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CLÍNICA

AMPLIADA
Clínica
Ampliada
A política nacional de humanização (PNH) existe
desde 2003 para efetivar os princípios do SUS no
cotidiano das práticas de atenção e gestão,
qualificando a saúde pública no Brasil
e incentivando trocas solidárias
gestores,
entre
trabalhadores e usuários.

A PNH deve se fazer presente e estar inserida em


todas as políticas e programas do SUS. promover a
comunicação entre estes três grupos pode
provocar uma série de debates em direção a
mudanças que proporcionem uma melhor forma de
cuidar e novas formas de organizar o trabalho.
O QUE É CLÍNICA AMPLIADA ?

A clínica ampliada é uma das diretrizes que a


política nacional de humanização propõe
para qualificar o modo de se fazer saúde.
Ampliar a clínica é aumentar a autonomia
do usuário do serviço de saúde, da família e
da comunidade. É integrar a equipe de
trabalhadores da saúde de diferentes áreas
na busca de um cuidado e tratamento de
acordo com cada caso, com a criação de
vínculo com o usuário.
A vulnerabilidade e o risco do indivíduo
são considerados e o diagnóstico é feito
não só pelo saber dos especialistas
clínicos, mas também leva em conta a
história de quem está sendo cuidado.
QUAL A DIFERENÇA DA CLÍNICA AMPLIADA PARA O
USUÁRIO?

A ampliação da clínica trabalha os danos e os


benefícios gerados pelas práticas de saúde, e
aposta nas equipes de diferentes especialidades
compartilhando a responsabilidade com
usuários os e seu entorno.

o serviço de saúde pode acolher a queixa do


usuário mesmo que a fala pareça não ter relação
direta para o diagnóstico e tratamento, pois essa
escuta auxilia o próprio usuário a descobrir os
motivos de seu adoecimento, por exemplo.
QUAL É A FUNÇÃO ?

A clínica ampliada propõe então que o profissional de


saúde desenvolva a capacidade de ajudar as pessoas,
não só a combater as doenças, mas a transformar-se,
de forma que a doença, mesmo sendo um limite, não a
impeça de viver outras coisas na sua vida.

Para implantar essa diretriz da PNH é


importante também que sejam discutidas outras
orientações ético- políticas, como o projeto terapêutico
singular, equipe de referência e apoio matricial,
cogestão e o acolhimento.
NA PRATICA, COMO A CLÍNICA AMPLIADA
ACONTECE ?
Através da escuta, o trabalhador da saúde vai
buscar junto ao usuário, os motivos pelos quais ele
adoeceu e como se sente com os sintomas, para
compreender a doença e se responsabilizar na
produção de sua saúde.
É importante estar atento para os afetos entre os
trabalhadores e usuários buscando a autonomia da
pessoa diante do seu tratamento, ao mesmo tempo
em que seu caso é tratado de forma única e
singular.
Um hipertenso, por exemplo, pode e será cuidado
de forma diferente de outro hipertenso, já que cada
caso é um caso.
Se o usuário estiver deprimido, isolado,
desempregado, tudo isso interferirá no
desenvolvimento da sua doença e ser
ouvido
precisapelo profissional de saúde.
Clínica tradicional Clinica ampliada

Segmento momentâneo Sujeito e suas relações - escuta


qualificada

Sujeito isolado Segmento no tempo

Tratamento autoritário Tratamento negociado

Preocupação: sobreviver Preocupação: viver


O HUMANIZASUS APOSTA EM:

 Defesa de um SUS que reconhece a diversidade


do povo brasileiro e a todos oferece a mesma atenção
à saúde, sem distinção de idade, etnia, origem,
gênero e orientação sexual;

 Estabelecimento de vínculos solidários e de


participação
coletiva no processo de gestão;

 Mapeamento e interação com as demandas sociais,


coletivas e subjetivas de saúde;

 Valorização dos diferentes sujeitos implicados no


processo de produção de saúde: usuários, trabalhadores
e gestores;

 Fomento da autonomia e do protagonismo desses


sujeitos e dos coletivos;

 Aumento do grau de corresponsabilidade na produção de


saúde e de sujeitos;
O HUMANIZASUS APOSTA EM:
 Mudança nos modelos de atenção e gestão em sua
indissociabilidade, tendo como foco as necessidades
dos cidadãos, a produção de saúde e o próprio
processo de trabalho em saúde, valorizando os
trabalhadores e as relações sociais no trabalho;

 Proposta de um trabalho coletivo para que o SUS


seja
mais acolhedor, mais ágil e mais resolutivo;

 Qualificação do ambiente, melhorando as condições


de trabalho e de atendimento;

 Articulação dos processos de formação com


os serviços e práticas de saúde;

 Luta por um SUS mais humano, porque é construído


com a participação de todos e comprometido com a
qualidade dos seus serviços e com a saúde integral
para todos e qualquer um.
O Enfermeiro na equipe de saúde da família: Estudo de caso.

SCHIMITH E LIMA 2009, conduziram um estudo foi realizado em unidade


de saúde da família, na região central do Rio Grande do Sul.

Foram feitas observações para entender a dinâmica de funcionamento da


unidade saúde e verificar o papel de cada funcionário dentro da unidade.

Constatou-se que a enfermeira responsável pela unidade se envolvia


prioritariamente com a parte administrativa e educacional da unidade, não
delegando especificamente a parte educacional também aos agentes
comunitários.

A enfermeira não fazia os exames citológicos nas pacientes, não fazia o


atendimento de pré-natal por exemplo, que são atividades das quais ela
possui capacitação. Isto implica numa necessidade de atendimento
médico, o que aumenta a procura por senhas para agendamento
aumentando a fila de espera.
Foi realizada aferição da pressão arterial de um paciente, durante o momento de observação, e verificou-se que a
auxiliar de enfermagem constatou que o paciente estava com a pressão elevada, e questionou-lhe se estava em
jejum, o paciente respondeu que sim e ela o liberou.

Não foi feito um acompanhamento mais próximo, como por exemplo, perguntar se ele estava fazendo o uso regular
das suas medicações e se estava seguindo as orientações médicas relacionadas à alimentação e atividades
físicas.

O estudo concluiu que quando a atenção básica falha, gera sobrecargas em outras unidades de saúdes, cujo
atendimento deveria ser para casos mais graves e que não estão ao alcance de serem acompanhados no posto de
saúde.

A clínica ampliada neste sentido visa a humanização do atendimento, permitindo que o usuário se sinta acolhido e
saiba que pode ser ouvido e ser atendido integralmente na unidade.
VÍDEO: CLÍNICA AMPLIADA E COMPARTILHADA

 https://www.youtube.com/watch?v=4zkbYEczaoA&t= 25s
REFERÊNCIAS

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/201_clinica_ampliada.html Acesso em 20/09/21 às


14:40h
https://www.youtube.com/watch?v=4zkbYEczaoA&t=25s acesso em
21/09/2021 às 12:00h.
https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-
programas/humanizasusacesso em 21/09/2021 às 11:22h.
SCHIMITH, Maria Denise; LIMA, Maria Alice Dias da Silva. O enfermeiro na equipe de
saúde da família: estudo de caso. Revista Enfermagem Uerj. Rio de Janeiro. Vol. 17, n.
2 (abr./jun. 2009), p. 252-256, 2009.
OBRIGADA PELA ATENÇÃO !

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