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MISSÃO da FATEC

" Promover a educação profissional


tecnológica, de graduação e pós-graduação,
pesquisa aplicada a inovação contribuindo
para elevar a competitividade da Indústria
Brasileira."
Curso: Tecnólogo em Manutenção Industrial
Disciplina: Processos de Fabricação Mecânica Aplicados à
Manutenção Industrial
Ementa: Carga Horaria 200h
Avaliação:
Em construção !!!!
AULA 1

PROCESSOS DE
FABRICAÇÃO
MECÂNICA

Prof. Reginaldo Campos


09/2019
Objetivos:
* Conheça, compreenda e saiba interpretar as principais características dos
processos de fabricação ditos convencionais e não convencionais, envolvendo,
entre outras coisas: maquinários, ferramentas, parâmetros de usinagem, uso de
EPI (equipamento de proteção individual), características peculiares de cada
processo e avanços tecnológicos (tais como o uso de equipamentos chamados
CNC – comandos numéricos computadorizados).
Conteúdo
1. INTRODUÇÃO
2. FUNDAMENDOS DOS PROCESSOS DE USINAGEM
3. PARAMETROS DE USINAGEM
4. MATERIAS DE FERRAMENTAS DE CORTE; FORCAS E POTENCIAS
INTRODUÇÃO
Processo de fabricação é a maneira, método, sistema ou atividade executada
em uma sequência adequada para transformar e modificar uma matéria-prima
para que esta passe a ter utilidade.
Indústria é toda atividade fabril que, por meio do trabalho, utiliza a matéria-
prima e a modifica com o objetivo de elaborar produtos que sejam úteis para as
pessoas, os quais, geralmente, são destinados à comercialização, agregando-
se valor a esses produtos.
CLASSIFICAÇÃO DOS SETORES INDUSTRIAIS
As ondas da Revolução Industrial
Fundamentos dos Processos de Usinagem
Segundo a norma alemã DIN 8580, define se processo de usinagem todo e qualquer processo
na qual haja remoção, mecânica ou não, de uma determinada quantidade de material (cavaco) de
uma peça, com o objetivo de adequar seu formato ao seu uso.

Cavaco
Cavaco
 Porção de material removida da peça pela ferramenta. Podendo apresentar formas e colorações
diferentes dependendo do caso especifico.

Ex: aço, aluminio


Fatores a serem considerados no fabricação mecânica

• Tipo do material e suas propriedades.


• Propriedades finais desejadas .
• Tamanho, forma e complexidade do componente.
• Tolerâncias e acabamento superficial requeridos .
• Processo subsequente envolvido .
• Projeto e custo de ferramental, efeito do material na vida da ferramenta ou matriz.
• Sucata gerada e seu valor .
• Disponibilidade do equipamento e experiências operacionais.
• Número de partes requeridas e taxa de produção desejada.
• Custo total do processamento.
Processos de Usinagem com Ferramenta de Geometria Definida
ATIVIDADES - 1
AULA 2

PROCESSOS DE
FABRICAÇÃO
MECÂNICA

Prof. Reginaldo Campos


09/2019
Usinagem com Ferramenta de Geometria Definida

Torneamento:  É o processo de usinagem em que se obtém de superfícies de


revolução com auxílio de uma ou mais ferramentas monocortantes;

 A peça gira em torno do eixo principal de rotação da máquina e a


ferramenta se desloca simultaneamente, segundo uma trajetória
coplanar com o referido eixo;
Aplainamento.
 Processo mecânico de usinagem destinado à obtenção de superfícies regradas obtidas a
partir do movimento alternativo entre peça e ferramenta

Aplainamento de guias Aplainamento de superfícies

Aplainamento de rasgos em T

Aplainamento de perfil
Fresamento.
 Processo mecânico de usinagem destinado à obtenção de superfícies
quaisquer com o auxílio de ferramentas geralmente multicortantes.

