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DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

ELÉTRICA

Prof.: Flávio Roberto Chiapetti


DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

 Protegem a instalação elétrica e previne o choque


elétrico contra possíveis falhas dos circuitos.

 Os principais dispositivos de proteção são:

 - Disjuntor;
 - Disjuntor diferencial residual;

 - Diferencial residual – DR;

 - Dispositivo de proteção contra surtos – DPS.

 - Fusíveis.
NORMAS
 A National Electrical Manufacturers Association
(NEMA) é uma associação baseada nos Estados Unidos,
criada em 1 de Setembro de 1926, pela fusão da Associated
Manufacturers of Eletrical Supplies e do Electric Power
Club. Tem a sua sede em Rosslyn, Virginia. Esta associação
define muitos padrões usados em produtos elétricos por seus
mais de 400 membros.

 O termo norma DIN, refere-se à Deutsches Institut Fur


Normung ou Instituto Alemão para Normatização, instituto
que regulamenta as normas de padronização na Alemanha,
equivalente a ABNT no brasil. Quando falamos em norma
DIN geralmente estamos nos referindo ao conjunto de
padronizações e normatizações utilizadas na Alemanha.
DISJUNTOR
 São dispositivos para proteção contra sobrecarga e curto-circuito.
 Protege os fios, os cabos e o equipamento ligado ao circuito.

 Quando ocorre uma sobrecarga ou um curto-circuito o disjuntor é


desligado automaticamente.
 Permitem manobra manual, operando como um interruptor,
secciona somente o circuito necessário numa eventual
manutenção.
 Os disjuntores para instalações domésticas devem atender a
norma ABNT NBR NM 60898.
 Esta norma determina que os disjuntores devem atuas com
correntes nominais de até 125 A com uma capacidade de curto-
circuito de até 25 kA em tensão de até 440 V.
FUNCIONAMENTO DO DISJUNTOR
 Na ocorrência de uma sobrecorrente, proveniente de uma
sobrecarga ou curto-circuito, o disjuntor atua interrompendo o
circuito de modo a protegê-lo.

 Os disjuntores “termomagnéticos” são composto por um


elemento térmico (bimetal) contra sobrecarga e um elemento
magnético (bobina) contra curto-circuito.

 É considerado sobrecarga correntes de até 10xIn (corrente


nominal).
INTERIOR DO DISJUNTOR 1 – Alavanca (liga/desliga).
 2. O mecanismo do atuador, que força os
contactos a estarem juntos ou afastados.
 3. Os contatos, que permitem a passagem
da corrente elétrica quando tocam um no
outro e que a quebram quando se
afastam.
 4. Os terminais.

 5. Elemento bimetalico, que empena por


ação do calor e protege o circuito contra
sobrecargas moderadas.
 6. O parafuso de calibre, que permite ao
fabricante ajustar com precisão a
corrente elétrica que deve fazer o
mecanismo disparar após a montagem do
disjuntor.
 7. A bobina que provoca a abertura em
caso de curto-circuito.
 8. Câmara de extinção de arcos
voltaicos.
TIPOS DE DISJUNTORES

Bipolar

Monopolar
Tripolar

Tetrapolar
ESCOLHA DA CORRENTE NOMINAL (IN)

 Definida pela norma ABNT NBR NM 60898, corrente nominal


(In) é aquela cujo o disjuntor pode suportar ininterruptamente,
a uma temperatura de ambiente de referência de 30° C.

 Os valores preferenciais de In indicados pela norma são: 6, 10,


16, 20, 25, 32, 40, 50, 63, 80, 100 e 125 A.

 A In do disjuntor deve ser maior ou igual à corrente de projeto


do circuito e menor ou igual à corrente que o condutor suporta.
CURVA DE DESLIGAMENTO DO DISJUNTOR – ABNT NBR NM 60898

 A região azul é onde


ocorre o disparo por
efeito térmico, ou
sobre carga.
 As regiões B, C e D é
onde ocorre o disparo
magnético, ou curto-
circuito.
 Característica de um
disjuntor
termomagnético.
CURVA DE DESLIGAMENTO DO DISJUNTOR – ABNT NBR NM 60898

 Curva de disparo magnético B: atua


entre 3 e 5 x In a 30° C, destinado para
proteção dos condutores que alimentam
cargas de natureza resistivas.

