e viável economicamente, e
99
- rende 13,86% a.a.
25.000
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE
INVESTIMENTOS
MÉTODO DA TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

2.4. Você é o assessor econômico e financeiro de uma empresa de


grande porte que precisa renovar seu atual processo de fabricação. A
seu pedido, o Departamento de Métodos envia as duas alternativas
detalhadas abaixo:
A B
CUSTO INICIAL ($) 2.000,00 3.000.00
VIDA ÚTIL 10 anos 10 anos
VALOR RESIDUAL ($) 400,00 500,00
LUCRO ANUAL LÍQ. ($) 500,00 700,00

Utilizando os métodos do VPL e da TIR, analise essas alternativas e


faça um relatório que auxilie a direção na tomada de uma decisão. 100
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE
INVESTIMENTOS
MÉTODO DA TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

2.4. Solução

VPLA (15%) = 608,26 TIRA = 22,24%


VPLB (15%) = 636,73 TIRB = 20,15%

Qual é o mais interessante??


 Pelo método VPL a empresa adotaria o projeto B.
 Pelo método TIR a empresa adotaria o projeto A.

Qual projeto afinal a empresa deve selecionar?


DEPENDE... 101
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE
INVESTIMENTOS
O PROBLEMA DA TAXA DE REINVESTIMENTO DOS
FLUXOS DE CAIXA

Os métodos do VPL e do VAUE reinvestem todos os fluxos de


caixa à TMA, por sua vez, o método da TIR reinveste-os à própria
TIR.

Assim, em função de se basearem em premissas de reinvestimento


diferentes, os métodos de avaliação de alternativas apresentados
podem conduzir a decisões discrepantes entre si.
102
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA AVALIAÇÃO
ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS

O PROBLEMA DA TAXA DE REINVESTIMENTO DOS


FLUXOS DE CAIXA

Exemplo: 20.000 35.000

1 1

10.000 20.000

NPV
Projeto I0 C1 TIR
(TMA=10%)
103
A (10.000,00) 20.000,00 100% 8.182,00
B (20.000,00) 35.000,00 75% 11.818,00
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA AVALIAÇÃO
ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS

O PROBLEMA DA TAXA DE REINVESTIMENTO DOS


FLUXOS DE CAIXA
20.000,00
Exemplo:
15.000,00

10.000,00

Projeto A
VPL

5.000,00
Projeto B

0,00
0% 30% 90% 150%
(5.000,00)
104
(10.000,00)
Taxa de desconto
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA AVALIAÇÃO
ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS

O PROBLEMA DA TAXA DE REINVESTIMENTO DOS


FLUXOS DE CAIXA
20.000,00
Exemplo:
15.000,00
PONTO DE
10.000,00
FISCHER

Projeto A
VPL

5.000,00
Projeto B

0,00
0% 30% 90% 150%
(5.000,00)
105
(10.000,00)
Taxa de desconto
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA AVALIAÇÃO
ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS

O PROBLEMA DA TAXA DE REINVESTIMENTO DOS


FLUXOS DE CAIXA

Ponto de Fischer (iF):


Se:

a) i > iF : os métodos do VPL e da TIR dão a mesma ordenação.

b) i < iF : os métodos do VPL e da TIR dão ordenações diferentes.

106
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA AVALIAÇÃO
ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS

O PROBLEMA DA TAXA DE REINVESTIMENTO DOS


FLUXOS DE CAIXA

Ponto de Fischer (iF):


Essa discrepância nas ordenações é conseqüência das suposições
relativas à taxa com que os fundos liberados pelo projeto são
reinvestidos:

a. Métodos do VPL e do VAUE: reinvestimento pela TMA.


b. Método da TIR: reinvestimento pela TIR.

Entre essas duas suposições, o


107
reinvestimento pela TMA é mais realista
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA AVALIAÇÃO
ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS

O PROBLEMA DA TAXA DE REINVESTIMENTO DOS FLUXOS


DE CAIXA
Ponto de Fischer (iF):
3.000,00
2.4
2.500,00

2.000,00

1.500,00
Ponto Fischer = 15,72%
VPL (R$)

1.000,00

500,00 A
B
-
5% 10% 15% 20% 25% 30% 35%
(500,00)

(1.000,00) 108

(1.500,00)
TMA (%)
EXEMPLO TIR E VPL
A análise realizada em determinada empresa detectou custos
operacionais muito elevados numa linha de produção em decorrência
da utilização de equipamentos velhos e obsoletos. Os engenheiros
responsáveis pelo problema colocaram à gerência duas soluções
alternativas.
A primeira, consistindo numa reforma geral da linha, exigia
investimentos estimados em $ 10.000,00, cujo resultado seria uma
redução anual de custos de $2.000,00 durante dez anos, após os
quais os equipamentos seriam sucateados, sem nenhum valor
residual.
A segunda proposição foi a aquisição de nova linha de produção
no valor de $35.000,00 para substituir os equipamentos existentes,
cujo valor líquido de revenda foi estimado em $5.000,00. Esta
alternativa deveria proporcionar ganhos de $4.700,00 por ano,
apresentando ainda um vlaor residual de $10.750,00 após 10 anos.
Sendo a TMA igual a 8% a.a., qual das alternativas deveria ser a 109
preferida da gerência?
SOLUÇÃO PELO MÉTODO DO VPL
Reforma
U = 2000

0 1 2 9 10

VPL  10000  2000 U ;8%;10
P

VPL  3420
P = 10000

Compra
M = 10705
U = 4700

0 1 2 9 10

  
VPL  30000  4700 U ;8%;10  10705 M ;8;10
P P

P = 30000 = 35000 - 5000 VPL  6496,00
110
É MELHOR COMPRAR A NOVA LINHA !
SOLUÇÃO PELO MÉTODO DA TIR
Reforma Compra

VPL = 0 = -10000+2000(u/p;i; 10) VPL = 0 = -30000+4700(U/P;i; 10) +


10705(M/P;i;10)

para i = 15% => VPL = 37,6 para i = 13% => VPL = -1343
Para i = 16% => VPL = -333,6 Para i = 16% => VPL = 1449

TIRR = 15,10% a.a. TIRC= 12,0% a.a.

TIR da REFORMA > TIR da COMPRA

111
APARENTE CONTRADIÇÃO COM O MÉTODO DO VPL !!!
RESOLVENDO A CONTRADIÇÃO....

Um artifício que ajuda a visualizar o motivo pelo qual o


projeto de compra, embora seja o que apresenta menor
TIR, deve ser o escolhido, consiste em decompor o fluxo
de caixa associado ao projeto com maior investimento
inicial em dois outros fluxos, de tal forma que um deles
seja igual ao fluxo de caixa correspondente ao projeto
em análise.

No caso, vemos que os fluxos de caixa associados ao


projeto de compra podem ser admitidos como
resultantes das somas dos seguintes fluxos de caixa…
112
RESOLVENDO O IMPASSE….
Compra Reforma
M = 10705 U = 2000
U = 4700

0 1 2 9 10
0 1 2 9 10

P = 10000
P = 30000 = 35000 - 5000

TIRReforma = 15,10% a.a.


U = 2000

0 1 2 9 10

TIRIncremento = 10,7% a.a.


P = 10000
M = 10705
U = 2700 maior que a TMA (8%a.a.)

0 1 2 9 10 Pode-se supor que o


restante do dinheiro é 113
FLUXO INCREMENTAL aplicado a TMA
P = 20000
Como acabamos de ver, para resolver o impasse é preciso
considerar o que será feito com a diferença dos
investimentos e com as demais parcelas dos fluxos de caixa.
Isto é o que chamamos de ANÁLISE INCREMENTAL.

O método da TIR deve ser utilizado apenas para a análise do


investimento incremental.

Voltando ao exemplo…

Como a TIR do investimento incremental é maior que a TMA


(8%a.a.) , podemos dizer que a compra é a melhor opção.

Entretanto, é importante salientar que se a TIR do menor


investimento também não for maior que a TMA, a análise
incremental não é válida. 114
COMO FAZER A ANÁLISE INCREMENTAL ?

A sequência de passos a ser seguida para a análise incremental é a


seguinte:

1- Classificar as alternativas em ordem crescente de investimento


inicial.

2- Selecionar como “alternativa corrente aceitável” aquela de menor


investimento com TIR maior que a TM.

3- Comparar a “alternativa corrente aceitável” com a “desafiante”; tirar


as diferenças e verificar a TIR. Se a TIR > TMA esta é a nova
alternativa aceitável.

4- Repetir o passo 3 até esgotar as alternativas.


115
CONSIDERE OS DOIS PROJETOS SEGUINTES
(TMA = 6% a.a.)
Projeto A Projeto B
U = 1500 U = 2200

0 1 2 9 10 0 1 2 9 10

TIR = 8% .a.a TIR = 7,5% .a.a


P = 10065 P = 15100

I (%) VPL A VPL B


ANÁLISE INCREMENTAL (B – A)
0 4935 6900
U = 700
2 3409 4662

1 2 9 10
4 2101 2744
0

6 975 1092
TIR = 7,5% .a.a
8 0 -338
P = 5035
10 -848 -1582 116
TIR = 6,5% .a.a

B É MELHOR QUE A
Para TMA > 6,5% o projeto A é melhor
Para TMA < 6,5% o projeto B é melhor

8000

6000

4000

2000

0
0 2 4 6 8 10

-2000

-4000
117
VPL A VPL B
Uma bomba d`água essencial para um processo industrial pode ser comprada
de dois fornecedores. O fornecedor A vende a bomba por $100.000,00 e a
despesa mensal de operação e manutenção é estimada em $12.000,00. A
bomba do fornecedor B custa $17.000,00 e a despesa mensal de operação e
manutenção é estimada em $8.000,00. Se ambas as bombas vão ser usadas
por cinco anos e se a TMA mínima exigida é de 10% a.m., qual das bombas
deve ser escolhida ?
Bomba A Bomba B
U = 8000 U = 12000

0 1 2 9 60 0 1 2 9 60

P = 100000 P = 170000

VPL = 0 = -100000 + 8000(U/P; i; 60) VPL = 0 = -170000 + 12000(U/P; i; 60)


TIR = 8,33% < TMA = Projeto eliminado TIR = 7,0 % < TMA = Projeto recusado

118
MÉTODO DA TIR: FLUXO DE CAIXA COM
MAIS DE UMA INVERSÃO DE SINAL
Quando o projeto é não convencional, o fluxo de caixa pode apresentar mais
de uma inversão de sinal em suas variações de caixa.

A Regra de Sinais de Descartes afirma que existirão no máximo tantas


raízes positivas quanto forem as inversões de sinal.

Esta regra estabelece que o número de taxas de retorno positivas é igual a


um número não negativo r caracterizado como:

r = m – 2k

Onde:

m = número de mudanças de sinal


k = coeficiente igual a 0,1, 2, 3, … 119
Assim, se o número de mudanças de sinal for de 0, 1, 2, 3 ou 4 vezes,
haverá, segundo Descartes, a seguinte probabilidade de número de taxas de
retorno positivas.

m (troca de sinais) r (num de taxa de retorno)


0 0
1 1
2 2 ou 0
3 3 ou 1
4 4 ou 2 ou 0
r = m – 2k
r1 = 4 – 2 . 0 = 4
r2 = 4 – 2 . 1= 2
r3 = 4 – 2 . 2= 0

120
VPL   P   M M
n

0
 P

; i; n  0

n 1
VPL   P   M 0
0
1  i  n

donde…

1 1 1 1
VPL   P  M M M  .....  M 0
1  i 
1
1  i  2
1  i  2
1  i 
3 3 n n

multiplicando por (1 + i)n =

 P1  i   M 1  i   M 1  i   M 1  i   .....  M  0
n n 1 n2 n 3

1 2 3 n

que representa um polinômio de grau n, o qual resolvido fornecerá n raízes,


ou seja, n taxas de retorno.

Quando o grau do polinômio passa de três, a resolução torna-se trabalhosa 121


e a taxa é descoberta por tentativa e erro.
EXEMPLO
Uma empresa alugou um galpão por 15 anos pagando anualmente $120.000 e
se comprometendo, adicionalmente, a realizar uma reforma estimada de
$300.000 após cinco anos.

As reduções anuais de custo de distribuição foram previstas em $144.000.