Cilíndrico Tangencial

Frontal
Furação.
 Movimento de giro da peça ou da ferramenta com movimento simultâneo da peça ou da
ferramenta com deslocamento retilíneo

Furação em cheio
Furação escalonada
Escareamento
Furação

Trepanação

Furação de centro Furação em que o núcleo da peça


furada ficará maciça
Realizado em peças que sofrerão
posterior torneamento

Furação profunda em cheio


Alargamento.
 Processo mecânico de usinagem destinado ao desbaste ou acabamento de furos cilíndricos
ou cônicos.

Alargamento Cilíndrico de Desbaste

Alargamento Cônico de Acabamento Alargamento Cônico de Desbaste


Alargamento Cilíndrico de Acabamento
Mandrilamento.
 Processo mecânico de usinagem destinado à obtenção de superfícies de revolução com auxílio de uma
ou mais ferramentas de barra.

Mandrilamento Cilíndrico Mandrilamento Radial

Superfície usinada é cilíndrica de revolução Superfície usinada é plana e perpendicular ao


eixo da peça coincide com o eixo da ferramenta Eixo em torno do qual gira a ferramenta
Serramento.
 Processo mecânico de usinagem destinado ao recorte ou seccionamento de peças
utilizando ferramentas multicortantes.

Serra Alternativa Serramento Continuo

Serramento de recorte

Serra Circular

Serra com Rebolo


Processos de Usinagem com Ferramenta de Geometria
Não-Definida
São aqueles nos quais a ferramenta é formada por uma grande quantidade de
grãos abrasivos, que funcionam como vários gumes de corte. Esses grão abrasivos
podem ser mantidos juntos por meio de algum tipo de aglomerante, e são quebrados
e/ou arrancados da ferramenta ao mesmo tempo que retiram material da peça na
forma de cavaco.
São exemplos desse tipo de processo de usinagem os processos de retificação,
brunimento, lapidação, polimento, lixação, etc.
Processos de Usinagem com Ferramenta de Geometria
Não-Definida
Processos de Usinagem com Ferramenta de Geometria
Não-Definida
Lapidação
Processo mecânico de usinagem por abrasão utilizando abrasivo aplicado em porta ferramenta,
empregado para realizar acabamento fino.
A Importância da Usinagem na Industria Metal Mecânica
Uma grande parte dos produtos industrializados, principalmente da indústria pesada, passa em
algum momento pelo processo de usinagem.

Por exemplo: Virabrequim

Fonte: Prof. Rodrigo Lima Stoeterau


 As máquinas-ferramenta são grande parte
do lucro mundial;
 São produzidos através de usinagem:
 90% dos componentes da indústria
aeroespacial;
 100% dos processos de melhoria da qualidade
superficial;
 100% dos pinos médico-odontológicos;
 80% dos furos de peças.
ATIVIDADES - 2
AULA 3
PROCESSOS DE
FABRICAÇÃO MECÂNICA

Parâmetros de Usinagem

Prof. Reginaldo Campos


09/2019
Parâmetros de Usinagem
Movimento de Avanço – É o movimento entre a
ferramenta e a peça que juntamente com o
movimento de corte, possibilita uma remoção
continua do cavaco, durante varias rotações ou
cursos da ferramenta.

Movimento de Corte – É o movimento entre a


ferramenta e a peça que, sem ocorrência
concomitante do movimento de avanço, provoca
remoção do cavaco, durante uma única rotação do
curso da ferramenta.

Movimento Efetivo de Corte – É o movimento resultante dos movimentos de avanço e de corte,


realizados simultaneamente.
Parâmetros
• Velocidade de Corte (Vc).
• Velocidade de Avanço (Va).
Vc ap
• Profundidade de Corte (ap).
• Tempo de corte (∆t).
f
• Avanço (f ou a).
• Tempo de Usinagem.
Velocidade de corte

• Velocidade de corte (Vc)

Velocidade de Corte: é a velocidade observada na ponta da ferramenta junto à peça usinada. As velocidades de
corte podem ser extraídas a partir de tabelas que associam a velocidade ao material da ferramenta de corte. A
velocidade de corte é influenciada pelos seguintes principais fatores: material da peça, material da ferramenta
(pastilha) e a velocidade de avanço aplicada.
Velocidade de Avanço
(Va)