 Curva de disparo magnético C: atua


entre 5 e 10 x In a 30° C, destinado para
proteção dos condutores que alimentam
cargas de natureza indutivas.

 Curva de disparo magnético D: atua


entre 10 e 20 x In a 30° C, destinado
para proteção dos condutores que
alimentam cargas de natureza fortemente
indutivas. Corrente de partida acima de
10 x In.
O DISJUNTOR E SUAS CURVAS

 Não existem disjuntores de Curva A, isto é necessário para que não haja confusão
com a nomenclatura "A" que universalmente é entendido com "Ampére" ficando desta
forma excluída na identificação desta curva !

 Disjuntor curva B: Estes disjuntores são utilizados em redes de baixa intensidade


(baixa demanda de corrente em caso de curto circuito) ou onde a demanda de corrente
de partida do equipamento é baixa, como instalações elétricas residenciais, cargas
resistivas, tomadas, equipamentos domésticos entre outros.

 Disjuntor curva C: possui curva de ruptura entre 5 a 10 vezes o valor de corrente


nominal, podemos dar como exemplo um disjuntor de 30 A, que atuaria a uma
corrente entre 150A e 300A.
Estes disjuntores são utilizados em redes de média intensidade (média demanda de
corrente em caso de curto circuito), como ligação de bobinas, motores, sistemas de
comando, entre outros.

 Disjuntor curva D: Estes disjuntores são utilizados em redes de alta intensidade (alta
demanda de corrente em caso de curto circuito), transformadores de grande porte ou
partida de grandes motores.

 Fonte:http://fastseg.blogspot.com.br/2016/01/conhecendo-melhor-as-curvas-dos-disjuntores.html
IDENTIFICAÇÃO DA CURVA, IN E CAPACIDADE DE
INTERRUPÇÃO

Curva C, In = 16 A

Capacidade de interrupção = 3000 A ou 3 kA

 A capacidade de interrupção é a habilidade


do disjuntor em garantir um
funcionamento normal após ter
interrompido correntes de curto-circuito.
Seu valor é em kA.
DESCLASSIFICAÇÃO POR TEMPERATURA DO DISJUNTOR

 A temperatura normal de funcionamento do disjuntor é de 30° C


conforme a norma ABNT NBR NM 60898 define.

 Quando instalado em temperatura superior a 30° C, a corrente de


disparo é reduzida, isso chama-se desclassificação por temperatura
do disjuntor.

 A título de exemplo vamos citar um disjuntor de In de 10 A,


temperatura de referência 30° C, onde é instalado em um ambiente
com temperatura de 60°C. A sua corrente máxima de utilização
será de 7,8 A conforme a tabela da norma indica.
TABELA ABNT NBR NM 60898
Corrente nominal (In)
C60N/H Curvas B,C
Cal. (A) 20° C 30° C 40° C 50° C 60° C
1 1,05 1 0,95 0,9 0,85
2 2,08 2 1.92 1,84 1,74
3 3,18 3 2,82 2,61 2,37
4 4,24 4 3,76 3,52 3,24
6 6,24 6 5,76 5,52 5,30
10 10,6 10 9,30 8,6 7,8
16 16,8 16 15,2 14,2 13,3
20 21 20 19 17,8 16,8
25 26,2 25 23,7 22,2 20,7 Obs.: Capacidade de
32 33,5 32 30,4 28,4 27,5 interrupção:
40 42 40 38 35,6 33,2 C60N = 6000 A
50 52,5 50 47,4 44 40,5 C60H = 10.000A
63 66,2 63 58 58 49,2
CORRENTE CONTÍNUA X CORRENTE ALTERNADA

 A interrupção em um circuito cc implica em extinguir um arco


que está conduzindo uma certa corrente sob uma certa tensão
que se mantem constante.
 A condição para extinguir o arco é que a queda de tensão ao
longo do arco se iguale à tensão do sistema. Nesse instante deixa
de haver aceleração das cargas e os efeitos que sustentam o arco
como: ionização por choque, pelo campo elétrico, por emissão
secundária ou fotoiônica se anulam, restando a ionização térmica
ao longo do arco que por si só, é incapaz de mantê-lo.
 É necessário para essa extinção que haja um sopro magnético
forte, um grande alongamento e um rápido resfriamento do arco.
 Em princípio, um interruptor para cc é capaz de interromper
correntes maiores em ca.
CORRENTE CONTÍNUA X CORRENTE ALTERNADA