Ù = 24.000

r = m – 2k
r1 = 2 – 2 . 0 = 2
0 1 2 3 4 5 6 14 15
r2 = 2 – 2 . 1= 0
300000

122
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

I (%) P ($) 70000

0 60000 60000

5 14054 50000

10 -3730 40000

15 -8816 30000

20 -8352 20000

25 -5682 10000

30 -2362 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
35 907 -10000

40 3834 -20000

DUAS TAXAS PARA AS QUAIS O VPL É ZERO (8,4% E 33,6%)


123
Se, por exemplo, o custo de distribuição fosse de $150000. O gráfico seria

Não existe i que anula o VPL.


Não apresenta significado
econômico.

Toda oportunidade de investimento que apresenta um


fluxo de caixa com as características cidatas
anteriormente, antes de se fazer qualquer estudo, deve-se
uniformizar o fluxo de tal modo que ele apresente apenas
uma inversão de sinal.
124
A uniformização pode ser feita utilizando-se os seguintes
recursos:

1 – Quando temos um desembolso previsto no futuro,


devemos formar uma reserva com a utilização dos lucros
que antecedem o desembolso.

2 – Podemos também realizar um empréstimo no mercado


e pagar com resultados futuros.

3 – Pode ainda captar recursos próprios a serem pagos no


futuro

4 – Composição entre 2 e 3.
125
EXEMPLO

126
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA AVALIAÇÃO
ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS

ADEQUAÇÃO DOS MÉTODOS APRESENTADOS:

Métodos do VPL e VAUE - VANTAGENS


1) São métodos baseados no fluxo de caixa dos investimentos;
2) Fazem uso do conceito do valor do dinheiro no tempo;
3) A decisão de investir ou não em um investimento reflete exatamente
as necessidades da empresa, e não depende do julgamento arbitrário
do gestor;
4) Incorporam no seu cálculo todo o fluxo de caixa do projeto;
5) Fornecem uma estimativa direta das mudanças na riqueza do
acionista, derivadas do investimento realizado. 127
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA AVALIAÇÃO
ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS

ADEQUAÇÃO DOS MÉTODOS APRESENTADOS:

Métodos do VPL e VAUE - DESVANTAGENS


1) Aparentam ser menos palpáveis para os envolvidos no processo de
decisão;
2) Taxa de reaplicação dos fluxos de caixa envolvidos no projeto.

128
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA AVALIAÇÃO
ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS

ADEQUAÇÃO DOS MÉTODOS APRESENTADOS:

Método da TIR - VANTAGENS


1) Apelo psicológico e intuitivo que a mesma proporciona = não exige
cálculo do custo de capital da empresa e é facilmente interpretado;
2) Leva em consideração o valor do dinheiro no tempo;
3) Proporciona a eliminação da decisão subjetiva e baseada em
opiniões arbitrárias de gestores;
4) Baseia-se nos fluxos de caixa do projeto.

129
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA AVALIAÇÃO
ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS

ADEQUAÇÃO DOS MÉTODOS APRESENTADOS:

Método da TIR - DESVANTAGENS


1) Difícil de calcular;

2) Pode proporcionar múltiplas taxas internas de retorno;

3) Taxas de reinvestimento dos fluxos de caixa envolvidos.

130
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA AVALIAÇÃO
ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS

ADEQUAÇÃO DOS MÉTODOS APRESENTADOS:

MÉTODO DO VPL
Adequado a investimentos que envolvam o curto prazo, ou que se
realizem num pequeno número de períodos.
MÉTODO DO VAUE
Adequado a análises que envolvam atividades operacionais da
empresa, e especialmente para os investimentos que são normalmente
repetidos.
MÉTODO DA TIR
Permite uma maior transparência à análise de investimentos, facilitando
a comparação com índices gerais e/ ou setoriais.
131
MÉTODOS EQUIVALENTES PARA AVALIAÇÃO
ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS
Taxa Interna Retorno de
Ano da Empresas da Tamanho Valor Presente Sensibilidade do Outro/ Não
Publicação de Retorno Capital -
Pesquisa amostra da amostra Líquido (VPL) Gestor especificado
(TIR) Payback
1959 19% 34% - 13%
Empresas produtoras
KLAMMER, 1972 1964 184 38% 24% - 8%
dos EUA
1970 57% 12% - 5%
Empresas dos EUA
FREMGEN, 1973 1971 167 20% 71% 67% - 10%
sem porte específico

Grande porte nos


GITMAN; FORRESTER, 1977 1977 103 10% 54% 9% - -
EUA

1975 Grande porte nos 26% 37% 15% - -


KIM; FARRAGHER, 1981 200
EUA
1979 19% 49% 12% - -

OBLAK; HELM, 1980 1980 Multinacionais EUA 58 14% 60% 10% - -

Empresas da lista
KIM et al., 1986 1985 367 21% 49% 19% - 3%
Fortune 1000

1974 10% 33% 26% 14% -


Empresas entre as
FENSTERSEIFER et al., 1987 1979 500 mais produtivas 153 10% 46% 24% 7% -
do Brasil
1985 10% 50% 23% 4% -

1985 Maiores empresas 8% 50% 19% - 8%


SAUL, N., 1995 do Brasil, setores 132
1990 variados 11% 50% 19% 6%
Empresas entre as 132
COOPER et al., 1997 1990 500 mais rentáveis 113 13% 57% 20% - 4%
dos EUA

ARNOLD; HATZAPOULOS, G, M e P empresas


2000 296 80% 81% 70% - 31%
2000 do Reino Unido
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

No pagamento de dívidas, cada parcela de pagamento (prestação)


inclui:

a. Amortização do principal, correspondente ao pagamento parcial


(ou integral) do principal.

b. Juros do período, calculados sobre o saldo devedor da dívida no


início do período.

PRESTAÇÃO = AMORTIZAÇÃO + JUROS

133
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

Tipos de sistemas de amortização de dívidas:

2.1 Financiamento com pagamento único no final


2.2 Financiamento com pagamento periódico de juros
2.3 Financiamento com pagamento de prestações iguais
(método francês ou Tabela Price)
2.4 Financiamento com pagamento de amortizações constantes
(SAC)
2.5 Métodos com pagamento antecipado de juros

134
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.1 Financiamento com pagamento único no final

Neste tipo de financiamento o pagamento é feito ao final do período


de empréstimo, incluindo a amortização e os juros.

Ex: Empréstimo de R$ 1.000, a uma taxa de juros de 8% a.a., com


um prazo de pagamento de 4 anos.
1.000 F = P x (1 + i)n
F = 1.000 x (1 + 0,08)4
1 2 3 F =4 1.360,49
Prestação = 1.360,49
Amortização = 1.000
Juros = 360,49 135
F=?
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.1 Financiamento com pagamento único no final


P Saldo devedor Juros Prestação Amortização Saldo devedor
inicial final
0 - - - - 1.000,00

1 1.000,00 80,00 - - 1.080,00

2 1.080,00 86,40 - - 1.166,40

3 1.166,40 93,31 - - 1.259,71

4 1.259,71 100,78 1.360,49 1.000,00 0,00

1.000
1 2 3 4
136

F=?
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.2 Financiamento com pagamento periódico de juros

O financiamento será pago da seguinte maneira:

a. Ao final de cada período pagam-se apenas os juros daquele


período;

b. No final do prazo de financiamento, além dos juros relativos ao


último período, paga-se também integralmente o principal da dívida.

137
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.2 Financiamento com pagamento periódico de juros

Ex: Empréstimo de R$ 1.000, a uma taxa de juros de 8% a.a., com


um prazo de pagamento de 4 anos.

P =1.000

Juros = P x i
1 2 3 4

Juros = 1.000 x 0,08


A = 80
Juros
1.000 = 80,00
138
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.2 Financiamento com pagamento periódico de juros

P Saldo devedor Juros Prestação Amortização Saldo devedor


inicial final
0 - - - - 1.000,00

1 1.000,00 80,00 80,00 - 1.000,00

2 1.000,00 80,00 80,00 - 1.000,00

3 1.000,00 80,00 80,00 - 1.000,00

4 1.000,00 80,00 1.080,00 1.000,00 0,00

139
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.3 Financiamento com pagamento de prestações iguais


(método francês ou Tabela Price)
O financiamento será pago em prestações iguais, cada uma delas
subdividida em duas parcelas:

a. Juros do período, calculados sobre o débito no início do período.


b. Amortização do principal, obtida pela diferença entre o valor da
prestação e o valor dos juros do período.

Prestação

Juros
Amortização 140

0 1 2 ... N TEMPO
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.3 Financiamento com pagamento de prestações iguais


(método francês ou Tabela Price)
Prestação

Juros
Amortização

0 1 2 ... N TEMPO

AMORTIZAÇÃO EM UM PERÍODO ‘t’ GENÉRICO (AMORTt):


AMORTt = AMORTt-1 x ( 1 + i)
AMORTt = AMORT1 x (1 + i)t-1
141
JUROS EM UM PERÍODO ‘t’ GENÉRICO (JUROSt):
JUROSt = PRESTAÇÃO - AMORTt
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.3 Financiamento com pagamento de prestações iguais


(método francês ou Tabela Price)
Exemplo:
Principal = R$ 1.000,00
Taxa de juros = 8% ao ano
Prazo: 4 anos
Tipo de financiamento: pagamento de prestações iguais
P = 1.000

1 2 3 4
142

A=?
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.3 Financiamento com pagamento de prestações iguais


(método francês ou Tabela Price)

P = 1.000
A = P (A/P; 8%; 4)
1 2 3 4
A = função “PGTO” excel

A=?
A = 301,92

143
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.3 Financiamento com pagamento de prestações iguais


(método francês ou Tabela Price)

Saldo devedor Saldo devedor


P Juros Prestação Amortização
inicial final

0 - - - - 1.000,00

1 1.000,00 80,00 301,92 221,92 778,08

2 778,08 62,25 301,92 239,67 538,41

3 538,41 43,07 301,92 258,85 279,56

4 279,56 22,36 301,92 279,56 0,00


144
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.4 Financiamento com pagamento de amortizações constantes


(SAC)
O financiamento será pago em prestações uniformemente
decrescentes, cada uma das quais subdividida em duas parcelas:

a. Juros do período, calculados sobre o débito no início do período.


b. Amortização do principal, calculada pela divisão do principal pelo
número total de amortização.

Prestação

Juros
Amortização 145

0 1 2 ... N TEMPO
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.4 Financiamento com pagamento de amortizações constantes


(SAC)
Prestação

Juros
Amortização

0 1 2 ... N TEMPO

JUROS EM UM PERÍODO ‘t’ GENÉRICO (JUROSt):


JUROSt = (P/N) x i x (N + 1 - t)

146
PRESTAÇÃO EM UM PERÍODO ‘t’ GENÉRICO (PRESTt):
PREST = (P/N) x i x (1 + i (N + 1 - t))
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.4 Financiamento com pagamento de amortizações constantes


(SAC)
Exemplo:
Principal = R$ 1.000,00
Taxa de juros = 8% ao ano
Prazo: 4 anos
Tipo de financiamento: pagamento de prestações iguais
P = 1.000

1 2 3 4

Amortização
147
Prestação
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.4 Financiamento com pagamento de amortizações constantes


(SAC)

P = 1.000

Amortização = P
1 2 3 4 N
Amortização
Amortização = 1.000
4
Prestação

Amortização = 250,00
148
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.4 Financiamento com pagamento de amortizações constantes


(SAC)

Saldo devedor Saldo devedor


P Juros Prestação Amortização
inicial final

0 - - - - 1.000,00

1 1.000,00 80,00 330,00 250,00 750,00

2 750,00 60,00 310,00 250,00 500,00

3 500,00 40,00 290,00 250,00 250,00

4 250,00 20,00 270,00 250,00 0,00


149
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.5 Métodos com pagamento antecipado de juros

Nesse métodos, os juros são descontados do valor total emprestado


no momento da liberação do empréstimo.

