Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Toxoplasmose – Conceito
Toxoplasma gondii:
protozoário intracelular obrigatório,
da família Soncocystidae, da classe Sporozoa,
coccidióide (ciclo sexuado) em gatos e outros
felinos, seus hospedeiros definitivos.
existe em três formas:
trofozoita (taquizoita):
causa a doença aguda,
rapidamente proliferativa nos tecidos e líquidos;
cisto
oocisto
Toxoplasmose – Etiologia
Toxoplasma gondii:
existe em três formas:
trofozoita:
cisto: contendo bradizoitas viáveis:
latente, persiste indefinidamente (infecção crônica),
particularmente no tecido nervoso (cérebro e retina) e
muscular (músculo esquelético e cardíaco),
resistem à digestão péptica e tríptica,
sobrevivem por uma semana no frio,
são mortos pelo congelamento e pelo aquecimento acima de
60ºC.
oocisto
Toxoplasmose – Etiologia
Toxoplasma gondii:
existe em três formas:
trofozoita
cisto
oocisto:
nas fezes do gato, um ciclo sexuado,
liberação de oocistos em 3 - 14 dias,
tornam-se infecciosos em 12 horas a vários dias,
permanecem infectantes no solo úmido por várias
semanas a meses:
12 meses na Costa Rica e
até 18 meses em Kansas, EUA.
Toxoplasmose – Epidemiologia
Gato:
ingestão de carne crua, por exemplo camundongos,
bradizoitas são liberados dos cistos no intestino
delgado,
infectam a célula mucosa,
diferenciam-se em gametócitos machos e fêmeas,
gametócitos fundem-se formando oocistos
oocistos são excretados nas fezes.
ingestão acidental de solo contaminado com fezes de
gato.
Toxoplasmose – Patologia
Humanos:
ingestão de cistos (bradizoitas) em carnes mal cozidas (de
carneiro, porco, ou animais que pastam em solo contaminado
(fezes de gado),
ingestão de oocistos (esporozoítas) das fezes contaminadas
do gato,
no intestino delgado, os cistos e oocistos rompem-se,
formas liberadas invadem a parede intestinal,
são fagocitados por macrófagos
diferenciam-se em trofozoitas de rápida multiplicação
(taquizoitas),
matam as células e infectam outras células com inflamação,
sem formar verdadeiros granulomas.
Toxoplasmose – Patologia
Toxoplasmose – Patologia
Toxoplasmose congênita:
Infecção aguda em gestante não-imune, geralmente
assintomática,
transmitida para o feto:
14% no primeiro trimestre à 59% no terceiro trimestre,
freqüentemente assintomática,
os efeitos no feto são mais severos quando a infecção
ocorre no primeiro trimestre da gestação, ocorrendo:
nenhum sinal ou sintoma de infecção: 67%;
pleocitose liquórica e hiperproteinorraquia: 20%;
coriorretinite limitada ou com destruição acentuada: 15%;
calcificações intracranianas: 10%;
Tétrade de Sabin: microcefalia com hidrocefalia,
coriorretinite, retardo mental, calcificações intracranianas.
Toxoplasmose – Clínica
Toxoplasmose congênita:
Toxoplasmose – Clínica
Toxoplasmose congênita:
Toxoplasmose – Clínica
Toxoplasmose congênita:
entre todas as infecções congênitas:
menos de 15% mostra dano ao nascer :
cerebral (microcefalia) ou
ocular (nistagmo, estrabismo, microftalmia, retinocoroidite ou
iridociclite);
mais de 85% dos recém-nascidos aparentemente normais:
podem desenvolver seqüelas cerebrais ou oculares tard ias;
somente pequena % resulta em:
aborto, natimorto ou
doença ativa em prematuros ou recém-nascidos à termo,
nascidos vivos.
Toxoplasmose – Clínica
Toxoplasmose congênita:
sobreviventes afetados podem apresentar:
Sequelas neurológicas:
retardo mental severo,
convulsões,
defeitos visuais,
espasticidade,
hidrocefalia por obstrução do aqueduto,
Outras: necrose periventricular, necrose por infarto;
Outras:
anemia, trombocitopenia,
hepatite com icterícia, hepatomegalia,
pneumonia, miocardite ao nascer e
baixo ganho de peso;
Toxoplasmose – Clínica
Toxoplasmose congênita:
Lesões mais frequentes quando a infecção da mãe ocorreu
no último trimestre da gestação:
Pneumonia,
Miocardite
Hepatite com icterícia
Anemia com plaquetopenia
Coriorretinite,
Ausência de ganho de peso.