 A interrupção em ca é facilitada pela passagem da corrente


elétrica pelo zero, que ocorre em aproximadamente a cada 8,33
ms em 60 Hertz.
 A interrupção em ca consiste em impedir que o arco se
estabeleça após a 1ª, 2ª ou 3ª passagem pelo zero.
 A cada passagem pelo zero a distância entre os contatos será
maior, e a probabilidade de se completar a interrupção será
maior.
 Com contatos ultra-rápidos é possível, em BT e em alguns casos
em MT, conseguir interromper o arco ainda na primeira subida
da corrente por disjuntores denominados limitadores, isso de dá
geralmente em torno de 2 ms, de modo que a corrente não atinge
seu primeiro valor de crista.
CORRENTE CONTÍNUA X CORRENTE ALTERNADA

 A interrupção em ca é mais fácil que em cc, e um disjuntor


projetado para ca só pode ser capaz de interromper correntes
contínuas se os parâmetros tensão e corrente forem reduzidos.

 Um disjuntor para ca é “desclassificado” para funcionar em cc,


isso quer dizer que ele será capaz de interromper correntes
contínuas se o valor da corrente, da tensão ou de ambas forem
reduzidos.
CICLO DE RELIGAMENTO
 A IEC padronizou intervalos de tempo de religamento de
disjuntores que são os seguintes:

 O-t-CO (Abre, espera um intervalo de tempo t, fecha-abre. Pela


IEC t = 3 min).

 O-tCO-t-CO (Abre, espera 3 mim, fecha-abre, espera 3 mim,


fecha-abre).

 Para outros disjuntores existem outros ciclos como:

 O-t’-CO-t-CO (Abre, espera fração de segundo ou poucos


segundos (15s; 0,3s ) fecha-abre, espera 3 min, fecha-abre).
DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA SURTO - DPS
DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA SURTO – DPS

TIPOS DE INCIDÊNCIA DE SURTO


DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA SURTO - DPS
a) Impacto direto sobre um edifício. Se o edifício estiver equipado com um sistema de
para-raios, o raio será descarregado na terra, aumentando a tensão do aterramento e de
tudo o que estiver conectado a ele. No impacto direto, constata-se ou o acoplamento
indutivo, por exemplo, entre o aterramento e um condutor que corre paralelamente a ele,
ou o acoplamento resistivo, por exemplo, entre o aterramento e a tubulação de gás. Os
surtos de tensão que ocorrem através de um acoplamento resistivo podem gerar
descargas perigosas, pois contem energia suficiente para iniciar um incêndio ou destruir
equipamentos. O acoplamento resistivo entre as partes condutoras também provoca o
aparecimento de tensões perigosas de passo e de toque. As tensões de passo
apresentam um percurso decrescente e são perigosas para seres humanos e animais.

b) Impacto indireto sobre um edifício. Neste caso, falamos apenas do acoplamento


indutivo. Os surtos de tensão são gerados pelo campo magnético associado a corrente
do raio que faz contato com as partes metálicas condutoras do edifício.

c) Impacto direto sobre uma linha. A corrente do raio e dividida igualmente em ambas
as direções, passando através do transformador MT/BT, e gera surtos de tensão em tudo
o que estiver aterrado.

d) Impacto indireto sobre uma linha (acoplamento indutivo). Os surtos de tensão


induzidos, cuja amplitude varia de 3 a 5 kV, não tem energia suficiente para iniciar um
incêndio, mas podem destruir os equipamentos.
DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA SURTO - DPS