2.5.1. Financiamento com pagamento de prestações iguais e juros


antecipados

2.5.2. Financiamento com pagamento único no final e juros


antecipados

150
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.5 Métodos com pagamento antecipado de juros

2.5.1. Financiamento com pagamento de prestações iguais e juros


antecipados

EMPRÉSTIMO

0 1 2 ... N

JUROS

A = (EMPRÉSTIMO / N)

151
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.5 Métodos com pagamento antecipado de juros

2.5.1. Financiamento com pagamento de prestações iguais e juros


antecipados
a. Cálculo dos juros
Juros1 = EMP x r* r* = taxa de juros
Juros2 = EMP x r* (N - 1)/N “nominal” declarada pelo
Juros3 = EMP x r* .(N -2)/N agente financiador
JurosN = EMP x r*.(1/N)

JUROS TOTAIS = EMP . r* . (N+1)/2


152
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.5 Métodos com pagamento antecipado de juros

2.5.1. Financiamento com pagamento de prestações iguais e juros


antecipados

b. Empréstimo (EMP)
Valor Liberado = Emp - Juros
Valor Liberado = Emp - Emp . r* . (N + 1)/2
VALOR LIBERADO = EMP . (1 - r*. (N + 1)/2)

c. Prestação
153
PRESTAÇÃO = EMP / N
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.5 Métodos com pagamento antecipado de juros

2.5.1. Financiamento com pagamento de prestações iguais e juros


antecipados

d. Taxa de juros real do empréstimo (i)


EMPRÉSTIMO
0 1 2 ... N

PRESTAÇÃO

VALOR LIBERADO = PRESTAÇÃO x (P/A; i%; N)


154
(P/A; i%; N) = VALOR LIBERADO => i%
PRESTAÇÃO
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.5 Métodos com pagamento antecipado de juros

2.5.1. Financiamento com pagamento de prestações iguais e juros


antecipados

Exemplo:

Empréstimo solicitado = $ 50.000,00


Valor liberado = $ 50.000,00
Taxa de juros declarada pelo agente financiador (r*) = 12,9% a.m.
Prazo (N) = 3 meses

155
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.5 Métodos com pagamento antecipado de juros

2.5.1. Financiamento com pagamento de prestações iguais e juros


antecipados

Solução:

1) EMPRÉSTIMO:

Valor liberado = EMP .(1- r*. (N + 1)/2)


50.000,00 = EMP . (1 - 0,129 . (3 + 1)/2
EMP = 50.000,00 / 0,742
EMP = 67.385,44 156
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.5 Métodos com pagamento antecipado de juros

2.5.1. Financiamento com pagamento de prestações iguais e juros


antecipados

Solução:

2) JUROS:

Juros = EMP – Valor liberado


Juros = 67.385,44 – 50.000
Juros = 17.385,44
157
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.5 Métodos com pagamento antecipado de juros

2.5.1. Financiamento com pagamento de prestações iguais e juros


antecipados

Solução:

3) PRESTAÇÃO:

Prestação = EMP/N
Prestação = 67.385,44 / 3
Prestação = 22.461,81
158
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.5 Métodos com pagamento antecipado de juros

2.5.1. Financiamento com pagamento de prestações iguais e juros


antecipados
50.000,00
Solução:
0 1 2 3
4) TAXA DE JUROS REAL:
A = 22.461,81

(P/A; i%; N) = VALOR LIBERADO / PRESTAÇÃO


(P/A; i%; 3) = 50.000,00 / 22.461,81
(P/A; i%; 3) = 2,226 ==> i = 16,54% a. m. 159
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.5 Métodos com pagamento antecipado de juros

2.5.2. Financiamento com pagamento único no final e juros


antecipados

EMPRÉSTIMO

0 N

JUROS EMPRÉSTIMO

160
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.5 Métodos com pagamento antecipado de juros

2.5.2. Financiamento com pagamento único no final e juros


antecipados

a. Cálculo dos juros

Juros1 = EMP x r* r* = taxa de juros


Juros2 = EMP x r* “nominal”declarada pelo
Juros3 = EMP x r* agente financiador
JurosN = EMP x r*

JUROS TOTAIS = EMP . r* . N 161


AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.5 Métodos com pagamento antecipado de juros

2.5.2. Financiamento com pagamento único no final e juros


antecipados

b. Empréstimo

VALOR LIBERADO = EMP - JUROS


VALOR LIBERADO = EMP - EMP . r* . N

VALOR LIBERADO = EMP . (1 - r* . N)

162
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.5 Métodos com pagamento antecipado de juros

2.5.2. Financiamento com pagamento único no final e juros


antecipados
VALOR LIBERADO
c. Taxa de juros real
0 N

VALOR LIBERADO = EMP . (P/F ; i% ; N)


EMPRÉSTIMO
(P/F ; i% ; N) = (VALOR LIBERADOJUROS
/ EMP) => i%

(P/F ; i% ; N) = 1 / (1 + i)N 163


AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.5 Métodos com pagamento antecipado de juros

2.5.2. Financiamento com pagamento único no final e juros


antecipados

Exemplo:
Penhor de jóias da CEF
Avaliação do lote = $ 120.000,00
Empréstimo liberado (50% da avaliação) = $ 60.000,00
Taxa de juros declarada pelo agente financiador (r*) = 7,5 a.m.
Prazo (N) = 6 meses
164
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.5 Métodos com pagamento antecipado de juros

2.5.2. Financiamento com pagamento único no final e juros


antecipados

Solução:
1) JUROS: JUROS = EMP. r* .N
JUROS = 60.000,00 . 0,075 . 6
JUROS = 27.000,00

2) VALOR LIBERADO: V. LIBERADO = EMP - JUROS


V. LIBERADO = 60.000 - 27.000 165

V. LIBERADO = 33.000,00
AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS

2.5 Métodos com pagamento antecipado de juros

2.5.2. Financiamento com pagamento único no final e juros


antecipados

Solução: 33.000,00

3) TAXA DE JUROS REAL: 0 1 ... 6

60.000,00
(P/F; i%; N) = V. LIBERADO / EMP
(P/F; i%; 6) = 33.000 / 60.000 = 0,55
i = 10,48% a. m. 166
DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS E O
IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA

Um equipamento, com o uso e o desgaste, tem seu valor diminuído.


Com o tempo, o valor do imobilizado vai decrescendo e, para
viabilizar sua reposição, torna-se necessário acumular uma reserva,
que permitirá no fim de certo tempo a aquisição de um novo
equipamento.

Essa reserva é denominada depreciação, e o tempo necessário


para repor o equipamento é chamado vida útil. Logo, a depreciação
não é uma quantia gasta, mas um ‘fundo de reserva’ que deverá
permitir à empresa realizar investimentos de reposição do seu ativo
fixo.

167
DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS E O
IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA

CONCEITO DE DEPRECIAÇÃO:

1) FÍSICA
Interpretada como sendo a perda de valor pelo desgaste do bem.
No caso de uma máquina ou equipamento, por exemplo, o
desgaste será devido não somente à sua utilização normal, mas
também à ação do tempo e das intempéries

168
DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS E O
IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA

CONCEITO DE DEPRECIAÇÃO:

2) ECONÔMICA
Interpretada como sendo o declínio sofrido na capacidade que o
bem apresenta em gerar receitas.
Se, ao longo do tempo, diminui o valor da produção de um
equipamento, este experimentará uma correspondente redução
no seu valor intrínseco. O declínio no valor líquido de produção
decorre da exaustão física do equipamento, da obsolescência do
equipamento e do próprio produto. As constantes inovações
tecnológicas, e mesmo as mudanças no gosto dos
consumidores, podem fazer que um bem se torne de utilização
169
antieconômica, ou obsoleto.
DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS E O
IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA

CONCEITO DE DEPRECIAÇÃO:

3) CONTÁBIL
Corresponde a uma estimativa da perda de valor sofrida pelo
bem, com finalidade de efetuar um registro contábil.
Visando fazer face à perda de valor sofrido pelo bem é que
surgiu a depreciação contábil: periodicamente seria efetuada
uma apropriação de recursos, num montante que traduzisse a
perda de valor experimentada pelo bem durante o período
considerado, procurando-se constituir uma reserva, a qual é
chamada de fundo de depreciação, de tal modo que fosse
possível a aquisição de um novo bem quando o atual estivesse
170
considerado como de utilização antieconômica.
DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS E O
IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA

CONCEITO DE DEPRECIAÇÃO:

Na prática, fora as limitações impostas pela legislação do


Imposto de Renda, o que se faz é estimar o prazo ao longo do
qual se supõe que o bem terá uma utilização econômica, prazo
esse que é chamado de vida útil, reservando-se, no final de
períodos pré-determinados (geralmente o ano), quantias, cujos
valores são determinados através de diferentes métodos, e que
acumulam uma soma suficiente para a recomposição do bem no
fim de sua vida útil.

171
DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS E O
IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA

CONCEITO DE VIDA ÚTIL

1) CONTABILIDADE

Corresponde, em anos, ao tempo que em geral a


legislação estabelece para a sua depreciação fiscal.

Ex: Máquina comprada por R$ 100.000, depreciada a 10%


a.a., significa que sua vida útil pela contabilidade é de 10
anos!

172
DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS E O
IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA

CONCEITO DE VIDA ÚTIL

2) CARÁTER TÉCNICO

A vida útil é estabelecida em função do desgaste físico e


técnico da máquina = É A VIDA ÚTIL QUE INTERESSA
AOS ENGENHEIROS!

Ex: Máquina comprada por R$ 100.000, tem sua vida útil


estimada em 5 anos pelo corpo técnico da empresa que
prevê o surgimento de uma nova tecnologia no mercado!
173
DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS E O
IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA

CONCEITO DE VIDA ÚTIL

3) FORMAÇÃO DE PREÇOS E DE CUSTOS

Utiliza-se a depreciação calculatória, que visa estabelecer


a participação e distribuir os bens do ativo fixo na
composição dos custos dos produtos, para formação dos
preços. Logicamente, depende da conjuntura dos negócios
a conveniência de uma maior ou menor aceleração da
depreciação.

Ex: Valor atual de mercado 174


DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS E O
IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA

CONCEITO DE VIDA ÚTIL

4) ECONÔMICO

Corresponde a um retorno de capital, e a vida útil econômica ao


tempo de utilização do equipamento de forma econômica ao
tempo deve levar em conta os riscos do investimento, e depende
das diretrizes estabelecidas pela direção da empresa. E é
normalmente a depreciação econômica que deve ser utilizada
para estudos de rentabilidade de equipamentos e análise de
investimentos.

175
DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS E O
IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA

CONCEITO DE VIDA ÚTIL

A limitação das taxas de depreciação em níveis baixos (vida útil


longa) provoca a descapitalização da empresa, numa
economia inflacionária. Nesse sentido, a substituição do
conceito de vida útil física pelo de vida útil econômica produz
a reposição geradora de progresso, permitindo a substituição
periódica dos equipamentos e um grau maior de aproveitamento
tecnológico. É por isso que, nos países industrializados, o
problema das depreciações é tratado com grande liberalismo,
permitindo maior aceleração das depreciações e,
consequentemente, maior desenvolvimento industrial.
176
DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS E O
IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA

CONCEITO DE VIDA ÚTIL

EQUIPAMENTOS PRAZO DE DEPRECIAÇÃO


de uso geral 10 anos
moderadamente especiais 05 anos
especializados 03 anos
altamente especiais 01 ano

A vida útil de um bem poderá, ainda ser acelerada em função do seu grau de utilização.
REGIME DE TRABALHO COEF. MULTIPLICADOR
Um turno de 8h 1,0
Dois turnos de 8h 1,5
Três turnos de 8h 2,0
177
OBSERVAÇÃO:

Cumpre destacar que o fisco não será necessariamente


lesado pela aplicação de altas taxas de depreciação, pois
o que foi depreciado em um ano não poderá sê-lo nos
anos seguintes, ocasião em que o contribuinte pagará
maiores impostos em conseqüência do aumento do lucro
bruto.

178
MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO

Existem diversos métodos para calcular a depreciação anual de um ativo. Entre estes métodos cabe mencionar-se os seguintes:

• Método Linear
• Método da Soma dos Dígitos
• Método da Soma Inversa dos Dígitos
• Método por Produção
179
• Método Exponencial
DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS E O
IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA

CÁLCULO DA DEPRECIAÇÃO

Método Linear

É o método utilizado pela contabilidade fiscal.

Consiste de um valor de depreciação constante para toda a


vida útil do ativo, idêntico de ano para ano, obtido a partir da
divisão do valor do equipamento pela vida útil.

