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LITURGIA DAS HORAS

COMO CELEBRAÇÃO
DA IGREJA
Gabriel Back da Silva
Liturgia das Horas como celebração da Igreja

 Dimensão Comunitária
 Participação de todos os fiéis
 Papel do sacerdote
 Continuação do mandato e vida de Cristo
 União à Igreja Universal
 Esposo e Esposa
 Cristo e Igreja ao Pai
 Liturgia das Horas e Eucaristia
Dimensão Comunitária

 A oração feita pessoalmente não é necessariamente oração individual.


 Essa oração, por ser litúrgica, é diferente da individual.
 A oração litúrgica é comunitária; o seu sujeito é, pois, a comunidade reunida.
 O sentir que predomina é o da comunidade uma vez que o sujeito daquela oração
é a comunidade.
 Nosso Sentimento é que deve deixar-se plasmar pelo da comunidade, e não o
contrário.
 Embora possa ser rezada individualmente, a natureza da Liturgia das Horas, como
oração pública e comum de todo o povo de Deus, pede celebração, ou seja, tanto
a oração ritual comunitária como a participação dos fiéis batizados.
Participação de todos os fiéis

 À parte a eucaristia e os outros sacramentos, a oração eclesial por excelência é a


oração ou a Liturgia das Horas, em que de modo privilegiado participamos da
oração de Cristo sacerdote.
 Na nova Liturgia das Horas o povo cristão inteiro é o protagonista.

 Os leigos também podem celebrá-lo, mesmo sem a presença do sacerdote meu próprio código de
direito canônico convida vivamente os fiéis cristãos em geral a participarem na celebração das
horas.

 o Vaticano segundo apenas voltou às origens.


Papel do sacerdote

 Eles têm o dever de convocar e dirigir a oração da comunidade, de convidar os


fiéis e formá-los com a devida catequese.

 Eles são garantia para que essa missão da comunidade seja desempenhada, ao
menos por eles, de maneira certa e constante para que a oração de Cristo continue
sem cessar na Igreja.
Continuação do mandato, oração e vida de Cristo

 É da oração sacerdotal de Jesus, em especial, que a Liturgia das Horas constitui a


continuidade por meio da Igreja, por causa do seu aspecto Pascal, missionário,
eucarístico, eclesial, antropológico, cósmico e escatológico.
 Cristo disse: É preciso orar sempre, e nunca desistir. A Liturgia das Horas consagra
todo o ciclo do dia e da noite ao Senhor.
 A ação de graças da Igreja tem como conteúdo a pessoa de Cristo. Ele ora, quando
a Igreja ora.
 A Igreja, quando reza sem interrupção não está com o mundo, mas com Jesus.
 A oração ininterrupta de Cristo é continuada pela Igreja. É também a oração de
toda a humanidade que Cristo associa a si. Essa oração recebe sua unidade do
coração de Cristo. Nosso Redentor quis, de fato, que a vida iniciada em seu corpo
mortal com suas orações e seu sacrifício continuasse durante os séculos em seu
corpo místico, que é a Igreja.
União à Igreja Universal

 Orando o Salmos e com a liturgia da Igreja, aprenderemos a conhecer melhor o


rosto de Deus, que se mostra nas mais diferentes situações da vida humana ponto
e nós colocaremos em continuidade com a experiência de Israel no próprio Jesus e
de tantas gerações que cantaram e oraram os Salmos antes de nós; e estaremos
em união com todos os orantes que nos precederam e que caminham conosco.
 A Liturgia das Horas, portanto, como as demais ações litúrgicas, não é algo
particular, mas algo que pertence a todo o corpo da Igreja e o manifesta e atinge,
especialmente na Igreja particular, na unidade do bispo com seus presbíteros e
ministros. Isso também ocorre nas paróquias, onde os fiéis são convidados a
celebrá-la, a fim de se reunirem a toda a Igreja, que celebra o mistério de Cristo.
 O louvor prestado a Deus pela Igreja aqui na terra se une, enfim,ao cântico da
Igreja do céu.
Esposo e Esposa