Representação dos valores de amplitude do surto de tensão em função da causa


DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA SURTO - DPS

 O DPS protege a instalação elétrica e seus componentes


contra sobretensões provocadas diretamente ou indiretamente
pela queda de raios ou manobras no sistema elétrico.
NORMA
 O DPS é o dispositivo preconizado pela norma ABNT 5410 e
5419, para proteger as instalações elétricas e os equipamentos
eletro-eletrônicos contra surtos, sobretensões ou transientes
diretos ou indiretos, independentemente da origem, se por
descargas atmosféricas ou por manobras da concessionária.
 A NBR 5410 recomenda que o consumidor instale, internamente,
em sua propriedade, preferencialmente, no ponto de entrada da
linha elétrica na edificação ou diretamente no quadro de
distribuição principal – QDP, necessariamente após e fora da caixa
de medição, um conjunto de Dispositivos de Proteção contra
Surtos – DPS.
 Na seleção do DPS, devem ser atendidas as seguintes condições:

 Máxima tensão de operação contínua (Uc): Valor igual ou superior


a 242 V;
 Corrente nominal de descarga (In): Valor igual ou superior a 5 kA.
ESQUEMA DE LIGAÇÃO DO DPS
NBR 5410:2004.
 Esquemas de conexão dos DPS no ponto de entrada da linha de energia ou no quadro
de distribuição de edificação.
CLASSIFICAÇÃO DOS DPS
 Os DPS são classificados em tipos I, II ou III, dependendo da
sua localização entre as zonas de proteção contra raios (ZPR).
 ZPR’s são espaços eletromagneticamente bem definidos, que
permitem graduar os valores de indução causados por descargas
atmosféricas entre cada um destes ambientes, possibilitando
assim estabelecer uma redução das tensões e correntes
induzidas entre cada uma destas zonas.
 Existem basicamente 5 ZPRs: ZPR0A, ZPR0B , ZPR1, ZPR2 e
ZPR3. Partindo de fora para dentro em uma edificação, a
intensidade da indução da corrente de raio, em um condutor, é
máxima nas ZPR0A e ZPR0B, se reduz na ZPR1, é mínima na
ZPR2 e desprezível na ZPR3, para um valor determinado da
corrente de uma descarga atmosférica.
DEMARCAÇÃO DA FRONTEIRAS ENTRE AS ZONAS DE PROTEÇÃO CONTRA RAIOS

O que diferencia as ZPR 0A e 0B é que na primeira um objeto ou pessoa pode ser atingido
por uma descarga atmosférica direta, enquanto na segunda esta possibilidade é remota,
pois esta zona esta dentro da região de proteção de um SPDA.
COMO ESPECIFICAR UM DPS.
 Existem basicamente três grandes famílias de DPS, independente do seu
tipo. DPS tipo I, II e III podem ser fabricados a partir de centelhadores,
varistores, diodos ou uma combinação de dois ou três destes elementos.
 O primeiro passo para especificação de um DPS é determinar se a
edificação possui um Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas
(SPDA) externo ou se a rede da concessionária é aérea. Se uma destas duas
condições é preenchida deveremos instalar em seu quadro de entrada um
DPS tipo I.
 Caso não exista um SPDA externo ou a rede da concessionária seja
subterrânea, o primeiro DPS, também instalado no quadro de entrada,
deverá ser um DPS tipo II, que protegerá as instalações elétricas contra
sobretensões induzidas ou surtos de manobra criados por variações bruscas
de tensão da própria rede da concessionária.
 Um DPS a base de varistores pode conduzir entre 10 e 20 vezes a corrente
nominal e uma ou duas vezes a corrente máxima.
 Os DPS tipo III, pela sua localização, só conduzirão correntes de baixa
amplitude e poderão ser especificados com correntes de 5 a 10 KA (8/
20μS).
CURVA
 10/350 us e 8/20 us.
DISPOSITIVO DIFERENCIAL-RESIDUAL -
DR
COMO PREVENIR O CHOQUE INDIRETO ?

• Desligamento rápido da fonte pelo DPCC (Dispositivo de

Proteção de Curto-Circuito)

• Uso de Dispositivos DR de alta sensibilidade (Di  30mA)

• Uso de tensão extra baixa de segurança


PROTEÇÃO DIFERENCIAL

•A proteção diferencial é feita através de um dispositivo denominado


DR – diferencial residual.

•O DR pode ser disjuntor, interruptor ou um relé que pode ser


adicionado a outro dispositivo de manobra.

•O DR pode ser de alta sensibilidade (  30mA) para proteção contra


contatos diretos e indiretos, ou de baixa sensibilidade (  300 mA) para
proteção contra contatos indiretos e contra incêndio (patrimonial).