Em conseqüência da inflação, tanto o valor do equipamento


como os valores acumulados da reserva, constituintes do fundo
de depreciação, deverão ser avaliados pelos índices fornecidos
180
pelo governo.
DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS E O
IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA

CÁLCULO DA DEPRECIAÇÃO

Método Linear

Para calcular o valor da depreciação deve-se dividir o valor de


compra do ativo pela sua vida útil estimada, ou multiplicar o valor
de compra pela taxa de depreciação do ativo:

Depreciação anual = Valor de compra do ativo


Vida útil contábil
ou

Depreciação anual = Valor de compra do ativo x Taxa depreciação


181
DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS E O
IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA

CÁLCULO DA DEPRECIAÇÃO
P (ANOS) SALDO ATUAL DEPRECIAÇÃO RESERVA ACUM.
Método Linear
0 100.000 - 0,00
1 90.000 10.000 10.000
P = 100.000 2 80.000 10.000 20.000
Taxa: 10%a.a. 3 70.000 10.000 30.000
4 60.000 10.000 40.000
5 50.000 10.000 50.000
D = 100.000
10 anos 6 40.000 10.000 60.000
7 30.000 10.000 70.000
D = 10.000/ano 8 20.000 10.000 80.000
9 10.000 10.000 90.000182
10 0,00 10.000 100.000
DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS E O
IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA

IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA NAS ANÁLISES

Assim como as pessoas físicas, uma empresa também deve


pagar imposto de renda e contribuição social sobre o resultado
de seu período!

O cálculo do pagamento do IR/CS no caso de uma análise de


investimento é:

Lucro do Período (LP) = Receitas (R) – Custos (C)

Imposto a pagar = LP x Alíquota IR/CS


183
Lucro real (L´) = (R – C) x (1- IR/CS)
DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS E O
IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA

IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA NAS ANÁLISES

A legislação tributária (artigo 186 do Decreto nº 58.400, de 10 de


maio de 1966) permite que o valor atribuído à depreciação no
período seja computado como custo; isto é, para fins de pagamento
de imposto de renda.

Desta forma, o cálculo do pagamento do IR/CS no caso de uma


análise de investimento ficaria:

Lucro Tributável (LT) = Receitas (R) – Custos (C) – Depreciação (D)

Imposto Tributável (IT) = LT x Alíquota IR/CS


184
DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS E O
IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA

IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA NAS ANÁLISES

Lucro real (L´) = (R – C) x (1- IR/CS)

Lucro Tributável (LT) = Receitas (R) – Custos (C) – Depreciação (D)

Imposto Tributável (IT) = LT x Alíquota IR/CS

Então:

Lucro Líquido (LL) = R – C - IT = R – C – (R – C – D ) x IR/CS

Lucro Líquido (LL) = (R – C) x (1- IR/CS) + D x IR/CS


185

Lucro Líquido (LL) = L´ + D x IR/CS


DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS E O
IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA

IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA NAS ANÁLISES

Lucro Líquido (LL) = L´ + D x IR/CS

Vê-se então, claramente, que o empresário é beneficiado quando


considera uma depreciação contábil, pois deixará de desembolsar
uma quantia igual ao produto D x IR/CS.

O lucro líquido dependerá do que for alocado à rubrica do bem


adquirido. Assim, a renda declarada pela empresa em cada ano
deverá ser reduzida da carga de depreciação, e haverá um efeito
correspondente sobre o imposto de renda pago!!
186
DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS E O
IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA

IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA NAS ANÁLISES

Lucro Líquido (LL) = L´ + D x IR/CS

Exemplo:
Suponha-se um investimento de $10.000,00 sem valor residual e
com uma vida útil estimada de 5 anos. Tem-se, então:

V0 10.000,00
D   $2.000,00
n 5

Supondo-se ainda uma receita líquida anual de $3.000,00 antes dos


impostos e uma taxa de I.R. de 50%, os fluxos de caixa depois dos
impostos podem ser calculados como mostra o quadro a seguir: 187
DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS E O
IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA

IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA NAS ANÁLISES

EFEITO EFEITO
DEPREC S/RECEITA S/FLUXO F.C.D.I.
ANO F.C.A.I.
TOTAL TOTAL

0 -10.000 ____ ____ ____ -10.000

1 +3.000 -2.000 +1.000 -500 +2.500

2 +3.000 -2.000 +1.000 -500 +2.500

3 +3.000 -2.000 +1.000 -500 +2.500

4 +3.000 -2.000 +1.000 -500 +2.500


188
5 +3.000 -2.000 +1.000 -500 +2.500
DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS E O
IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA

IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA NAS ANÁLISES

Antes do IR:

VPL (10%) = $ 1.372,36 PERCEBE-SE QUE, SEM A


TIR = 15,24% CONSIDERAÇÃO DO IMPACTO
DO IMPOSTO DE RENDA E DA
Depois do IR: DEPRECIAÇÃO NO FC, A
ANÁLISE DO PROJETO PODE
FICAR DISTORCIDA,
VPL (10%) = $ -523,03
PREJUDICANDO AS
TIR = 7,93%
ESCOLHAS DA EMPRESA!!

189
DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS E O
IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA

IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA NAS ANÁLISES

Exercício 2.8 da lista


Uma construtora analisa a viabilidade de realizar um investimento
de $300.000,00, dos quais $180.000,00 serão gastos na compra de
um terreno e o restante na construção de um prédio. A vida útil
prevista para o prédio é de 15 anos, ao final dos quais ele não terá
valor residual. Estima-se ainda que o prédio poderá ser alugado
por $40.000,00 por ano, e que serão gastos $12.000,00 anuais na
sua manutenção. A estimativa mais razoável é a de vender o
terreno após 15 anos por $340.000,00.
Supondo-se depreciação linear e uma taxa de Imposto de Renda
de 30% ao ano, determinar a taxa de retorno proporcional por este
190
investimento.
INCORPORAÇÃO DA INFLAÇÃO NAS
ANÁLISES

Tipos de Inflação

1) Homogênea:

A inflação é considerada homogênea quando todos os


componentes do fluxo de caixa analisado são afetados pela
mesma taxa de inflação.

Isto é, quando supomos uma inflação idêntica para todos os


itens da análise...

191
INCORPORAÇÃO DA INFLAÇÃO NAS
ANÁLISES

Tipos de Inflação

1) Homogênea:

Para incorporar a inflação homogênea no fluxo de caixa de um


projeto para análise econômica, devemos capitalizar todos os
fluxos a uma taxa iINF (taxa de inflação do período).

Entretanto, fazendo isto, deve-se incorporar à TMA da empresa


a inflação média do período projetado!

1  in   1  TMA  1  iinf l 
192
INCORPORAÇÃO DA INFLAÇÃO NAS
ANÁLISES

Tipos de Inflação

1) Homogênea:

Assim, temos:
1  in   1  TMA  1  iinf l 

Para um projeto que gera receita de $ 1.000 ao ano, com


inflação de 4% a.a. e TMA de 12%a.a., temos:

VPL = 1.000 x 1,04 + 1.000 x (1,04)2 = 1.690,05


(1,12) x (1,04) (1,12)2 x (1,04)2
193
INCORPORAÇÃO DA INFLAÇÃO NAS
ANÁLISES

Tipos de Inflação

1) Homogênea:

PORÉM: A DEPRECIAÇÃO, POR LEI, NÃO PODE SER


ATUALIZADA!!

ASSIM:
 R n  1  i INFL   R n  1  i INFL  n  D n  
n
VPL  I 0        IR 

 1  TMA   1  i INFL n    
n n n
 1  TMA  1  i INFL  

 Rn  Rn Dn 
194 
VPL  I 0         IR 

 1  TMA n  1  TMA n 1  TMA  n  1  i INFL n  
INCORPORAÇÃO DA INFLAÇÃO NAS
ANÁLISES

Tipos de Inflação

1) Homogênea:

Para ilustrar o uso desta equação, suponha-se um projeto onde


se tenha um investimento de R$ 20.000,00, com taxa de
depreciação de 50% a.a., e receitas de R$ 50.000,00 ao longo
de 2 anos. Considere uma TMA de 10% a.a., inflação de 4% a.a,
e taxa do imposto de renda de 34% a.a. O resultado deste
projeto seria:

195
INCORPORAÇÃO DA INFLAÇÃO NAS
ANÁLISES

Tipos de Inflação

 Rn  Rn Dn  
1) Homogênea: VPL  I 0         IR 

 1  TMA n  1  TMA n 1  TMA  n  1  i INFL n  

I0 = R$ 20.000 D = R$ 10.000 R = R$ 50.000 n=2


TMA = 10% a.a. iINF = 4% a.a. IR = 34% a.a.


 50
.
000
 50
.
000 10
. 00 

 
VPL
20
. 
000

 



  

3
%

 
1
%
 
 
10  
1
10
%  
1
10
% 
 
1
4
% 

 50
.
000 50
.
000 10.
000 



 


  

34
%




 
1
10
%
2
 
1
10
%
2
 
1
10
%
2
 
1
4
% 2

196
VPL  42.842,68 reais
INCORPORAÇÃO DA INFLAÇÃO NAS
ANÁLISES

IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA NAS ANÁLISES

Exercício 2.8 da lista

197
INCORPORAÇÃO DA INFLAÇÃO NAS
ANÁLISES

IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA NAS ANÁLISES

A questão do Valor Residual

O pagamento de imposto de renda sobre o valor residual de uma


máquina, equipamento, prédio ou afins é calculado a partir do que
até então já foi depreciado pela contabilidade:

IR a pagar = (Valor residual – Valor contábil) x IR/CS

Por sua vez:

Valor contábil = Valor de compra – “o que foi depreciado até então”


198
INCORPORAÇÃO DA INFLAÇÃO NAS
ANÁLISES

IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA NAS ANÁLISES

A questão do Valor Residual

Como a depreciação não é atualizável, deve-se incorporar a inflação


para que a análise se aproxime à realidade do fluxo de caixa de
caixa empresa:

Valor contábil = Valor de compra – Valor depreciado até então


(1 + iINF)n

199
INCORPORAÇÃO DA INFLAÇÃO NAS
ANÁLISES

IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA NAS ANÁLISES

A questão do Valor Residual

Valor contábil = Valor de compra – Valor depreciado até então


(1 + iINF)n
Quando:
• O ativo estiver totalmente depreciado, então valor contábil = 0
Imposto de renda incidará sobre o valor de venda total
• O ativo estiver parcialmente depreciado, então valor contábil > 0
Imposto não incidirá sobre a parcela não depreciada200
INCORPORAÇÃO DA INFLAÇÃO NAS
ANÁLISES

IMPACTO DO IMPOSTO DE RENDA NAS ANÁLISES

A questão do Valor Residual

Exemplo: Considere uma empresa de transporte de produtos


químicos, que investe em um novo caminhão de R$ 500.000. Este
caminhão pode ser depreciado em 10 anos, ou seja, 10% a.a.. A
compra deste caminhão renderá para a empresa uma receita
líquida de R$ 150.000 por ano.
Entretanto, devido a problemas de caixa, a empresa vendeu o
equipamento após seis anos de uso por R$ 350.000.
Sabendo que a TMA da empresa é de 15%a.a., que a inflação
média dos períodos foi 4%a.a. e que a taxa de imposto de renda da
201
empresa é de 34%, conclua sobre a aquisição.
INCORPORAÇÃO DA INFLAÇÃO NAS
ANÁLISES

Tipos de Inflação

2) Heterogênea:

A inflação pode também afetar os componentes de um fluxo de


caixa de forma diferenciada!

Quando isto acontece, ela é chamada de inflação heterogênea.

Ou seja, quando as receitas e os custos, por exemplo são


afetados por índices de inflação diferentes.

202
INCORPORAÇÃO DA INFLAÇÃO NAS
ANÁLISES

Tipos de Inflação

2) Heterogênea:

Por exemplo, é muito comum ocorrer este tipo de inflação em


construções de empreendimentos, onde diferentes tipos de
materiais são afetados por taxas de inflação específicas:

Cimento – Variação de 4%
Agregados – Variação de 2%
Blocos – Variação de 8%
Mão-de-obra – Variação de 3%
. 203
.
.
INCORPORAÇÃO DA INFLAÇÃO NAS
ANÁLISES

Tipos de Inflação

2) Heterogênea:

Quando isto acontece, devemos atualizar o fluxo de caixa de


cada componente por sua inflação específica, em todos os
períodos.

Da mesma forma, a taxa de desconto a ser utilizada não será


somente em função da TMA. A inflação média do período deverá
ser incorporada à mesma!

1  i   1     1  TMA
#
204
INCORPORAÇÃO DA INFLAÇÃO NAS
ANÁLISES

Tipos de Inflação

2) Heterogênea:

1  i   1     1  TMA
#

Média ponderada das inflações de cada componente do fluxo de caixa:

 (1.000 x 4%) + (5.000 x 10%) + (3.000 x 7%) = 8,33%


(1.000 + 5.000 + 3.000)

TMA média = (1+8,33%) x (1+ 10%) -1


205

TMA média = 19,16%


INCORPORAÇÃO DA INFLAÇÃO NAS
ANÁLISES

Tipos de Inflação

2) Heterogênea:

Exemplo:

Investimento: R$ 4.800
Receitas: R$ 10.000, com inflação de 30% a.a.
Custos: R$ 4.000, com inflação de 35% a.a.
Mão-de-obra: R$ 1.000, com inflação de 40%a.a.
Material: R$ 3.000, com inflação de 25%a.a.

