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do
Negócio Jurídico
Facto Jurídico
lato sensu
Facto Jurídico
stricto sensu
Acto Jurídico
lato sensu
• Actos jurídicos lato sensu são acções humanas tratadas pelo Direito
enquanto manifestações de vontade (a renúncia, qualquer contrato, o
testamento, a ocupação, a perfilhação, por exemplo)
• Factos jurídicos stricto sensu são estranhos a qualquer processo
volitivo – ou porque resultam de causas de ordem natural ou porque
a sua eventual voluntariedade não tem relevância jurídica
Quase-
negócios
jurídicos
Actos
materiais
• Os quase-negócios são declarações de vontade que produzem efeitos
independentemente de o seu autor antecipar os respectivos efeitos
(interpelação do devedor, por exemplo)
• 1.
• Negócios jurídicos plurilaterais (ou contratos): aqueles que têm duas ou mais partes
• Negócios jurídicos unilaterais: aqueles que têm apenas uma parte
• Negócios inter vivos: não têm por função típica a produção de efeitos
jurídicos por morte
• Negócios mortis causa: os seus efeitos jurídicos são desencadeados por
morte da pessoa a que se referem
• 3.
• Negócios reais quanto à constituição: são aqueles cuja perfeição supõe a entrega da
coisa que seja tida como seu objecto (v.g., art. 1142º)
• Negócios consensuais: são aqueles em que a entrega da coisa que constitua o seu
objecto apenas é exigida para execução de obrigações já dele decorrentes (art.
408º/nº2)
• 5.
Funcional
(negócios de efeitos
duradouros)
Negócio
Jurídico
Declaração Receptícia
(teoria da recepção)
Não receptícia
(teoria da emissão)
• Declaração (modalidades):
expressa
Por acção
tácita
ilidíveis
legais
inilidíveis
presunções
judiciais ilidíveis
• O silêncio só tem significado negocial quando tal resulte de:
lei
acordo
uso
• Processo típico de formação do contrato:
Proposta Aceitação
Completa Pura
Forma Forma
suficiente suficiente
• Efeitos da proposta:
Direito
potestativo
de aceitar
Rejeição
• 1. Sobre documento
• 2. Contratação automática
• 3. Contratação em auto-serviço
• Culpa in contrahendo:
• Segundo uma tripartição muito comum, a boa fé na responsabilidade pré-
contratual encerra três modalidades típicas de deveres:
• de protecção,
• de esclarecimento
• e de lealdade (este última contendo a sub-modalidade típica da não ruptura injustificada
das negociações).
• A) O primeiro tipo implica que, mesmo antes de iniciadas as negociações formais, bastando uma
“proximidade negocial”, as potenciais partes estejam já reciprocamente vinculadas por deveres de
cuidado com a vida, a integridade física e a propriedade da outra. É um dever cuja existência fará
sentido no Direito alemão, à semelhança do Direito Romano, onde a responsabilidade civil, mesmo
por factos ilícitos, obedece formalmente a uma taxatividade de modelos. Entre nós, a admissão
deste tipo afigura-se de discutível utilidade atendendo à cláusula geral contida no nº1 do art. 483º
do Cód.Civil e à largueza com que se admite a ressarcibilidade dos danos não patrimoniais.
• C) O dever de lealdade, por fim, impõe aos intervenientes no processo de contratação a vinculação
a um comportamento honesto, o que, para além de em muitos casos coincidir, total ou
parcialmente, com as vinculações decorrentes do dever anterior, obriga-os ainda a não romper as
negociações a não ser justificadamente e disso dando conhecimento ao outro interveniente e
também a não incluir cláusulas negociais que à partida se sabe serem juridicamente inadmissíveis.
Obrigacionais
Princípio da taxatividade
Negócios unilaterais
Autonomia da vontade
Típicos
- Legalmente
Contratos
- Socialmente
Atípicos
Puros
Contratos
legalmente
atípicos
União de
contratos Interna
Alternativa
Interpretação
• A) Interpretação
• I. Regras
1º) Fixação da vontade real
2º) Fixação do sentido objectivo da declaração
II. Casos especiais
- Negócios formais: correspondência mínima entre o texto e 1º) ou 2º)
- Casos duvidosos: 237º
- Testamento (2187º)
- Cláusulas contratuais gerais (art. 11º/nº2, DL nº 446/85 de 25/10)
B) Qualificação
- Juízo primário: de maior ou menor proximidade ao tipo
- Juízo secundário: de subsunção ou não subsunção ao tipo
• C) Integração
Regras (inexistindo norma legal supletiva)
1 - Vontade conjectural
2 - Regras de boa-fé (objectiva)
Conteúdo do negócio
• Regra
Liberdade contratual (405º)
Limites (280º)
a) não contrariedade à lei
b) indeterminabilidade
c) impossibilidade legal ou física
d) contrariedade à ordem pública
e) contrariedade aos bons costumes
Conteúdo típico dos negócios
• A) Condição e termo consistem:
- em factos futuros
- de verificação incerta, no primeiro caso, e de verificação certa, no
segundo
- voluntariamente inseridos no negócio
- cuja eficácia deles fica dependente automaticamente
• Assim, não constituem condição nem termo próprios:
- os que resultam directamente da lei (v.g. 66º/nº2);
- os que não são dotados de eficácia automática.