•Tempo de atuação dos DR: 10 ms a 30 ms

•A IEC 1008 permite tempos de 200 ms a 300 ms.


Interruptor DR Disjuntor DR Módulo DR
DISJUNTOR DIFERENCIAL

Disjuntor com DR
incorporado.
Em inglês é denominado
RCCB.
INTERRUPTOR DIFERENCIAL

Interruptor de corrente de
carga com DR.
Precisa ter um
DPCC a montante.
MÓDULO DR

Ou relé para acoplar


em outro dispositivo de
proteção
DEFINIÇÕES

Disjuntor: Dispositivo para proteção de sobre-carga e


curto-circuito.

DR: Dispositivo para proteção de corrente de fuga.


Detecta a Corrente Residual Diferencial (IDR).

O DR não desobriga o uso de proteção contra sobrecorrentes.

O DR não dispensa o aterramento das massas.

O DR é um supervisor da instalação elétrica.


APLICAÇÕES

 Falta em aparelho doméstico (eletrodomésticos);


 Falta na isolação dos condutores (fiação, emenda,
fadiga...);
 Circuitos de tomadas em geral;

 Proteção de riscos de incêndios de origem elétrica (BE-2);

 Canteiros de obras;

 Chuveiros elétricos.
A PROTEÇÃO DIFERENCIAL
PROTEÇÃO PESSOAL COM DISPOSITIVOS DR
Gráfico
Gráfico com
com zonas
zonas tempo
tempo xx corrente
corrente ee os
os efeitos
efeitos sobre
sobre as
as pessoas
pessoas IEC
IEC 479-1.
479-1.
Percurso
Percurso mão
mão esquerda
esquerda ao
ao pé.
pé.

IIDn -
Dn -
10mA
10mA 30mA
30mA
10000
10000

ms
ms
Tempo

2000
Tempo

2000

1000
1000

500
500

1 2 5 6 3 4
200
200

100
100

50
50

20
20
0,1
0,1 0,2
0,2 0,5
0,5 22 55 10
10 20
20 50
50 100
100 200
200 500
500 1000
1000 mA 10000
10000
mA

Corrente
Corrente de
de fuga
fuga
PROTEÇÃO DIFERENCIAL

Zona
Zona 11
Nenhum
Nenhumefeito
efeitoperceptível
perceptível
Zona
Zona 22
Efeitos
Efeitosfisiológicos
fisiológicosgeralmente
geralmentenão
nãodanosos
danosos
Zona
Zona 33
Efeitos
Efeitosfisiológicos
fisiológicosnotáveis
notáveis(parada
(paradacardíaca,
cardíaca,parada
paradarespiratória,
respiratória,
contrações
contraçõesmusculares),
musculares),geralmente
geralmentereversíveis
reversíveis
Zona
Zona 44
Elevada
Elevadaprobabilidade
probabilidadede
deefeitos
efeitosfisiológicos
fisiológicosgraves
graveseeirreversíveis
irreversíveis
(fibrilação cardíaca, parada respiratória)
(fibrilação cardíaca, parada respiratória)
Zona
Zona 55 66
Faixas
Faixasde
deatuação
atuaçãodos
dosDispositivos
DispositivosDR
DRou
ouDisjuntores
DisjuntoresDR
DR
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DOS DISPOSITIVOS DIFERENCIAIS RESIDUAIS - DR´S

O DR funciona com um sensor que


mede as correntes que entram e
saem no circuito. As duas são de
mesmo valor, porém de direções
contrárias em relação à carga. 

Se chamarmos a corrente que entra


na carga de +I e a que sai de -I, logo
a soma das correntes é igual a zero.
 