TMA: 10% a.a. 206


Vida útil: 3 anos
SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS

1. FATORES QUE CONDUZEM À SUBSTITUIÇÃO

a) Desgaste:
• Diminuição da produtividade física.
• Redução da qualidade dos produtos fabricados e/ou serviços
prestados.
• Aumento dos custos de manutenção e de reparação.
b) Obsolescência:
• Novos equipamentos (ativos) poderão proporcionar:
• Melhoria da qualidade dos produtos fabricados / serviços prestados.
• Prestação de serviços em melhores condições (menores custos ou
menores prazos).
207
c) Novas exigências em termos de produção ou serviços
SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS

2. VIDA ECONÔMICA
Caracteriza-se pelo atingimento da depreciação econômica total do bem.
Sua determinação é feita pela comparação dos custos que decorrem da
utilização do bem durante diferentes períodos de tempo.
Quando os custos totais atingirem seu valor mínimo, o bem atingiu sua
vida econômica.
$ Custos totais Custos de manutenção
(CM)

Custos de recuperação de capital


N* = vida (CRC) 208
econômica
t
SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS

Método do Custo Anual Uniforme Equivalente (CAUE)

O CAUE corresponde à soma do custo anual de recuperação de


capital (CRC) com os custos anuais de manutenção (CM):

CAUE = CRC + CM

209
SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS

Método do Custo Anual Uniforme Equivalente (CAUE)


1) Custo de Recuperação do Capital (CRC)

Custo que tende a diminuir à medida que aumenta o tempo de utilização do bem:
200 0 1 i = 10%
0 1 =
900
1000 150
0 1 2
=
0 1 2
504,76
1000 100

0 1 2 3 210
0 1 2 3 =
1000 371,90
SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS

Método do Custo Anual Uniforme Equivalente (CAUE)


2) Custo de Manutenção (CM)

Custo que tende a aumentar à medida que o equipamento (ativo) envelhece:


0 1 0 1 i = 10%

=
100 100
0 1 2 0 1 2
=

100 150 123,81

0 1 2 3 0 1 2 3 211
=
100 150 250
161,93
SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS

Método do Custo Anual Uniforme Equivalente (CAUE)


2) Custo de Manutenção (CM)
O Método do CAUE procura identificar o valor mínimo do CAUE. O
instante do tempo em que ocorrer, dará a vida econômica do bem.
0 1 0 1 i = 10%

=
100 100
0 1 2 0 1 2
=

100 150 123,81

0 1 2 3 0 1 2 3 212
=
100 150 250
161,93
SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS

Método do Custo Anual Uniforme Equivalente (CAUE)


Ano Valor de Custos Custo CAUE CRC CM
venda manut. anual
0 24.000,00 - - - - -
1 12.000,00 4.000,00 18.400,00 18.400,00 14.400,00 4.000,00
2 6.000,00 5.600,00 12.800,00 15.733,00 10.971,00 4.762,00
3 3.000,00 7.200,00 10.800,00 14.243,00 8.744,00 5.499,00
4 2.500,00 8.800,00 9.600,00 13.243,00 7.033,00 6.210,00
5 800,00 10.400,00 12.350,00 13.096,00 6.200,00 6.896,00
6 800,00 12.000,00 12.080,00 12.964,00 5.407,00 7.557,00
7 800,00 13.600,00 13.680,00 13.040,00 4.846,00 8.194,00
8 800,00 15.200,00 15.280,00 13.236,00 4.429,00 213
8.807,00
SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS

3. TIPOS DE SUBSTITUIÇÃO DE ATIVOS

3.1) Baixa sem reposição

Quando o bem será desativado, sem substituição.


• O ativo não deverá ser desativado enquanto o valor presente líquido
(VPL) de todas as conseqüências prospectivas do restante de sua
vida útil técnica for maior que zero.
• Corresponde, enfim, ao final do ciclo de vida de um produto.

VALOR CUSTOS
ANO RECEITAS i = 10%
REVENDA MANUT.
3 600,00 ------ ------
4 300,00 800,00 1200,00 214
5 ------ 900,00 1000,00
SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS

3. TIPOS DE SUBSTITUIÇÃO DE ATIVOS

3.1) Baixa sem reposição ANO


VALOR CUSTOS
RECEITAS i = 10%
REVENDA MANUT.
3 600,00 ------ ------
4 300,00 800,00 1200,00
5 ------ 900,00 1000,00
1200
a) 3 => 4 b) 4 => 5
300 1000
3 4 4 5

600 800 300 900

VPL (10%) = 36,36 VPL (10%) = - 209 215

Conclusão: O ativo deverá ser desativado ao final do ano 4


SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS

3. TIPOS DE SUBSTITUIÇÃO DE ATIVOS

3.2) Baixa com reposição idêntica

O ativo será substituído por outro exatamente igual, relativamente


a investimentos iniciais, receitas e despesas anuais, vida útil e
valores de revenda intermediários.

O ativo deverá ser substituído sempre que atingir sua vida


econômica:

Vida econômica <=> CAUE Mínimo

216
SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS

3. TIPOS DE SUBSTITUIÇÃO DE ATIVOS

3.2) Baixa com reposição idêntica

VALOR CUSTOS CRC CM CAUE


ANO REVENDA MANUT.

0 10.000 ____ ____ ____ ____


1 7.000 5.000 4.000,00 5.000,00 9.000,00
2 4.500 5.600 3.619,05 5.287,71 8.904,76
3 2.500 6.300 3.265,86 5.592,15 8.858,01
4 1.000 7.000 2.939,24 5.895,50 8.834,74
5 ----- 8.000 2.637,97 6.240,21 8.878,18 217

6 ----- 9.000 2.296,07 6.597,90 8.893,97


SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS

3. TIPOS DE SUBSTITUIÇÃO DE ATIVOS

3.3) Baixa com reposição diferente

Na prática, é muito comum encontrar situações onde se questionará


sobre a oportunidade de substituir o ativo atualmente em uso por
outro de características técnicas e/ou econômicas diferentes.

Uma análise comparativa deverá, então, ser feita:

DEFENSOR X DESAFIANTE
EQUIPAMENTO ATUAL X NOVO EQUIPAMENTO

218
O escolhido (VENCEDOR) será aquele que apresentar as melhores
condições econômicas.
SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS

3. TIPOS DE SUBSTITUIÇÃO DE ATIVOS

3.3) Baixa com reposição diferente

ALTERNATIVAS DE DECISÃO:
• Substituir o defensor pelo desafiante hoje
• Substituir o defensor pelo desafiante em t + 1 anos

PREMISSAS:
• Horizonte infinito
• As substituições posteriores serão sempre por um desafiante
idêntico
219
SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS

3. TIPOS DE SUBSTITUIÇÃO DE ATIVOS

3.3) Baixa com reposição diferente

ETAPAS:

1) Determinar a vida econômica e o CAUE mínimo do desafiante


(Nc e CAUEc)

2) Determinar o custo de se manter o defensor mais um ano (CAd1)

3) Se CAUEC > CAd1, o defensor deve ser mantido por mais um ano

Se CAUEC < CAd1, prosseguir com a análise 220


SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS

3. TIPOS DE SUBSTITUIÇÃO DE ATIVOS

3.3) Baixa com reposição diferente

ETAPAS:

4) Determinar o CAUE de se manter o defensor por 2 anos.

5) Se CAUEC > CAUEd2, o defensor deverá ser mantido por mais 2


anos.
Se CAUEC < CAUEd2 e CAUEd2 > CAd1, o defensor deverá ser
imediatamente substituído.
221
Se CAUEC < CAUEd2 e CAUEd2 < CAd1, prosseguir com a análise.
SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS

3. TIPOS DE SUBSTITUIÇÃO DE ATIVOS

3.3) Baixa com reposição diferente

Desafiante:
Apresentado no exemplo sobre baixa com reposição idêntica

Defensor: VALOR CUSTOS CUSTO


ANO REVENDA MANUTENÇÃ ANUAL i = 10% a.a.
0 8.000,00 ------ ------
1 5.000,00 5.500,00 9.300,00
2 4.000,00 6.000,00 7.500,00

Ano 1: CAd1= 9.300 CAUEC= 8.834,73 => prosseguir análise


222
Ano 2: CAUEd2= 8.422,86 CAUEC= 8.834,73 => defensor deverá ser
mantido por 2 anos!
SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS

3. TIPOS DE SUBSTITUIÇÃO DE ATIVOS

3.3) Baixa com reposição diferente


Uma empresa analisa a possibilidade de adquirir um novo caminhão. Os
dados relativos a esse caminhão estão na Tabela 1.
O atual caminhão da empresa tem um valor de mercado de $ 5.000,00.
Seus dados estimados para o próximo ano estão na tabela 2.
VALOR CUSTOS VALOR CUSTOS
ANO ANO
REVENDA MANUT. REVENDA MANUT.
0 20.000,00 ------ 0 5.000,00 ------
1 15.000,00 2.000,00 1 4.000,00 5.500,00
2 11.250,00 3.000,00 2 3.000,00 6.600,00
3 8.500,00 4.620,00 3 2.000,00 7.800,00
4 6.500,00 8.000,00 4 1.000,00 8.800,00
5 4.750,00 12.000,00 Tabela 2 223
Tabela 1

Se TMA = 10% a.a., o caminhão deverá ser substituído? Quando?


SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS

3. TIPOS DE SUBSTITUIÇÃO DE ATIVOS

3.3) Baixa comAnoreposição


Venda diferente
Custo CA VPL CAUE
0 20.000,00 - - - -
1 15.000,00 (2.000,00) (9.000,00) (8.181,82) (9.000,00)
Desafiante 2
3
11.250,00
8.500,00
(3.000,00)
(4.620,00)
(8.250,00)
(8.495,00)
(15.000,00)
(21.382,42)
(8.642,86)
(8.598,19)
4 6.500,00 (8.000,00) (10.850,00) (28.793,12) (9.083,39)
5 4.750,00 (12.000,00) (14.400,00) (37.734,38) (9.954,23)

NC= 3 anos
224
CAUEC = 8.598,19
SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS

3. TIPOS DE SUBSTITUIÇÃO DE ATIVOS

3.3) Baixa com reposição diferente


Ano Venda Custo CA VPL CAUE
0 5.000,00 - - - -
1 4.000,00 (5.500,00) (7.000,00) (6.363,64) (7.000,00)
Defensor 2 3.000,00 (6.600,00) (8.000,00) (12.975,21) (7.476,19)
3 2.000,00 (7.800,00) (9.100,00) (19.812,17) (7.966,77)
4 1.000,00 (8.800,00) (10.000,00) (26.642,31) (8.404,87)

Conclusão:
225
CAUEc < CA  O defensor deverá ser mantido!
SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS
EXERCÍCIO DE APOIO

Surgiu no mercado um novo tipo de bomba hidráulica, com maior


rendimento e que exige menos manutenção que o tipo atualmente
existente numa
ANO dada empresa.
1 2 As3 características
4 5 econômicas
6 7 do atual
equipamento são dadas402 no quadro
DESPESAS OPERACIONAIS
VALOR DE REVENDA
3
30
abaixo208 (vida12
5
25 17
útil estimada
20
14
30
12
de 7 anos):
RECEITAS 25 25 25 25 25 25 25

Pelo quadro anterior, determinou-se que a vida econômica do


equipamento atual é de 5 anos, no qual apresenta um CAUE = $27,53.
226
SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS
EXERCÍCIO DE APOIO

O vendedor da nova bomba garante que ela terá uma vida útil de 10 anos,
ao longo da qual apresentará os seguintes dados econômicos:
ANO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
DESPESAS OPERACIONAIS 1 2 4 7 12 15 20 26 35 45
VALOR DE REVENDA 60 55 52 50 48 47 46 45 45 45

Sabendo-se que TMA da empresa é de 30% ao ano e que o preço da


nova bomba é de $100,00, determine:
a) Quando será aconselhável economicamente a retirada sem
substituição da bomba velha, sabendo-se que a mesma foi comprada por
$60,00 e que hoje está com 3 anos de uso?
b) Vale a pena substituir a bomba em operação pelo novo modelo? Em
227
caso afirmativo, quando?
DEFINIÇÃO DE PORTFÓLIO

ANÁLISE DE INVESTIMENTOS COM MÚLTIPLAS ALTERNATIVAS

Critério básico de decisão:


Se:
VPL > 0
TIR > TMA Projeto é satisfatório!
Payback < Ponto de corte

Entretanto, muitas vezes o capital da empresa não é suficiente para


que todos os projetos analisados possam ser efetivamente
implementados.