* Em que f é o avanço por volta (mm/rotação), que é dado por: fz x z (em que fz é o avanço por dente e; z é o
número de dentes da fresa); d é o diâmetro da peça ou do elemento girante em (mm) e; n é a rotação (rpm).
Profundidade de Corte
(ap)

Profundidade de corte ( a ): é largura de penetração da ferramenta em relação à peça, medida


p

perpendicularmente ao plano de trabalho. Em que D é o diâmetro inicial da peça usinada (mm) e d é o


diâmetro final (mm).
Tempo de Corte (∆t)
Exemplo 1:
Você deverá calcular o tempo total de corte para usinar a peça do desenho, considerando que
serão dados dois passes, o primeiro passe torneando o diâmetro de 50mm e o segundo
torneando o diâmetro de 40mm. São fornecidos os seguintes parâmetros: vc = 25 m/min e
f = 0,45 mm/rotação.
Resolução :
A usinagem inicia-se pelo diâmetro de 50 mm e comprimento 85 mm (primeiro passo). Logo,
podemos calcular a rotação ( n ) da peça:
Na segunda parte da usinagem (segundo passo), será usinado o diâmetro de
40mm e comprimento 30mm. Assim:
ATIVIDADES - 3
AULA 4
PROCESSOS DE
FABRICAÇÃO MECÂNICA

TORNEAMENTO

Prof. Reginaldo Campos


09/2019
• O torno é a máquina
TORNEAMENTO
ferramenta mais antiga
das utilizadas na usinagem.
• Surgiu na pré-história há
10.000 anos
• O engenheiro Henry
Maudslay (1771 - 1831)
aperfeiçoa o torno
mecânico, utilizado na
Europa desde o século XVI.
Ele cria um mecanismo
que mantém a ferramenta
firme durante o trabalho,
aumentando muito a sua
precisão.
ORIGEM
A origem da palavra torno é latina:
tornus. Este termo designava a
máquina para tornear marfim,
madeira etc., originando o sentido
de “forma arredondada”,
“movimento circular”. É esta a
ideia presente em expressões
como: em torno de (ao redor de) e
letra bem torneada (= bem feita).
* Torno mecânico é uma • A principal característica
máquina-ferramenta (Máquina do torno é o movimento
operatrix) utilizada para executar rotativo contínuo realizado
operações de usinagem pelo eixo árvore, conjugado
cilíndrica externa ou interna e com o movimento de
outras operações que avanço da ferramenta de
normalmente são feitas por corte.
furadeiras, fresadoras e
retificadoras, com adaptações
relativamente simples.
Classificação das operações de torneamento

Retilíneos Curvilíneo Aplainamento


* Ferramenta com * Ferramenta com * Movimento alternativo da
deslocamento em deslocamento em peça e da ferramenta com
trajetória retilínea trajetória curvilínea deslocamento retilíneo
Torneamento Retilíneo

Torneamento Cilíndrico Externo

Torneamento Cilíndrico Externo

Torneamento Cônico Interno


Torneamento Cônico Externo
Torneamento Retilíneo

Sangramento Axial

Sangramento Radial

Perfilamento Radial Perfilamento Axial


Torneamento Curvilíneo

Curvilíneo Externo
Torno Universal
Torno Convencional
Torno Vertical
Torno Computadorizado
Qual ferramenta usar?
Ferramentas ISO para Torneamento
Código ISO para ferramentas
W N M G 06 04 08 F R - PR
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

1. Formato da pastilha
2. Ângulo de folga
3. Tolerâncias
4. Tipo de pastilha e fixação
5. Tamanho da aresta de corte
6. Espessura da pastilha
7. Chanfro ou raio da ponta
8. Preparação da aresta (somente quando necessário)
9. Sentido de corte
10. Designação do quebra-cavacos (Opção do fabricante)
Resistência da Aresta
+ -
Resistente Resistente

Redondo Octogonal Quadrado Paralelogramo Triângulo


Ângulo de Saída
Ângulo de Saída
Dorsal (Radial)

Positivo Neutro Negativo

Positivo Neutro Negativo


Ângulo de Saída
Lateral (Axial)

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