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DOS DR´S

A soma só não será igual a zero se houver corrente fluindo


para a terra , como no caso de um choque elétrico.
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DOS DR´S

F1
F1- -Dispositivos
DispositivosDRDRde
de
proteção
proteçãocontra
contraaa
corrente
correntededefuga
fugaààterra
terra
TT- - Transformador
Transformadordiferencial
diferencial
toroidal
toroidal
LL- - Disparador
Disparador
eletromagnético
eletromagnético
RR- - Carga
Carga(aparelho
(aparelho
consumidor)
consumidor)
AA- - Contato
Contatoindireto
indireto(fuga
(fugaàà
terra
terrapor
porfalha
falhada
daisolação
isolação
jjF - -Fluxo
Fluxomagnético
magnéticoda da
F
corrente residual
corrente residual
IFI - - Corrente
Correntesecundária
secundária
F
residual induzida
residual induzida
VISÃO INTERNA DE UM DR

 Bobina toróide, dispositivo


de detecção de fuga de
corrente elétrica.
CARACTERÍSTICAS DOS DR´S
• DR de Alta sensibilidade: é o DR cuja IDn  30mA.
• DR de baixa sensibilidade: é o DR cuja >30 mA.
• Botão de teste: botão que simula a passagem de uma corrente

diferencial para verificação do estado do DR. Essa verificação deve ser


feita trimestralmente.
• Aplicação: Os DR podem ser usados nos três esquemas de
aterramento: TT, TN e IT.
• Tipos de corrente: Os DR podem ser para:
Corrente alternada; corrente continua pulsante de meia onda; corrente
contínua pulsante de meia onda com controle do ângulo de fase;
corrente retificada de meia onda com corrente contínua superposta, de
6 mA.
• Suportabilidade a surtos atmosféricos: é o valor de crista da corrente
que o DR deve suportar sem disparar.
ESQUEMA DE LIGAÇÃO DOS DR’S
COMPARAÇÃO:
Proteção com disjuntor
Proteção com dispositivo DR.
termomagnético.

Condição que exige uma Condição que permite


resistência de aterramento resistências de aterramento
muito baixa, de difícil elevadas, de fácil realização.
realização.
Dispositivos DR
Características de Montagem

DR na entrada

Disjuntores nas
distribuições
Dispositivos DR
Características de Montagem

DRs nos Setores

Disjuntores nas
distribuições
Dispositivos DR
Características de Montagem

DR na entrada

Disjuntores nas
distribuições
DISPOSITIVOS DR EM QUADROS PLÁSTICOS
INSTALAÇÃO DO DR NO CHUVEIRO
ELÉTRICO
DR

Disjuntor
monopolar
FUSÍVEIS
 O fusível tem como principal função proteger o circuito contra
curto-circuito.
 Seu funcionamento é relativamente simples, ao passar uma
corrente elevada pelo elo fusível, o mesmo se rompe isolando a
alimentação do circuito.
 Uma vez que o fusível entrou em operação de extinção de
curto-circuito ele deve ser substituído.
FUSÍVEIS
 Fusíveis de Efeito Rápido: Projetados para protegerem
circuitos que não apresentam picos de correntes elevados na
partida. Características de circuitos de natureza resistiva.

 Fusíveis de Efeito Retardado: Projetados para protegerem


circuitos que apresentam picos de correntes elevados na partida.
Características de circuitos de natureza indutiva e/ou capacitiva.
       

 Fusíveis de Efeito Ultra-Rápido: Aplicados em situações nas


quais a carga a ser alimentada possui circuitos eletrônicos
ultrassensíveis constituídos por elementos semicondutores,
tiristores, GTO’s e diodos interrompendo a corrente quando
houver um curto para evitar danos a essas partes constituintes.
CARACTERÍSTICAS DOS FUSÍVEIS
 Corrente Nominal: Valor de corrente de trabalho do fusível, sem que
ele interrompa a alimentação do circuito o qual esteja protegendo.

 Corrente de Curto-Circuito: Corrente máxima que ao percorrer um


circuito elétrico deve ser interrompida pela queima do fusível utilizado.

 Capacidade de Ruptura (kA): É a corrente que pode ser interrompida


pelo fusível no circuito com segurança e não depende da tensão máxima
correspondente à instalação.