 O ofício divino é estruturado de tal modo que seja celebrado no curso das horas
do dia e da noite. É a voz da Esposa que fala com seu Esposo. A Liturgia das Horas
é, portanto, oração de toda a Igreja, da comunidade dos discípulos de Cristo.
 Adaptações na celebração do Ofício Divino, a fim de que não somente os fiéis
leigos, mas também os ministros ordenados e os religiosos, possam recitar melhor.
 Caráter comunitário-prático: recitação solista-coro ou em 2 coros.
 Na Liturgia das Horas realiza-se, portanto, a santificação do homem e presta-se
culto a Deus, de tal maneira que nela se estabelece o intercâmbio ou diálogo entre
Deus e os homens. Deus fala ao seu povo e o povo responde a Deus com cantos e
orações. Essa oração é a voz da Esposa que fala ao Esposo, também a oração que
o próprio Cristo, unido ao corpo, eleva ao Pai.
Cristo e Igreja ao Pai

 A Oração das Horas é a oração de Cristo com seu corpo ao Pai (SC 84).
 A sua oração nos introduz no dinamismo íntimo de conhecimento e de amor que
une eternamente ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. A partir do momento em que,
por meio da graça batismal, Deus Pai, Filho e Espírito Santo habitam na
profundidade de nosso ser, estamos em relação com cada uma das Pessoas
divinas, podendo-se dizer também que estamos constitutivamente em atitude de
oração.
Liturgia das Horas e Eucaristia

 Pela eucaristia e pela Liturgia das Horas, a Igreja se torna realmente peregrina e Pascal,
não se permitindo afastar da memória de Jesus para poder estar com ele até o fim, assim
como ele garantiu estar conosco.

 A Liturgia das Horas tem grande ligação com a celebração eucarística um forte elemento
e Eucarístico da Liturgia das Horas é sua vinculação com a celebração eucarística tudo
converge ou decorre da eucaristia.

 O cume para onde a Liturgia das Horas aponta é o Mistério Eucarístico, centro e ápice de
toda a vida da comunidade cristã.

 A Liturgia das Horas desperta e alimenta da melhor maneira as disposições necessárias


para celebrar com proveito a eucaristia: a fé, a esperança e a caridade, a devoção e o
espírito de sacrifício.
Concluindo

 A Liturgia das Horas é oração litúrgica se e na medida em


que é oração da Igreja com Cristo e animada pelo Espírito
Santo, que opera a presença de Cristo em sua Igreja, o que
transforma a assembleia de batizados em corpo do
Ressuscitado e concretiza a participação de cada um dos
batizados no sacerdócio de Cristo, capacitando a prestar o
verdadeiro culto ao Pai.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 ALDAZÁBAL, José. Instrução Geral sobre a liturgia das horas: comentários de J. Aldazábal [trad. Ricardo de
Souza Carvalho]. 3. ed. São Paulo: Paulinas, 2014.
 ARGÁRATE, Pablo. A Igreja celebra Jesus Cristo: introdução à celebração litúrgica [trad. Luís Fernando
Gonçalves Pereira]. São Paulo: Paulinas, 1997.
 BUCCIOL, Armando. Liturgia, vida da Igreja. Brasília, Edições CNBB, 2020.l
 CASTELLANO, Jesús. Liturgia e vida espiritual: teologia, celebração, experiência. [trad. Antônio Efro Feltrin].
São Paulo: Paulinas, 2008.
 CELAM. Manual de liturgia 1: a celebração do mistério pascal – introdução à celebração litúrgica. [trad.
Maria Stela Gonçalves]. São Paulo: Paulus, 2004.
 COSTA, Valeriano Santos. Liturgia das horas: Celebrar a luz pascal sob o signo da luz do dia. São Paulo:
Paulinas, 2005.
 FILHO, Manoel Gomes. Como rezar a liturgia das horas: elementos históricos, teológicos e práticos. São
Paulo: Paulus, 2019.
 GOEDERT, Valter Maurício. A constituição Litúrgica do Concílio Vaticano II: a Sacrossanctum Concillium ao
seu alcance. São Paulo: Editora Ave-Maria, 2013.
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