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Bioética na Pediatria

Ética é uma disciplina filosófica e uma ciência crítica e normativa que direciona
as reflexões sobre ações ou comportamentos humanos, procurando qualificá-los
como bons ou maus, corretos ou incorretos, indagando teoricamente sua
essência, sua origem e sua finalidade.

Bioética é a ética vista pelo ângulo interdisciplinar e interprofissional, aberta à


discussão e à assimilação de novos conceitos e paradigmas colocados em pauta
em função da crescente e dinâmica complexidade das relações humanas na
sociedade atual, em paralelo com os avanços científicos, sociopolíticos e
econômicos.
Bioética na Pediatria

 Princípios básicos da bioética:


 Não maleficência (não fazer o mal) e beneficência (fazer o bem).
 Autonomia.
 Preservação da vida.
 Justiça distributiva.
Bioética na Pediatria

A criança como paciente terminal

“O médico deve tentar a cura daqueles que podem ser curados, diminuir a
morbidade de doenças onde é possível o conforto do paciente. Finalmente,
quando a doença tiver ‘ganho’ e o paciente estiver prestes a morrer, o médico é
obrigado a reconhecer isso e aliviar o processo de morte” (Hipócrates).
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Erro Médico:

O erro médico é aquele em que o médico, no exercício profissional, provoca um


dano ao paciente, por ação ou omissão, ao agir com imperícia, imprudência ou
negligência.

Ao analisar o erro médico, percebe-se que ele pode ocorrer em três momentos:
no diagnóstico, na sua investigação e no tratamento.
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Atestado Médico:

O atestado médico é parte integrante do ato médico, sendo seu fornecimento


direito inalienável do paciente, não podendo importar em qualquer majoração de
honorários.

O atestado é da CRIANÇA doente.

Não EXISTE ATESTADO PARA ACOMPANHANTE pela normas do CFM e leis vigentes.
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Prontuário Médico da Criança e do Adolescente:

Prontuário médico, que na verdade é o prontuário do paciente, é o conjunto de fatos e


ocorrências sobre a saúde do paciente, registrados em ordem cronológica, a partir de
informações narradas pelo paciente e sua família, organizadas pelo médico e outros
profissionais de saúde.

Falta do paciente em consulta deve ser REGISTRADA no prontuário.

O prontuário é do paciente, isto é, pertence a ele, mas permanece sob guarda e


responsabilidade dos médicos e das instituições de saúde, segundo a Resolução CFM n.
1.331/1989.
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Regras básicas sobre o que não deve ser feito no


prontuário. As principais são:
 Não escrever a lápis.

 Não usar líquido corretivo. Utilizar a expressão “digo”.

 Não deixar folhas em branco. Se, por algum lapso, uma folha em branco for detectada, ela
deve ser anulada, fazendo um risco diagonal do canto superior esquerdo ao inferior direito.

 Não fazer anotações que não se referem ao paciente, como recado ao parecerista, muito
menos utilizar o prontuário para deixar recados para membros da equipe de saúde.
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Sigilo Médico:
O sigilo médico é um dos segredos profissionais mais exigidos e respeitados,
sendo, talvez, a mais antiga e tradicional das características da profissão
médica. É inconcebível o exercício da medicina sem a garantia do sigilo
profissional.

É importante que se entenda que o segredo médico pertence ao paciente, sendo


o médico apenas seu depositário.

A quebra do sigilo médico, salvo em situações especiais, não só é proibida pelo


Código de Ética Médica1 como também pela legislação brasileira
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“É vedado ao médico: revelar sigilo profissional relacionado a paciente menor de


idade, inclusive a seus pais ou representantes legais, desde que o menor tenha
capacidade de discernimento, salvo quando a não revelação possa acarretar dano
ao paciente”.

As crianças e os adolescentes têm vontade e personalidade próprias e devem tê-


las respeitadas, sempre que isso não trouxer prejuízo a eles ou a terceiros.
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Os adolescentes podem e devem ser atendidos desacompanhados de seus pais ou


responsáveis legais quando assim o desejarem, desde que tenham capacidade de
entendimento de seus problemas e possam, por meios próprios, resolvê-los.

Cabe ressaltar que, no momento do exame físico, é importante a presença de um


profissional de enfermagem na sala de exame, preservando o médico de
eventuais acusações de abuso.
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O adolescente mais jovem, de 10 a 14 anos, frequentemente ainda não tem


capacidade de assumir todas as responsabilidades, de modo que não poderá ser
visto sozinho durante toda a consulta. Deve-se perguntar-lhe se a mãe ou outro
responsável poderia entrar, e geralmente a resposta é positiva. Ele pode, se
desejar, entrar no início da consulta com o responsável e, depois, ficar sozinho.

O médico deve, portanto, decidir se seu paciente é ou não menor maduro.


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Em qualquer faixa etária, há três condições que justificam a quebra do sigilo:


dever legal, justa causa e autorização do paciente.

O dever legal ocorre quando o segredo médico tem de ser revelado por força de
disposição legal expressa, por exemplo, no preenchimento de atestado de óbito
ou de formulário de notificação compulsória de doença.
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São de justa causa para a quebra do sigilo médico:


• gravidez;
• abuso de álcool ou drogas;
• qualquer forma de abuso ou violência;
• existência de doença grave;
• recusa de tratamento;
• tratamento de alta complexidade;
• risco para menor ou para terceiros
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A autorização do paciente prescinde explicações, já que o paciente, como


detentor do direito ao sigilo, pode dispô-lo da maneira que melhor lhe aprouver.
Declaração de Comparecimento

Declaro para devidos fins que --------------------- esteve presente nesse serviço de
saúde para consulta médica como acompanhamento do paciente
-------------------------.
Horário: -------------------------.

Data / local /Assinatura do médico.


Atestado Médico

Atesto para devidos fins que o (a) paciente ---------------------- necessita de


afastamento temporário de suas funções laborativas / escolares por
------------------ dias, por motivo de doença.

CID: ------------- assinatura do responsável ou paciente.

Data/local/assinatura do médico.
Receituário Médico
Solicitação de Exames

Sempre colocar a indicação clínica do exames solicitado.


Exemplo:

Espirometria com prova broncodilatadora.

IC: Asma Alérgica não controlada.


Encaminhamentos.

Ao Otorrinolaringologista

Encaminho o paciente -----------------, 4 anos, com quadro de respiração oral,


ronco habitual, rinite alérgica parcialmente controlada com o tratamento.

Solicito avaliação e conduta.

GRATA

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