 Tensão Nominal: Valor de tensão que pode ser suportado pelo fusível,
mediante o qual ele irá atuar normalmente em condições extremas de
temperatura. Para instalações elétricas em baixa tensão, os valores de
tensão indicados são de 500 V para circuitos CA (corrente alternada) e de
600 V para circuitos CC (corrente contínua).
FUSÍVEIS TIPO D E NH
 Diazed é o modelo de fusível utilizado em instalações
industriais nos circuitos com motores. É do tipo retardado e
fabricado para correntes de 2 a 63 A (Vmax = 500V e Icc = 50
kA).
 No seu interior contém areia para extinguir o arco elétrico
formado pela ruptura do seu elo fusível.
 O conjunto de proteção Diazed é formado por: tampa, anel de
proteção, fusível, parafuso de ajuste e base unipolar ou
tripolar (com fixação rápida ou por parafusos).
FUSÍVEIS TIPO D E NH
 O fusível NH é usado os mesmos casos do Diazed, porém é fabricado
para correntes de 4 a 630 A (Vmax = 500V e Icc = 120 kA).
 No seu interior contém areia para extinguir o arco elétrico formado pela
ruptura do seu elo fusível.

 O conjunto é formado por fusível e base. A colocação e/ou retirada do


fusível é feita com o punho saca-fusível.
FUSÍVEIS TIPO D E NH

 Os fusíveis tipo NH (NH são as iniciais de 'Niederspannungs


Hochleistungs, que em língua alemã significa "Baixa Tensão e
Alta Capacidade de Interrupção"), que atendem a norma IEC
60269-2-1 (NBR11841) , a faixa de interrupção e a categoria
de utilização (Curva tempo x Corrente), foram convencionadas
com um conjunto de letras e não com as denominações:
retardados, rápidos e ultra-rápidos.
FUSÍVEIS TIPO D E NH
 A IEC utiliza a montagem com 2 letras, sendo que a primeira letra, denomina a Faixa de
Interrupção , ou seja, que tipo de sobrecorrente o fusível irá atuar, que são elas:
 "g" - Atuação para sobrecarga e curto

 "a" - Atuação apenas para curto-circuito,

 A segunda letra, denomina a "Categoria de Utilização", ou seja, que tipo de equipamento


o fusível irá proteger, que são elas:
 "L/G" - Proteção de cabos e uso geral

 "M" - Proteção de Motores

 "R"- Proteção de circuitos com semicondutores

 Sendo assim, temos as montagens dos principais fusíveis utilizados no mercado:

 "gL/gG"- Fusível para proteção de cabos e uso geral (Atuação para sobrecarga e curto)

 (Esta curva é que em sua maioria denominam erroneamente - "Retardados")

 "aM" - Fusível para proteção de motores

 (Pela confusão, nunca se sabe se esta curva pode denominar-se "rápida" ou "retardada")

 "aR" -Fusível para proteção de semicondutores

 (Este podendo ser chamado de "Ultra-Rápido", por não criar conflito com outras curvas)
DIMENSIONAMENTO:
 No dimensionamento dos fusíveis retardados, deve-se levar
em consideração os seguintes aspectos:

 1. Tempo de fusão virtual (tempo e corrente de partida): Os


fusíveis devem suportar, sem fundir, o pico de corrente de
partida (Ip) durante o tempo de partida do motor (Tp). Com
os valores de Ip e Tp entramos na curva para dimensionar o
fusível.

 2. Ifusivel ≥ 1,2 x Inominal: deve-se dimensionar para uma corrente


no mínimo 20% superior a corrente nominal (In) do motor.
CURVA TEMPO X CORRENTE PARA FUSÍVEL NH:

Fonte: Catálogo de fusíveis WEG


CURVA TEMPO X CORRENTE PARA FUSÍVEL D:

Fonte: Catálogo de fusíveis WEG


EXEMPLO:
 Vamos dimensionar um valor de corrente nominal do fusível para
proteger um motor de 10 cv em 380 Vac e 4 polos.
 Pelo catálogo de motores WEG temos para o motor acima:

 In: 14,7 A, Ip/In: 8,2 : Ip = 14,7 x 8,2 = 120,54 A.

 Tempo de rotor bloqueado (Tp): 13 s.

 a) Com o valor de Ip = 120,54 A e Tb = 13 s, tanto na curva do


fusível D ou NH, o fusível será de 35 A.

 b) Pelo segundo critério: Ifusivel ≥ 1,2 x Inominal, então: Ifusivel ≥ 1,2 x


14,7 = 17,64 A.

 O fusível de 35 A atende as duas condições.


DADOS DO MOTOR DO EXEMPLO:

Fonte: http://ecatalog.weg.net/tec_cat/tech_motor_sel_web.asp

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