Quando isto acontece, a empresa deve priorizar e selecionar alguns


228
investimentos em detrimento de outros.
DEFINIÇÃO DE PORTFÓLIO

PROGRAMAÇÃO LINEAR

 A programação linear (PL) é um problema de otimização


modelado em termos de equações lineares.

 O processo de modelagem visa adequar o problema físico à uma


linguagem matemática, permitindo seu tratamento através de
técnicas matemáticas.

229
DEFINIÇÃO DE PORTFÓLIO

PROGRAMAÇÃO LINEAR

1) Variáveis de decisão: são as variáveis manipuláveis:


X1 = Qtde. de vezes que o projeto 1 deverá ser feito;
Xn = Qtde. de vezes que o projeto n deverá ser feito.

2) Objetivo: objetivo a ser alcançado, representado pela Função


Objetivo (FO) = função linear das variáveis de decisão, que deve
ser maximizada ou minimizada;
Max Z = VPL1 x X1 + VPL2 x X2 + VPL3 x X3 +... + VPLn x Xn

3) Restrições: modelam o problema, formando uma região de


soluções viáveis. Os valores assumidos pelas variáveis de 230
decisão devem satisfazê-las.
DEFINIÇÃO DE PORTFÓLIO

PROGRAMAÇÃO LINEAR

MODELO GERAL DA P.L. PARA DECISÕES DE INVESTIMENTOS

F.O. MAX Z = j=1n VPLj x Xj

s.a: i=1  Ai,j x Xj < Oi


m

Xj > O
ONDE:
VPLj = Valor presente líquido do Projeto “j”
Xj = No. de vezes que o projeto “j” será executado
Ai,j = Valor do fluxo de caixa do Projeto “j” no período “i”
Oi = Disponibilidade financeira no período “i” 231

n = No. total de projetos analisados


m = No. de períodos de planejamento considerado
DEFINIÇÃO DE PORTFÓLIO

PROGRAMAÇÃO LINEAR

Uma empresa dispõe de um conjunto de orçamento de $1.000,00 e


deverá constituir seu portfólio a partir dos seguintes projetos:

PROJETO INVESTIMENTO ($) VPL ($)


A 1000,00 1000,00
B 500,00 800,00
C 500,00 600,00

Determinar a melhor solução através da P.L, considerando que os


projetos são independentes.
232
DEFINIÇÃO DE PORTFÓLIO

PROGRAMAÇÃO LINEAR

Solução:
F.O. : Max Z = 1000.XA + 800.XB + 600.XC
s.a:
1000.XA + 500.XB + 500.XC < 1.000
XA, XB, XC < 1 e XA, XB, XC > 0

Pelo Solver, no Excel:


Z = 1.400 XA = 0
XB = 1 233

XC = 1
DEFINIÇÃO DE PORTFÓLIO

PROGRAMAÇÃO LINEAR

Outras restrições:

• Projetos mutuamente exclusivos: um projeto só poderá ser selecionado


caso um outro projeto não seja escolhido. EXCLUSIVIDADE
EX: Se for comprada uma máquina nova, o projeto de atualização do sistema
da máquina antiga não deverá ser realizado.

• Projetos contingentes: um projeto só poderá ser selecionado caso tenha


sido selecionado um outro projeto. DEPENDÊNCIA
EX: Se for selecionado o projeto de ampliação da fábrica, também deverá ser
selecionado o projeto de confecção de novos racks para a linha de produção.
234
DEFINIÇÃO DE PORTFÓLIO

PROGRAMAÇÃO LINEAR

Outras restrições:

• Projetos mutuamente exclusivos: XA /nA+ XB /nB + XC /nC < 1

• Projetos contingentes:
XD + XD+E + XD+F + XD+E+F < 1

ONDE:

Xi = nº de vezes que o projeto “i” deverá ser executado para otimizar o portfólio;

ni = no. máximo de vezes que o projeto “i” poderá ser executado. 235
DEFINIÇÃO DE PORTFÓLIO

PROGRAMAÇÃO LINEAR

Exemplo: A empresa ABC está analisando quatro alternativas de


investimento. Essas alternativas são independentes entre si, e apresentam as
seguintes características financeiras:
LUCRO
INVESTIMENTO
ALTERNATIVA LÍQUIDO
INICIAL ($)
ANUAL ($)
A 5000,00 750,00
B 30000,00 5500,00
C 15000,00 2500,00
D 25000,00 5000,00
Todas as alternativas têm uma vida útil de 10 anos, podendo-se fazer ainda
cada uma delas, simultaneamente, até duas vezes. Sabendo-se que a
empresa adota uma T.M.A. de 10 % ao ano e que possui um orçamento para
novos investimentos de $100.000,00, qual o “pacote” orçamentário 236 que
otimizará seus investimentos?
DEFINIÇÃO DE PORTFÓLIO

PROGRAMAÇÃO LINEAR

Exemplo: Z = 15.602,21
Exemplo: Xa = 0
Xb = 1
Xc = 1
Xd = 2
E se os projetos B e D fossem exclusivos? Qual seria o portfólio
ótimo dadas as restrições?
Z =12.168,51 Xa = 0
Xb = 0
Xc = 2 237

Xd = 2
ANÁLISE MULTICRITERIAL

A rápida expansão do mercado, o aumento do grau de exigência


dos consumidores/ fornecedores e a necessidade de se tornar
cada vez mais competitivo, são exemplos das mudanças que as
empresas vêm sofrendo nos últimos anos:
 Crescimento nas alternativas de investimento e soluções de
problemas;
 Aumento das variáveis envolvidas no processo decisório;
 Aumento da comparação entre o que foi previsto e efetuado
nos processos de tomada de decisão;
 Aumento no benchmarking.
238
ANÁLISE MULTICRITERIAL

“Hoje em dia, cada vez mais as decisões de investimento


envolvem riscos e incertezas, assuntos políticos,
avaliação de viabilidade, busca por soluções
tecnicamente corretas, sustentáveis, não poluentes,
socialmente corretas, ...”

239
ANÁLISE MULTICRITERIAL

Exemplos de critérios envolvidos na tomada de decisão:


 Situação política da região do negócio (país, estado,
município);
 Tecnologia envolvida no investimento;
 Mão-de-obra disponível no local;
 Proximidade do fornecedor/ parceiro;
 Meio ambiente;
 Saúde/ segurança;
 Importância estratégica do negócio;
 Qualidade;
 Histórico do mercado;
240
 Influência na imagem da empresa;
 ...
ANÁLISE MULTICRITERIAL

 Racionalidade limitada: não há curso predeterminado para a


escolha da alternativa, existirão limites de conhecimento, e
ocorrerá uma forte base de caráter qualitativo como critério;

 Multidecisor: de modo geral, as empresas apresentarão mais


de um decisor envolvido no processo, sendo muitas vezes
utilizado um conselho para a tomada de decisão;

 Incerteza: as variáveis envolvidas relacionam-se aos


ambientes cultural, político, econômico e tecnológico,
praticamente descartando-se até a possibilidade de se
trabalhar com riscos, para se trabalhar com incerteza.

 Multicritério: isto é, uma grande quantidade de objetivos e


políticas que terão caráter tanto qualitativo como quantitativo
nortearão a decisão da empresa. 241
ANÁLISE MULTICRITERIAL

Decisão Multicritério auxilia o decisor a resolver problemas nos


quais vários são os objetivos a serem alcançados de forma
simultânea e o processo consiste das seguintes etapas:

1. Definir as alternativas;

2. Definir os critérios relevantes para o problema de decisão;

3. Avaliar as alternativas em relação aos critérios;

4. Avaliar a importância relativa de cada critério;

5. Determinar a avaliação global de cada alternativa.

242
ANÁLISE MULTICRITERIAL

Na área de Pesquisa Operacional, muitos métodos, que incluem


aspectos qualitativos no seu desenvolvimento vêm sendo
implementados.
Estes métodos, que apóiam a tomada de decisão através de
múltiplos critérios, também conhecidos como Multiple Criteria
Decision Making (MCDM), possuem características particulares e
trazem ao decisor uma nova discussão: qual deles é mais
recomendado para determinada situação.
1. MAUT – Multiattribute Utility Theory

2. AHP – Analytical Hierarchy Process

3. ELECTRE – Élimination Et Choix Traduisant la Realité


243
4. NCIC – Non-tradicional Capital Investment Criteria
ANÁLISE MULTICRITERIAL

MAUT- Multiattribute Utility Theory

 Desenvolvido na década de 80 pelos pesquisadores Edward


e Newmann, nos Estados Unidos.
 Serve para a comparação de uma alternativa frente a outra,
envolvendo múltiplos critérios.

 Este método permite que o decisor estruture um problema


complexo em forma de uma simples hierarquia e avalie
subjetivamente um número grande de aspectos tanto
qualitativos como quantitativos, podendo inclusive envolver a
análise de risco e incerteza.
244
ANÁLISE MULTICRITERIAL

MAUT- Multiattribute Utility Theory

Etapas:

1. Identificação dos objetivos da avaliação e da função final que a


análise deve atender;
2. Identificação de todas as pessoas afetadas e envolvidas no
processo em questão (Stakeholders);
3. Eleger, por consulta aos Stakeholders, os atributos ou
características relevantes da decisão e organizá-los em uma
estrutura hierárquica denominada árvore de valores (value tree);

245
ANÁLISE MULTICRITERIAL

MAUT- Multiattribute Utility Theory

4. Cada grupo de Stakeholders deve fornecer a importância


relativa de cada um dos atributos identificados no passo 3;

5. Verificar quanto cada objeto de avaliação atende a cada atributo


da árvore de valores = criar escala e pontuar cada opção;

6. Agregar, através da árvore de valores, as utilidades com


importância relativa, obtendo a utilidade agregada da
alternativa;

7. Realizar a análise de sensibilidade.


246
ANÁLISE MULTICRITERIAL

PESOS UTILIDADES
Absoluto Relativo Alter. A Alter.B

ATRIBUTOS ECONÔMICOS

ATRIBUTOS SOCIAIS

OBJETIVOS
ATRIBUTOS TÉCNICOS

ATRIBUTOS AMBIENTAIS

ATRIBUTOS
ESTRATÉGICOS

TOTAL 247
TOTAL TOTAL
ANÁLISE MULTICRITERIAL

Exemplo prático:
Você é dono de uma empresa de serviços que trabalha no ramo de entregas através
de motoboys. Neste mercado crescente você sente a necessidade de renovar sua
frota, tendo como opções, três tipos de motos. Levando em conta múltiplos critérios,
decida que tipo de moto deverá ser comprada.

ALTERNATIVAS
CRITÉRIOS PESOS
CG 125 CG 150 POP

PREÇO (R$) 20 5.600 6.500 4.500

CONSUMO 30 -- --- -

BELEZA 10 ++ +++ +

VELOCIDADE 20 ++ +++ +
248
ANÁLISE MULTICRITERIAL

Exemplo prático:

Planilha Carro

249
ANÁLISE MULTICRITERIAL

MAUT- Multiattribute Utility Theory


Vantagens:
 Pode trabalhar com vários critérios e alternativas;
 Método transparente e de fácil aplicação
 Trabalha com operações matemáticas simples (adição, multiplicação...).

Desvantagens:
 Não confronta as alternativas diretamente;
 O somatório da relação pesos x notas pode fugir à sensibilidade do decisor
e uma modificação sutil nos pesos dos atributos pode escapar da percepção
do decisor;
 Não apresenta opção de estipular uma Meta Mínima em determinado
critérios. 250
ANÁLISE MULTICRITERIAL

DIAGRAMA DE MUDGE

Método que compara os critérios par-a-par e permite que sejam


encontrados os pesos de cada critério na decisão final, reduzindo a
subjetividade e a parcialidade.

Peso (grau) Quando...