Lesões mais frequentes quando a infecção da mãe ocorreu
no segundo trimestre da gestação:
Prematuridade,
Encefalite: convulsões, pleocitose do líquor e calcificações
cerebrais.
Toxoplasmose – Clínica
Toxoplasmose oftálmica:
coriorretinite: (difusa ou retinite focal necrotizante)
30% a 60% dos pacientes com esta entidade,
usualmente resulta de infecção congênita,
assintomática até a segunda e terceira década de vida.
processo inflamatório persiste por semanas a meses,
doença adquirida usualmente unilateral.
Dois tipos de lesões:
Retinite aguda, com intensa inflamação,
Retinite crônica com cegueira progressiva.
Toxoplasmose – Clínica
Toxoplasmose oftálmica:
lesões:
placas algodonosas elevadas branco-amareladas,
margens imprecisas,
ou manchas negras
cicatrização deixa área atrófica branca (ou negra).
sintomas incluem:
visão borrada, escotomas, dor e fotofobia,
raramente: evolução para glaucoma e cegueira.
panuveíte pode acompanhar a coriorretinite.
Toxoplasmose – Clínica
Toxoplasmose oftálmica:
Lesão recente e em cicatrização
Toxoplasmose – Clínica
Evidência de Infecção:
Toxoplasma gondii :
no sangue, líquidos ou tecidos corporais,
na placenta é diagnóstico de infecção congênita.
Transformação linfocitária para antígenos do
Toxoplasma:
indicador de infecção prévia em adultos.
Aumento dos linfócitos T supressores em adultos
Infecção aguda:
Detecção de antígeno toxoplásmico no sangue ou líquidos
corporais pelas técnicas ELISA
Testes sorológicos :
IgG (podem persistir por toda a vida do paciente) e
IgM (aparece em 1 a 2 semanas e permanece por 6 meses, ausente
na infecção crônica).
Toxoplasmose – Laboratório
Evidência de Infecção:
Teste do corante de Sabin-Feldman:
É um teste de neutralização sensível e específico, mede os
anticorpos IgG, é o teste de referência standard, mas requer
Toxoplasmas vivos.
Títulos altos sugerem doença aguda.
Teste de imunofluorescência indireta:
mede os mesmos anticorpos do teste do corante,
títulos paralelos (podem dar falsos positivos e negativos).
Teste de fluorescência para IgM:
detecta anticorpos com uma semana de infecção,
títulos caem dentro de poucos meses.
Toxoplasmose – Laboratório
Evidência de Infecção:
Teste da hemaglutinação indireta:
mede uma anticorpo diferente do teste do corante.
títulos tendem a ser mais altos e
permanecerem por mais tempo.
ELISA IgM de duplo-sanduiche:
é mais sensível do que outros testes para IgM.
ELISA para IgA e IgE:
podem ser positivos após três meses,
usados: nos casos com títulos:
negativos,
baixos ou
duvidosos de IgM.
Toxoplasmose – Laboratório
Evidência de Infecção:
pacientes imunocompetentes o diagnóstico é feito:
na soroconversão, ou
pelo aumento de 4 ou mais vezes os títulos prévios, ou
por um único título de 1:160 de IgM.
diagnóstico presuntivo é baseado :
Títulos de IgM acima de 1:64 e
um título muito alto de IgG (> 1:1000).
nos pacientes imunoimcompetentes:
os valores de IgG são baixos e pode não haver IgM.
utiliza-se então:
ressonância magnética (mais sensível),
tomografia computadorizada ou
pesquisa de toxoplasmose em líquor ou
biópsia cerebral.
Toxoplasmose – Laboratório
Evidência de Infecção:
diagnóstico de toxoplasmose aguda é excluído se :
teste do corante e o teste do IgM são negativos por três meses após
o início dos sintomas.
Coriorretinite:
níveis de IgG geralmente baixos e estáveis, sem IgM.
se a IgG é encontrada no humor aquoso maior do que no soro, é
diagnóstica.
Infecção congênita:
testes mais úteis para confirmação são :
ultra-som,
amniocentese para detecção do DNA-toxoplásmico,
cordocentese para busca da IgM-específico .
um resultado negativo não exclui o diagnóstico.
Toxoplasmose – Laboratório
Imagens:
TC de crânio,
US fetal : 20 - 24 semanas.