Além disso:
- são inadmissíveis as chamadas condições ilícitas (271º) e
- há negócios puros
Suspensiva/o
= paralisa a eficácia
Condição
e
termo
Resolutiva/o
= faz cessar ou
destrói a eficácia
• Na pendência da condição e do termo (período que medeia entre a celebração do negócio e a sua
verificação/não verificação):
Aquisição de frutos
pela parte que exerceu o direito
• B) Modo
• Cláusula típica das liberalidades que limita o enriquecimento do
respectivo beneficiário
• Não suspende nem resolve (em princípio), mas obriga
Por contrariedade
1. As integradas à boa-fé ou
em contrato
singular, Nas relações
se forem nulas entre não
(art. 12º) Por serem
consumidores
absoluta ou
relativamente
proibidas por lei Nas relações
com consumidores
Faltas de
falta de
vontade
consciência
da declaração
Declaração
não séria
coacção moral
medo
estado de necessidade
vícios da
vontade
espontâneo
erro
erro na declaração
não
intencionais
erro na transmissão
• Coacção física: o coagido é utilizado com um instrumento pelo coactor
• Consequência: inexistência jurídica
• Falta de consciência da declaração: inconsciência do significado da
declaração objectivamente proferida
• Consequência: inexistência jurídica
• Declaração não séria: declaração não jurídica (feita em contexto não
jurídico)
• Consequência: irrelevância jurídica
• Vícios da vontade: divergências entre a declaração e a vontade
conjectural causadas por medo ou erro
concretizável
Ilícita
Coacção (por violar direitos do medo negócio
moral coagido ou por os
colocar em perigo)
com o fim de
forçar uma
declaração
inocente/
242º/nº2
fraudulenta
Simulação
só com negócio
aparente
absoluta nulo (240º/nº2)
desconhecida
declaração válida
(do declaratário)
patente rectificação
Erro na
declaração
Essencialidade
não
anulabilidade +
patente
cognoscibilidade
com dolo
anulabilidade
do núncio
Erro na
transmissão
da declaração
ad substantiam
ad probationem
Forma
legal
convencional
voluntária
• As consequências da falta de forma dependem da natureza do documento escrito
exigido
oficial
autêntico extra-oficial
documento
escrito autenticado
particular legalizado
simples
• Se a forma for legal e ad substantiam, a sua falta produz nulidade (220º) – salvo
se tiver sido substituída por outra de valor probatório superior (art. 364º/nº1)
• Se forma for legal mas ad probationem, a sua falta determina a impossibilidade
de prova do facto – salvo se a lei admitir a prova por outro meio
• Se a forma for convencional, presume-se que as partes não se quiseram vincular
a não ser por aquela que pré-estabeleceram
• Em princípio, a forma abrange não só o negócio propriamente dito, como
também as respectivas cláusulas acessórias
• Pelo que aquelas que não tiveram contidas no documento negocial não
valem, excepto:
- se corresponderem à vontade do autor
- se a razão de ser da forma não lhes for extensível
Ineficácia do negócio
resolução
revogação
stricto
sensu denúncia
caducidade
Ineficácia anulabilidade
invalidade
nulidade
inexistência
• Inexistência:
• A) Só pode ser invocada pelo beneficiário da anulabilidade – pessoa que a lei protege
com a atribuição do poder de anulação
• B) A invocação deve ser feita no prazo de um ano a contar da cessação do vício que a
origina
• C) É sanável por confirmação (art. 288º)
• Efeitos da declaração de nulidade ou da anulação:
• O acto nulo ou anulável considera-se sem efeito, tanto prática como juridicamente,
desde a data em que foi celebrado (retroactividade)
• Excepto quando tal seja impossível, como por exemplo:
• - verificada a hipótese do art. 291º
• - nos contratos de execução continuada ou periódica
• Aproveitamento do negócio (redução comum e conversão comum):