1 O critério A é ligeiramente mais importante que o critério B


3 O critério A é considerado mais importante que o critério B
5 O critério A é muito mais importante que o critério B

251
ANÁLISE MULTICRITERIAL

DIAGRAMA DE MUDGE

B C D E
VALOR DE TOTAL %
  REVENDA CONSUMO BELEZA/DESIGN VELOCIDADE
A CUSTO A3 A1 0 A5 9 42,86
VALOR DE
B REVENDA C1 B3 B1 4 19,05
C CONSUMO C1 C5 7 33,33
D BELEZA/DESIGN D1 1 4,76
E VELOCIDADE 0 0,00

252
ANÁLISE MULTICRITERIAL

AHP- Analytical Hierarchy Process

 Desenvolvido na década de 70 pelo pesquisador Thomas


Saaty, nos Estados Unidos.
 Serve também para a comparação de uma alternativa frente
a outra, envolvendo múltiplos critérios.

 Este método permite que o decisor estruture um problema


complexo em forma de hierarquia e um número limitado de
aspectos tanto qualitativos como quantitativos, através de
comparações paritárias entre os critérios e as alternativas.
253
ANÁLISE MULTICRITERIAL

AHP- Analytical Hierarchy Process

Escolher melhor carro


N1 Objetivos

Preço Desempenho Design Consumo

N2 Critérios

Carro A Carro B Carro C

N3 Alternativas
254
ANÁLISE MULTICRITERIAL

AHP- Analytical Hierarchy Process

255
ANÁLISE MULTICRITERIAL

AHP- Analytical Hierarchy Process


Itens são avaliados de forma comparativa quanto:
 À sua importância relativa, ou
 Com sua relação a algum critério pré-definido

O que é mais importante para você em um carro?


 Conforto é muito mais importante que o consumo
 Carro A tem desempenho melhor que o carro B
 Carro C tem design muito menos atrativo que o carro B
256
ANÁLISE MULTICRITERIAL

AHP- Analytical Hierarchy Process

Escala de Saaty:

257
ANÁLISE MULTICRITERIAL

AHP- Analytical Hierarchy Process

Matriz de comparações

OBSERVAÇÕES:
Comparação quanto ao
critério Desempenho: - Elementos acima da
carros A B C
diagonal principal
têm valor contrário
A 1 5 7 aos situados abaixo
da diagonal
B 1/5 1 3 principal.

C 1/7 1/3 1 - Diagonal principal


SOMENTE poderá 258
ter valor unitários!
ANÁLISE MULTICRITERIAL

AHP- Analytical Hierarchy Process

Vetor de pesos:
aij/somain = 1/1,343 = 0,745

Comparação quanto ao
critério Desempenho:
A B C A B C

A 1 5 7 A 0,745 0,790 0,636

B 1/5 1 3 B 0,149 0,158 0,273

C 1/7 1/3 1 C 0,106 0,052 0,091


259
Soma 1,343 6,333 11 Soma 1,00 1,00 1,00
ANÁLISE MULTICRITERIAL

AHP- Analytical Hierarchy Process

Vetor de pesos:

Comparação quanto ao
critérios Desempenho:
A B C Soma linha /N

A 0,745 0,79 0,636 0,724

B 0,149 0,158 0,273 0,193 Vetor Pesos:


Importâncias!
C 0,106 0,052 0,091 0,083
260
Soma 1,00 1,00 1,00 1,00
ANÁLISE MULTICRITERIAL

AHP- Analytical Hierarchy Process

Consistência:
Valor matriz. mult / Vetor
Comparação quanto ao
critérios Desempenho:
A B C Vetor Mult. Matriz Verif.

A 1,00 5,00 7,00 0,724 2,273 3,14

B 1/5 1,00 3 0,193 0,588 3,04

C 1/7 1/3 1,00 0,083 0,251 3,01

261

Excel: f (MATRIZ.MULT)
ANÁLISE MULTICRITERIAL

AHP- Analytical Hierarchy Process

Consistência:

Comparação quanto ao verific. = 3,14 + 3,04 + 3,01


Soma
critérios Desempenho:
Soma verifc. = 9,19
Verif.  max = média = 9,19 / 3 = 3,063

3,14
Índice de Consistência = IC
3,04 IC =  max – n
( n – 1)
3,01
IC = 3,063 – 3 = 0,0315 262
3-1
ANÁLISE MULTICRITERIAL

AHP- Analytical Hierarchy Process

Consistência:

Razão de Consistência: RC = IC
nIR

nIR = índice randômico para matrizes de n = 1 a 15


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
0,00 0,00 0,58 0,90 1,12 1,24 1,32 1,41 1,45 1,49 1,51 1,48 1,56 1,57 1,59

RC < 0,10 .... OK! 263


RC = 0,0315 / 0,58 = 0,0054 RC > 0,10 .... Refazer comparações
ANÁLISE MULTICRITERIAL

AHP- Analytical Hierarchy Process

Deve-se fazes estes procedimetnos para todas as alternativas frete


aos critérios e para a comparação entre os critérios também.

 No método AHP temos, então, N + 1 matrizes, sendo N o número


de critérios a serem avaliados.

 A consolidação final da resposta se dará pelo cruzamento do


vetor peso de cada critério com o vetor resultante da matriz de
cruzamento das importâncias dos critérios.

264
ANÁLISE MULTICRITERIAL

AHP- Analytical Hierarchy Process

Exemplo
Critérios/ Conforto Desemp. Design Consumo
Carros
A 0,247 0,724 0,610 0,231
Resultado
B 0,412 0,193 0,112 0,121
0,401
C 0,341 0,083 0,278 0,648
0,248

0,351
Vetor 0,40 0,17 0,21 0,22

265
A melhor alternativa, frente aos critérios analisados, é o carro A!
ANÁLISE MULTICRITERIAL

AHP- Analytical Hierarchy Process

O método AHP não trabalha com critérios qualitativos e econômicos


na mesma matriz, como o método MAUT, por exemplo.

Para agregar à análise do AHP o valor econômico de uma


alternativa, deve-se fazer a comparação benefício/custo de cada uma
das alternativas avaliadas.

266
ANÁLISE MULTICRITERIAL

AHP- Analytical Hierarchy Process

Retomando o exercício anterior

3 carros: A 4 critérios: Conforto


B Desempenho
C Design
Consumo

AHP: A = 0,401 Valor R$ 40.000 (0,45)  B/CA = 0,89


B = 0,248 Valor R$ 20.000 (0,22)  B/CB = 1,13
267
C = 0,351 Valor R$ 30.000 (0,33)  B/CC = 1,06
R$ 90.000
ANÁLISE MULTICRITERIAL

AHP- Analytical Hierarchy Process

Exemplo:

268
ANÁLISE MULTICRITERIAL

AHP- Analytical Hierarchy Process


Vantagens:
 Compara todas as alternativas e os critérios;
 Verifica consistência das comparações;
 Estrutura melhor a hierarquia, permitindo subjetividade menor.

Desvantagens:
 Não permite a comparação de muitos critérios;
 A relação benefício/custo é trabalhada em matrizes diferentes;
 Apresenta cálculos mais complexos.

269
LISTAS DE EXERCÍCIOS

270
LISTA 1

Exercício 1.1
Um capital de $50.000,00 foi aplicado a uma taxa de juros de 10%
ao ano. Calcular o montante total disponível ao final de 4,5 e 5 anos,
supondo:
a. Juros simples.
b. Juros compostos.

271
LISTA 1

Exercício 1.2
Determinar as taxas efetivas anuais equivalentes a uma taxa nominal
de 24% ao ano com os seguintes períodos de capitalização:
a. Semestral.
b. Trimestral.
c. Mensal.

272
LISTA 1

Exercício 1.3
Um investidor aplicou $100.000,00 num fundo de investimentos que
paga 12% ao ano. Calcular o montante que estará disponível daqui a 1
ano, supondo que o dinheiro aplicado será capitalizado:
a. Anualmente.
b. Semestralmente.
c. Quadrimestralmente.
d. Bimestralmente.
e. Mensalmente.
f. Continuamente.

273
LISTA 1

Exercício 1.4
Um investidor aplicou $10.000,00 a uma taxa de juros de 20% ao
ano, objetivando obter uma série de retiradas anuais de $2.000,00. Pede-
se:
a) Em termos financeiros, daqui a quantos anos este fundo se
esgotará?
b) Em termos econômicos, daqui a quantos anos este fundo se
esgotará?(Supor uma taxa de remuneração real de 6% aa)

274
LISTA 1

Exercício 1.5
A taxa de juros cobrada pelo Banco Internacional é de 30% ao ano,
sendo sua capitalização semestral. Já o Banco Regional informa que sua
taxa é de 29% ao ano, mas com capitalização mensal. Qual a melhor
taxa para o cliente?

275
LISTA 1

Exercício 1.6
Há um ano uma pessoa depositou $ 8.000,00 numa caderneta de
poupança que pagou 35% ao ano de correção monetária, capitalizada
trimestralmente, mais 6% de juros ao ano, capitalizados mensalmente.
Qual o saldo da conta hoje?

276
LISTA 1

Exercício 1.7
O Banco PUC oferece uma linha de crédito a uma taxa de 18% ao
semestre, com capitalização mensal. PEDE-SE:
a. Qual a taxa anual nominal cobrada pelo Banco PUC?
b. Qual a taxa anual efetiva cobrada pelo Banco PUC?
c. A empresa UFRGS utilizou essa linha de crédito e tomou
emprestado $10.000,00 os quais deverão ser pagos em 24 meses, num
único pagamento. Determinar o valor desse pagamento.

277
LISTA 1

Exercício 1.8
O Banco LOSANDES oferece uma linha de crédito a uma taxa
efetiva de 60% ao ano, com capitalização mensal. Pede-se:
a) Qual a taxa anual nominal cobrada pelo Banco?
b) Qual a taxa trimestral efetiva cobrada pelo Banco?
c) A empresa LAPAZ utilizou essa linha de crédito e tomou
emprestada uma determinada quantia. Ao final de 18 meses, ela quitou
o empréstimo realizando um único pagamento de $20.260,00.
Determinar o valor do empréstimo.

278
LISTA 1

Exercício 1.9
Um empréstimo foi financiado pelo sistema francês em 20 prestações
mensais. Sabe-se que a 10 e a 15 amortização foram de $41.170,00 e
de $66.304,00, respectivamente. Determine a quantia emprestada e a
taxa de juros cobrada.

279
LISTA 1

Exercício 1.10
Organizar o plano de amortização de um empréstimo de $2.000,00 a
ser pago 5 prestações mensais. A taxa de juros é de 5% ao mês. Utilizar:
a. Sistema de prestações iguais - Tabela Price.
b. Sistema de Amortizações Constantes - SAC.

280
LISTA 1

Exercício 1.11
Um financiamento de $500.000,00 foi realizado a uma taxa de juros
de 60% ao ano, e será pago através de prestações mensais iguais.
Sabendo que os juros relativos ao 30o mês montam a $15.246,45,
pergunta-se:
a) Qual o saldo devedor ao final do 40o mês?
b) Qual o prazo total do financiamento?

281
LISTA 1

Exercício 1.12
Há 3 meses uma pessoa fez um empréstimo a ser pago em 25
prestações pelo SAC. Os pagamentos serão semestrais e iniciam-se
hoje. A primeira prestação é de $20.000,00 e a taxa de juros efetiva é de
60% ao ano. Qual foi a quantia emprestada?

282
LISTA 1

Exercício 1.13
O preço-base de um eletrodoméstico na loja ABC é de $40,00.
Buscando incentivar suas vendas, a loja oferece as seguintes condições
de pagamento:
•15% de desconto nas vendas à vista;
•uma entrada de $10,00 mais 3 prestações mensais também de
$10,00 (30-60-90 dias) nas vendas a prazo.
PEDE-SE:
a. Qual é a taxa de juros praticada pela loja ABC?
b. Considerando o mesmo valor de entrada e supondo juros de 10%
ao mês, qual seria o valor das 3 prestações mensais iguais a serem
pagas?
283
LISTA 1

Exercício 1.14
Procurando incentivar as vendas de um determinado produto, uma
loja de departamentos propõe as seguintes condições de pagamento:
•20% de desconto à vista.
•3 prestações de $10.000,00 (em 0-30-60 dias).
•4 prestações de $7.500,00 (em 0-30-60-90 dias).

Pede-se:
a. Você possui o dinheiro para pagar à vista, mas este se encontra
aplicado num fundo de curto prazo que paga 20% ao mês. Vale a pena
pagar a prazo? Em caso afirmativo, o pagamento deverá ser feito em 3 ou
4 prestações? Justificar todas as respostas.
b. Que percentagem de desconto faria com que você ficasse 284
indiferente, economicamente, entre realizar o pagamento à vista ou a
prazo?
LISTA 1

Exercício 1.15
Uma conhecida rede de lojas propõe as seguintes alternativas de
pagamentos:
•30% de desconto à vista.
•20% de desconto em 2 vezes (1 + 1).
•10% de desconto para pagamentos feitos em 3 vezes (1 + 2).
•4 vezes (1 + 3), sem desconto.