Toxoplasmose – Diagn. Diferencial
Toxoplasmose congênita:
outros elementos da síndrome TORCH:
rubéola, citomegalovirose, herpes simples,
sífilis
listeriose,
outras encefalopatias infecciosas,
eritroblastose fetal,
sepse;
Toxoplasmose oftálmica:
tuberculose,
sífilis,
lepra,
histoplasmose ocular;
Toxoplasmose – Diagn. Diferencial
Toxoplasmose aguda
(paciente normal e imunocomprometido):
linfoma,
mononucleose infecciosa,
citomegalovirose,
doença da arranhadura do gato,
sarcoidose,
tuberculose,
tularemia,
carcinoma metastático,
leucemia;
Toxoplasmose – Diagn. Diferencial
- Toxoplasmose encefalítica:
tuberculose,
doenças fúngicas,
vasculite,
leucoencefalopatia multifocal progressiva,
abscesso cerebral,
tumores,
encefalite herpética.
Toxoplasmose – Tratamento
Ambulatorial:
doença adquirida em hospedeiro imunocompetente
toxoplasmose ocular.
Hospitalar:
toxoplasmose do SNC,
doença aguda em hospedeiro imunocomprometido.
Medidas gerais:
hospedeiros assintomáticos: sem tratamento, exceto nas
crianças menores de 5 anos.
pacientes sintomáticos devem ser tratados até a imunidade ser
assegurada.
Toxoplasmose – Tratamento
Atividade:
o nível da atividade depende da severidade da doença e
sistema orgânico envolvido.
Educação do paciente:
a mãe infectada deve ser completamente informada das
potenciais conseqüências para o feto,
explicar os métodos preventivos como por exemplo,
proteger a área de brinquedo das crianças das fezes dos
gatos.
Toxoplasmose – Tratamento
Medicações:
Hospedeiro imunocompetente:
Pirimetamina:
75 a 100 mg nos primeiros três dias,
após 25 - 50 mg/dia por 3 - 4 semanas.
Ácido folínico: 10 a 25 mg / dia.
Associada a:
Sulfadiazina:
100 mg/Kg/dia, até 8 g/dia (em geral até 2 g/dia) ou
Clindamicina
Azitromicina
Toxoplasmose – Tratamento
Medicações:
Toxoplasmose oftálmica:
mesmo esquema por 1 a 2 meses.
Prednisona:
40 mg/dia na primeira semana,
20 mg/dia nas 7 semanas seguintes.
Toxoplasmose aguda em gestante:
o mesmo regime após a 16º semana de gestação.
Espiramicina:
50 mg/Kg/dia até 3 g/dia, de 8/8 h, por 3
semanas, no 1º trimestre,
Clindamicina:
600 mg de 6/6 h para evitar a infecção placentária.
Toxoplasmose – Tratamento
Medicações:
Toxoplasmose congênita
Sulfadiazina: 75 mg/Kg/dia, associada a
Pirimetamina: 1 mg/Kg cada 2 dias mais (após e 16ª semana)
Ácido folínico: 5 mg cada 2 dias.
Espiramicina: 100 mg/Kg/dia
Outras drogas:
Clindamicina: 600 mg 6/6 h
Atovaquone: 750 mg 6/6 h ou 8/8 h
Efeitos colaterais:
prevenção da formação de cristais e conseqüente
nefropatia: manter o débito urinário elevado e
alcalinização da urina.
Toxoplasmose – Tratamento
Medicações:
Contra-indicações:
1º trimestre:
pirimetamina: teratogenia,
3º trimestre:
sulfadiazina: kernicterus.
pirimetamina não deve ser usada:
quando surgir anemia como complicação,
aparecimento de sintomas tipo:
fadiga,
mal-estar geral;
hipersensibilidade conhecida à pirimetamina ou sulfadiazina.
Toxoplasmose – Tratamento
Prognóstico:
Paciente imunocompetente:
bom.
Prevenção:
Carne:
Congelar a -20° por 2 dias ou
aquecer a 60° por 4 minutos.
Higiene pessoal e do meio ambiente.
Manter animais domésticos livres da infecção.
http://www.dermis.net/doia/mainmenu.asp?zugr=p&lang=e
http://www.eyeatlas.com/box/99.htm
Toxoplasmose – Tratamento
Toxoplasmose:
infecção macular ativa lesão congênita
Toxoplasmose – Tratamento
Toxoplasmose:
lesões congênitas
Toxoplasmose – Tratamento
Toxoplasmose:
Neuroretinite cicatriz retiniana
Toxoplasmose – Tratamento
Toxoplasmose:
Cicatriz peripapilar cicatriz retiniana