Atraído pelas ofertas, Ricardo Lessa acaba se interessando por


determinado eletrodoméstico. Apesar de dispor de todo o dinheiro
necessário para realizar o pagamento à vista, ele analisa a oportunidade de
financiar a compra. Pede-se:
a. Sabendo que o dinheiro de Ricardo está aplicado num fundo de curto
prazo, que rende 30% ao mês, ajude-o a encontrar a alternativa que
maximizará seus recursos financeiros. 285
b. Que percentagem de desconto faria com que Ricardo ficasse
indiferente, economicamente, entre pagar à vista ou a prazo?
LISTA 1

Exercício 1.16
Para pagar um empréstimo de $200.000,00 contraído em junho de
1988, a empresa TECNOSUL deverá desembolsar $430.000,00 em
outubro de 1988. Calcular a taxa e o montante de juros pagos pela
empresa no período.
Valores nominais das OTNs:

JAN 596,94 JUL 1.598,26


FEV 695,50 AGO 1.982,48
MAR 820,42 SET2.392,06
ABR 951,77 OUT 2.966,39
MAI 1.135,27 NOV 3.774,73
JUN 1.337,12 DEZ 4.790,89
286
LISTA 1

Exercício 1.17
Procurando reforçar seu capital de giro, a empresa TMS tomou um
empréstimo de $10.000,00, dos quais $5.000,00 foram liberados em
01/03/88 e $5.000,00 30 dias após. O empréstimo foi pago em 6
prestações mensais iguais de $3.000,00, vencendo a primeira em
01/05/88.
Pede-se:
a. Qual foi a taxa mensal global de juros (juros reais + correção
monetária)?
b. Qual foi a taxa mensal real de juros? E qual foi o montante de juros
pagos pela empresa no período?

c. Qual foi a taxa mensal média de correção monetária do período do


empréstimo? 287
d. Determine, também, a taxa mensal média de correção monetária paga
pela empresa no período do empréstimo.
LISTA 1

Exercício 1.18
Um investidor dispõe de $500.000,00 e pretende aplicá-los por um
prazo de 6 meses. A fim de maximizar seus rendimentos, ele analisa 3
alternativas:
•Aplicação a uma taxa de 30% ao mês, capitalizados diariamente.
•Aplicação a uma taxa efetiva de 16% a cada 15 dias,
capitalizados diariamente.
•Aplicação a uma taxa de 83% ao mês, mas no regime de juros
simples.
PEDE-SE:
Qual alternativa deve ser escolhida? Justificar.

288
LISTA 1

Exercício 1.19
Uma aplicação de $15.000,00 foi feita pelo prazo de 5 anos, a uma
taxa de juros de 10% ao ano, capitalizados continuamente. No final do
quinto ano foi reaplicado o montante resultante da primeira aplicação por
um prazo adicional de 3 anos, a uma taxa de juros de 15% ao ano,
capitalizados trimestralmente. Supondo que você disponha de uma
aplicação alternativa que remunere o capital investido a uma taxa de
20% ao ano, determinar a série anual uniforme de depósitos que deverá
ser feita de forma a proporcionar o mesmo montante ao final dos 8 anos.

289
LISTA 2

Exercício 2.1
Uma lavanderia analisa duas alternativas para melhorar seus serviços
de entrega:

Comprar uma camionete:


Custo de aquisição $400.000,00
Valor residual: $40.000,00
Vida útil: 10 anos
Custos anuais de manutenção: $80.000,00

Alugar uma camionete:


Custo anual de aluguel: $150.000,00

Qual a melhor opção, sabendo-se que a TMA da lavanderia é de 15% ao


ano? 290
LISTA 2

Exercício 2.2
Dois tipos de pavimentação estão sendo estudados para determinada
estrada, os quais acarretarão os seguintes custos:

A B
CUSTO INICIAL($) 800.000,00 1.200.000,00
REPAVIMENTAÇÃO 12 anos 18 anos
CUSTO DE REPAV($) 500.000,00 500.000,00
CUSTO ANUAL DE CONSERV($) 40.000,00 30.000,00

Considerando uma TMA de 6% ao ano, que tipo de pavimentação deverá


ser escolhido?

291
LISTA 2

Exercício 2.3

O Sr. Longo está considerando a possibilidade de entrar de sócio de uma


empresa onde espera obter $120.000,00 por ano de lucro. Ele planeja
permanecer como sócio da empresa por 8 anos, ao final dos quais
venderá sua parte na sociedade por $1.000.000,00.

Se o Sr. Longo tiver a possibilidade de conseguir empréstimos a uma taxa


de 10% ao ano, qual o valor máximo que ele deverá pagar para entrar na
sociedade?

292
LISTA 2

Exercício 2.4
Você é o assessor econômico e financeiro de uma empresa de grande
porte que precisa renovar seu atual processo de fabricação. A seu
pedido, o Departamento de Métodos envia as duas alternativas
detalhadas abaixo:
A B
CUSTO INICIAL ($) 2.000,00 3.000.00
VIDA ÚTIL 10 anos 10 anos
VALOR RESIDUAL ($) 400,00 500,00
LUCRO ANUAL LÍQ. ($) 500,00 700,00

Utilizando os métodos do VPL e da TIR, analise essas alternativas e faça


um relatório que auxilie a direção na tomada de uma decisão.
293
LISTA 2

Exercício 2.5
Uma fábrica necessita ampliar suas instalações físicas e analisa duas
alternativas:

ALTERNATIVA 1: Construção de um galpão em concreto armado, com


custo inicial de $500.000,00 e vida útil estimada de 20 anos, ao final dos
quais poderá ser vendido por $20.000,00. Seus custos anuais de
manutenção estão orçados em $5.000,00.

ALTERNATIVA 2: Construção de um galpão em alvenaria, com custo


inicial de $300.000,00 e vida útil estimada de 20 anos. Seu valor residual
é de $15.000,00 e seus custos anuais de manutenção foram orçados em
$10.000,00.
294
Analise as duas alternativas e proponha uma sistemática que oriente o
processo de tomada de decisão.
LISTA 2

Exercício 2.6

Em conseqüência do sucesso de sua nova linha de produtos, a empresa


FINPUC se vê obrigada a expandir seu parque industrial. O departamento
de Engenharia acaba de apresentar duas propostas alternativas para
essa expansão: realizá-la em fases, adaptando-se pouco a pouco ao
crescimento da demanda, ou realizá-la imediata e integralmente.

Sempre segundo o Departamento de Engenharia, a opção da expansão


total requer um investimento inicial de $1.4000.000,00, enquanto o
programa em fases requer $800.000,00 agora, $600.000,00 em 5 anos e
outros $600.000,00 no final do plano de expansão, daqui a 10 anos.
295
LISTA 2

Exercício 2.6

Se for escolhido o plano de expansão total, estima-se que as despesas


anuais de manutenção serão, relativamente à expansão em fase, maiores
em $40.000,00 nos 5 primeiros anos e em $20.000,00 nos últimos 5 anos.
Não foram encontradas outras diferenças significativas entre as duas
alternativas.

Utilizando os métodos do VPL e da TIR, analise essas alternativas e faça


um relatório que auxilie a direção na escolha do processo de expansão a
ser implementado.

296
LISTA 2

Exercício 2.7
Na venda de um barco, o vendedor oferece duas opções a seus clientes:

OPÇÃO 1: $600.000,00 de entrada mais duas parcelas semestrais, sendo


a primeira de $1.000.000,00 e a segunda de $2.000.000,00.

OPÇÃO 2: Sem entrada, sendo o pagamento efetuado em 4 parcelas


trimestrais: $800.000,00 nas duas primeiras e $1.000.000,00 nas duas
últimas.

Analise as duas alternativas e estabeleça uma sistemática que oriente o


processo de tomada de decisão.

297
LISTA 2

Exercício 2.8
Uma construtora analisa a viabilidade de realizar um investimento de
$300.000,00, dos quais $180.000,00 serão gastos na compra de um
terreno e o restante na construção de um prédio. A vida útil prevista para
o prédio é de 15 anos, ao final dos quais ele não terá valor residual.
Estima-se ainda que o prédio poderá ser alugado por $40.000,00 por ano,
e que serão gastos $12.000,00 anuais na sua manutenção. A estimativa
mais razoável é a de vender o terreno após 15 anos por $340.000,00.
Supondo-se depreciação linear e uma taxa de Imposto de Renda de 30%
ao ano, determinar a taxa de retorno proporcional por este investimento.

298
LISTA 2

Exercício 2.9
Pesquisas feitas sobre dois tipos de caminhão revelaram os seguintes
dados econômicos:
• Preço do caminhão a diesel: $500.000,00
• Preço do caminhão a gasolina: $350.000,00
Os dois caminhões têm uma vida útil de 5 anos, ao final da qual terão
um valor residual igual a 50% de seus valores de compra.
O caminhão a diesel apresentará despesas de operação, manutenção
e seguros de $50.000,00 no 1 ano, as quais aumentarão de $10.000,00, a
cada ano seguinte.
As despesas do caminhão a gasolina serão sempre 30% maiores do que
as do caminhão a diesel, e ambos proporcionarão economias de transporte
da ordem de $225.000,00 por ano . 299
LISTA 2

Exercício 2.9
PEDE-SE:

a. Utilizando os métodos do VPL, da TIR e do payback, analise essas duas


alternativas e faça um relatório que auxilie a direção na escolha do
caminhão.
b. Supondo depreciação linear e uma taxa do I.R. de 30% ao ano,
incorpore os efeitos do Imposto de Renda às duas alternativas e faça um
novo relatório à direção.

300
LISTA 2

Exercício 2.10
A empresa KAN precisa adquirir um novo torno, e está em dúvida entre um
modelo mecânico e um modelo hidráulico.
O torno mecânico tem um custo inicial de $120.000,00, proporciona
recebimentos anuais de $29.000,00 a partir do 4 ano e exige custos anuais
de manutenção de $2.000,00 durante toda a sua vida útil, que é de 10 anos.
Seu valor residual é de ($5.000,00), pois além da empresa não conseguir
um valor de venda para o torno, ela ainda deverá pagar para retirá-lo.
O torno hidráulico, por sua vez, apresenta um custo inicial de
$100.000,00, proporciona recebimentos anuais de $20.000,00 também a
partir do 4 ano, e tem custos anuais de manutenção de $1.000,00 durante
toda sua vida útil (10 anos), ao final da qual estima-se que ele terá um 301
valor
residual de $10.000,00.
LISTA 2

Exercício 2.10
PEDE-SE:

a. Faça um relatório que auxilie a direção na escolha da alternativa mais


vantajosa economicamente para a empresa.

b. Supondo depreciação linear e uma taxa de I.R. de 30% ao ano, incorpore


os efeitos do Imposto de Renda às duas alternativas e faça um novo
relatório à direção.

302
LISTA 2

Exercício 2.11
Um grupo de capitalistas resolveu fundar uma sociedade e montar uma
empresa de prestação de serviços. Eles encontram-se frente ao problema
de escolher a melhor alternativa para a instalação de sua sede:

ALTERNATIVA A: alugar um andar inteiro de um edifício central de Porto


Alegre, a qual implicará numa despesa mensal de aluguel de $40.000,00.
Além disso, ao final de 5 anos o imóvel deverá ser desocupado, e nesse
momento a empresa deverá despender $100.000,00, em despesas de
reforma.

303
LISTA 2

Exercício 2.11
ALTERNATIVA B: comprar um andar inteiro num edifício vizinho ao
anterior. Se esta alternativa for escolhida, será necessário realizar-se uma
reforma inicial orçada em $100.000,00, uma vez que o imóvel apresenta-se
atualmente em precárias condições.
O imóvel comprado será depreciado a uma taxa constante de 4% ao ano
sobre seu valor de compra. As taxas de seguro e de impostos serão de
$30.000,00 por ano. É previsto que a nova empresa durará 5 anos, findos
os quais o prédio poderá ser vendido por $1.000.000,00.

Sabendo-se que a TMA da nova empresa é de 3% a.m., e que a taxa do IR


é de 30% ao ano, até que preço os novos empresários poderiam pagar
304
pelo imóvel para que a compra fosse economicamente interessante?

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